ENTREVISTA FEITA
Clerisvaldo B.
Chagas, 3 de julho de 2025
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.260
Ainda sem
recuperação total de um probleminha de saúde, como havia prometido, enfrentei o
frio e a chuva e fui para a entrevista com senhora e senhoritas acadêmicas da
UNEAL. Fomos para os estúdios de Podcast do jornalista Lucas Malta ao invés do
Departamento de Cultura, onde ocorreu o desenrolar da história
de Santana. Muito proveitosa a palestra que fez movimentar os neurônios e que
trouxe à superfície inúmeros fatos que reacenderam o passado e emocionaram
entrevistado e entrevistadoras. O que faz a inspiração do entrevistado, é ao
notar o interesse sincero, sem maquiagem dos entrevistadores e assim entregar o
peixe como um rio generoso. Temos que passar o bastão para um sangue bom, pois,
os fracos de espírito rejeitam os obstáculos da jornada.
Todo
filho da terra deveria assumir um compromisso sério com o seu berço. Sim, nem
todo mundo tem o pendor das letras, mas a sua terra pode ser exaltada de várias
maneiras. Creio que o início de tudo é conhecer bem o município em que nasceu.
Suas dificuldades, suas belezas, e todos os aspectos históricos e geográficos.
Daí em diante você cria amor e vontade de fazer algo pelo seu torrão, na
música, nas letras, no artesanato, na culinária, na política... Retribuindo em
parte seu nascimento na região. Existem
ainda alguns aspectos de Santana do Ipanema que ainda não estão totalmente
registrados, mas apenas citados superficialmente na tradição oral. Cabe aos
mais jovens, descobrirem essas relevantes passagens históricas, desvendá-las e mostrá-las
à sociedade.
Como
dizia meu melhor professor de Geografia, Alberto Nepomuceno Agra: “O rio Amazonas
é o maior do mundo, mas para nós o rio Ipanema é mais importante”. E eu repito
aos jovens: “A serra do Mar é importante, mas para nós, mais importante ainda é
o serrote do Cruzeiro, a serra Aguda, a serra da Camonga”. Ah, sim! Vamos estudá-las
para saber o porquê. Ora, eu que sou professor e escritor, estive aprendendo com
as minhas formosas entrevistadoras, quanto mais um aluno comum, o que terá que
aprender!? E assim vamos tentando louvar o nosso Sertão intimorato, bravo,
heroico, porém, mais doce do que o mel mais doce. Sertanejo com muito orgulho!
Fé e resistência!
UM
IDOSO NUM JARDIM (FOTO: EQUIPE DA UNEAL).
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