segunda-feira, 30 de abril de 2012

DIA DO TRABALHADOR

DIA DO TRABALHADOR
Clerisvaldo B. Chagas, 1º de maio de 2012.

     Muito bom o pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff, ontem à noite em cadeia de rádio e televisão. O dia do trabalhador tornou-se um espécie de dia sagrado de luta que de uma maneira ou de outra, mexe com o sentimento do trabalhador de quase o mundo todo. Tudo começou nos movimentos sindicais de Chicago, onde escândalos aconteceram na briga por melhores dias. Três anos após aqueles famosos acontecimentos, houve em 20 de junho de 1889, a segunda Internacional Socialista em Paris. Ela resolveu lutar pela proposta de oito horas de trabalho diário e a data escolhida foi o 1º de maio em homenagem aos trabalhadores e ações acontecidas em Chicago. Daí esse símbolo significativo para os que procuram com o suor do rosto a busca pelo pão de cada dia. Essa ação simbólica se foi expandindo e atualmente encontra-se presente em inúmeros países. Cada lugar que comemora o dia do trabalhador, faz movimentos conforme o estado de ânimo dos participantes daquela ocasião. Quando vitórias e vitórias foram conquistadas, a pauta é festiva o dia inteiro com reuniões, lazer, passeios, espetáculos artísticos e bebedeiras. Se não há conquistas e somente desânimo atropela a alma, os sindicalistas vão às batalhas de reivindicações espelhadas em outros países.
     Ontem a presidenta falou como verdadeira estadista. Desde o seu traje sem afetação até o discurso calmo, seguro, bem dirigido e rico em conteúdo, disse ao brasileiro o que ele gostaria de ouvir. Foi abrangente, não deixando escapar nenhum tema relevante, injetando esperança para uma nação jovem e cheia de sonhos. Estavam ali a saúde, educação, juros, desenvolvimento, emprego, qualidade de vida, que iam desfilando nas palavras da boa vontade pela nação física e social da presidenta. Suas decisões austeras dão credibilidade a seu discurso que verdadeiramente superou em muito o vazio irritante das mesmices do horarío político dos partidos na televisão.
     Hoje vamos aproveitar a data que desaponta patrões. Nada melhor de que comemorar alguma coisa, nem que seja, como dizem os viciados, aniversário de boneca. Se não vai à praça gritar pelos direitos, vamos à redinha cabocla debaixo dos pés de paus, sob as varandas que abrigam os guerreiros ou por baixo das sombrinhas de praia que esperam por você. Mas, se somente a faxina caseira lhe aguarda ou mesmo a missa revigorante da manhã, vamos em frente. A família precisa de nós, a comunidade precisa de nós, a pátria precisa de nós. Caminhemos, pois, com Deus ao lado, cheios de vitórias, derrotas, lágrimas e frustrações, mas caminhemos que nós somos do presente e do futuro. E se hoje o dia é dos outros, é o meu também, é o DIA DO TRABALHADOR.


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domingo, 29 de abril de 2012


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GOVERNOS DOS BUFÕES


                                                                              

GOVERNOS DOS BUFÕES
Clerisvaldo B. Chagas, 30 de abril de 2012.
Professor: discuta esse texto com seus

          De vez em quando surgem pontilhados de “besteirol” sob auspícios de mandantes da América do Sul. Essas idiotices umbilicalmente estiradas ao caudilhismo, ao romantismo revolucionário arcaico ou à melancia à cabeça, vão expondo os vieses de uma região entre o passado e o futuro. Pontos sem luz que surgem no crânio dos grosseiros. A incapacidade de se dirigir uma aldeia, um arruado, uma vila, equivale à mesma, nervosa e frustrante, de uma bela metrópole. Avançamos muito é verdade, mas a América do Sul de vez em quando joga à mesa as cartas com um bufão sem rei. O boneco ou a bruxa de pano vai tentando equilibrar-se no poder à custa de Cassimiro Coco, tentando o riso da plateia de analfabetos, jogando pão e peixe para os amundiçados. O vermelhão não é mais na ponta do nariz, mas sim, nas corrompidas cordas vocais e nas ações insensatas e sem nexos que se rompem.
          O velho truque populista sempre é aplicado pelos dirigentes fracos quando as coisas não andam bem. Querendo continuar no poder a todo custo, inventa-se uma questão sem a mínima relevância para irritar o vizinho e ganhar os aplausos dos de casa. Isso é tão velho quanto o conto do paco.
          Quantos e quantos bolivianos saíram morrendo de fome da Bolívia e entraram no Brasil na luta pela sobrevivência! Muitos estão legalizados, outros vivem na clandestinidade, mas não querem voltar à pátria que não lhes sustentam. O maior número de imigrantes no Brasil chega da Bolívia. Nunca houve restrições aos bolivianos. Mas não é só camarão que tem coisas na cabeça. O governo da Bolívia permite ou incentiva os seus soldados a expulsarem os pacatos brasileiros que vivem perto da fronteira naquele país. Como o sujeito da Venezuela ou a dama da Argentina, vai tentando sair do anonimato brincando com coisas sérias. Se o Brasil, de uma hora para outra resolvesse expurgar os bolivianos do nosso território, surgiria uma espécie de campo de refugiados no país vizinho. O governo Lula passou a mão na cabeça de vários “coitadinhos”, em nome da união latina. Agora que os “coitadinhos” viraram jararacas de venenos bizarros, vêm morder nos calcanhares brasileiros. Amizade, sim, presidenta Dilma, mas com dureza e altivez. Lembre-se do ditado chulo do povo nordestino sobre quem se “abaixa demais”.
          Como o errado anda sempre atrás de uma oportunidade no certo, fiquemos em alerta contra os GOVERNOS DOS BUFÕES.  













