quinta-feira, 28 de junho de 2018

O FOLE RONCOU


O FOLE RONCOU
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de junho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.931
QUADRILHA DO HELENA. (FOTO: B. CHAGAS).

O fole roncou, comadre, nesse sertão velho de meu Deus! Todas as cidades sertanejas fizeram os chamados palhoções para as danças de quadrilha. Quando não havia palhoções do poder público, havia os das diversas comunidades sertanejas nas ruas, nos becos onde a sanfona impagável gemeu à noite inteira. Sanfoneiro bom deu preço, Zé! E quem não pode contratar um cabra bom de verdade, teve que apelar para os CDs em famosos salões de festa, por aí. E se foi com Fala Mansa, Fala Grossa, Manoel Messias, Chameguinho ou com o finado Gonzagão, nem interessa muito. O importante era balançar a roseira com botina simulada e lenço de quadrado no pescoço. Haja cana, menino, que no São João desse ano, até raposa “Expromentou” da branquinha.
É bem verdade que o São João perdeu muito brilho devido ao asfalto em muitas ruas que não puderam acender fogueiras. Mas também ouve grande diminuição dessa prática em inúmeras outras de calçamento ou de terra. As fogueiras nas ruas sofreram uma baixa de mais de 50%. A festa do santo encolheu bastante e o geral passou a ser localizado. Mesmo os fogos de artifício deram o ar da graça, com rojões e foguetes esporádicos Na terra, bombas e traques procuravam lembrar os velhos tempos e muitas palhoças e bares amanheceram o dia despejando forrós.
Ontem mesmo, encerrando a sequência dos três santos, a quadrilha da Escola Helena Braga das Chagas, fechou a parte festiva do mês. A Culminância do Projeto Junino foi um sucesso do Bairro São José que movimentou o grande salão da escola. Vários tipos de brincadeira tomaram conta de alunos e funcionários nas fases antes e depois da quadrilha. Muito esperado também um forró que furou a rotina dos inúmeros dias de aula. No final da manhã, um lanche reforçado à base de comidas típicas, onde o milho novamente foi o rei. E por falar em milho, foi eleita a Rainha do Milho e o Rei do Sabugo, que distribuíram simpatia e mais simpatia pela animada plateia.
Para o ano tem mais, amigo, quem perdeu, perdeu. Foi tinindo de bom.

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terça-feira, 26 de junho de 2018

O MOTE DA SELEÇÃO


O MOTE DA SELEÇÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de junho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
PELÉ. (FOTO: REPRODUÇÃO/NET).
Crônica: 1.930

Como é que o Brasil ganha
Sem Pelé na Seleção?

O Brasil estar sofrendo
Pra ser o melhor do mundo
Até mesmo São Raimundo
Não estar compreendendo
Coutinho amadurecendo
Jesus não tem precisão
Ocultaram Felipão
Tite já perdeu a banha
Como é que o Brasil ganha
Sem Pelé na Seleção?

Bonecos correm na grama
Igual vaqueiro no mato
É jogo de gato e rato
Todo o ataque reclama
Chuteira foge da trama
Rasga a bunda e o calção
Lascaram Neymar no chão
O juiz diz que é manha
Como é que o Brasil ganha
Sem Pelé na Seleção?

Topete é muita frescura
Que salão não ganha jogo
É melhor curar o gogo
Balançar a perna dura
Se pelejar ninguém fura
Meta de outra nação
A rede de precisão
Vira casa de aranha
Como é que o Brasil ganha
Sem Pelé na Seleção?

PELÉ. (FOTO: REPRODUÇÃO/NET).









O jogador só quer fita
Na hora do gol refuga
Leva bomba, não tem fuga
Abaixa o meião e grita
O juiz corre e apita
Trás a tinta mela o chão
Paulinho dá um balão
Neymar outra vez apanha
Como é que o Brasil ganha
Sem Pelé na Seleção?

Cassimiro vai correndo
Quer partir pelo miolo
Marcelo se faz de tolo
Wiliam sai se benzendo
Thiago se maldizendo
Na perna leva um tostão
Firmino dá um bicão
Que o treinador se acanha
Como é que o Brasil ganha
Sem Pelé na Seleção?

O torcedor se agita
Com medo duma derrota
O zagueiro mete a bota
Uma velhinha acredita
O capitão vem e grita
Chama o juiz de ladrão
Goleiro dá um chutão
Vem o contra e lhe arranha
Como é que o Brasil ganha
Sem Pelé na Seleção?

