terça-feira, 26 de setembro de 2023

 

ORGULHO LATINO-BRASILEIRO

Clerisvaldo B. Chagas, 27 de setembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.969

 



Os dois faraônicos projetos brasileiros e latinos, estão muito mais acima da classificação comparativa. Quem imaginaria duas coisas como essas que estão para acontecer!? Uma estrada rodoviária que se inicia em São Paulo, no Oceano Atlântico (Porto de Santos), até o Oceano Pacífico, no Chile, portos de Antofogasta e Iquique. Rodovia esta que cortaria, no Brasil, os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, passando pelo sul do Pantanal. Deixando o Brasil, a rodovia penetra pelo Paraguai, Argentina e Chile, o seu destino final. Entre as distâncias divulgadas, está a de 3.320 km, entre ambos os oceanos. Cada país interessado em exportar pelo Atlântico ou pelo Pacífico, já se movimenta em relação a rodovia em seus respectivos países.

Brasil e Paraguai já estão perto do término de uma ponte trabalhada pelos dois lados. A expectativa é que que a obra total esteja pronta dentro de dois anos. A rodovia já tem apelido popular de “Corredor Bioceânico”, por sinal, um belo nome! Será que você é brasileiro, estudante ou não e nem sabia disso? A outra obra que será magnífica, é a segunda estrada que também ligará o Oceano Atlântico, no Brasil, ao Oceano Pacífico, no Peru. Aí, segue por outro roteiro com os mesmos objetivos, mas essa é uma ferrovia, também apelidada de “Ferrovia Bioceânica”. Seu roteiro no Brasil, é São Paulo (Porto de Santos) Mato Grosso, Rondônia, Acre, Bolívia, Peru (Porto de Ila), no Oceano Pacífico. A primeira está sendo aprontada, a segunda, trechos ainda discutidos.

Quando prontos, fomentarão o desenvolvimento do comércio da América do Sul com o resto do mundo, em muito menos tempo, muito mais competitivo e mais seguro. Pelo Atlântico facilitará as transações com Europa e África. Pelo Pacífico, fica viável o comércio com o Oeste dos Estado Unidos e o mundo asiático. O país que for invejoso, vai morrer de inveja dessas duas obras que estarão no topo das maiores do mundo. Não caberia em apenas uma crônica, a grandeza detalhada desses empreendimentos diretamente nos países participantes e indiretamente para todos os que fazem a América do Sul e Caribe o grande orgulho latino, exemplo para o mundo e coroação para o Sul-Global. Tenha orgulho do Brasil!

IMAGEM (PIXABAY).

 


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segunda-feira, 25 de setembro de 2023

 

VENDE-SE UMA CASA

Clerisvaldo B. Chagas, 26 de setembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.968



 

Ouvindo agora o que foi o maior cantor do mundo, em minha opinião, Altemar Dutra, bateu-me um sentimento grande de saudade e comoção ao lembrar um episódio do passado. Junto a um companheiro, não lembro quem, fomos tomar uma cervejinha gelada no chamado serrote do Pelado, modernamente denominado Alto da Fé. Nesse monte, já urbanizado, havia uma casa suspeita com um bar defronte. Podia-se curtir a paisagem da parte norte de Santana do Ipanema enquanto se bebericava. Foi, então que vi chegar um carro com um casal – ainda hoje a subida de carro não é fácil – pediram uma cerveja e sentaram-se à mesa vizinha. Ele, já um senhor de meia idade, ela, uma senhora não tão bonita, mas com certo charme, em torno de 30 a 40 anos. Ela fumava, ele não.

Eu observava, disfarçadamente, aquele casal, cuja alegria da mulher com o foco no seu acompanhante era bem visível. Ele muito tranquilo, apenas mexia com as chaves do veículo. Descobrimos forçando uma aproximação, que o casal era de Arapiraca e estava fazendo um tour pelo Sertão. A mulher era divorciada e aquele cidadão era o seu novo amor. Ah! Só poderia ser. A senhora não cabia na saia de tanto contentamento. Só havia olhos para o companheiro que procurava disfarçar. Nesse momento ela pediu a música “Vende-se Uma Casa”, do compositor e cantor Jota Ribeiro, uma página brega de grande sucesso da época. O homem continuava tranquilo, falando pouco, mas a mulher ficou vermelha, emocionada, olhos injetados, mesmo assim não demonstrava nenhuma tristeza, só emoção com novo o idílio.