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governos dos bufões

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quinta-feira, 26 de abril de 2012

ARCANJO RAFAEL

ARCANJO RAFAEL
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de abril de 2012.

Quando o tema chega, o cronista faz. Não importa qual o assunto nem a hora da inspiração. Foi assim que às três e meia da madrugada, Rafael chegou, digo, a inspiração e o nome forte que bateu à porta da inteligência. Para quer contestar? Sempre acreditei no invisível, nas suas necessidades de comunicação e com elas nem posso discutir. Rafael chegou e pronto, dedos no teclado no silêncio noturno.
           Os arcanjos são conhecidos como anjos da iluminação superior”. Quando pedimos auxílio esses seres altamente iluminados nos ajudam. Eles foram criados para isso, porém, cada arcanjo tem suas especialidades nesse tipo de socorro ao ser humano. Cada arcanjo tem também uma cor diferente, associada a sua própria aura, daí ser preciso saber a cor daquele a quem você irá pedir ajuda. A cor verde-esmeralda, por exemplo, segundo os entendidos, pertence ao arcanjo Rafael que espalha sua luz sobre aquele que o invoca. A luz verde representa um suave remédio de ação rápida sobre nós. Quando apelamos para a luz, é como se estivéssemos um arcanjo “porque a luz é a verdadeira essência de todos os anjos”. Quando usamos cristais verdes, estamos nos ligando a Rafael. Dizem ainda que quando esse arcanjo está por perto, conseguimos ver um lampejo verde-esmeralda através do nosso olho mental. Sua luz permanece sobre a região doente da pessoa até chegar à cura.
         Os cristais verde-esmeralda ou o arcanjo Rafael, ainda segundo quem sabe, agem sobre todos os problemas do coração. Têm funções curadoras e reconfortantes, ensina a mostrar amor e compaixão, ajuda a sarar o coração,  transmite calma, paz e segurança entre outros benefícios. Na cura de crianças e animais, o envio de luz é essencial e eficaz. De acordo com os nossos pedidos os anjos podem nos ajudar em tudo, inclusive no aumento da fé que facilita a cura. Fale sempre com seu anjo e faça os seus pedidos. Você pode eliminar, através dele, preocupação, medo, angústia e melhorar a saúde. Lembre-se de agradecer todos os dias à proteção dos anjos.
          E passando a vista nos que os outros entendem sobre o invisível, vou sabendo que o meu anjo de guarda é o mais poderoso entre todos. E eu que sempre tive a cor verde-esmeralda como primeira opção de cor, fiquei satisfeito ao saber sobre o meu ARCANJO RAFAEL.

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domingo, 22 de abril de 2012

MARCHA CONTRA A CORRUPÇÃO


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MARCHA CONTRA A CORRUPÇÃO


MARCHA CONTRA A CORRUPÇÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 23 de abril de 2012.

Nossos agradecimentos aos que nos acessaram em três continentes, pela ordem, a saber: Estados Unidos, Alemanha, Rússia, Ucrânia, China, França, Portugal, Reino Unido, Holanda e Tailândia.

Neste Dia do Livro e do Direito do Autor, Dia Nacional da Educação de Surdos, vamos registrando as várias manifestações do povo brasileiro contra a corrupção. As manchetes via Web vão finalmente se voltando para os movimentos da indignação social, que muitas vezes ficavam inibidos nos bastidores da Imprensa escrita. De certa maneira existe um comprometimento entre dono de notícias e donos do poder. Sempre foi e não é de agora, não. Raramente um jornal pode dizer que é completamente independente, inclusive sites de pequenos interiores que tentam sobreviver à custa de corruptos, ajudando assim a alimentar essa desastrosa indústria do mal que rapam a economia de um país. Notícias tendenciosas durante mendicância de cem, duzentos ou quinhentos reais por mês, deixam bastante satisfeitos os que ajudam a carregar o trono da cachorrada. Não falamos, absolutamente, dos profissionais sérios que apresentam suas matérias vendidas normalmente, que mostram seus artigos claros como matérias pagas e que recolhem os impostos devidos aos governos que têm direito. Quero dizer com isso que tem a boa e a danosa imprensa, seja através de um meio ou de outro nas suas divulgações. Para autor de livro, é preciso mais compromisso com liberdade e direito do seu povo. Para os surdos, é preciso abrir bem os ouvidos, se são surdos apenas aos sofrimentos da plebe como reses do Sertão.
Foi muito bom o povo sair às ruas em protesto contra as mazelas dos dirigentes brasileiros. Oxalá, a coisa pegue e essa onda se agigante até esmagar o último antro das tramas com o dinheiro do contribuinte. Precisamos urgente de movimento semelhante às “Diretas Já”, contra os bandidos que promovem diariamente a sangria do vigor dessa nação. Chega de baixar a cabeça para tudo e apenas olhar com desdém os bonecos dos três poderes.
Entre os movimentos acontecidos no Brasil foi registrado este pelo “engeplus.com.br”: ‘Caras pintadas, máscaras, apitos, faixas, presilhas com as cores verde e amarelo – valeu tudo para se unir e manifestar na 2ª Marcha Contra a Corrupção em Araranguá, que aconteceu neste sábado de feriado, 21, em todo o Brasil, envolvendo mais de 45 cidades. Na região Sul do Estado, incluindo a Amrec, Araranguá foi o único município que mobilizou a população e realizou a chamada “Marcha do Basta” nacional. Em Santa Catarina, também realizaram a Marcha os municípios de Florianópolis, Blumenau, Brusque e Joinville’.
Nessa parte, pelo menos a Internet está fazendo seu papel. Vamos engrossar o coro nessa perigosa, mas necessária MARCHA CONTRA A CORRUPÇÃO.

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sexta-feira, 20 de abril de 2012

POR TRÁS DESSAS CORTINAS

POR TRÁS DESSAS CORTINAS
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de abril de 2012.

