terça-feira, 31 de julho de 2018

PONTOS DE REFERÊNCIA


PONTOS DE REFERÊNCIA
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.954
CENTRO BÍBLICO, EM SANTANA. (FOTO: B. CHAGAS).

Muitas coisas na vida, devido à simplicidade tornam-se imperceptíveis. Exemplo é o ponto de referência. Ao usuário, ao passante, ao povo, “exato, nunca tinha pensado nisso”.
Para se deslocar no espaço geográfico, as pessoas procuram utilizar pontos de referência que facilitem sua orientação.
“Na Antiguidade, por exemplo, se a distância a ser percorrida não fosse muito longa, as referências podiam ser um rio, um lago, um monte. Ainda hoje, referências desse tipo são utilizadas para a orientação em algumas comunidades, e os povos indígenas utilizam referenciais da paisagem natural e conhecimentos que foram passados de geração a geração para se orientar. Os moradores das cidades podem utilizar também elementos da paisagem cultural, prédios, estabelecimentos comerciais, entre outras, para indicar uma localização. Para distâncias maiores, os povos antigos aprenderam a observar as estrelas, inclusive o Sol e a Lua, guiando-se pela posição desses astros no céu. Com avanço da tecnologia, surgiram muitos recursos tecnológicos, como a bússola e o GPS”.
Em nosso livro, ainda inédito, “O Boi, a bota e a batina, história completa de Santana do Ipanema”, falamos de todos os pontos de referência da cidade e suas origens. Entre eles está o Centro Bíblico católico. Inaugurado na Paróquia de São Cristóvão, Bairro Camoxinga, em 20.08.1981 (aniversariando no próximo dia 20 aos 37 anos), tornou-se referência da região de entorno do Estádio Arnon de Mello. Diz-se: “abaixo do Centro Bíblico; acima, ao lado, perto...” E assim sucessivamente.
Muitos pontos físicos de referência acabam-se, mas o povo continua a utilizar as denominações como se eles ainda existissem, exemplos: Maracanã e DNER. Outros mudam logo que surge algo novo, exemplos: morro da Goiabeira para serrote do Cruzeiro; serrote do Gonçalinho para serra do Cristo depois serra das Micro-ondas; serrote do Pelado para Alto da Fé e assim em diante.
Entre o velho e o novo, os pontos mudam como mudam as gerações. E o velho Centro Bíblico, espaço muito agradável, vai enfrentando o tempo.
 A referência continuará?


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segunda-feira, 30 de julho de 2018

A EXPO BACIA LEITEIRA E NÓS


A EXPO BACIA LEITEIRA E NÓS
Clerisvaldo B. Chagas, 31 de julho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.953
BATALHA, NA BACIA LEITEIRA. (FOTO: B. CHAGAS).
Bons tempos quando proprietários negociavam e o povo passeava nas exposições de Batalha e de Santana do Ipanema. Era a presença do sertão alagoano inteiro nesses dois eventos, para apreciar, se divertir, passear, namorar e passar um tempo diferente de tudo. Mas como alguma coisa não ia bem, passamos um bom período sem essas tão aguardadas exposições de animais que tanto alegravam a região quanto fazia circular um bom dinheiro na área sertaneja. Agora estar sendo anunciada a 36a Expo Bacia Leiteira para os dias 13 a 16 de setembro na cidade de Batalha. Não temos dúvida nenhuma do êxito que a expo alcançará, pois foi sempre assim e melhor ainda será.
O acontecimento sertanejo continua previsto para o Parque Mair Amaral, bastante conhecido por seus frequentadores. A expectativa é que sejam expostos 450 animais com uma movimentação financeira em torno de R$ 20 milhões em negócios. “A exposição procura estreitar a relação comercial, impulsionar a melhora de produtos através da seleção de animais e o aumento da produção entre criadores de diferentes portes, incluindo agricultores familiares”.
Não temos ainda nenhuma notícia sobre exposição no Parque Izaías Rego, em Santana do Ipanema, que sempre ficava próxima ao evento de Batalha. O Parque Izaías Rego, nos tempos atuais tem sido lugar de concentração e ponto de partida das procissões de carreiros que acontecem nos festejos da Padroeira Senhora Santana.
 Para a exposição de Batalha costuma chegar criadores de todos os lugares do Brasil. E para você que não a conhece, Batalha fica a 186 km de Maceió e poderá ser alcançada por Arapiraca ou pela BR-316. Sua padroeira é Nossa Senhora da Penha e, quem nasce no município é chamado batalhense. Sua população é um pouco mais de 15.000 habitantes que vivem numa altitude de 120 metros. Ainda nas proximidades estão às cidades de Jacaré dos Homens, Monteirópolis, Major Isidoro e Jaramataia. Uma das características e notável acidente geográfico é o rio Ipanema que corta a cidade e despeja no município de Belo Monte.
O convite está feito.







