quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

 

LEMBRANDO DA ESCOLA

Clerisvaldo B. Chagas, 28 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.198

 



Vamos encerrar o mês de fevereiro em grande estilo, relembrando os aprendizados da escola. E se você nunca ouviu falar sobre esses grandes personagens que guiaram os rumos da História, está precisando pesquisa. Desculpe a franqueza. Abaixo: todos gregos.

Heródoto – nasceu por volta de 484 a.C., teve grande contribuição, tanto para a Geografia quanto para a História. A partir de observações feitas em suas viagens, mapas da época foram corrigidos e produzidos. Ele considerava quatro regiões nas quais o mundo se dividia: Europa, Ásia, Líbia e Delta do Nilo.

Hipócrates – Apesar de ser considerado o pai da Medicina, Hipócrates (460 a. C) contribuiu para os conhecimentos geográficos. Ele estudou a influência do ambiente sobre os homens, acreditando que a diferença entre grupos humanos, se devia às diferenças naturais, como as variações climáticas. Essas ideias, já contestadas pela Geografia atual, permaneceram fortemente na Geografia do século XIX. No que chamamos determinismo geográfico.

Eratóstenes - (225 a.C.)  Entre muitos estudos produziu o primeiro mapa com coordenadas geográficas. Outra contribuição muito importante foi o cálculo da circunferência da terra. O resultado obtido por ele é muito próximo do que hoje se obtém com modernas tecnologias.

Obs. Isso faz me lembrar o professor de Matemática do Ginásio Santana, Genival Copinho, quando explicava o “Crivo de Eratóstenes”.

Hiparco - (146 a C.)  Considerado o maior astrônomo da Antiguidade, inventou o astrolábio, instrumento que localizava as embarcações a partir do Sol e planetas. O instrumento foi utilizado muitos séculos depois.

Ptolomeu – (100 a.C.)  Reuniu os conhecimentos geográficos produzidos pelos antigos.

        PAULA, Marcelo Moraes & RAMA, Ângela. Jornadas. Geo. Saraiva, São Paulo, 2012, Págs. 36-37.

 

BOM CARNAVAL.VOLTAREMOS APÓS, SE DEUS ASSIM O PEMITIR.

 


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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

 

TIPOS DE RELEVO

Clerisvaldo B. Chagas, 27 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.197



 

Tipos de relevo geral e mais comum:

 

Montanhas -  São formas de relevo de maior altitude que existem na superfície terrestre. Um conjunto de montanhas forma uma serra e um conjunto de serras forma uma cordilheira.

Sim, é costume popular brasileiro, chamarmos qualquer elevação montanhosa de serra.

 

Planaltos – São superfícies irregulares que se apresentam bastante desgastadas pelas ações de agentes externos, como as chuvas, os ventos e os rios. Os resíduos do desgaste podem ser depositados em áreas próximas e mais baixas como as planícies e as depressões. Os planaltos podem ser formados por chapadas, morros e serras.

Chapada – formas com quedas acentuadas, lembrando um degrau (escarpa);

Morros – elevações de formas arredondadas;

Serras – conjuntos de morros com desníveis acentuados.

 

Planícies – São terrenos pouco acidentado, isto é, mais ou menos planos, sem grandes desníveis, e são formadas com a   deposição de grande quantidade de sedimentos que vêm de rios, mares e lagos. As planícies podem ser classificadas em costeiras ou marinhas (próximas a oceanos e mares), aluviais ou fluviais (próximas aos rios) e lacustre (próximas aos lagos).

 

Depressões – São superfícies aplainadas por longos processos de erosão. Suas formas se apresentam planas ou levemente onduladas. As depressões são altitudes mais baixas que os terrenos localizados ao seu redor, localizando-se, então, entre superfícies mais elevadas como os planaltos.

PAULA, Marcelo Moraes & RAMA, Ângela. JORNADS. Geo. Saraiva, São Paulo, 2012. 2 Ed. Págs 94-95.

 

O Sertão alagoano está dentro da Depressão Sertaneja do Rio São Francisco, inclusive, Santana do Ipanema.

MINE PLANÍCIE DE ALUVIÃO NA FOZ DO RIO IPANEMA, POVOADO BARRA DO IPANEMA, BELO MONTE – AL. (FOTO: CLERINE CHAGAS). ANO 2000. LIVRO: O BOI, A BOTA E A BATINA, HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA.

