O FASCÍNIO PELOS MONTES Clerisvaldo B. Chagas, 11 de fevereiro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano. Crônica 1.633.   ...

O FASCÍNIO PELOS MONTES



O FASCÍNIO PELOS MONTES
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de fevereiro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano.
Crônica 1.633.
 
Serrote do Cruzeiro em Santana do Ipanema, na seca. (Foto: em 5.2.2017. Clerisvaldo B. Chagas).

Notamos nos diversos tipos de literatura de todos os países, uma admiração respeitosa pelos montes. A própria Bíblia exemplifica as montanhas como coisa sagrada. Desde os picos mais altos do mundo aos simples serrotes dos sertões nordestinos parece mesmo existir uma magia inexplicável. A história confirma o sentimento humano beatificando os altos atestando a morada dos deuses gregos, egípcios ou palestinos. Os picos parecem furar as nuvens ficando a alguns palmos do céu.
Os homens sobem as serras para glorificar a Deus mais de cima, erguem capelas, cruzeiros, templos e abrem os braços como comandantes da Terra. Em todos os países, em todas as regiões as montanhas quebram não somente a monotonia física da paisagem, mas a unidade da crença negativa. E a esperança surge no Monte Tabor, no Monte Sinai, nos Alpes, no Pico da Neblina com seus quase três mil metros ou mesmo no serrote do Cruzeiro em Santana do Ipanema com seus em torno dos cem metros.
É o morro da Maranduba, em Arapiraca, a serra da Onça em Mata Grande, a serra Naceia em Boca da Mata e em qualquer município que tenha o privilégio de possuir essas elevações, quem sempre chamam o povo. As ermidas estão ali, como motivos de promessas ou apenas pelo fascínio das alturas. Tempo de Semana Santa esses lugares de tradição católica, enchem-se de peregrinos que espantam os meses de solidão das capelas.
E ainda são lá mesmo no cimo do morro onde deixamos os nossos pecados e renovamos as nossas energias. Parece até que Deus fez os planaltos, as planícies, as depressões, para moradias dos homens e desenhou as montanhas como forte opção de refúgio.
Alegria é avistar a cordilheira; penosa é a subida; divino o que se vê; saudosa é a descida.
Glorifiquemos o fim de semana.

UMA IGNOMÍNIA CONTRA A POPULAÇÃO AGONIA E MORTE DO RIACHO CAMOXINGA Clerisvaldo B. Chagas, 7 de fevereiro de 2017 Escritor Símbol...

UMA IGNOMÍNIA CONTRA A POPULAÇÃO - AGONIA E MORTE DO RIACHO CAMOXINGA



UMA IGNOMÍNIA CONTRA A POPULAÇÃO
AGONIA E MORTE DO RIACHO CAMOXINGA
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de fevereiro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.631

