terça-feira, 28 de agosto de 2018

NO TRONO DA CRÔNICA



NO TRONO DA CRÔNICA
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.974



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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

SURGIU O COMÉRCIO


SURGIU O COMÉRCIO
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.973
ARAPIRACA, CIDADE COMERCIAL. (FOTO: ÂNGELO RODRIGUES).

 Segundo Boulos, (História), “Com o aumento da oferta de alimento, a invenção do arado e de novas técnicas de irrigação passou a ocorrer a produção de excedentes, ou seja, as aldeias passaram a produzir mais alimentos do que consumiam. Consequentemente, seus membros puderam se dedicar a outras atividades como a carpintaria e a tecelagem. Ocorreu, assim, uma crescente divisão do trabalho: uns construíam casas, outros faziam tecidos, outros produziam armas, outros  modelavam potes e panelas de cerâmica, e havia ainda os que caçavam e pescavam.
Quem produzia trigo ou azeite, por exemplo, passou a trocar seus produtos por um vaso, um tecido ou uma arma. Nascia assim o comércio. Com o tempo, essas trocas deixaram de ser feitas pelos próprios produtores e passaram a ser efetuadas por um personagem novo naquela época: o comerciante”.
Com o tempo, algumas cidades passaram a se destacar como pontos comerciais que a continuação às transformou em importantes centros de comércio. Mas alguns povos aproveitaram o excedente para comercializar perambulando por outros povos. Outros ainda, de território difícil para a agricultura e pecuária, passaram a negociar com outras gentes, comprando e vendendo com as sobras, de territórios que produziam. Atualmente, em todos os lugares do mundo se encontra pontos famosos pelo que vendem. Aqui no Brasil, chamamos a essas cidades de cidades comerciais. Mesmo contando com inúmeras indústrias, a fama do comércio persiste sobre todas as outras formas econômicas. Para que os exemplos fiquem mais perto, temos Caruaru, no estado vizinho do norte e Arapiraca em Alagoas.
No caso da nossa cidade, Santana do Ipanema, localizada no Médio Sertão Alagoano, podemos classificá-la como cidade comercial, desde os tempos de vila. A vocação de comércio independe do tamanho do lugar. Uma pequena vila, um povoado ou um simples arraial, pode carregar essa vocação e até se expandir se tornando grandes centros como alguns que conhecemos como Sorocaba, Barretos e outros menores.
Atualmente o Comércio é um dos setores que mais emprega no Brasil.











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domingo, 26 de agosto de 2018

UMA NOVA SANTANA SE DESENHA


UMA NOVA SANTANA SE DESENHA
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.972

(ILUSTRAÇÃO/DIVULGAÇÃO).
Sempre tive o pensamento que se fosse puxado o asfalto desde a delegacia de polícia, rasgando até o sítio Barroso, naquela região poderia ser formada uma nova Santana, desde que essa nova cidade fosse planejada com toda estrutura. Agora vem uma surpresa jamais pensada antes, que vai muito mais além dos meus planos de geógrafo. Trata-se de ideia do DNIT em fazer um contorno da BR-316, em Santana, desde o 70. Batalhão de Polícia num semicírculo pela região norte até além da saída de Santana para o Carié. È um projeto grandioso, “fila da puta” de arrojado! Se o pensamento do DNIT é somente desafogar o trânsito urbano poderá se sustentar até uns 15 ou 20 anos. Se for para desenvolver a região do seu traçado, acertou em cheio.
Explico: caso seja construído esse contorno, as zonas de Santana, Nordeste, Norte, Noroeste e Oeste, se expandirão até topar na linha vermelha, engolindo os sítios Riacho do Bode, Baixio (do Ivan), Timbaúba, Baixio (Abílio Pereira), Imburana do Bicho, Camonga, Barroso, Água Fria e Mata Verde. Logo, logo, pelas necessidades naturais, a prefeitura terá que asfaltar avenidas, e saídas de Santana até a linha vermelha do semicírculo proposto pelo DNIT. Quer dizer, tudo hoje que é sítio, no prazo dito acima, será zona urbana, mais ou menos como aconteceu em Garanhuns e Caruaru. Finalmente a cidade quebrará suas correntes de confinamento pela região Norte. Inúmeras oportunidades serão oferecidas a diversos tipos de empreendedores. Será um impacto tão grande quanto o que foi no passado a construção do grande bairro Camoxinga, com a diferença de que esta foi mais lenta. 
Se o, então, prefeito Nenoí Pinto tivesse aplicado o seu plano de puxar a AL-130 pela região do Bairro Floresta até sair após a Barragem na BR-316, a parte Sul do Santana já estaria consolidada. É isso que vai precisar agora com a estátua sacra mais alta do mundo, que chegue até ela diretamente a AL-130 e continuação até a BR-316. Assim Santana do Ipanema, terá um gigantesco avanço pelo Norte e pelo Sul, podendo até pensar no asfalto da Serra Aguda a Senador Rui Palmeira, pela Lagoa do João Gomes, beneficiando a Região do Olho d’Água do Amaro.
Cabeça é para pensar.