Eles disseram que ainda iriam percorrer várias cidades até voltar para a “Terra do Fumo”. Nunca tinha visto tanto felicidade brotando numa senhora. Deixamos o lugar quando o casal pediu uma saideira. Na cabeça ficou a impressão daquele encontro durante muito tempo. Pensei como poderia tirar proveito da ocasião para mim inusitada. E, lá adiante, eu escrevia um romance do ciclo do cangaço, quando precisei de cena semelhante. Fui mentalmente ao serrote Alto da Fé, dei novos nomes ao casal apaixonado, conduzi a dupla, para a época cangaceira e os transformei em personagens de um dos meus romances. O tempo nos revela cada coisa!

Vende-se uma casa!

 

 

 


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domingo, 24 de setembro de 2023

 

PALESTINA

Clerisvaldo B. Chagas, 25 de setembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.967

 



Estamos no entroncamento de Olho d’Água das Flores. Para poder seguirmos para Maceió, vamos logo entrar por outro ramal AL-130, em direção ao rio São Francisco onde iremos encontrar apenas duas cidades: Palestina e Pão de Açúcar, fim de linha terrestre.

Iremos encontrar a cidade de Palestina na margem esquerda da AL, não muito longe de Pão de Açúcar. Palestina é uma cidade plana e com inclinações suaves em terreno bom e enxuto, com grande espaço de caatinga rasa para ser ocupado. Ainda é uma cidade em formação, ensolarada, típica, simples e bela que tem sua feira semanal como atração e que, cada vez mais atrai feirantes de outros lugares.  Vive da pecuária e da agricultura. Palestina possui pouco mais de 5.000 habitantes chamados palestinenses, encontra-se a 150 metros de altitude e a 220 km da capita, Maceió.

Originou-se de uma fazenda de gado, virou distrito e recebeu a denominação de Retiro. Foi emancipada de Pão de Açúcar em 27.08.1962. Palestina tem como padroeiro o Sagrado Coração de Jesus que é louvado nos festejos em 27 de agosto. Possui o açude construído pelo DNOCS como um grande atrativo para seus munícipes que ali pescam e se refrescam durante o calor do semiárido.  Seus habitantes também costumam frequentar as praias de água doce de Pão de Açúcar, sua antiga sede, pela sua proximidade. Suas feiras semanais expõem produtos não encontrados em outros lugares e que ainda resistem, principalmente tradicionais guloseimas.  

Palestina tem esse nome por motivo religioso e é apelidada popularmente como “A Estrela do Sertão”. Moderna praça na avenida principal, atualmente dá um tom significativo de avanço no urbanismo. Palestina é banhada pelo “riacho do Farias”, bem famoso na geografia sertaneja. Ultimamente ouvimos uma bela melodia em que exalta a terra palestinense. De qualquer maneira, é mais uma opção de passeio para o interior do estado, que pode desaguar nas praias do “Velho Chico”, em Pão de Açúcar. Nos últimos tempos houve certa agitação política na Palestina e, ao que parece, caso resolvido, mas sem tirar a beleza e a tranquilidade da Estrela do Sertão.  Com dias quentes e noites agradáveis, palestina bem que inspira uma boa página de Seresta. Aguardando sua visita.

 


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terça-feira, 19 de setembro de 2023

 

NAS BARREIRAS DO PANEMA

Clerisvaldo B. Chagas, 20 de setembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.966

 





Pela tradição secular e de nossos avós, chamamos o nosso rio Ipanema, simplesmente de Panema. A supressão do “I`”, aumenta ainda mais o nosso amor a esse curso d’água de denominação indígena – água ruim para beber – mas que assegurou a existência dessa civilização das caatingas alagoanas. Mais de dois séculos matando a sede do santanense, o rio Ipanema é a grande relíquia geográfica do Sertão. E todas as vezes que se anda pelo seu leito de período seco, se descobre curiosidades que interessam de perto a pesquisadores, infelizmente cada vez mais sumidos. E como de vez em quando bate a saudade da paz que reina no seu leito, fomos percorrer novamente o trecho Barragem – imediações da Rua Delmiro Gouveia.

Nem parece que aquele caminho de areia grossa está exatamente no meio da cidade, tal a imensa solidão e a paz reinante por ali.  Se por um lado tem fundos de residência, por outro, predominam as barreiras imensas e inclinadas cujo topo, lá longe, permite ruas e prédios importantes como UFAL e Hospital. É aí, em determinado ponto das barreiras onde se aninham as garças pantaneiras em épocas de migração. Na busca por alimentos, as aves caçam peixes nos poços do Panema. Alguns daqueles poços que sobraram das cheias, cobrem-se de um tapete verde de plantas aquáticas, muito bonito, por sinal, mas motivadas pela poluição da qual se alimentam. As garças pousam sobre o tapete verde e agem nas águas com seus bicos longos.