               Muitas coisas são apontadas como as mais vergonhosas do mundo. Em nossa modéstia opinião, ocupa os primeiros postos, o magistrado corrupto, parcial, safado, infame que ao invés de defender a sociedade defende apenas o seu próprio bolso. Pode ocupar um alto cargo numa cidadezinha ou numa grande metrópole, possuir o inimaginável como bem terreno e sair na mídia todos os dias, mas não passa de uma figura da escória, um escarro tuberculoso desenvolvido nesse planeta. Certa vez, conversando com um advogado numa mesa de bar, ele dizia que entre dez juízes do estado tal, oito gostavam de dinheiro. Isso foi há aproximadamente vinte anos, nas mesas do “Biu’s Bar e Restaurante”, casa de conceito da época em Santana do Ipanema. Eu tinha certa inocência ainda sobre esse tipo de coisa da Justiça, quando o causídico declinou alguns nomes, que me deixaram arrepiado. Onde estava metido o povo brasileiro, pensava eu ao sair dali bastante apreensivo. O tempo passou. Depois teve início uma série de escândalos que foram envolvendo essa gente, outrora segura por trás da caneta, da muralha, do colarinho branco. Um juiz denunciado e na cadeia. Um acontecimento extraordinário, pois ninguém tinha visto isso nesse país. Depois mais um e mais outro, até atingir a denúncia atual do Ministro do Supremo tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa em cima do colega e ex-presidente da Corte Cezar Peluso.
          Muitas coisas sobre juízes, o povo sabe, mas a muralha não deixa falar.  Os políticos bem conhecem os corruptos da Justiça, pois são parceiros muitas vezes nas suas falcatruas. Entretanto, temos agora uma acusação séria e direta feita por pessoa do mesmo nível de magistratura. Joaquim Barbosa, em matéria do site “a Folha” chama Peluso de “brega”, “Caipira”, “corporativo”, “desleal”, “tirano” e “pequeno” em entrevista à jornalista Carolina Brígido do jornal “O Globo”. Segue mais algumas acusações na matéria, feita pelo ministro Joaquim.
          Vamos chegando para o ponto em que se dizia que tudo que estivesse encoberto seria exposto. E quando o povo não sabe dos bastidores ou quando tem medo de falar o que sabe, Deus dá um jeito, como deu agora jogando um gigante contra o outro para que as vísceras da safadeza sejam apresentadas. Esse país ainda vai passar por várias transformações morais para ostentar o título de Brasil sério.  Muitos abalos nos infelizes judas da sociedade brasileira ainda vão acontecer. Adiante os vivos irão assistir inúmeros outros espetáculos que estão POR TRÁS DESSAS CORTINAS.








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quinta-feira, 19 de abril de 2012

TRÂNSITO NA MADRUGADA

TRÂNSITO NA MADRUGADA
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de abril de 2012.

          Após a reunião de negócios, aqui em Maceió, o engenheiro vai contando três passagens com ele na Avenida Fernandes Lima.
          “Eu dirigia com o carro da firma, quando de repente um motoqueiro arranhou a lateral do meu carro e estendeu-se lá na frente. Parei com toda calma possível e perguntei se o rapaz estava bem. Ele se levantou me chamando de filha da puta, várias vezes. Juntou gente”.
          E o senhor, seu Udézio?
          “Eu perguntava a ele de quem era a culpa. Se havia arranhões na lateral do carro, como eu poderia tê-lo atropelado? Ele não quis ouvir e descontava seu fracasso chamando palavrão. Eu disse que se me chamasse filha da puta de novo, eu bateria nele. Ele repetiu. Sentei-lhe a mão no pé da ‘urêia’ que ele caiu bolando. Levantou-se, pegou a moto e desapareceu a toda”.
           O senhor Udézio prossegue.
           “Outra vez, madrugada, eu me dirigia a Ceasa, levando uma senhora, de carona. Um carro a minha frente começou a fazer graça. Atravessava na frente, ficava de lado, repetias as posições, fazendo patim. Perdi a paciência, baixei o vidro, dei o dedo e foi a minha vez de xingar. Quem estava dentro começou a atirar em mim. Adiante (foi minha sorte) a polícia estava parada e começou a perseguir e trocar tiros com os caras. Entrei por uma lateral e voltei para casa. As pernas tremiam e o meu carro estava todo urinado da mulher/ carona”.
          E ainda houve outra, seu Udézio?
          “A terceira, também na Fernandes Lima. Essa não foi comigo, mas eu presenciei a cena. Todos parados no sinal, um carro buzinava nervosamente. Insistia. Era o único que buzinava, chamando a atenção de todos. De repente, um homem saiu do veículo mais adiantado com um revólver a mão e caminhou calmamente até o sujeito da buzina. Bateu no vidro, mandando baixar. O sujeito baixou. O do revólver disse: ‘o senhor está pensando que o meu carro é nave espacial? Não viu o sinal vermelho? Quer que eu cause uma tragédia no trânsito? O senhor está de sorte porque hoje estou de bom humor. Vou voltar para o meu carro, buzine novamente!’ O motorista foi gozado por todos que estavam por perto que gritavam: ‘Aí valentão! E agora valentão!’ O sinal abriu, os carros partiram, mas o motorista da buzina ficou paralisado pelo choque e pelo medo. Foi preciso várias pessoas tirá-lo de dentro do veículo, pois estava duro e tremendo sem parar. O homem havia feito suas necessidades ali mesmo dentro do carro. Soubemos depois, que o automóvel do homem do revólver, estava lotado de bandidos que vinham de um assalto com êxito. Daí o bom humor do chefe. Mas a Avenida Fernandes Lima já me ensinou muita coisa no trânsito, entre elas, cautela e paciência”, encerrou o engenheiro.
          E nós fomos colhendo mais informações do TRÂNSITO NA MADRUGADA.





