MONTADO NA HISTÓRIA SANTANENSE
Clerisvaldo
B. Chagas, 30 de setembro de 2019
Escritor Símbolo do
Sertão Alagoano
Santana do Ipanema,
Alagoas, tem como principal bairro o do Monumento. O Bairro do Monumento ganhou
o título, após a inauguração da igrejinha/monumento, construída pelo padre
Capitulino para marcar a passagem do século XIX para o século XX. Tempos
depois, o seu altar recebeu a imagem de Nossa Senhora da Assunção, vinda de
Portugal. Os seus degraus ganharam notoriedade quando serviram para expor as
cabeças de onze cangaceiros, inclusive, a de Lampião e de Maria Bonita, em
1938. Quanto ao padre Capitulino, era filho de Piaçabuçu, município do baixo
São Francisco. Foi prefeito de Santana, chegando a substituir interinamente o
governador Fernandes Lima. Nesse cargo, elevou à cidade a vila de Santana.
Mas, mesmo sendo uma
igrejinha, muitas vezes era esquecida como tal por turmas de desocupados. Os
marmanjos sentavam-se nos seus degraus, escorados com as costas na porta da
igreja, abriam as páginas das fofocas e da pornofonia e mulher nenhuma que
passasse por ali estaria livre das maledicências. Por isso mesmo, certo padre resolveu
extirpar os desavisados daqueles degraus, colocando em torno dos batentes,
grade de proteção. Tempos depois, as grades foram retiradas, mas retornaram.
Nem sabemos atualmente, se a igrejinha/monumento está com grades ou sem grades.
A pintura do prédio está sempre em dia com suas paredes limpas acompanhando a
evolução da Praça Adelson Isaac de Miranda, antes Praça da Bandeira, onde se
acha encravada.
Outro marco, porém,
de passagem de século (XIX – XX) foi erguido na cidade. Um cruzeiro de madeira
que foi fincado no antigo morro da Goiabeira, monte que circunda a urbe na
parte sul. Logo depois, o morro da Goiabeira passou a ser denominado serrote do
Cruzeiro. Aproximadamente, nos anos sessenta, o cruzeiro de pau foi substituído
por outro semelhante e pintado de azul.
No final do século
XX, novo marco de passagem de século foi construído e desta feita, na entrada
do Bairro São Vicente. Trata-se do Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe,
erguido pelo pároco Delorizano.
Achamos que os três
marcos deveriam ser tratados como pontos turísticos.
Sei lá.
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