 

 

 

 

 


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terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

 

HISTORIANDO SERTÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 26 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.196

 



Eu nem era nascido ainda, quando em 1941 – ano imortalizado como a maior cheia do rio Ipanema – estava sendo construída a rodagem da BR-316, trecho Maceió – Delmiro Gouveia.  Os trabalhos da grande estrada de terra, já haviam chegados ao Garcia, ocasião em que seus habitantes cogitaram em construir uma cidade escolhendo uma das margens do riacho Dois Riachos, prevalecendo a margem esquerda. Daí surgiu a expansão do casario planejado que tempo depois seria emancipado e o Garcia passou a ser a cidade de Dois Riachos. Bem perto dali, surgia também, espontaneamente o povoado Areias Brancas, com apenas uma casa isolada. (Ver o livro: O Boi, a Bota e a Batina; história completa de Santana do Ipanema.

A existência do riacho Dois Riachos, foi fundamental para o surgimento da nova cidade. Os Dois Riachos fazia papel semelhante ao rio Ipanema, do qual é seu forte afluente, no abastecimento d´água, da areia, do barro, do pasto, das ervas medicinais, da madeira e do lazer, vantagens complementares de um rio periódico ou intermitente. E se o antigo Garcia tinha o valor incomparável do riacho Dois Riachos, ali perto, entre o Garcia e Santana, escorria outro belo afluente do rio Ipanema, o riacho Gravatá que banhava as imediações do ponto culminante de Santana do Ipanema, a serra do Gugi e, semelhante aos Dois Riachos, também corta a BR-316 em busca do seu coletor, Ipanema. O riacho Gravatá fica a aproximadamente 2 quilômetros do povoado Areias Brancas, em direção à Santana.

A cidade de Dois Riachos, prestou relevantes serviços ao nosso estado quando foi ponto de apoio fundamental para os que buscavam o Sertão bravio para as mais diferentes tarefas. Hoje continua sendo lugar importante no contexto alagoano e sertanejo. Orgulha-se do seu progresso, da sua Feira de Gado, do Açude do Pai Mané, das romarias da Pedra do Padre Cícero. E ali pertinho, o povoado Areias Brancas, é outro orgulho sertanejo que se a burocracia permitisse, seria uma nova cidade alagoana.

Estarei, após o Carnaval, fazendo uma visita de cortesia e parceria cultural/religiosa em Dois Riachos e ministrando uma aula campal para alunos de Areias Brancas.

Quer ir conosco?

ENTRADA DE DOIS RIACHOS (DIVULGAÇÃO).

 

 


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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

 

É DA SERRA?

Clerisvaldo B. Chagas, 25  de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.196

 



 

Conhecemos no Sertão de Alagoas: A Serra do Poço e a serra do Gugi. A serra do Poço é vista de vários pontos da cidade de Santana do Ipanema. Faz parte da região serrana do município, contrafortes do planalto da Borborema. Possui 505 metros de altitude e se apresenta com metade no Poço das Trincheiras, metade em Santana. Os antigos fizeram da serra do Poço, um verdadeiro pomar que parecia um jardim suspenso. Passou a ser o grande fornecedor de frutas de qualidade da nossa região. Destacavam-se a laranja, a banana e a jaca. Mas também produzia o feijão andu que muitas pessoas faziam o famoso “café de andu”.

Nas feiras dos sábados, chegassem frutas de onde chegassem, a preferência era sempre da serra do Poço. É da serra? – Indagava o freguês.  É sim, Doce que só mé!  E a estrada que levava à serra – que hoje passa pelo Colégio Prof. Mileno Ferreira – ainda isolada, registrava a passagem de jumentos, burros e éguas de caçuás repletos de frutos trazidos do cimo da serra do Poço. Ou desciam para Santana pelo sítio Água Fria ou pelo sítio Poço Salgado. Subir a pé à serra do Poço, gastava-se duas horas para quem não tinha o costume. Muito menos tempo para o nativo. Ao se chegar, porém, ao topo da montanha. Surgiam a recompensa da paisagem, das águas, dos pomares, da culinária serrana.