O espetáculo é deslumbrante e raro, numa região sertaneja e tão longe do Pantanal mato-grossense. Lembramos de nossos arquivos onde registramos o fato numa incursão da AGRIPA pela área. Dessa vez as pantaneiras ainda não haviam chegado e continuamos a apreciação da Natureza. As barreiras do Panema estavam de mato verde, o que equivale a uma pequena floresta. Isso impedia a visão do ninhal mais acima e visto outrora. Quando o tempo está assim, pode aparecer cobra nas trilhas e nos pedregulhos doa areal, mas nada de serpentes, nem de roedores, nem de outros bichos selvagens, quando muito, um “tsiu” longínquo de algum bem-te-vi mais atento. Você quer paz, mas não almeja solidão. Para que continuar?

Meditação e retorno sob as bênçãos das barreiras do Panema.

GARÇAS PANTANEIRA NO LEITO DO RIO IPANEMA E NINHAL DA MARGEM AO ENTARDECER (FOTO: B. CHAGAS/ARQUIVO).


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segunda-feira, 18 de setembro de 2023

 

O PONTO DO I

Clerisvaldo B. Chagas, 19 de setembro de 2023.

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.965



 

Não dá mais para entender o clima, pois o tempo no Sertão deu um nó na cabeça de todo mundo. Além de um inverno longo com tempo frio, nublado, chuvas serenadas e poucas, chega-se a uma semana do fim, mais esquisita ainda. Após alguns dias de sol, volta o tempo nublado frio e serenos esporádicos. O que é isso! Coisa nunca vista por aqui. E vamos apenas aguardando o desenrolar das mudanças no mundo dos climas, das tragédias, da geopolítica e da indiferença das mudanças espirituais do Planeta. Mais festas e festas acontecem e se assemelham aos tempos bíblicos de Noé. Enquanto a barca era construída, não faltava aviso do que viria, mas as celebrações a tudo aconteciam até o dia do dilúvio. A nova estação está à porta, mas será mesmo que haverá nova estação?

Não se pode perder o celebrar da vida, mas também não se deve fechar os olhos aos acontecimentos globais. Em nosso estado, estamos na iminência de uma seca verde, muito embora a armazenagem de água tenha sido boa no Sertão e Agreste. E sem nada definido, carros-pipa parados lubrificam a vontade de trabalho. Com preocupação de uns e indiferença de outros, prossegue a rotina sertaneja com festas, sem festas, com frio ou sem frio. Entregar totalmente o tempo às mãos da Natureza, parece ser a solução para a mentalidade do menor esforço e a frase: “Faz que te ajudarei” caminha para o brejo. Recorrer a quem? Não é melhor socar a cabeça no chão, como Avestruz, até que venha aurora nova?

Não dá mais para contemplar o comportamento de alguns animais e alguns vegetais da flora nativa. A mudança climática é geral, atinge as áreas do Clima, Relevo, Hidrografia, ... E que tudo vai fazendo um efeito dominó sobre todas as outras, inclusive na psicologia. Estamos vivendo sim o fim dos tempos, mas com a chegada de uma nova era. Talvez as coisas estejam acontecendo cem por cento diferente de tudo que já foi imaginado, mas que está acontecendo, está. E o que fazer? Sem querer imitar Igrejas e crenças, pode-se afirmar uma palavra-chave: “Vigiai”.

Mas agora em que o tempo parece estranho, frio, escuro e incerto, que tal um café pequeno e uma prece ao Senhor dos Mundos?!

TEMPO EM SANTANA (FOTO: B. CHAGAS).

 


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domingo, 17 de setembro de 2023


 

OLHO d’ÁGUA DAS FLORES

Clerisvaldo B. Chagas, 18 de setembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.964


Tendo Santo Antônio como padroeiro, a cidade de Olho d’Água das Flores é, geograficamente, um brejo de pé-de-serra. Estar situada nas faldas da serra do Gavião e emancipada de Santana do Ipanema em 2 de dezembro de 1953. Seu relevo é plano com ladeiras suaves e seu comércio e serviços lideram entre às cidades da vizinhança. Faz parte da bacia leiteira. Vive da agropecuária, do comércio e dos serviços, suas terras são consideradas férteis e o lugar bom de chuvas. Os filhos de Olho d’Água são chamados de olho-d’aquenses. A cidade está situada a mais ou menos 206 km da capital, Maceió. Com uma população de mais de 20.000 habitantes, é uma das mais habitadas do Sertão. Quanto a sua altitude, está localizada a 287 metros acima do nível do mar.