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quarta-feira, 18 de abril de 2012

CRISTINA

CRISTINA
Clerisvaldo B. Chagas, 18 de abril de 2012.
          Não se pode dizer que a presidenta da Argentina Cristina Kirchner, seja mulher feia. Pelo menos se não é belíssima, é bonita e carrega certo charme maior que a beleza. Mas como é ciumenta política essa dirigente! Nestor Kirchner, seu falecido esposo e que também foi presidente argentino, não conseguia esconder o ciúme político herdado por sua mulher. Podia até ser líder na Argentina, mas a ciumeira é que o homem não passava com a liderança pelas fronteiras daquela nação do Sul. Era um presidente frio e cheio de cacoetes, principalmente quando iriam acontecer reuniões com outros chefes de estados da América Latina. Diante da inconteste liderança brasileira, Nestor, chegava atrasado às reuniões de cúpulas, saía antecipadamente, desmarcava presença, tudo sem ter como disfarçar o incômodo do foco maior voltado para o Brasil. Aparecia na mídia, mas somente como notícias naquelas ocasiões. Atualmente, a presidenta, parece tremendamente cansada e incapaz de resolver os maiores problemas da Argentina. Segue os mesmos cacoetes do marido, acrescentando o besteirol do cabra da Venezuela.
          Uma nação acostumada muito tempo com o tal populismo, às vezes aplaude as decisões exóticas de Cristina. Suas ações vão desagradando a vizinhança e agora aos investidores de países europeus (inclusive a Espanha) com sua espingarda de cano troncho para o pé. A presidenta tem ciúmes da liderança brasileira no continente e em parte do mundo e, não consegue aparecer nem negativamente mais do que o Chávez. Cristina se exaspera e começa a fazer besteira para ganhar pelos menos os aplausos do seu povo. Mas se as outras nações, em protesto contra o que ela fez com a petroleira YPF, resolvessem suspender todos os investimentos previstos naquele país, muito fácil é dizer o que aconteceria com Argentina. Uma vez quebrado o círculo virtuoso de antigamente no país do Prata, nunca mais foi recuperada a posição ostensiva e soberba de outrora. Para onde caminha a dirigente?
          “A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, apresentou um projeto de lei para expropriar os 51% da petroleira YPF pertencentes à espanhola Repsol e, simultaneamente, tomou por decreto o controle da empresa. O projeto vai para o Congresso, no qual Cristina tem maioria. Ela disse não se tratar de estatização, mas de "recuperação da soberania", e acusou a Repsol de não investir o suficiente”.
          Vamos aguardar os novos episódios, no jogo periclitante de            CRISTINA.

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terça-feira, 17 de abril de 2012

CÂMARA DE GÁS

CÂMARA DE GÁS
Clerisvaldo B. Chagas, 17 de abril de 2012.

        Todos já sabem como é importante a higiene. Mesmo assim esse descuido com a saúde continua sendo mostrado em várias regiões do país, principalmente entre as pessoas menos favorecidas. Ainda existe aquele que não tem acesso a nada, numa miséria sem par, vivendo pior do que os cães. Mas é inconcebível que o sujeito esclarecido proceda como um insensível, principalmente se oferece serviços que dependem da higiene, a terceiros.
        Não é o meio do caminho, mas é como se fosse, a cidade de Maribondo para os que transitam entre o sertão e a capital. Naturalmente aquela praça se tornou ponto de parada quase obrigatória do transporte alternativo e dos automóveis particulares que fazem esse trajeto. Pelo menos uns três lugares de lanches, às vezes nem dão conta de tantos passageiros que procuram ali seus alimentos. Aparentemente, tudo bem diante dos balcões. Mas os sanitários, mictórios, banheiros ou outro nome qualquer onde o cidadão procura satisfazer suas necessidades mais urgentes das viagens, mostram o descaso e a verdadeira face de cada proprietário. Lugares sem cuidados de nada, verdadeiras latrinas como sanitários de cordinhas que não dão descargas, odor insuportável, bem próximos dos balcões, falta de papel higiênico, ausência de papel toalhas, divisórias baixas entre lugares para homens e mulheres, ausência de toalete para deficientes e crianças e uma porção de coisas mais. Em uma dessas lanchonetes, só cabe uma pessoa, dentro, motivo de fila interminável, verdadeira câmara de gás que qualquer um pode botar os bofes para fora. Se passar mal dentro daquela porcaria, não tem ambulância por perto nem corpo de bombeiros.
        São proprietários que somente procuram ganhar rodos de dinheiro/dia e passageiros que se danem! Vigilância Sanitária para essa ignomínia faz concorrência com pés de cobras. A prefeitura que deveria zelar pelos seus cidadãos e se orgulhar dos que por ali descansam por alguns minutos, parece não existir. É uma vergonha o lá para dentro dessas churrascarias e lanchonetes da cidade de Maribondo. E para dizer que não existe sequer um lugar decente, em se tratando de banheiro, apontamos apenas o posto de combustível na Praça Padre Cícero, entrada da cidade de quem vem de Arapiraca, Santana e Alto Sertão. Banheiro decente para qualquer pessoa. O único, meu amigo, o resto é antro. Muito melhor procurar as moitas que margeiam a BR-316. Só o Ministério Público pode resolver. Semana passada, uma senhora vomitou tanto ao sair de um diabo daquele, que foi preciso muita gente para acudir. Latrinas ótimas, desses avarentos que tão bem sabem driblar os alvarás das prefeituras. Os Estados Unidos por certo não sabiam que aqui no Brasil já temos tortura aos inocentes pela CÂMARA DE GÁS.

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segunda-feira, 16 de abril de 2012

PAIXÕES

PAIXÕES
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de abril de 2012.