FIM










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segunda-feira, 25 de junho de 2018

RIACHO IPIRANGA/RIACHO DE OSCAR


RIACHO IPIRANGA/RIACHO DE OSCAR
Clerisvaldo B. Chagas, 26 de junho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.929

RIACHO IPIRANGA. (FOTO: DIVULGAÇÃO).
O riacho Ipiranga – queremos dizer: o riacho em cujas margens foi proclamada a independência do Brasil – fica em São Paulo. Dar nome ao bairro em que se situa. O riacho Ipiranga é relativamente pequeno, possuindo apenas 9 km de extensão. Suas nascentes estão situadas no Parque Estadual Fontes do Ipiranga, reserva natural de mata atlântica (floresta tropical), encravada em plena zona sul da cidade. Elas estão distribuídas nas instituições: Jardim Botânico de São Paulo, Zoológico de São Paulo e no Parque Cien Tec. Sua foz se encontra na margem esquerda do rio Tamanduateí. Se formos saber o seu topônimo, ele vem do tupi que significa: rio vermelho; é a junção dos termos ‘y (rio) e pirang (vermelho). Com a Independência o simples riacho ficou famoso a partir de 7 de setembro de 1822.
O nosso município não tem nenhum córrego denominado Ipiranga. Conhecemos o mais famoso deles que é o Camoxinga porque corta a cidade e originou o nome do bairro maior. E para quem ainda não sabe, Camoxinga significa em língua indígena: montanha que chora. Mas temos ainda o Salobinho, o Salgadinho, o Gravatá e o João Gomes, além de outros.  Referindo-se ao lugar em que nasceu, o escritor santanense Oscar Silva anotou que foi ali às margens do riacho João Gomes, desconhecido para todos os geógrafos do Brasil. Silva tinha razão na época.
O nosso projeto, aqui divulgado, sobre o resgate e apresentações dos mais de 130 sítios de Santana, inclui também o resgate de serras, serrotes, lagoas e riachos, caracterizando-se assim uma Geografia Física completa da nossa zona rural. Tendo apoio tudo se concretiza, sem apoio o projeto fica difícil.
 E se nós não temos o riacho Ipiranga de D. Pedro I, poderemos, quem sabe, “descobrir” o riacho João Gomes do escritor Oscar Silva e entregá-lo à sociedade.
RIACHO IPIRANGA. (FOTO: DIVULGAÇÃO).
                                                                                                                                     










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domingo, 24 de junho de 2018

PARABÉNS SERTÃO/GOVERNADOR


PARABÉNS SERTÃO/GOVERNADOR
Clerisvaldo B. Chagas, 25 de junho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.928

Há mais de vinte anos, correndo atrás do Saber, acompanhamos todo o asfaltamento da estrada Olho d’Água das Flores – Arapiraca. O ônibus lento da Viação Progresso fazia rodeios enormes pelas fazendas Batalha – Jaramataia, como se tivéssemos vivendo ainda no século XIX. Dois anos depois, um grupo pequeno em automóvel saía de Arapiraca após as aulas noturnas para chegar a Santana do Ipanema, nunca menos da meia-noite. Várias vezes, nas imediações de Batalha, entrávamos pela estrada de terra que dava acesso a Olivença, fugindo do rodeio enorme por Olho d’Água das Flores. A estrada de terra ora estava boa, ora péssima onde a poeira cobria no trajeto inteiro. Sempre com olhos futuristas, perguntávamos se um dia o asfalto chegaria por ali.
Quase três décadas depois, o nosso instinto futurista é recompensado. Semana passada, disse o governador em Olivença: “Vamos fazer uma estrada muito importantes que vai encurtar os caminhos para Santana do Ipanema, fortalecer a cidade de Olivença e o comércio de Batalha, que é a ligação Batalha – Olivença. São 17 quilômetros que vão tirar Olivença do fim de linha. Com mais essa estrada, o desenvolvimento vai chegar a Olivença”. Ainda o governador: “As pessoas vão passar pela cidade. Vão abrir um negócio, um posto de gasolina, um restaurante, uma pousada. Isso gera mais empregos, mais salários e tudo isso vai trazer o desenvolvimento e a prosperidade a Olivença (...)”.
O homem está com a razão. E como está sendo o maior construtor de estradas, depois de Divaldo Suruagy, não duvidamos da sua palavra. Entretanto, a estrada já existe, achamos que ele quis dizer, “iremos asfaltar”. Quem sai de Santana para Arapiraca, o trajeto mais provável é passar por Olho d’Água das Flores. Com essa promessa, o condutor do veículo seguirá direto por Olivença que tem entrada asfáltica, mas não tem saída. Não será mais preciso rodear por Olho d’Água. Mais outra grande vitória espetacular para o Sertão alagoano e particularmente para Olivença que fica fora do eixo viário e só vai ali quem tem negócio.
E se Olivença está felicíssima com a promessa da autoridade, pois irá engatar a quinta marcha para o progresso, estamos muito mais felizes de que Olivença, pela nossa previsão, sacrifício no passado por ali e a promessa de Renan.
OLIVENÇA. (FOTO: IBGE).






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