domingo, 12 de fevereiro de 2017

O PARQUE NACIONAL DO CATIMBAU



O PARQUE NACIONAL DO CATIMBAU
Clerisvaldo B. Chagas, 13 de fevereiro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.634
Vale do Catimbau. Foto: (centroverdedevida_com.br).

Vale do Catimbau. Foto: (Tokdehistoria.com.br).
Quantas e quantas vezes passamos por ali beirando Tupanatinga e Buíque, em busca do Saber. Mas nessas jornadas que nos consumiram mais de dois anos, ainda não sabíamos da existência do Parque Nacional do Catimbau. Trata-se de um parque no estado de Pernambuco criado em 22 de agosto de 2002 que se estende pelos municípios de Buíque, Ibimirim, Sertânia e Tupanatinga, com uma área de 62.294 hectares.
Entre o Agreste e o Sertão pernambucano, o parque tem a aparência rochosa do Raso da Catarina no estado do Bahia. Atualmente é considerado o segundo maior parque arqueológico do Brasil, perdendo apenas para a serra da Capivara, em Raimundo Nonato no Piauí.
Uma das versões do nome é apontada como catimbó e rituais que se faziam em sua região. Acredita-se que o também chamado Vale do Catimbau, tenha sido um fundo de mar. Com vegetação de caatinga preservada, o local mostra encostas abruptas, vales abertos, montanhas e muitas formações rochosas desenhadas das mais diferentes formas.  O parque apresenta cerca de duas mil cavernas e vinte e oito cavernas-cemitérios. Suas rochas são formações de arenitos em diferentes cores que ajudam no atrativo aos visitantes. Os estudiosos ali acharam vinte e sete sítios arqueológicos e pinturas rupestres que rompem os 6.000 anos de aplicações.
O Parque Nacional do Catimbau é uma aula aberta para a Geografia, Arqueologia, História, Biologia, Química, Antropologia e outras ciências que procuram riquezas de conhecimentos.
É bom dizer que mais de cento e cinquenta espécies de aves são conhecidas no Catimbau.
É muito fácil chegar à região para uma visita inesquecível. Estradas estão por todos os lugares permitindo conforto ao viajor. E, particularmente, quem está no Sertão de Alagoas, é somente cruzar a fronteira, passar por Águas Belas e adiante subir o planalto de Garanhuns para chegar a Tupanatinga.
Bem ali, um leguinha de beiço...


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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

O FASCÍNIO PELOS MONTES



O FASCÍNIO PELOS MONTES
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de fevereiro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano.
Crônica 1.633.
 
Serrote do Cruzeiro em Santana do Ipanema, na seca. (Foto: em 5.2.2017. Clerisvaldo B. Chagas).

Notamos nos diversos tipos de literatura de todos os países, uma admiração respeitosa pelos montes. A própria Bíblia exemplifica as montanhas como coisa sagrada. Desde os picos mais altos do mundo aos simples serrotes dos sertões nordestinos parece mesmo existir uma magia inexplicável. A história confirma o sentimento humano beatificando os altos atestando a morada dos deuses gregos, egípcios ou palestinos. Os picos parecem furar as nuvens ficando a alguns palmos do céu.
Os homens sobem as serras para glorificar a Deus mais de cima, erguem capelas, cruzeiros, templos e abrem os braços como comandantes da Terra. Em todos os países, em todas as regiões as montanhas quebram não somente a monotonia física da paisagem, mas a unidade da crença negativa. E a esperança surge no Monte Tabor, no Monte Sinai, nos Alpes, no Pico da Neblina com seus quase três mil metros ou mesmo no serrote do Cruzeiro em Santana do Ipanema com seus em torno dos cem metros.
É o morro da Maranduba, em Arapiraca, a serra da Onça em Mata Grande, a serra Naceia em Boca da Mata e em qualquer município que tenha o privilégio de possuir essas elevações, quem sempre chamam o povo. As ermidas estão ali, como motivos de promessas ou apenas pelo fascínio das alturas. Tempo de Semana Santa esses lugares de tradição católica, enchem-se de peregrinos que espantam os meses de solidão das capelas.
E ainda são lá mesmo no cimo do morro onde deixamos os nossos pecados e renovamos as nossas energias. Parece até que Deus fez os planaltos, as planícies, as depressões, para moradias dos homens e desenhou as montanhas como forte opção de refúgio.
Alegria é avistar a cordilheira; penosa é a subida; divino o que se vê; saudosa é a descida.
Glorifiquemos o fim de semana.


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