Esqueci as paixões desencontradas
Nos facheiros, quipás e alastrados

Um amor perigoso que eu queria
Feroz resistente abrasador
Machucava o caboclo aboiador
Que até meu gibão não resistia
O desejo chegava todo dia
Vendo a dona correndo pelos prados
Meus sentidos bastante aguçados
Mergulhavam nas curvas desenhadas
Esqueci as paixões desencontradas
Nos facheiros, quipás e alastrados.

Seios róseos em corpos sedutores
Mamilos em lábios de vaqueiro
Beijos quentes pacaia no cinzeiro
Aconchegos, abraços matadores
Coxas grossas razões dos sonhadores
Nos colchões já velhos desgastados
Pra fugir dos caminhos mal formados
Das volúpias vilãs fragmentadas
Esqueci as paixões desencontradas
Nos facheiros, quipás e alastrados.

Pra correr do noturno das falenas
Das quimeras fatais das afrodites
Vênus, dulcineias e judites
Rosas, margaridas ou verbenas
Das loucuras peguei essas pequenas
Que trago nos bornais atravessados
Na garupa do corcel que tanjo os gados
Nas carreiras que dou sob as galhadas
Esqueci as paixões desencontradas
Nos facheiros, quipás e alastrados.

Nas ferras das reses da fazenda
Nas cordas roídas dos currais
Nos espinhos dos rasos carrascais
Nos caldos mais doces da moenda
Nas cavernas, nas grotas ou na senda
Que conduz aos garrotes casteados
Nas fogueiras das noites nos roçados
Nas estrelas que brilham madrugadas
Esqueci as paixões desencontradas
Nos facheiros, quipás e alastrados.
*
Do livro: "Colibris do Camoxinga; poesia selvagem" (breve).
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quinta-feira, 12 de abril de 2012

RIO PIRACICABA/IPANEMA



RIO PIRACICABA/IPANEMA
Clerisvaldo B. Chagas, 13 de abril de 2012.


          Nossa luta por Santana do Ipanema continua firme como nunca. De modo particular na Literatura, todos os nossos dez livros, entre documentário e ficção, fazem apologia a nossa terra. Ainda estamos na quentura de lançamento do “Ipanema um rio macho” ocorrido no último dia 23, quando ontem nos deparamos com a seguinte manchete: “Rio Piracicaba será homenageado com música e literatura neste sábado”. E prossegue a reportagem afirmando que o dia dedicado ao rio que dá nome à cidade, será celebrado com moda de viola, apresentação do Exército e um historiador. O rio que banha o município de Piracicaba, em São Paulo, terá uma solenidade em um ponto turístico das suas margens. O calendário festivo da cidade conta com data reservada ao rio desde 2002, segundo projeto de lei aprovado pelos vereadores. No momento, a solenidade contará com apresentação do Tiro de Guerra de Piracicaba. Em seguida será feita a leitura do texto alusivo ao “Dia do Rio Piracicaba”, pelo historiador Fábio Bragança. Haverá ainda fala das autoridades e, no encerramento, a música de raiz com viola e violão da dupla Marcius & Vinícius.
          O rio Piracicaba ficou imortalizado com a dupla sertaneja Tião Carreiro e Pardinho. Ao voltar a muito tempo das andanças pelo Sudeste, essa música típica daquela região me acompanhava, provocando uma doideira medonha no coração e nos olhos. E ao ler a reportagem acima, gostaria que as pessoas de Santana, principalmente as que conduzem o município, pudessem pensar nessa possibilidade. Valorizar o rio periódico Ipanema que originou essa cidade de quase cinquenta mil habitantes. Tudo que somos devemos ao rio, segundo sua história entregue ao povo santanense com o título “Ipanema, um rio macho”. E aí autoridades? Vamos encaixar esse evento, como calendário festivo anual do município?
          Quando se faz uma homenagem ao rio Ipanema, é como se tivesse fazendo também às outras ribeiras que deram vida ao nosso sertão alagoano: Traipu, Capiá, Dois Riachos, Desumano, Jacaré, Riacho Grande que serviram como vias dos desbravadores sertanejos. Imitemos o que é bom. Parabéns ao povo de Piracicaba e sua Câmara Municipal com os nossos desejos de um feliz evento no próximo sábado. Dois gigantes da natureza: PIRACICABA/IPANEMA.







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ESCOLA DURVALINA

ESCOLA DURVALINA
Clerisvaldo B. Chagas, 12 de abril de 2012.

 Propositadamente reservei esse trabalho para o segundo horário, devido a certa atividade na Escola Durvalina Cardoso Pontes, Bairro São José, em Santana do Ipanema, Alagoas. Estive às 10 horas de hoje (12) naquela unidade para ser homenageado como “Escritor Símbolo de Santana do Ipanema”. Alunos e professores haviam trabalhado a semana inteira sobre as minhas obras publicadas, escolhendo com ênfase o conto “Carnaval do Lobisomem”  como ponto central de suas atividades. Encontrei uma escola limpa e organizada, o que me causou espanto (coisa não tão fácil de encontrar) por aí. Satisfeito com o que via, pois dava impressão de coisa de primeiro mundo, fui recepcionado pela diretora Elza Clemente da Silva Ferreira e a coordenadora Naireinan de Carvalho Alves Rodrigues. Visitamos todas as turmas, dialogamos com elas, matando a curiosidade dos alunos e os estimulando à escola e ao estudo. Tudo era acompanhado pela filmagem do senhor “Paulinho Fotografias”, numa ordem perfeita e elegante.
          Descobri, com grata surpresa, que as professoras da Escola Durvalina, quase todas, haviam sido minhas alunas. À semelhança da Escola Sônia Pereira ─ que me prestou homenagem semelhante ─ sobrou carinho, respeito e agradecimento. Em seguida fui conduzido ao pátio da escola onde cartazes com poemas, referências e fotos enalteciam o autor e seus trabalhos. Após as homenagens feitas por alunos e professores, veio uma entrevista inteligente, onde os alunos perguntavam tudo o que queriam sobre o escritor. Pacientemente eu voltava à minha infância e respondia com acréscimo para estimular aquela geração de cabecinhas no futuro.
           Ali estavam as professoras Cleonoura, Eliãna, Elane, Maria do Rosário, Elizete, Francelina, Vanúzia, Lúcia, Maria Casilda e o professor José Senaldo, além do vigia, merendeiras e serviçais, que não houve tempo de coleta dos seus nomes.
          E quando a gente pensa que o mundo acabou fruto de tanta ingratidão, chega um novo reconhecimento, tão bonito e carinhoso como o poema que nos enaltece que a professora e ex-aluna Maria do Rosário Souza de Lima, nos entregou. Sou muito duro nos pronunciamentos, mas emotivo, mole e lacrimoso com tanto carinho recebido. Obrigado aos que fazem à Escola Durvalina Cardoso Pontes. “Carnaval do Lobisomem” breve estará na praça, na Emancipação Política do Município, levado pelos que fazem esta maravilhosa escola. Vou tentar driblar o Maceió, para me fazer presente. Obrigado! Mas obrigado mesmo à ESCOLA DURVALINA.





