segunda-feira, 29 de setembro de 2014

AGRIPA EM ATIVIDADE



AGRIPA EM ATIVIDADE
Clerisvaldo B. Chagas, 30 de setembro de 2014
Crônica Nº 1. 270

Guardiões trabalhando no rio Ipanema (Foto: Agripa/Arquivo).
A Associação Guardiões do Rio Ipanema – AGRIPA realizou sexta-feira passada (27) sua última sessão do mês de setembro. Foi lida e aprovada a Ata da sessão anterior, sem emendas, e lido o expediente da quinzena. Sob a presidência do guardião Clerisvaldo Braga das Chagas, chegou-se a Ordem do Dia quando foram abordados vários assuntos como algumas visitas de interesse da AGRIPA e do povo como CASAL, Câmara de Vereadores, Prefeitura e IMA. O povoado Capelinha também entrou no rol das cogitações para intercâmbio com os Guardiões da Mata, do município de Major Isidoro. Outros temas foram discutidos, mas no momento ficando apenas no quadro da Associação.
Durante a Palavra a Bem da AGRIPA, vários informes foram trazidos pelos guardiões, inclusive, o interesse de algumas pessoas em ingressar nesta Associação. Uma guardiã ficou encarregada de convidar os aspirantes para uma visita à sede e uma entrevista sobre o tema mencionado. A AGRIPA tem interesse em ampliar o quadro de sócios, mas com qualidade e sério compromisso com suas reuniões e com o movimento espinhoso regido pelo seu estatuto.
Guardiões trabalhando (Foto: Agripa/Arquivo).
As últimas palestras realizadas pelos guardiões, uma na Associação Atlética Branco do Brasil – AABB e outra na Escola Santa Sofia foram abordadas através dos guardiões Manoel Messias F. dos Santos, Ariselmo de Melo e da guardiã Maria Lúcia Barbosa, como excelentes e no caminho social correto de esclarecer aos jovens sobre a organização AGRIPA, seus objetivos e necessidade de adesão para a conservação da Natureza em nosso município.
Passando para O Tempo de Estudos, o guardião Marcello André Fausto Souza, fez uma rápida explanação sobre os dias que antecedem as eleições, período agitado para algumas visitas que podem ser prejudicadas por aqueles movimentos.
Em não havendo mais nada a tratar, o presidente passou a palavra ao orador, Manoel Messias F. Santos, para suas considerações e em seguida encerrou a sessão, devendo a AGRIPA reunir-se novamente na segunda sexta-feira do mês de outubro na sua sede provisória, Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas, Rua Marechal Castelo Branco S/N, Bairro São José, endereço também para correspondência.  


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domingo, 28 de setembro de 2014

VULCÃO, ESPETÁCULO DA NATUREZA



VULCÃO, ESPETÁCULO DA NATUREZA
Clerisvaldo B. Chagas, 29 setembro de 2014
Crônica Nº 1.269
Vulcão Ontake em erupção, terrível e belo. (Foto: Kiodo/Reuters).
Por mais comum que seja o fenômeno vulcanismo, o acordar de um vulcão sempre surpreende o mundo. O Japão, localizado onde costuma acontecer grandes espetáculos naturais, vem enfrentar agora a erupção do vulcão Ontake que expeliu cinzas, pedras e fumaça, no último sábado. Notícias falam em um morto e mais de trinta feridos.
Uma erupção vulcânica é bela, apocalíptica e muito perigosa quando surpreende a população em torno de muitos quilômetros.
Ontake em erupção. (Foto: Kiodo/Reuters).
Os vulcões são fendas ou aberturas que acontecem na crosta terrestre, permitindo que o material derretido e de alta temperatura do interior, chamado magma, chegue com poderosa força até a superfície. O magma pode se aglomerar na câmara magmática, localizada logo abaixo da crosta. A pressão dos gases no interior da câmara força a saída do magma no fenômeno que chamamos de erupção. Quando o magma chega à superfície, passa a se chamar lava e escorre pelas encostas do vulcão e da montanha. Com o tempo o vulcão adquire o formato de cone e sua parte interna se chama chaminé. O magma geralmente vem acompanhado de pedras, cinzas e fumaça e o estrondo da erupção assemelha-se a um trovão.
Existem inúmeros vulcões no mundo, uns ativos, outros extintos e outros ainda em fase de extinção. Eles costumam surgir nos limites das chamadas placas tectônicas. As terras em torno de um vulcão são férteis, pela futura desagregação do magma, um dos motivos pelos quais as pessoas se arriscam a produzir nas imediações.
Um dos mais conhecidos vulcões do Globo, é o vulcão Vesúvio da Itália, que no ano de 29 d.C. destruiu as cidades de Pompeia, Herculano e Estabia que ficavam em seu entorno.
O cantor brasileiro Nelson Gonçalves, de certo modo imortalizou o vulcão italiano quando em uma das suas canções, compara o seu amor pela amada como “um Vesúvio de lavas colossais”.
O Japão há de superar mais esse trauma em sua vida cotidiana.
·        O autor também é especialista em Geo-História.




