O ABRAÇO DO SÃO FRANCISCO
Clerisvaldo B. Chagas, 1 de julho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.336
(CRÉDITO: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL). |
Em meio a tantas notícias péssimas, chega
alguma coisa mais agradável aos sentidos sertanejos: a verba para dá
continuidade às obras do Canal do Sertão, maior obra hídrica de Alagoas.
Iniciado no município de Delmiro Gouveia o canal é planejado para percorrer 250
quilômetros, de Delmiro a Arapiraca, isto é, passando pelo Sertão e entrando no
Agreste. Foi dividido em oito trechos, dos quais três deles já estão
funcionando plenamente, de Delmiro Gouveia a São José da Tapera, trechos I ao IV,
com 123 km, sendo beneficiados além de
Delmiro, Água Branca, Pariconha, Mata Grande, Canapi, Inhapi, Olho d’Água do
Casado e Piranhas. Foram registradas mais de 500 captações para atividades
pecuárias e comunidades rurais. Essas são informações do Ministério do
Desenvolvimento Regional encontradas no site Sertão na Hora.
Devido a grande importância da obra, achamos
que as informações do andamento dos trabalhos – sonho e luta de mais de 40 anos
– precisaria estar sempre na pauta das divulgações. Acontece tanto tempo de
silêncio sobre o tema levando tudo para um esquecimento temporário que parece
esfumaçado o projeto de redenção. Somente quem vive no semiárido compreende a
importância desse trabalho que orgulha a engenharia brasileira. A realidade já
apresentada é coisa fantástica com suas pontes, túneis, passarelas e extensão.
Caso seja administrado com a competência que exige uma das maiores obras do
mundo, o Canal do Sertão irá transformar aquele pedaço de Nordeste sofrido em “Terra
de Leite e Mel”.
Alagoas recebeu agora, uma parcela de 36,04
milhões para a continuidade dos trabalhos, diz a divulgação. Passou voando por
Santana do Ipanema que não foi contemplada em suas terras com essa extensão do “Velho
Chico”. Não houve luta de políticos santanenses para defender sua inclusão na
obra. Isso, porém, é passado e o
importante é que muitos outros municípios do alto sertão e da Bacia Leiteira
foram incluídos. Esperamos que no final dos trabalhos a convivência com as secas
ocasionais seja até motivo de orgulho e contentamento da fibra sertaneja, da
raiz blindada e persistente por um futuro poderoso.
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