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quarta-feira, 11 de abril de 2012

JOÃOZINHO

JOÃOZINHO
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de abril de 2012.
Nº 753

 Quando rapaz, ouvi muitas anedotas sobre Joãozinho, um guri imaginário, safadinho, indiscreto e sabido, símbolo de histórias de garotos medonhos. Toda piada em que menino se saía bem, o personagem chamava-se Joãozinho. Como exemplo, lembro aquela em que toda vez que o Joãozinho chegava à bodega do português, enviado pelo pai, pedia, entre outras mercadorias para colocar no livro de fiados, o papel de “alimpar c...”. Quando a bodega estava cheia de senhoras o português ficava morto de vergonha. Assim mais uma vez procedeu o garoto. O português chamou o Joãozinho e o orientou: “Meu filho, não se diz papel de alimpar c... É feio. Diz-se assim: um rolo de papel higiênico”. Joãozinho ficou agradecido e disse que dali em diante iria falar de modo correto. Uma semana depois, novamente a bodega estava repleta quando o português avistou o garoto se aproximando e ficou arrepiado. Mas Joãozinho chegou e disse quase gritando: “Seu Manoel, pai disse que mandasse um rolo de papel higiênico”. O português suspirou aliviado e, com toda a satisfação do mundo, cortou a fila, fez questão de embrulhar o produto e despachar a criança, primeiro. Joãozinho saiu frajola e assoviando. Seu Manoel, então, se lembrou de perguntar ao menino: “Joãozinho, é para colocar na conta?” O menino respondeu do meio da rua: “Não senhor, é para passar no c...!”.
          Notei, durante a semana, recordando o passado, que Joãozinho cresceu e ocupa os mais diferentes lugares da sociedade. Estava lá nos Estados Unidos, acompanhando a presidenta Dilma em seus pronunciamentos. Com outras palavras, dizia a presidenta, que mesmo tendo feito parceria com os Estados Unidos, uma nação não era obrigada a acompanhar a outra em tudo, porque ambas eram diferentes. “Não somos Joãozinho de um passo só, um passo certo, ou errado”, dizia Roussef”. Era uma clara advertência à nação belicosa do norte que não concordamos com tudo que ela faz.
          E Joãozinho, personagem lendário da esperteza de um Pedro Malazarte, um Cancão de Fogo, da imaginária e clássica literatura de cordel, ilustrava sem pudor as palavras da presidenta. Joãozinho, você é demais! Brasileiro verde e amarelo das ruas poeirentas do interior, da periferia migrante das grandes cidades do Brasil. Que alegria reencontrá-lo nas altas esferas, meu garoto sertanejo! Minha admiração, você é demais, JOÃOZINHO!







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segunda-feira, 9 de abril de 2012

AS COISAS VÃO ACONTECENDO

AS COISAS VÃO ACONTECENDO
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de abril de 2012.
Nº 752

           Depois de uma Semana Santa sem grandes novidades, vamos sendo surpreendidos por alguns acontecimentos que surpreendem. E surpreendem porque estamos acostumados a essas enxurradas de notícias péssimas que extasiam a muitos vendedores de informações. A redução dos juros do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal causou um grande impacto na clientela das casas de crédito do país inteiro. Aquele velho sonho de décadas, para que o Brasil um dia chegasse ao patamar de juros de países ricos, vai se delineado como realidade tipo “me belisque para eu ter certeza de que estou acordado”. Outra redução brusca foi a do telefone fixo, de tal maneira que houve um espanto se não eram trotes que saiam dos fios pretos. Agora mais um anúncio de redução de taxas, anexado quase ao grito de que “a carne baixou”. Olhando para a parte externa, a própria cachaça vai sendo reconhecida como produto exclusivo do Brasil, assim como o rum, o charuto, o uísque, a tequila, uma vitória nacional que deve ser comemorada com suas exportações em cerca de 17 milhões. A Embraer firma parceria com a Boeing, a Embrapa vira internacional e Brasil passa a ser parceiro em igualdade de condições com o país mais poderoso da terra. Dessa maneira, parece que o Judas enforcou-se mesmo por aqui.
          A estratégia que vem sendo utilizada há certo tempo pelo nosso país, diversificando suas exportações por todos os continentes e formando uma nova situação geopolítica Sul-Sul (que parecia impossível) deu certo. Daí formou-se os BRICs, sigla que foi ganhando terreno no espaço mundial. Os Estados Unidos viam o Brasil se afastando e crescendo, aglutinando forças internacionais com outros gigantes como Índia, China e Rússia. E a história mostra que nenhuma nação é poderosa sozinha por séculos e séculos. Portanto a aproximação entre Dilma e Obama, nas circunstâncias atuais, traz uma imensa vantagem para as nações respectivas. Os Estados Unidos precisam mais do que nunca do Brasil quanto o Brasil dos Estados Unidos. Diferente do passado quando essa parceria proposta pela ALCA seria apenas a do explorador e do explorado.
          O futuro já chegou. É a vez e a hora de melhor condição de vida para o povo brasileiro, pois, de cabeça erguida perante os grandes, temos andado sem receios. E a ideia de mandar cerca de cem mil jovens estudarem e pesquisarem em outros países parece ter despertado de vez a consciência de que Educação, Conhecimento, Ciência e Tecnologia, são essenciais para atingirmos o mais rápido possível a posição que almejamos no mundo. Dezenas e dezenas de décadas rebocando sonhos. Finalmente chegou o milagre: AS COISAS VÃO ACONTECENDO.