Há cerca de 15 anos, a mão-de-obra jovem deixou o campo em busca dos atrativos da cidade, como os estudos, por exemplo. Os pais envelheceram e não tiveram mais forças e a citada mão-de-obra jovem para a continuação dos pomares. Sem novos plantios, sem manutenção, os pomares haviam desaparecidos quase totalmente. Não sabemos a situação atual da serra do Poço, entretanto, vimos ultimamente um site mostrando o dono comendo jaca e afirmando ser da serra do Poço.

Mas sempre tivemos pena dos santanenses aqui nascidos e criados que nunca foram à serra do Poço, do Gugi e mesmo aos montes que circundam de perto a cidade, como o serrote do Cruzeiro, do Gonçalinho ou o serrote do Pelado, mas querem conhecer outros países.

SERRA DO POÇO, VISTA DA CIDADE DE SANTANA, NO INVERNO EM 2013.  (FOTO B. CHAGAS/LIVRO 230).

  


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domingo, 23 de fevereiro de 2025

  

OLHANDO DO SERROTE

Clerisvaldo B. Chagas, 24 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.195

 



Entre os montes residuais que circundam Santana do Ipanema – mirantes naturais encantadores, da cidade - Poderemos relacionar em círculo da direita para a esquerda até fechar o círculo: serrote do Gonçalinho, morro da Goiabeira, serra Aguda, serra da Remetedeira, serrote do Pelado. Serrote, sertanejamente falando, serrote é uma pequena serra. Pois bem, o serrote do Gonçalinho, depois que ali colocaram uma imagem de Cristo, passou a ser denominado popularmente de serrote do Cristo. Quando o serrote do Cristo recebeu algumas torres de comunicação, ganhou outro nome, pelo povo de serrote das Micro-ondas. Já o morro da Goiabeira, quando recebeu um cruzeiro de madeira para marcar o início do Século XX, passou a ser denominado também popularmente de serrote do Cruzeiro.

Dos outros restantes, o nome só foi mudado do Serrote do Pelado, artificialmente, para Alto da Fé. Cada serra ou serrote tem sua história, mas vamos falar agora apenas do serrote Gonçalinho. É um monte residual, isto é, que resistiu aos desgastes das intempéries durante milhões de anos. A parte à barlavento é úmida, a parte de sota-vento, virada para o rio Ipanema, é seca.  Do cimo se avista melhor os bairros maniçoba, Bebedouro, o açude do Bode e a serra da Camonga e, apenas uma parte do bairro São Pedro. Tem uma estátua do Cristo que ninguém sabe quem ali a colocou. Tem algumas antenas e por isso passou a ser chamado de serrote das Micro-ondas. No seu sopé, a barlavento, ultimamente formou-se um bairro denominado Santo Antônio, onde a pobreza impera.

Certo tempo houve uma seca grande na região e roubos de bodes. Muita fome! Mas os meninos de um morador do serrote eram todos gordinhos. Um soldado chamado Zé Contente, investigando o roubo de bodes, resolveu torturar e matar o pai dos meninos acusando-o de ladrão. Ao furar o seu bucho com punhal, só havia alastrado e mais nada. O fato foi editado em crônica pelo escritor Oscar Silva que viveu a época e deu o nome do escrito de “Bucho de Alastrado”. A cruz do morto ficou ao sopé do serrote que tinha o  nome de sítio Cipó. Hoje essa crua foi engolida pelo avanço da cidade por aquela zona rural, rumo ao Curral do Meio I.

Estaremos lá dia 17, vamos!

SERROTE DO GONÇALINHO, NO INVERNO DE 2013 (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230).

 


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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

  

FOTO DA SAUDADE

Clerisvaldo B. Chagas, 21 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.194

 



Mais uma vez convocando os santanenses ausentes há muito, para recordarmos Santana do Ipanema, antes da ponte sobre o rio, no Comércio, isto é, antes de 1969. Santana a cerca de 60 anos. Quer detalhes da foto para as suas pesquisas saudosas? Vamos lá: Vê-se foto parcial do Comércio de Santana do Ipanema, anos 60. Primeiro plano, casas comercias. Segundo plano: rio Ipanema (parte mais branca). Terceiro plano: margem direita do rio, ainda com raras e esporádica habitações. Voltando aos detalhes do primeiro plano: da esquerda para a direita, isto é, descendo a ladeira: pedaço da barbearia Salão Moderno, dos Pichita; Beco São Sebastião: igreja de São Sebastião (esquina de baixo); casa de primeiro andar de dona Hermínia florista e seus filho malucos, Agissé, Poni; Farrnácia Confiança de Hermínio Tenório (Moreninho) com duas cruzes nas portas;