Riacho Camoxinga antes do Estadual. Foto (Clerisvaldo B. Chagas, 5.2.2017).
Após vinte cinco anos de promessas políticas quando parte do centro de Santana do Ipanema, Alagoas, deveria se tornar uma Praça multe eventos, fomos pesquisar os últimos mil metros do riacho Camoxinga.
Maior afluente urbano do rio Ipanema no município, o riacho Camoxinga, corta a cidade, despeja no coletor principal na área do Comércio e forma o maior bairro com o mesmo nome e que representa hoje a metade do sítio urbano. É o segundo maior símbolo físico de Santana.
Vindo das imediações do sítio Pinhãzeiro, o riacho penetra na cidade por trás do casario que atualmente forma duas ruas conhecidas como Ruas do Colégio Estadual. Até aí as águas são límpidas, pois esse casario usa banheiros e fossas, recolhe o lixo e torna o acesso ao riacho, praticamente impossível para estranhos.
A partir da primeira ponte, ainda em uma das ruas do Estadual, o riacho descamba para atravessar uma segunda rua. Esse pequeno trecho, sendo propriedade particular, ainda permite que o riacho aponte bem na outra via, mesmo recebendo algum lixo dos transeuntes da ponte. Mas a parti daí começa a agonia. Águas de esgotos e fossas são lançadas diretamente no córrego, contaminando toda a área até a sua foz, sem contar com a fedentina insuportável. O riacho faz meandros e corta a BR-316. Esse é o trecho onde se acha jogado todo o lixo do Brasil. Da ponte da BR-316, a carniça banha os fundos do Bairro Artur Morais, onde sai coletando e entulhando, sofás, geladeiras, fogões, isopor, animais mortos, lixo doméstico e lixo das feiras da quarta e do sábado.
Isso tudo é distribuído no Largo onde seria a praça, que despeja pelo transporte alternativo mais de mil pessoas, todos os dias, vindas de cerca de 30 municípios. Ponto de embarque e desembarque de passageiros tratados dentro dos lixões como se fossem cachorros.
Riacho após o Estadual, a ignomínia descarada. Foto: (Clerisvaldo B. Chagas, 5.2.2017).
Fora isso, existe uma invasão de pequenas casas comerciais e barracos de todos os tipos sem critério algum numa terra de ninguém. Até a subida calçada de um beco que dá acesso a parte superior do comércio (beco do peixe) é degradante e só passa por ali quem tem pulmão de ferro.
Não conseguimos concluir o nosso trabalho geográfico porque os atuais donos não deixaram acesso ao leito do esgoto e as tripas não aguentaram subir o riacho por baixo da ponte Padre Bulhões, onde se dá o encontro das podrices.
Nem delegado, nem juiz, nem prefeito, nem padre, nem pastor... Ninguém se preocupa com a parte mais degradante do meio ambiente e das inúmeras doenças que atacam os santanenses.
Foi muito difícil pensar em alimentação depois do que vimos na terra de ninguém!

QUEM SABE, SABE Clerisvaldo B. Chagas, 6 de fevereiro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.631 Foto: (Reprodu...

QUEM SABE, SABE



QUEM SABE, SABE
Clerisvaldo B. Chagas, 6 de fevereiro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.631
Foto: (Reprodução G1).
Felizmente existem estudiosos em todos os quadrantes do mundo. O leque de ciências que se mostra sobre a Terra distribui oportunidades para todos, permitindo surpresas e mais surpresas das invenções e descobertas.
Lembram-se das nossas aulas de Geografia e Ciências? Recorda a palavra Pangeia? Pangeia era o único continente que teria existido na Terra há 200 milhões de anos, outros falam em 350 milhões de anos atrás. Era cercado por um único oceano denominado Pantalassa. Quando o Pangeia se fragmentou deu origem aos continentes atuais, com dois enormes pedaços chamados: Gondwana e Laurásia. A América do Sul, África, Austrália e Índia faziam parte do Gondwana. A América do Norte, Europa, Ásia e o Ártico, faziam parte da Laurásia.
Pois bem, teorias e teorias, estudos e mais estudos, muitas frustrações e ironias depois, cientistas descobrem fragmento do continente perdido. Pedaços que datam desde três bilhões de anos atrás foram encontrados nas Ilhas Maurício, Oceano Índico.
Resumindo as descobertas para não entrar em tanto palavreado não comum ao leitor, tudo resulta em riqueza. Riqueza de conhecimento, valorização das pesquisas, ouro nas ciências afins como Geologia, Geografia, Geodésia, História e tantas outras que irão encontrar novos e vibrantes motivos para os seguidores.
As notícias sobre o espaço têm acontecido com maior frequência nos últimos anos. Mas as ciências que estudam o interior da Terra e todas as áreas do conhecimento humano evoluem, algumas com mais rapidez, dependendo das finanças e das condições de trabalho.
Infelizmente as mais diversas, significativas e surpreendentes notícias das invenções e descobertas humanas, não são repassadas para as escolas. Nos jornais, uma pequena ilha cercada de mediocridade por todos os lados.
E assim vamos ruminando couro velho (da canseira dos informativos): sexo, prisão, droga, roubo, cantor e o interminável rosário da Lava Jato que se um dia encerrar será com grande festa de buchada e cachaça nordestina.