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domingo, 8 de abril de 2012

JESUS VIROU BEBÃO

JESUS VIROU BEBÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 9 de abril de 2012.

           A infelicidade do ator Tiago Klimeck, em Itararé, São Paulo, foi mais uma das coisas estranhas que se contam a respeito das encenações da Paixão do Cristo. Muitos falam de episódios sobrenaturais sobre o espetáculo que também é assistido por um bom número de espíritos misturados aos encarnados. Falam também da própria intervenção divina em certas partes comoventes que mexem em profundidade com a vida particular de atores que imitam o Cristo. Assim como descrevem coisas comoventes, surgem também as partes divertidas maquinadas pelos encarnados mesmo. No caso do ator Tiago, ele se enforcou de verdade em confundir determinadas cordas. Como fazia parte do espetáculo, o ator ficou desacordado e ninguém percebeu, pois estava escrito na cena. Descoberto o acidente, Klimeck foi levado ainda com vida para o hospital, porém, em estado grave.
          Na banda hilariante, falam que certa feita, numa encenação da Paixão do Cristo, o ator principal adoeceu, justamente no dia da estreia. Um viciado em álcool, que amava o teatro e assistia aos ensaios todos os dias, vendo o aperreio da trupe, ofereceu-se para fazer o papel de Jesus. Sem alternativa, o homem foi aceito. O teatro estava lotado e comovido com o desempenho do “filho de Deus” que dava um espetáculo interpretativo. Na hora da crucificação, porém, o pseud.(o) ator sentiu a necessidade fremente do álcool. Um camarada mais experiente que fazia o papel de soldado romano, vendo o aperreio do crucificado, passava álcool em um algodão quando ele pedia água. Mas o pouco de álcool, não dava nem para molhar os lábios de “Jesus”, apenas estimulava mais ainda o viciado. O ator estava louco para beber, diante de uma plateia religiosa que vinha às lágrimas. Não podendo mais se controlar diante do figurino, o ator improvisado não resistiu ao cheiro do álcool no algodão, mais uma vez para acalmá-lo, e levantando a cabeça no mais veemente protesto possível, gritou para os companheiros: “Eu quero é cachaça, rebanho de peste!”. Onde diabo já se viu um Cristo pedindo cachaça! Foi gente espanar para tudo quanto é canto num apavoramento triste! Acabou-se o espetáculo.
          Minutos depois o “Jesus” arrependido foi encontrado acalmando os nervos no lotado boteco da esquina. Literalmente o “filho de Deus” acabava de trocar a vida eterna por uma dose da branquinha. No outro dia, a parede do teatro amanheceu pichada: “JESUS VIROU BEBÃO”. 









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quinta-feira, 5 de abril de 2012




VOLTAREMOS NA SEGUNDA

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terça-feira, 3 de abril de 2012

A GUERRA DO PÉ NA BUNDA

A GUERRA DO PÉ NA BUNDA
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de abril de 2012.

 A briga do governo brasileiro com a FIFA vai se delineando para os brutos e para o humorismo pastelão. Isso me faz lembrar um caso acontecido aqui em Santana do Ipanema quando um sujeito considerado bruto, ignorante, recebeu dobrado o preço dos maus bofes. Acostumado a tratar mal o povo que não reagia, foi surpreendido certa vez por um cliente que ao ser advertido que tivesse cuidado com o ignorante, indignou-se, meteu as duas mãos espalmadas no balcão e, colérico, deu o seu recado antecipado. O ignorante número um comeu o bife de osso que passava para terceiros. Ficou caladinho, Seu Zé! Nem sequer um pio! É por isso que reza o nordestino: “remédio para um doido, é doido e meio”. É assim que de vez em quando desaparece um filho bastardo do Planeta da espécie cavalo do cão.
          Dizem que um desses cabras da língua bifurcada é o senhor Jérôme Valcke que tem nome de índio do Velho Oeste com remédio de farmácia. Como era costume, falou aquela idiotice de que o Brasil merecia um chute no traseiro, sem consideração sequer ao cargo que ocupa. Se fosse em Santana, o povo o chamaria de maloqueiro. Sua presença em nosso país foi rejeitada pelo próprio governo. Pois bem, após pedir desculpa, pensava o maloqueiro, digo, o senhor Valcke que estaria tudo bem após as desculpas. O senhor Blatter, que parece ser do mesmo naipe do parceiro, veio conversar humilde com a Dilma e bastou sair do Brasil para também conversar como herói do mangue. É nesse momento que precisamos de doido e meio; de madeira nodosa de mororó e “chuletado” de pé 44. Não deu outra. Apareceu o presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, senador Roberto Requião ─ delicado que só papel de enrolar prego ─ para dá o troco com palavras ao senhor Valcke, animadinho para vir ao Brasil. Disse o senador: "Não aceitamos o porteiro da FIFA. O requerimento aprovado foi para receber o Blatter, não esse bedel da FIFA. Se depender de mim, ele receberá um pontapé em suas redondas abundâncias”. Precisamos ou não de doido e meio?! “Quem se abaixa de mais...” continua o povo na sabedoria.
          Ninguém agora pode recuar. Nem a FIFA nem o Brasil. Mas, nós, o povo, poderá continuar nas arquibancadas nuas ainda, assistindo bem atentos a briga dos traseiros, o embate das abundâncias ou mesmo, domesticamente, A GUERRA DO PÉ NA BUNDA.






