A cidade dispõe de bons restaurantes e churrascarias com uma culinária geral típica sertaneja. Na parte esportiva brilha o Centro Esportivo Olho-d’aquense – CEO, que vem disputando na série de elite do futebol alagoano. Seu clima semiárido e suas terras férteis, sempre permitiram excelente produção de grãos.  É uma cidade bem ensolarada e que se comunica constantemente com o centro maior (sua antiga sede) com uma rede de transportes alternativos pela AL-120. Na periferia de Olho d’Água, existe um entroncamento muito importante Norte-Sul, Leste-Oeste. Uma estrada vai para Palestina, Pão de Açúcar; outra vai para São José de Tapera, Piranhas e mais; a terceira para Batalha, Maceió; e a outra vai para Santana do Ipanema.

Em 1926, Lampião, após assaltar a zona rural de Santana, tirou direto para a, então vila de Olho d’Água das Flores com 106 e cabras, corneteiro tocando à frente. Passou muitas horas ali, assaltou o comércio, mas no fim, ninguém morreu nessa invasão. Fatos narrados pelos escritores Oscar Silva e Valdemar de Souza Lima. A prosperidade da vila com bom comércio e produção de milho, feijão, mamona, castanha, algodão e industrialização deste produto, contribuiu para a sua independência de Santana do Ipanema. Essa prosperidade nunca parou de acontecer, fazendo da terra um centro importante para o agronegócio e equilíbrio de comércio na sua região. A posição geográfica da cidade é profundamente estratégica e atrai cidades vizinhas para os intercâmbios básicos da economia.

OLHO d’ÁGUA DAS FLORES (FOTO PARCIAL DIVULGAÇÃO).


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quinta-feira, 14 de setembro de 2023

 

PRIVILÉGIO EM SONHAR COM ELAS

Clerisvaldo B. Chagas, 15 de setembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.963

 



As formações geológicas, belas e exóticas representam um presente da Natureza para apreciação, contemplação, pesquisas e devaneios. Elas estão distribuídas nos quadrantes do mundo com exuberantes pujanças ou com dimensão mínima, mas sempre um ponto de reflexão do observador atento. Iremos encontrar em Alagoas várias dessas formações continuadas ou individuais no relevo geral. Deixando os cânions do São Francisco ou o cânion da Telha, no Ipanema, vejamos três formações isoladas que vale a pena escalar com normalidade. O “serrote do Vento”, em Estrela de Alagoas; o “serrote do Cruzeiro”, em Santana do Ipanema; e o serrote do Carié, em Canapi. Todos eles exigem um certo esforço de subida, mas de fáceis acessos.

O serrote do Vento, é visto da BR-316, de alguns pontos da cidade Estrela de Alagoas. Deve ficar entre três a quatro quilômetros do centro da cidade. Corpo longo e cabeça de águia, tem esse ponto rochoso e fraturado pelas intempéries. Como é exuberante de longe, deve ser espetacular de perto. E com toda formação desse tipo parece mágica, a população do município é atraída para aquele monte durante a Semana Santa. Vem gente até de Pernambuco para essas ocasiões místicas. Seu sítio de localidade tem estrada larga, boa e de barro vermelho que passa pelas faldas do elevado. Quando de longe, é melhor visto no período de plena estiagem. Durante a época chuvosa fica um pouco camuflado para quem o aprecia da BR-316.

O serrote do Cruzeiro fica na periferia de Santana do Ipanema, tem degraus de subida nos trechos mais íngremes. É monte arredondado onde foi fincado um cruzeiro de Madeira como marco de início do século XX. Em 1915, foi ali construída uma igrejinha que ruiu duas vezes e hoje possui uma substituta mais moderna, dedicada à Santa Terezinha. Sempre foi o Monte Sagrado de Santana e o melhor mirante da cidade.

O serrote do Carié fica no povoado do mesmo nome e que muito se desenvolveu. Tem forma de lagarta e é avistado de longe nas planuras de caatinga rasa da região. Sua forma rochosa tem a  crista fragmentada pela ação do tempo e um guarda um cenário belíssimo, notadamente para os lados do Maciço de Mata Grande. É muito visitado por estudiosos e aventureiros.

Amém, Alagoas!

SERROTE DO VENTO ( FOTO: MAPIO NET.)


