quinta-feira, 17 de julho de 2025

 

NOVO LANÇAMENTO

Clerisvaldo B. Chagas, 18 de julho de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.272



 

O “Bairro Lajeiro Grande”, em Santana do Ipanema, é um dos mais altos e maiores da cidade. Foi originário de um milagre do padre Cícero Romão Batista. Tendo alcançado o milagre, o devoto chamado Hilário, construiu em agradecimentos ao vigário do Juazeiro, uma igrejinha no topo de um lajeiro enorme, em suas terras. O desdobrar dessa história formou o hoje Bairro Lajeiro Grande e a igrejinha passou por algumas reformas. Uma imagem do padre Cícero chegou defronte à igrejinha, vinda do antigo serrote Pelado (Alto da Fé), colocada na gestão do prefeito Isnaldo Bulhões e, até hoje ali permanece. Será esse o cenário de lançamento do livro “PADRE CÍCERO – 100 MILAGRES NORDESTINOS, no dia 20 de novembro.

Por questões que nem vale à pena citar, resolvemos fazer o lançamento do livro no Lajeiro Grande e não mais na Pedra do Padre Cícero, em Dois Riachos. O livro será distribuído gratuitamente entre os devotos e romeiros que testemunharam seus milagres para o citado livro e que estão devidamente numerados, titulados e textualizados individualmente. Os romeiros e devotos registrados ou seus familiares, receberão um livro cada e serão convidados através de uma rádio da cidade e de boca a boca. Faremos todos os esforços para haver missa, homenagem, música típica e fogos. No primeiro momento não haverá distribuição de livros para devotos e romeiros outros que não sejam os dos testemunhos do livro. Entretanto todos poderão participar do evento.

Estamos tentando fazer uma programação de lançamento, simples, mas muito significativa. O livro que será lançado tem depoimentos de romeiros de Santana do Ipanema, Poço das Trincheiras, Ouro Branco, Cajazeiras e João Pessoa, Paraíba. Aliás, pessoas de Cajazeiras estarão presentes no dia do evento.   O livro já se encontra no prelo, istó é, na gráfica para impressão. E ainda este mês, os livros estarão prontos. Entre a solenidade simples que está sendo preparada, vai haver entre as homenagens, a entrega de título a um devoto ou devota com o reconhecimento dos seus esforços em prol do padre Cícero: MINISTRA (OU MINISTRO) DOS ROMEIROS.

Assim começamos o aviso a todos. prepare-se, então para comparecer no dia 20 de novembro ao Lajeiro Grande, para juntos homenagearmos o meu compadre e amiguinho padre Cícero.

LAJEIRO GRANDE

 


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quarta-feira, 16 de julho de 2025

 

ZÉ CHAGAS – UM HOMEM CRIATIVO

Clerisvaldo B. Chagas, 17 de julho de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.270

 



Já falei sobre esse assunto.

Para não cansar o leitor contarei apenas três passagens engraçadas do saudoso primo Zé Chagas, muito trabalhador e muito espirituoso santanense.

Primeira: Certa feita estávamos na loja de tecidos do meu pai, quando chegou uma cartomante bastante conhecida na cidade, chamada Maria Galega; indagou aos presentes se queriam saber o futuro. E olhando para o “primo véi”, disse, “vou deitar as cartas para você”. Ajeitou o baralho e disse de primeira: “Estou vendo ouro na sua vida”, o primo gaiato respondeu de pronto: “Só se for ourina, Maria”

Segunda: No sertão temos o pássaro anu-branco e anu-preto.  Aliás, não sendo fácil atirar de espingarda ou peteca (baladeira, estilingue, assim conhecida em outras regiões) e matar um anu que pula muito quando estar sendo alvo, foi criado o ditado sertanejo: “Quem tem pólvora pouca não atirar em anum”. Pois bem, Zé Chagas, ao passar pelo comércio em hora de não expediente, encontravam-se sentados no batente da loja, dois homens pretos bastante conhecidos: Filemon e Zé Preto.

Zé Chagas, do tirocínio aguçado, assim que os avistou, falou para seu acompanhante, apontando para os dois: “Pia! (espia) onde tem um casal de anum preto!

Terceira: Zé Chagas tinha uma casa de jogo à rua Tertuliano Nepomuceno, chamada “Bafo da Onça”. Defronte, do outro lado da rua, havia uma funerária. O dono da funerária, então, pediu a Zé Chagas que ficasse tomando conta do estabelecimento enquanto ele iria resolver um problema e logo retornaria. Zé Chagas aceitou a incumbência, mas pediu os preços dos caixões de defuntos, poderia chegar alguém querendo comprar. Ora, logo, logo, chegaram dois homens, pai e filho. Havia morrido uma senhora, mãe de um e esposa do outro. O viúvo olhou o mostruário, escolheu um caixão e indagou quanto custava aquele. Zé Chagas deu o preço. O cidadão perguntou se ele não daria um abatimento. Mas a gaiatice de Zé Chagas, não perdoava nem a morte! Disse para o homem: “Se o senhor levar dois caixões, eu faço menos”. Não levou uma sova de pai e filho por exclusiva sorte.

E assim, havia mais dois na cidade semelhantes no raciocínio rápido e piadas instantâneas; Expedito Sobreira e Costinha.

 


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