SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
ESTAR CHEGANDO Clerisvaldo B. Chagas, 3 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.305 , Estar se aproxi...
ESTAR
CHEGANDO
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de novembro de
2025
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.305
,
Estar
se aproximando o dia de lançamento do livro documentário, PADRE CÍCERO, 100
MILAGRES NORDESTINOS (INÉDITOS). O livro
será lançado no Bairro Lajeiro Grande, na antiga igrejinha do padre Cícero no
topo do lajeiro que deu origem ao nome do bairro. A igrejinha foi motivo de
promessa e o bairro formou-se graças a igrejinha. Esta semana será definido o
horário do evento Encontro dos Romeiros Depoentes dos milagres escritos no
livro. Na ocasião do encontro, haverá missa, falatório, depoimentos,
certificado para a Ministra dos Romeiros, foguetório e zabumba caracterizando
um encontro 100% nordestino. Na ocasião serão distribuídos livros gratuitos aos
seus depoentes devidamente registrados.
Não
haverá livros à venda, pois essa tiragem foi exclusiva para os cem depoentes
dos milagres, porém, a solenidade em homenagem ao padre Cícero Romão Batista,
será aberta a todos os devotos e romeiros que quiserem participar. O primeiro
exemplar especial, entretanto, já foi enviado ao bispo do Crato, que movimenta
a burocracia da Igreja para tornar o padre Cícero SANTO, devidamente
canonizado, junto ao Vaticano. (Interrompo essa crônica para dizer que acabo de
receber telefonema do Crato, de entrega do livro ao Bispo). A missão está sendo cumprida numa homenagem e
reconhecimento as bondades de Deus.
Mas,
queremos dizer também que após o lançamento do livro sobre o padre Cícero,
começarão novas batalhas para impressões e publicações de outros livros como:
MARIA BONITA, A DEUSA DAS CAATINGAS (clássico); BARRA DO IPANEMA, UM POVOADO
ALAGOANO; AREIA GROSSA (romance social de época) AS FILHAS DO CORONEL (romance
do ciclo do cangaço) e REPENSANDO A GEOGRAFIA DE ALAGOAS. Portanto, aguardemos
o próximo dia 20 no Lajeiro Grande.
Precisa-se
apoio forte.
MOMENTO
DA ENTREGA DO LIVRO AO BISPO DO CRATO EM TEMPO REAL (MARCELLO FAUSTO E IRAN
SIQUEIRA).
A IMPONÊNCIA NA RUA Clerisvaldo B. Chagas, 31 de outubro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.304 Não é uma ...
A
IMPONÊNCIA NA RUA
Clerisvaldo B. Chagas, 31 de outubro de
2025
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.304
Não é uma novidade, mas sempre é novidade. Que
bom, matar a saudade do comércio de Santana do Ipanema, neste final de mês. Assim estacionamos defronte a Matriz de
Senhora Santa Ana em plena tardezinha, quando o Sol alongava as sombras dos
edifícios e nossas. E não é defeito algum da foto abaixo, mas sim a condição do
tempo esmorecido que o poente oferece. O fim de uma tarde esvanecida e a
imponência do Museu da cidade como um gigante que estar adormecendo. Na verdade,
também é saudoso o langor que nos leva a destacar o Museu Darras Noya ao lado
da torre mais bela do interior e escrevendo garboso o amor à terra. Foi ali,
defronte do guardador de lembranças onde negociamos 20 anos com tecidos. E das janelas azuis do pomposo edifício,
contemplamos a rua ladeirosa que ali se inicia e vai lamber as areias grossas
ou as águas barrentas do rio Ipanema, com outro majestoso título: Barão do rio
Branco. É o “Quinteto Arquitetônico do Comércio” que é beijado pelo astro
misterioso que procura o horizonte. Museu, Matriz, casarão de esquina, casarão
da estátua, casarão do coronel, mostrando o passado faustoso que continua a
honrar o nosso passado histórico, altivo e progressista. Parecem debruçados em seus janelões
iluminados, antigos habitantes do prédio caprichado: Seu Queiroz, Dr. Arsênio,
Seu Moreninho, Dona Antéa... Sob o
cheiro das flores vermelhas e das flores brancas do jasmim, espiando por cima
do muro picotado.
O Comércio, ativo, quer fechar. Motos transitam aproveitando a quietude
comercial, Os transeuntes aproveitam os últimos minutos da tarde para suas
compras. E a hora mais sagrada, das do crepúsculo sertanejo vai chegando
mansinha querendo se despedir de mais um dia de outubro. E voltamos novamente
para a atenção sobre a imponência do edifício histórico que abrigou o maestro Seu
Queirós, desde os tempos de Santana Vila. Imaginamos ali guardados, os instrumentos
musicais da primeira banda de música do município. A tardezinha não quer
esperar meditações, mas acompanhar meditações com sua companheira noite que se
aproxima.
Saudações à tarde, saudações, ao cenário.
MUSEU E IGREJA MATRIZ (FOTO: B, CHAGAS).
PRACINHA DO AMOR Clerisvaldo B. Chagas, 29 de outubro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.303 Existe uma t...
PRACINHA DO
AMOR
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de outubro de
2025
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.303
Existe
uma técnica urbana para fazer marcações antecipadas do que será feito depois.
Como exemplo temos um terreno que será uma praça, mas primeiro os técnicos
deixam que as pessoas transitem bastante no terreno e de um sof´acordo com a
tendência das veredas que deixam, a praça é construída com estas passagens já
consolidadas pelo povo. Nem sempre isso
é feito, porém, já se usa esta técnica, sim. Semana passada estivemos
transitando pela rua Joel Marques, no Bairro Paulo Ferreira. O ponto de
referência para onde fui era a Praça do amor, que oficialmente não existe, mas
eu já sabia da sua existência a muito mais de um ano.
Na
época, sem área de lazer na via comprida, os moradores aproveitaram um pequeno
barranco à margem da rua, colocaram ali um sofá velho, um ou dois bancos de
madeira e fizeram como um acampamento de sem Terras e Sem tetos. Sempre se reúnem
ali para deixarem a conversa em dia, para um joguinho de dominó ou de outra
coisa e aguardarem. Aguardarem o que não vem. Ainda não houve sensibilidade das
autoridades em darem um retoque verdadeiro na iniciativa popular. Necessitando de título de identificação, o
logradouro improvisado recebeu uma placa de papelão ou outro material, escrito “Pracinha
do Amor”.
Sempre
que transito por ali, nunca vi nenhuma mulher na pracinha, só marmanjos. Isso
quer dizer que o amor escrito no título rude, não é sobre homem e mulher, mas
sim, de amor ao local, de amor à rua, de amor à comunidade. É de fato
emocionante a iniciativa, o apoio e a dedicação de pessoas humildes em busca de
seus próprios espaços. Recentemente a rua, calçada com paralelepípedos, foi
asfaltado como corredor primordial de acesso a pontos turísticos. Entretanto,
não temos conhecimentos se algum vereador teve alguma sensibilidade pela obra
improvisada e se abraçou a causa dos humildes, junto a seus pares e a
prefeitura local.
PRACINHA
DO AMOR (FOTO: B. CHAGAS).

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.