Bar e casa suspeita de José Vieira; casarão, antiga morada do Cel. Manoel Rodrigues da Rocha, servindo como hotel e restaurante de Elias e Branca; Alfaiataria Nova Aurora do senhor Walter Alcântara. Ultimo prédio à direita, não completamente identificado. Parece ser fábrica de cachaça de Antônio Bulhões. Defronte aos edifícios, uma pequena árvore solitária da praça invisível.

Todo o vazio da margem direita do rio Ipanema, hoje está representado por vários bairros que se desenvolveram após a ponte General Batista Tubino, no Comércio, em 1969. São eles: Domingos Acácio, Paulo Ferreira (antigo Floresta), Isnaldo Bulhões (antigo Colorado), Santo Antônio.

O vazio da foto, margem direita, mostra apenas as áreas que formaram os Bairros Domingos Acácio e Paulo Ferreira. Este onde estar localizado o Hospital Dr. Clodolfo Rodrigue de Melo. Apesar da não definição da fotografia com clareza, o rio Ipanema acha-se representado.por pedregulhos e pouca água. E se quer saber sobre os prédios da foto, apenas continuam   parecidos, mas não originais a igreja de São Sebastião  e o casarão do coronel,  este, transformado em Galeria/shopping.  Vamos ver se dá certo, apresentações de foto antigas com interpretações, às sextas.

E se os amigos querem saber, estaremos, se Deus quiser, dia15 de março lançando livros em Santana. Já no dia 17 de março, no serrote Gonçalinho (Cristo, Micro-ondas) ministrando aulas vivas de Geografia e História com grupo de alunos do povoado Areias Brancas, entrevistado e filmado. Projeto do jovem Samuel. Vamos?

PARCIAL DO COMÉRCIO DE SANTANA (FOTO: DOMÍNIO PÚBLICO, LIVRO 230/ACERVO DO AUTOR)..


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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

 

CIÇO DOIDO

Clerisvaldo B. Chagas, 20 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.193

Com a aproximação do Carnaval, que não mais existe em Santana, pelas próprias mudanças dos tempos, cabe aqui registrar o que já foi registrado. O Carnaval santanense, que ia do sábado de Zé Pereira à terça, apresentava os blocos de rua na parte da manhã. Raramente alguns passavam para a parte da tarde. Aqui acolá havia bandos de caretas (bobo ou papa-angu) outras cidades e estados. Aqui acolá bandos de caretas acompanhava um bloco, de repente e, de repente também, deixavam-no de lado.  Eu, entrando na adolescência ainda não havia estreado em bandos de caretas. No quintal da casa do senhor José Urbano e dona Florzinha, fazíamos as máscaras. Para isso pegávamos barro de telha e tijolo da olaria do Sr. Eduardo Rita, moldávamos em forma de cachorro, de cão, de gente, de porco...

Colocávamos a forma a secar ao Sol. Depois de seca, íamos colando papel de jornal e um papel liso por último. Após secar tudo ao Sol, pintávamos a máscara, colocávamos os buracos para o elástico segurar a máscara à cabeça e pronto. Depois era trajar roupas diversas, esconder o restante da cabeça, arranjar um relho com ponteira e ganhar as ruas arrulhando: Rrrrrr....  Rrrrr....  e dando carreira em menino estalando o relho. A primeira vez, saímos pelo portão que dava para a Rua de Zé Quirino, devidamente trajados, quando avistamos outros caretas pela rua, inclusive um careta enorme e que nos assustou. Mas ele se aproximou de nós e indagou baixinho: Quem são vocês? Respondemos. Indagamos de volta quem era ele. O careta muito alto respondeu: Ciço, Ciço que o povo chama de Ciço Doido!

Pronto! Estávamos aliviados e garantidos pelo tamanho do careta do outro bando. Quem iria mexer conosco, com um caretão daquele por perto com relho na mão? Ciço Doido era o filho mais velho do senhor Manezinho de Melo, morador da Rua São Pedro. Era irmão de “Barata”, Manoel e outros. Todas, pessoas excelentes, porém, faltando certo ajuste na cabeça de cada um deles.