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domingo, 29 de julho de 2018

FLORO NOVAIS: ESCRITORES SANTANENSES RELANÇARÃO LIVRO


FLORO NOVAIS: ESCRITORES SANTANENSES RELANÇARÃO LIVRO
Clerisvaldo B. Chagas, 30 de julho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
                                                          Crônica: 1.952                          
                                

Como o segredo já foi revelado, esperamos para o mês de outubro, na Paraíba e Pernambuco, a 2a edição do livro “Floro Novais, herói ou bandido?”. A primeira edição do citado livro aconteceu em 1985, sendo rapidamente esgotada. Pressionado por inúmeros pesquisadores, principalmente da área advocatícia, os autores Clerisvaldo B. Chagas e França Filho, constituíram parceria com o maior livreiro nordestino, Francisco Pereira Lima, visando a 2a edição. O livro “Floro Novais, herói ou bandido”, é fruto de documentário realizado com a própria família do “Vingador do Sertão”, da atual cidade de Olivença, Alagoas.  Esta edição será reproduzida na íntegra, com mudança apenas na capa e na apresentação técnica da obra.
Veja o que disse o escritor olhodaguense Antônio Machado, em prefaciar a 10 edição. (...) Convictos estamos caros escritores, que o livro FLORO NOVAIS, HERÓI OU BANDIDO? que vocês, oram oferecem ao nosso povo, não será um ópio, mas um apanágio dentro de uma sociedade tão manipulada pelos meios de comunicação de nosso tempo, e onde a Literatura ainda é tão mal difundida. O livro de vocês é realmente digno de elogios, porque além da fidelidade dos fatos, possui uma narrativa acessível e um linguajar “assertanejado” e, indubitavelmente, tornar-se-á um “best-seller” dentro da literatura alagoana e quiçá nordestina (...).
De fato ainda é um “best-seller” em toda a Região Nordeste. O nosso parceiro Francisco pretende lançar o livro no próximo evento do “Cariri Cangaço”, se não me engano, em Pernambuco no próximo mês de outubro. Aqui em Santana do Ipanema, não faremos lançamento. Avisaremos com antecedência pelos meios de comunicação e agendaremos lugar, dia, hora e preço para uma mesa redonda com os que se interessarem em adquirir um exemplar.
Após a era lampiônica, Floro Novais tornou-se a figura lendária de maior relevo em casos de vingança. Foi motivo de reportagem nacional pela Revista o Cruzeiro e, teve um reinado, assim como Lampião, em torno de vinte anos, com inúmeras reportagens no Nordeste sobre suas ações. Como personagem polêmico, só você, caro leitor – após a leitura – poderá dizer se FLORO NOVAIS, FOI HERÓI OU BANDIDO?.
                                                                      

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quinta-feira, 26 de julho de 2018

VOLTANDO AO BAIRRO SÃO JOSÉ


VOLTANDO AO BAIRRO SÃO JOSÉ
Clerisvaldo B. Chaga, 27 de julho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.951
Posto em obras.

