quarta-feira, 2 de julho de 2025

 

ENTREVISTA FEITA

Clerisvaldo B. Chagas, 3 de julho de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.260

 



Ainda sem recuperação total de um probleminha de saúde, como havia prometido, enfrentei o frio e a chuva e fui para a entrevista com senhora e senhoritas acadêmicas da UNEAL. Fomos para os estúdios de Podcast do jornalista Lucas Malta ao invés do Departamento de   Cultura, onde ocorreu o desenrolar da história de Santana. Muito proveitosa a palestra que fez movimentar os neurônios e que trouxe à superfície inúmeros fatos que reacenderam o passado e emocionaram entrevistado e entrevistadoras. O que faz a inspiração do entrevistado, é ao notar o interesse sincero, sem maquiagem dos entrevistadores e assim entregar o peixe como um rio generoso. Temos que passar o bastão para um sangue bom, pois, os fracos de espírito rejeitam os obstáculos da jornada.

Todo filho da terra deveria assumir um compromisso sério com o seu berço. Sim, nem todo mundo tem o pendor das letras, mas a sua terra pode ser exaltada de várias maneiras. Creio que o início de tudo é conhecer bem o município em que nasceu. Suas dificuldades, suas belezas, e todos os aspectos históricos e geográficos. Daí em diante você cria amor e vontade de fazer algo pelo seu torrão, na música, nas letras, no artesanato, na culinária, na política... Retribuindo em parte  seu nascimento na região. Existem ainda alguns aspectos de Santana do Ipanema que ainda não estão totalmente registrados, mas apenas citados superficialmente na tradição oral. Cabe aos mais jovens, descobrirem essas relevantes passagens históricas, desvendá-las e mostrá-las à sociedade.

Como dizia meu melhor professor de Geografia, Alberto Nepomuceno Agra: “O rio Amazonas é o maior do mundo, mas para nós o rio Ipanema é mais importante”. E eu repito aos jovens: “A serra do Mar é importante, mas para nós, mais importante ainda é o serrote do Cruzeiro, a serra Aguda, a serra da Camonga”. Ah, sim! Vamos estudá-las para saber o porquê. Ora, eu que sou professor e escritor, estive aprendendo com as minhas formosas entrevistadoras, quanto mais um aluno comum, o que terá que aprender!? E assim vamos tentando louvar o nosso Sertão intimorato, bravo, heroico, porém, mais doce do que o mel mais doce. Sertanejo com muito orgulho! Fé e resistência!

UM IDOSO NUM JARDIM (FOTO: EQUIPE DA UNEAL).

 

 

 

 

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