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quarta-feira, 13 de setembro de 2023

 

PALMEIRA DOS ÍNDIOS E A PIPOCA BONI

Clerisvaldo B. Chagas, 14 de setembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.962

 

No velho costume de olhar a origem de produtos industrializados, fiquei surpreso e feliz ao consultar um simples saquinho de pipoca.  Aquele tipo de pipoca que nós chamamos por aqui de “pipoca de isopor”. Rótulo hermeticamente fechado, desenhos de palmeiras e crianças indígenas, já sai na frente na estampa. Gostosinhas, semelhantes às de Gravatá, Pernambuco, mas sem aquele sal em excesso no exterior do produto. Gostei bastante, embora questione o apenas 15 gramas para mastigação. Mas o que matou a pau foi um produto simples ser industrializado na zona rural, gerando emprego, renda e perspectivas de futuros com outros derivados do milho. Portanto, a “Pipoca Boni”, vem da comunidade Bonifácio que eu muito gostaria de conhecer. Um exemplo a ser seguido por cidades que, como a nossa, não possui sequer uma fábrica de picolé.

Assim a cidade vai gerando trabalho na zona rural que poderá pegar gosto e chegar a surpreender desenvolvendo o agronegócio, fixando o homem no campo e estimulando a juventude local ao estudo superior de áreas afins como a agronomia, zootecnia, engenharia florestal e mesmo outras profissões na área da computação para desenvolver todos os tipos de indústria, notadamente as ligadas a terra. É certo que uma fábrica de pipoca é aparentemente simples, mas mexe muito com a cadeia do milho e até que poderá atrair outras fábricas para o seu entorno. E se os primeiros passos são firmes, imaginemos as grandes passadas do futuro.

Mesmo com uma cidade muito forte e próxima como Arapiraca, que leva para lá grande parte de indústrias que surgem em Alagoas, o Bonifácio não se intimidou com a concorrência geográfica e lançou seu produto no mercado, só não sabemos a quanto tempo. É motivo de orgulho sim, qualquer que seja a indústria implantada em nossa região. Estamos felizes com as informações do rótulo da “Pipoca Boni”. A “Cooperativa de Trabalho dos Produtores do Bonifácio LTDA”, estão de parabéns pela iniciativa, pela qualidade do produto, pelo destaque de Palmeira dos índios e pela exposição da zona Rural da “Terra da Pinha”. Cidade que não tem iniciativa, fica chupando o dedo e roxa de inveja.

A propósito, o povoado Bonifácio fica nos sopés de montanhas que levam até à cidade de Quebrangulo. Região belíssima, por sinal.

Viva o milho de Palmeira dos Índios!

EMBALAGEM DA PIPOCA BONI (FOTO: B. CHAGAS).


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terça-feira, 12 de setembro de 2023

 

SEU MANÉ

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de setembro de 2923

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.961

 



Já fizemos vários trabalhos sobre figuras populares do dia a dia em nosso interior. Talvez já tenha falado de Seu Mané, mas um pedido forte na mente pede crônica.  Os tipos populares interioranos, servem de diversão em lugares onde ela não é muito presente. Seu Mané era um homem alto, aspecto agradável e folclórico. Não temos certeza se trabalhava em padaria. A atração estava no seu caminhado, quando descia as ladeiras do Bairro Camoxinga.  Não tinha, mas parecia ter uma perna mais comprida de que a outra por causa do balanço que proporcionava parecendo subir e descer no solo. Os seus braços eram desengonçados, soltos, que se agitavam para todos os lados na sua caminhada normal. Usava um chapéu de abas curtas que completava o seu perfil caricaturesco. Um boneco de Olinda

A figura do homem era tão querida e popular que aonde ele passava sempre tinha gente para gritar, carinhosamente: “Seu, Mané!” Esse chamamento alegre do povo era seguido de uma expressão que parecia ter vindo do próprio personagem e adotado pelos seus fãs: SEU MANÉ! HIM!, HIM! Nunca procuramos saber de verdade as origens do him, him, mas que divertia o povo, divertia.

Outro personagem marcante e popular era o índio Moreira, da tribo Fulni-ô de Águas Belas. Trabalhava na padaria de Raimundo (Padaria Royal), no Comércio. O índio padeiro era alto e forte e fugia de todo padrão da sua tribo. Era parecidíssimo com o ator francês, Victor Mature, pareciam gêmeos. E eu que era fã do francês, não parava de encarar, discretamente, a semelhança de ambos. Mas o índio bebia muito, principalmente nas madrugadas fazendo pão com os companheiros. Ouvi de um deles que o vício era tanto que quando faltava cachaça, eles desdobravam o álcool até o amanhecer do dia.