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DEDOS DE PAU

DEDOS DE PAU
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de abril de 2012.

 Mais uma vez voltei ao “Bacurau”, para apreciarmos os trabalhos de parede do desenhista Roninho. Contemplamos suas recentes produções e puxamos àquela conversa domingueira de quem não deixou a cidade. Logo aparece o cantor, desenhista e músico Dênis Marques, o professor e pesquisador Marcelo Fausto, o advogado Júnior e vai se formando com mais pessoas, um grupo apreciador da paisagem do lugar e das inúmeras caricaturas e quadros de Roninho. O bar do Bacurau ganhou um logotipo, obra de arte em adesivo que todo mundo quer usar no automóvel. Pense numa ave invocada da lavra do artista! Logo o pequeno ponto de encontro vai se transformando numa babel de ideias entre líquidos espumantes e longos olhares para os arredores. As barrancas do rio, ao longe, na Floresta, parecem indicar o rumo da Cajarana. A Serra da Remetedeira acena recortada ao horizonte. E, lá para as bandas do comércio, a torre da Igreja Matriz de Senhora Sant’Ana, faz ângulo reto com o serrote Pintado.
          O desenhista Roninho parece muito feliz com aquelas visitas da sua vizinhança. Fala das últimas telas apreciadas e vendidas de imediato na “Cidade Presépio”, Piranhas. Pede desculpas aos clientes, pois fechará o Bacurau por alguns dias. É que, finalmente reconhecido, iria iniciar o seu trabalho de desenho regional num enorme painel público que é a Praça de São Pedro, no bairro do mesmo nome. O santanense começa a despertar para as suas obras em caricaturas nordestinas que tanto sucesso fazem. O Dênis Marques, também acaba de chegar de um grande trabalho de pinturas em quadros para decoração de empresa das imediações. Cada um no seu estilo, empata na perfeição dos seus trabalhos. E nós outros, pernas de pau, ou melhor, dedos de pau, temos a vontade vã de desenhar qualquer negócio parecido com aquelas coisas maravilhosas. Mas eles também dizem (para consolo nosso) que gostariam de manejar as letras como nós. E assim o ponteiro vai subindo para o meio-dia numa conversa tipo miolo de pote, poderosa tal espantalho do estresse, após uma semana cheia.
          O “Bar do Bacurau” prossegue com sua clientela. Vai ficando famoso no cocuruto do Bairro São José, aguardando a noite, horas corretas para o seu voo silencioso e estilizado. Chegou a nossa hora: Vamos zarpar, rapazes! É hora da retirada dos DEDOS DE PAU.

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segunda-feira, 2 de abril de 2012

INJÚRIA DOBRADA

INJÚRIA DOBRADA
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de abril de 2012.

 Acordei com respingos de chuva na biqueira. Abertura de Semana Santa sempre traz o diferente, muitas vezes simples e tão natural que a maioria dos mortais nem percebe. Há muitos meses sem chover em nossa terra, tem início o mês de abril com alguma esperança no céu. Ficamos, entretanto, sem entender essa mudança do tempo, uma vez que o nosso período chuvoso tem início em maio, tradicionalmente. Aguardamos as trovoadas a partir de novembro até o primeiro mês do ano seguinte, seguindo a tradição de que trovoada de janeiro tarda mais não falta. Mas esse ano faltou, meu amiguinho! Um calor medonho, um sol tangedor para a sombra, ótima venda de chapéu e protetor solar. E o céu, o céu azulzinho da silva, como se não tivesse nem aí, como se diz no Brasil. E as notícias sobre a seca vão saindo na mídia grande, mostrando o abandono em que vivem muitos dos nossos irmãos ainda em nosso território. Vamos perguntando a nós mesmos ─, pois não se tem a quem indagar ─ por que acontece isso, o desprezo, em pleno século XXI? Ali bem pertinho, em Sergipe, Poço Redondo mostra a vergonha da falta de estrutura da parte das autoridades. Vamos lembrando o escritor do cangaço, Alcino, quando fala da miséria daquela gente desprezada pelos governos da Era 30. O atanazar do cangaço onde não havia defesa, e as secas cruéis botando o homem do campo para correr do seu torrão.
          Penetramos no terceiro milênio, contemplando cenas semelhantes de oitenta anos atrás. O povo sedento e humilhado, tentando colocar de pé os bovinos de suas propriedades esturricadas. Crianças, velhos, adultos, bebendo lama, vendo os urubus rondando, comendo raiz braba e tentando escapar com a roupa do couro. Quanto tempo teremos ainda que aguardar os fins de cenas dos Fabianos nordestinos? Início de Semana Santa. Boa pergunta para se fazer a Deus em cima e aos corruptos em baixo. Mas respingou em nossa terra na manhã de hoje. Talvez, gotas de esperanças para fortalecer a alma dos desesperados. Uma friezinha de humidade bateu às portas da Semana Sagrada. Os pardais adiaram o voo matutino. A enxada bateu forte na pedra esbranquiçada, anunciando as alvíssaras das cumeeiras. Puxam-se os terços nas mãos calosas, esticam-se os benditos nas gargantas sedentas.
          Mais uma vez amanhecemos sem Internet, sem postar cedinho as coisas da madrugada. Assim como “eles” fazem, com o homem campesino, vamos também cruzando os braços aguardando os sinais da web... E do tempo. INJÚRIA DOBRADA.

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