Praça das Artes, limpa.
Vamos fechar a semana das crônicas dedicadas a Santana do Ipanema. Nesses últimos dias de festa da Padroeira, fomos examinar como santanense os trabalhos do Posto de Saúde e da praça do Bairro São José. O quadro está muito diferente daquele último quando apelávamos para as autoridades; todo terreno completamente limpo com o prédio em fase de pintura, mesmo sem portas e janelas, coisa que chama a atenção. Não podemos afirmar, porém, se todos os serviços serão concluídos e se o Posto São José irar funcionar decentemente. Além de não termo procuração alguma para afirmar o futuro, vê-se por aqui o povo desconfiado, numa dúvida enorme com duas apostas radicais. Pelo menos o aspecto físico já mudou bastante e muitos fantasmas desapareceram.
Quanto à chamada Praça das Artes, teve seu lixo removido (ainda na calçada) que preencherá por certo inúmeras caçambadas. A praça está totalmente limpa que somente pela limpeza a diferença é grande. Abandonada após a gestão Marcos Davi foi invadida como depósito de lixo, estábulo, encontro de ladrões, drogados e paraíso de ratos, baratas e mosquitos. Bem que aquele terreno, ao lado do posto de saúde, poderia ser transformado em biblioteca, museu de artes, centro de convenções... Mas abelhas zoam que será recuperado, inclusive, com iluminação semelhante à Praça Frei Damião. Até os artistas Roninho e Paulinho estão entusiasmados para construírem na praça uma estátua de São José com três metros de altura e um pedestal criativo com mais três metros, totalizando seis metros verticais de perfeição; homenagem desses filhos do bairro ao nosso padroeiro.
Assim a atual administração vai fazendo jus ao complexo escolar do bairro com três escolas, mais Corpo de Bombeiros, DNIT, com a soma do Posto de Saúde e a Praça das Artes, tudo junto, reforçando a qualidade de vida do humilde e aguerrido Bairro São José. Quem sabe se com essa estrutura investidores não se sentirão seguros para novos empreendimentos no entorno!
E com dissemos, nos últimos dias de festa da Padroeira do município parece ter vindo uma força dos céus para São José, o carpinteiro pai de Jesus. Que venham as inaugurações com saúde e com arte.
( FOTOS: B. CHAGAS).





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quarta-feira, 25 de julho de 2018

LAMPIÃO NO GINÁSIO


                LAMPIÃO NO GINÁSIO
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de julho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.950
 
Identificação após o texto.
Quando expuseram as cabeças de Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros nos degraus da Igrejinha/monumento de Nossa Senhora da Assunção, o Grupo Escolar Padre Francisco Correia, já existia. Havia sido inaugurado cinco meses antes, em fevereiro de 1938. Foi construído na gestão do prefeito interventor, Joaquim Ferreira da Silva que governou apenas seis meses entre 1937-38. Joaquim também construiu um edifício para ser hospital, mas por falta de condições, o prédio ficou ocioso até ser ocupado pelo 20 Batalhão de Polícia  em 1936, tendo como comandante o, então, major José Lucena de Albuquerque Maranhão. Quando o batalhão foi embora, o prédio voltou à ociosidade até virar a Escola Cenecista Ginásio Santana, em 1950, atualmente com o nome de Colégio Cenecista Santana.
Ali passamos seis anos como aluno e vários como professor. Aprendemos a respeitar o seu ensino que repercutia qualidade em todo o estado. O antigo Ginásio está repleto de história da educação santanense, mas o seu edifício também de muitas histórias do cangaço que permaneceram mudas por anos a fio. Quase ninguém sabia que ali fora o quartel do 20 Batalhão de Polícia que caçava cangaceiros. Por quê? Só com o nosso livro Lampião em Alagoas foi revelado tudo ou quase tudo que se passou naquele quartel. Ali ficaram presos, após a hecatombe de Angicos, vários cangaceiros que se entregaram a Lucena. Antes disso, foi presa a cangaceira Aristéia que estava grávida. O quartel foi ainda depositário de várias cabeças de cangaceiros mortos antes de Lampião.
Foi ali dentro que o cangaceiro Português foi assassinado, após se entregar à polícia. O quartel também recebeu, guardou e expôs as onze cabeças dos bandidos mortos na fazenda Angicos, em Sergipe, inclusives as de Lampião e Maria Bonita.
Quando o Batalhão foi embora o prédio ficou ocioso.
A escola Cenecista Ginásio Santana foi fundada pela ideia do comerciante João Yoyô Filho com os apoiadores: pré-pároco, Fernando Medeiros; Cônego Teófanes de Barros*; padre Bulhões e coronel Lucena. O acontecimento se deu na casa do padre Bulhões. O Ginásio funcionou por dois anos no Grupo Padre Francisco Correia até conseguir o prédio atual que estava na ociosidade.
(Tive a honra de ter sido aluno de Filosofia do cônego Teófanes, dono e diretor do colégio Guido de Fontgalland, depois CESMAC, em Maceió. Uma das maiores ou a maior inteligência de Alagoa, na época).
FOTO: Jornalistas da TV Cultura e Tribuna Independente, no antigo quartel, ao lado dos escritores Clerisvaldo B. Chagas (boné) e Marcello Fausto. (Foto: Arquivo B. Chagas).





                                                                                               

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