E por fim, o bedel do Ginásio Santana, numa época do auge cenecista. Quase sempre vivia embriagado e morava na Rua Prof. Enéas. Muitas e muitas passagens de Duda Bagnani já foram contadas. Mas de vez em quando, numa necessidade, eu o chamo de “grande filósofo Duda Bagnani” que costumava dizer quando se sentia humilhado: “Quem se abaixa demais, o cu aparece”. E se a expressão é chula, a interpretação é a mais pura verdade. Não se humilhar para ninguém! “Lembre-se do grande filósofo Duda Bagnani”

PARCIAL DO COMÉRCIO SANTANENSE.

 


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segunda-feira, 11 de setembro de 2023

 

COMENDO E ROENDO

Clerisvaldo B. Chagas, 12 de setembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.960

 




Pessoa importante da capital pede que arranjemos duas coisas da culinária sertaneja e que às vezes ficam adormecidas. Mas é sempre que exaltamos o semiárido em todos os seus aspectos. O que para nós é rotina, para os de fora significa tesouro ainda não descoberto. Assim as coisas simples da culinária, do artesanato, do cenário sertão, imantam um turismo que se inicia aos poucos, acelera e ganha dimensão nunca vista. Tudo baseado no singelo que encanta o viver e cobre a alma de harmonia e paz do campo que apenas o interiorano tem a ofertar. Seja capaz de adivinhar o que a criatura riquíssima, magnata, nos encomendou.

Será que houve acerto? Pois bem, uma das coisas encomendadas foi “rapa de queijo”, proveniente dos tachos de queijos de manteiga das fabriquetas. Encontramos esta iguaria no final das tachadas, principalmente na grande região do leite: Major Izidoro, Jacaré dos Homens, Monteirópolis, Batalha e Cacimbinhas, como os mais conhecidos lugares. É de se comer com farinha até quebrar o bucho de tanta gostosura! Por outro lado, a outra coisa da encomenda, foi o “beiju” original, parente da tapioca e feito no forno da casa-de-farinha. O beiju é encorpado, grosseiro e que se come roendo igual rato catita. Uma delícia com o parceiro café. Quem nunca provou ambas as coisas, precisa viver mais para descobrir e provar a qualquer preço.

Nesta manhã de domingo quando a peça literária vai se alinhavando, o tempo se apresenta nublado, frio e convidativo para um “banquete” de rapa de queijo com beiju e café   verdadeiro. Ah! Bem que nos chega outras delícias do Sertão, mas para que falar, se a boca já está cheia d’água com as duas acima! E mesmo outras não foram encomendadas. Assim vamos lembrando de um beiju colhido na hora da farinhada em casa-de-farinha do povoado santanense Areias Brancas. Atualmente, com a tapioca em alta em todos os estados nordestinos, o beiju, mais demorado para o feitio, perdeu muito terreno para a versátil e rápida tapioca, mas quem é rei, nunca perde a majestade.

FAZENDO BEIJU EM CASA-DE-FARINHA (FOTO: PINTEREST).

 

 


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domingo, 10 de setembro de 2023

 

SÃO JOSÉ DA TAPERA

Clerisvaldo B. Chagas, 11 de setembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.959

 



Como já fizemos um arco pelo extremo Oeste, Poço das Trincheiras – Piranhas, vamos agora voltar de Piranhas a Maceió via Arapiraca, mas focando somente as cidades sertanejas do trecho: São José da Tapera, Olho d’Água das Flores, Palestina, Pão de Açúcar, Monteirópolis, Jacaré dos Homens, Batalha, Major Izidoro, Jaramataia.

São José da Tapera – Saindo de Piranhas, Olho D’Água do Casado, entramos numa excelente reta e encontramos São José da Tapera. Cidade sertaneja com um pouco mais de 30.000 mil habitantes. É servida pela rodovia Al-220, entre Olho d’Água das Flores e Olho D’Água do Casado. Comemora sua Emancipação de Pão de açúcar no dia 24 de dezembro. São José da Tapera fica a uma altitude de 308 metros, é plana, simpática, típica do semiárido e distante da capital, cerca de 181 quilômetros. Celebra o seu Padroeiro São José no dia 19 de março e seus habitantes são chamados de taperenses. De casa pobre (tapera) e de uma capelinha perto, permaneceu até o presente momento a denominação oficial de São José da Tapera.