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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

CANGAÇO NÃO É CANGA



CANGAÇO NÃO É CANGA
Clerisvaldo B. Chagas, 26 de setembro de 2014
Crônica Nº 1.268
 As histórias de Virgolino ganharam o mundo recheadas de mentiras cabeludas. A própria Wikipédia diz que Lampião era ex-coronel da Guarda Nacional. Nunca jamais havia visto uma coisa absurda dessa! Mas alguém escreveu isso e mandou para lá. Já pensou, amigo, Lampião como coronel da guarda nacional!
Até alguns sociólogos quando chegam aos seus limites procuram esticar a corda com teorias nada condizentes. Quero me referir hoje a esse negócio que uns copiam do primeiro que disse que Cangaço vem de canga de botar em junta de bois; viver debaixo da canga e assim por diante. Nunca engoli essa teoria. Cangaço no Nordeste nunca foi canga e grande distância tem.
Cangaço nos sertões nordestinos sempre foi ossada; esqueleto; caveira; magro demais. Nem precisamos ir tão longe. Veja dois cantadores de embolada em dia de feira-livre, no sertão:

“Se eu te pegar
Como peguei a codorniz
Como-lhe a carne por dentro
Deixo o cangaço pra Luís”.

Resposta do adversário:

“Se eu te pegar
Como peguei o nambu-pé
Como-lhe a carne por dentro
Deixo o cangaço lá em pé”.

Portanto aí está o verdadeiro significado de cangaço. A própria Dadá de Corisco afirmava que cangaço é esqueleto, ossada.
Por outro lado já foram citadas milhares de frases como esta, no Nordeste: “Você está muito magro, tá só o cangaço”. Quer dizer, só os ossos.
Cangaço significa, pois, ossos, ossadas, esqueleto, magro demais; última escala social; os restos; os ossos; o que não presta; o não aproveitável. Cair no cangaço: cair no restolho da vida, na marginalidade, virar caveira, algo sem serventia.
Nascido e criado no sertão de Alagoas, não poderia deixar passar brejeiro o cavalo das ilusões.
       Cangaço não é e nunca foi canga de botar em bois; nem viver sob o jugo da canga. Nem que seja o papa que tenha dito. Ora!
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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

OS TRÊS CLUBES DA MINHA TERRA







NOTAS


Agradecemos aos nossos leitores do Brasil, Alemanha, França, Romênia, Estados Unidos, China, Suíça, Espanha, Rússia e Ucrânia.

Qualquer blog ou site pode reproduzir nosso blog desde que seja na íntegra, inclusive com o número da crônica.

Comentários desabonadores e anônimos serão removidos.
 

 OS TRÊS CLUBES DA MINHA TERRA
Clerisvaldo B. Chagas, 25 de setembro de 2014
Crônica Nº 1.267
Tênis Clube Santanense em 2006. (Foto: Clerisvaldo).

A importância de um clube social em uma cidade do interior representava passo motivo de euforia. Na década de 1950, o clube, depois da Igreja congregava as famílias para o lazer e encontros de vários segmentos. Dispor desse espaço era dispor de prestígio de uma sociedade que ainda conservava suas tradições festivas e que mantinha lotados os pontos efervescentes oferecidos.
O Tênis Clube Santanense, em Santana do Ipanema, sertão de Alagoas, foi fundado em 10 de janeiro de 1953, no Bairro Monumento e, teve o cidadão Edgar Torres, como seu primeiro presidente. Foi palco dos grandes espetáculos dançantes com orquestras de fama nacional. Bem estruturado, para a época, o Tênis passou a ser apontado como clube de elite, como de fato havia bastante sofisticação e zelo. O Tênis Clube, em Santana, daria um livro completo, caso algum interessado resolvesse escrevê-lo.
Pouco tempo após a sua fundação, surgiu do outro lado da rua, frente com frente, porta com porta, outro clube em menor dimensão, mas tão animado quanto o primeiro, chamado Sede dos Artistas. Era como se fosse o clube dos trabalhadores. Profissionais como pedreiros, pintores, artesãos e muitos outros com seus familiares, animavam a Sede que passou a rivalizar com o Tênis Clube, assim como o grupo Ormindo Barros rivalizava com o mais antigo, Grupo Padre Francisco Correia. Não sei se o primeiro presidente, mas o homem falado do clube era o senhor Luís Benvinda, morador da Rua Benedito Melo (Rua Nova).
Cinco anos após a chegada da Agência Banco do Brasil por essas bandas, foi fundado também outro clube, chamado Associação Atlética Banco do Brasil. O local escolhido ainda foi no Bairro Monumento, saída para Maceió. A Associação Atlética foi fundada no dia 8 de julho de 1957.  Como era ligado ao Branco do Brasil, o espaço ficou conhecido como clube dos bancários e com acesso restrito. Ali se repetiam os grandes momentos para os sócios, vividos pelos outros dois clubes santanenses.
AABB em 2006. (Foto: Clerisvaldo).
Com as crises nas casas de espetáculos do Brasil inteiro após a chegada de novas tecnologias para entretenimento e lazer, a Sede dos Artistas não resistiu e fechou definitivamente. Tênis e AABB vêm resistindo como podem, mas assegurando para os santanenses, locais para inúmeros eventos, pois nunca foi construído um centro de convenções na minha terra.


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