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quinta-feira, 23 de agosto de 2018

REPENTISTAS


REPENTISTAS
Clerisvaldo B. Chagas, 24 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.971
 
Repentistas Clerisvaldo Braga e Zé de Almeida. (Arquivo do autor).
Repentista filosofando sobre seca no Piauí:

“Eu tava me sustentando
De fruta de macaúba
Mas o galho ficou alto
Eu não conheço quem suba
De vara ninguém alcança
De pedra ninguém derruba”.

Repentista, após receber bom dinheiro de prostituta, na feira:

“Muito obrigado dona
Pela paga verdadeira
Mal empregado esse nome
Que lhe dão, mulher solteira
Rapariga é essas pestes
Que andam lisas na feira”.

Repentista recebendo no prato dinheiro mínimo de um pobre:

“Parece que seu Joaquim
Passou a noite no mato
Com uma faca amolada
Tirando couro do rato
Deixou o rato sem couro
Botou o couro no prato”

Repentista Zé de Almeida em Paulo Afonso:

“Já cantei com Manoel
Agora canto com Jó
Um é cobra caninana
Outro é cobra de cipó
Eu no mei me defendendo
C’um taco de mororó”.

Repentista de ganzá, cego Zequinha Quelé, do sítio Travessão, pedindo dinheiro na feira: “Perdoe, ceguinho”.

A bacia do perdoe
Deixei lá no Travessão
Sou homem não sou menino
Todo ser é assassino
Só meu padre Ciço, não.



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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

BAOBÁ


BAOBÁ
Clerisvaldo B. Chagas, 23 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.970
AVENIDA DE BAOBÁS, MORONDAVA, MADAGÁSCAR (SUZANA FIDALGO).
Para quem deseja vida longa pode se inspirar em Matusalém e outros personagens bíblicos. Mas também pode voltar sua atenção para algumas espécies vegetais, entre elas o baobá. Adansonia é um gênero de plantas com flor que agrupa as espécies de árvores das regiões tropicais áridas e semiáridas conhecidas por baobás, embondeiros, imbondeiros ou calabaceiras. O gênero agrupa nove espécies validamente descritas, das quais seis têm distribuição natural restrita à ilha de Madagáscar, uma ao continente africano e Médio Oriente e outra à Austrália. O nome genérico é uma homenagem a Michel Adanson (1727-1806), o naturalista e explorador francês que descreveu a espécie africana Adansonia digitata.
O baobá é a árvore nacional de Madagáscar e o emblema nacional do Senegal.
Alguns indivíduos podem até chegar aos mil anos de existência.
Na África, existem os contadores de história e são considerados com muito respeito o que equivale por aqui ao título de Patrimônio vivo do lugar. O sábio, aquele que sabe da vida mais do que os outros. Não temos a informação se o costume continua, mas ao falecer um desses sábios das tribos, eram sepultados no tronco do baobá. Isso mesmo, quando o baobá fica muito velho, torna-se oco, servindo, inclusive, para a armazenagem de água. Outras pessoas de profissões distintas, também eram ali sepultadas.
Existe um respeito grande e profundo pela terra, pelos montes, pelas árvores, emanadas dos nativos de cada região. Não poucas vezes esse respeito e costumes são ignorados por outros povos que nem sequer estudam as culturas diferentes das do seu território. Assim como o baobá, a jurema tão encontrada em nossa região seca, tem muito significado para rituais de religiões afros.
O mundo precisa de mais cultura, civilização, humanidade e tolerância. Mas o que dizer de um planeta de expiação como o nosso? Não somos o mais atrasado e nem o mais adiantado. Estamos buscando a evolução nessa mistura do bom e do ruim. Muitas vezem somos baobá, outras vezes somos machado.



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