Já houve muita pobreza e violência política no município, mas essa fase parece ter sido superada. Sua população é uma das maiores daquelas redondezas e o seu comércio, serviços, e agropecuária cada vez mais robustece a concorrência com cidades como Olho d’Água das Flores e Batalha. Possui um forte intercâmbio com a cidade mais próxima, Olho d’Água das Flores, nas áreas educacional, comercial e social, principalmente e muitos investimentos feitos no seu território, impulsionou seu desenvolvimento e expansão. Tem como atrativos geográficos a bela serra do Xitroá, em sua periferia, avistada da AL-220 e um açude tipo lago de minação localizado na entrada da cidade. Geralmente a urbe de São José da Tapera, é utilizada como ponto de apoio para os que querem chegar até Piranhas e mesmo Delmiro Gouveia, em busca do rio São Francisco e suas inúmeras atrações.  Para quem aprecia os aspectos urbanos, vai encontrar um Centro Comercial retilíneo e longo com as ruas principais em paralelos. A impressão que sempre nos deu a cidade, é como se fosse uma divisória entre o Sertão e o Alto Sertão.

Tapera apela muito para São José, o seu santo padroeiro, justamente no seu dia 19 de março que representa um marco importantíssimo para o sertanejo. É o último dia para um sinal forte de bom inverno ou não. Cantado e imortalizado pelo cantor Luís Gonzaga, o mês de março destaca o dia do santo como se fosse uma chave que solta ou tranca as águas do céu na terra.

A tapera é pobre, mas o santo é rico.

IGREJA EM SÃO JOSÉ (FOTO: PARÓQUIA).,

  

 

 


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quarta-feira, 6 de setembro de 2023




 


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MAÇONARIA/FESTA BRANCA

E LANÇAMENTO DE LIVRO

Clerisvaldo B. Chagas, 7/8 de setembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.958


 


Uma noite maravilhosa cheia de júbilos, felicidades, alegrias e muitos risos. Tudo de bom aconteceu no templo e no salão de festas da “Respeitável Loja Maçônica Rei Salomão 21”, Gruta de Lourdes, Maceió, AL. A Festa Branca com adoção de Lowtons (crianças e adolescentes adotados pela Ordem), encantou aos novos Lowtons, pais e parentes convidados. Fomos, eu; a minha esposa, professora Irene Chagas; genro, Sandro Andrade; filha, Clerine Chagas e neto Davi José, que iria ingressar na Ordem Maçônica como Lowton. Foi muito gratificante encontrar ali o filho do saudoso amigo e irmão Juca Alfaiate, “Zezinho”, membro de outra loja e que estava ali como visitante. Pensem na alegria e na resenha entre nós e os outros irmãos, contando as aventuras do pai de “Zezinho”, Juca.

Ainda no Salão de Festas relançamos o livro: “O Coice do Bode, Humor Maçônico”, único livro de piadas maçônicas do Brasil, lançado em 1993, com apresentação de Humberto Lucena, então, Presidente do Senado. Algumas piadas foram lidas ali na hora dos autógrafos, provocando risos frouxos e gargalhadas entre os irmãos. Ainda hoje estamos agradecidos ao Venerável da Loja Rei Salomão, Jeime; ao padrinho do Davi José, irmão Alan; e a José Souza, Zezinho, por tantas gentilezas, considerações e carinho conosco. Ótima sequência de autógrafos e fotos que abrilhantaram todos os ângulos da Festa Branca. Os convites para os próximos eventos, tanto na Loja Rei Salomão, quanto da Loja de José de Souza, no Bairro do Prado, nos deixaram honrados e com astral nas nuvens.

Não houve vendas de livros, apenas distribuição gratuita e autografadas. Temos certeza que levaremos por muitos anos essa alegria da magnífica noite maçônica, onde reinava a gentileza, a boa vontade, a esperança de um mundo melhor e a marca imorredoura da Adoção do meu neto Davi José. Serraria, Gruta de Lourdes, Bairros do meu coração, lugares de lutas e vitórias sob os auspícios do Grande Arquiteto do Universo.  E que a “Augusta e Respeitável Loja Simbólica Rei Salomão N0 21, continue sua divina e serena missão de elevar o ser humano, para a Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Dedico essas palavras à memória coletiva dos irmãos da Loja Maçônica Amor à Verdade, de Santana do Ipanema e que nos acompanham invisivelmente do bojo do Universo.

Tríplice e fraternal abraço para todos!

Assim seja.

MEU NETO DAVI JOSÉ E SEU PADRINHO MAÇÔNICO ALAN.

OUTRAS FOTOS, NO ESPAÇO ACIMA DA CRÔNICA.


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CARACÁRA – 10

Clerisvaldo B. Chagas, 6 de setembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.957

 



Foi muito boa a viagem. Vegetação verde de Santana do Ipanema a Maceió. Neblina suave na estrada e o sol lutando para vencer as nuvens transparentes e esparsas. No trecho Cacimbinhas – Palmeira dos Índios, alegria na fauna. Encontramos 10 carcarás entre ambas as cidades. Individualmente, entre 1 km de um para o outro, esses predadores estavam em alerta, aguardando vítimas de atropelamentos na pista BR-316, principalmente no trajeto Cacimbinhas – povoado Minador do Lúcio. Coincidentemente, na mesma latitude em linha reta para a AL-??/ Batalha – Jaramataia, onde essas presenças são costumazes.  Mas agora não eram apenas dois ou três carcarás, na pista, mas sim 10 indivíduos muito bem contados por nós.

Esse claro sinal de tantos carcarás no ambiente de origem  representa a resistência que está sendo vitoriosa. O carcará é uma espécie de ave de rapina, família dos falcões, mede 50 a 60 centímetros de comprimento e sua envergadura fica em torno de 123 centímetros. O carcará come carcaças, répteis, anfíbios, aves, restos de lixo, frutos e grãos. Ataca bezerros e borregos novos. A denominação vem do tupi, caracará, por causa do som parecido cuja ave, emite. De qualquer maneira, é prazeroso saber que a espécie ameaçadas de extinção, voltou a povoar o espaço sertanejo.

O carcará ficou melhor conhecido No Brasil, quando o escritor e compositor santanense José Cândido, lançou a música “Carcará”, com letra sua e musica de João do Vale, causando grande sucesso no país e cantada por vários astros de primeira magnitude da música popular brasileira. Quem não se lembra da estrofe: “Carcará... Pega, mata e come...”? Carcará é bicho malvado e temido, porém, ao mesmo tempo amado por ser bicho da nossa fauna e lutador tal qual o homem do semiárido.  Fica, portanto, registrado a boa notícia de expansão de um bicho do bioma Caatinga, tão maltratada quanto a própria sofrença do bioma.

Eles, os carcarás, apareceram tanto que chegou a vontade de jogar no bicho, mas no jogo proibido não existe o carcará. O que fazer? Jogue na águia que também é parente do matador de borregos. Mas, jogar nos bichos é tão proibido quanto o tiro matador. Deixemos viver também o Carcará.

CARCARÁ (AUTOR NÃO IDENTIFICADO)


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sábado, 2 de setembro de 2023

 

PIRANHAS

Clerisvaldo B. Chagas, 3/4/5 de agosto de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.956

 



Piranha remonta ao século XVII quando o lugar era chamado “Tapera”, naturalmente pela existência de um rancho pobre na beira do rio. Conta a tradição que um caboclo pescou uma piranha grande num riacho, próximo, mas chegando em casa havia esquecido o cutelo. Mandou buscar o cutelo no riacho da Piranha e assim a denominação ganhou corpo com o tempo. Houve muitas marchas e contramarchas, mas o nome Piranhas firmou-se definitivamente na cidade e novo município. Piranhas cresceu e se emancipou de Pão de Açúcar. Possui uma população de mais de 25.000 habitantes chamados piranhenses. A padroeira da cidade é Nossa senhora da Saúde comemorada em 2 de fevereiro. Piranhas, situada à margem esquerda do Rio São Francisco está a 88 metros de altitude e a 269 quilômetros de Maceió.

A cidade tem relevo ladeiroso em afastamento do rio, casas coloridas e distribuição como um presépio. Essa expressão cidade-presépio foi dita por mim, na penúltima vez que ali estive e nunca tinha ouvido essa expressão antes. Piranhas vive do comércio, da agropecuária, da pesca e, atualmente, do turismo paisagístico e do turismo do cangaço, pela proximidade do lugar sergipano onde morreu Lampião.  Vale salientar que a hidrelétrica de Xingó, representa também um atrativo turístico durante o ano todo. Ali, o saudoso cantor Altemar Dutra, sempre estava a visitar e cantar pelas noites românticas e enluaradas da cidade-presépio. Uma visita, vinda de Maceió, mesmo que seja de apenas um dia, vale à pena e fica sempre com o gosto de “quero mais”.

 A cidade já possuiu estrada-de-ferro com a linha Piranhas Jatobá-PE e que também foi utilizada por forças volantes de combate ao cangaço. Pode-se alugar canoa e guia para uma viagem até a Grota dos Angicos, Sergipe, onde foi assassinado o cangaceiro maior. Modestas pousadas, banho no rio, mirantes espetaculares, visita a hidrelétrica de Xingó, passeio nos cânions e culinária do São Francisco podem lhe deixar apaixonado.  Depois da primeira novela da Globo, no lugar, Piranhas passou a ser conhecida e cobiçada no Brasil inteiro.  Se eu fosse você, reuniria à família e mandava ver pneu na estrada.

PIRANHAS (AUTOR NÃO IDENTIFICADO).

 

 

 


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