E para não ficar devendo, o Carnaval santanense tinha corso pela tarde (passeios de automóveis rua acima, rua abaixo) frevo entre os prédios do meio da rua às 16 horas e matinê no Tênis Clube à mesma hora e, à noite para adultos, regado a lança-perfume, confetes e serpentinas. No clube “Sede dos Artistas”, também.

Mas nunca esqueci da primeira experiência como careta e nem de CIÇO DOIDO.

 


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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

 

LAGOA DO JUNCO

Clerisvaldo B. Chagas, 19 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.192

 



Lagoa do Junco era um antigo bairro de Santana do Ipanema, de uma pobreza de fazer dó. Também era conhecido pelo bairro dos Quebradores de Pedra, tendo em vista a atividade única de pessoas que quebravam pedra para transformá-las em paralelepípedos a serem vendido, notadamente às prefeituras da região. Depois que o cidadão Marcos Davi, loteou grande partes daquelas terras, construções e mais construções foram surgindo a ponto do bairro, hoje, achar-se vestido a rigor. Situado na entrada Leste da cidade, é o primeiro bairro a ser avistado para quem chega de Maceió.  Hoje a Lagoa do Junco, antes o primo pobre, dispõe de escola modelo, Complexo da Justiça, UNEAL, brevemente o IFAL, CISP 3 e logo, logo a feira semanal dos sábados estará se mudado do Comércio para lá. A estrutura já foi preparada. O antigo Açude do Bode, construído na era 50 pelo DNOCS, continua sendo a mais antiga atração turística do bairro transformado.

O importante mesmo é que o Bairro Lagoa do Junco, está virando vitrina, cheio de edifícios modernos e condizentes com as novas arquiteturas, mudando radicalmente o aspecto do passado para um lugar incrivelmente futurista. A tendência do bairro agora, é crescer, crescer e crescer sem parar, pois, empreendimentos atraem empreendimentos e, apesar de local acidentado pela metade, sua geografia voltada para a saída à capital e a presença da BR-316 cortando a sua área em duas, ajuda no impulsionamento planejado ou espontâneo.

O novo Bairro Lagoa do Junco, poderá se expandir em três direções seguintes: Para o Sul, com limitações até o lugar Maniçoba/Bebedouro, margem do rio Ipanema. Em direção Norte, seguindo para as imediações do Açude Bode ou em rumo Leste, procurando o povoado Areias Brancas, quando 12 quilômetros de terras poderiam ser ocupados. (Tudo zona rural). A vizinhança Oeste já está completamente ocupada com o Bairro São Vicente que se expandiu formidavelmente e com o Corredor pela BR-316, ligação com o Bairro Monumento.  Vale salientar, entretanto, que todos os bairros entrada-saida, de Santana, nos Quatro Pontos Cardeais, se expandiram. Exemplo recente também é a ligação da AL120 com a BR-310, que estará formando novos bairros. Está a ligação, sendo trabalhada.

ESSER (UNEAL) EM 2013. LAGOA DO JUNCO. FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230).

 

 

 


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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

 

HISTÓRIA VIVA

Clerisvaldo B. Chagas, 18 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.191

 



Você é santanense? Você está em que lugar do Brasil? São Paulo, Minas, Goiás, Maceió, Recife...? Vamos chorar juntos com a foto abaixo. Lembra de alguma coisa? Quer ajuda? A presente foto representa parcial do Comércio de Santana do Ipanema, na década 1970. De pronto, vemos o maior prédio de todos, representando o cine-Alvorada, cinema de altíssimo luxo, pertencente ao meu padrinho, saudoso lojista e empresário Tibúrcio Soares. À direita do cine, subindo à rua, a Casa de Jogo de Luís Lira (Lirinha). Último prédio à direita, armazém de compra e venda de couro de Jacó Nobre, com gerência de Tonho Baixinho. Prédios à esquerda do cine: A Triunfante, casa comercial, armarinho, do senhor Manoel Constantino. Último prédio à esquerda, descendo: Café Santo Antônio, de Seu Antônio Pacifico.

Vê-se um jipe marca Willys estacionado na Praça Cel. Manoel Rodrigues da Rocha. E, finalmente, a parcial da Praça acima, reformada radicalmente na gestão Henaldo Bulhões Barros.  O cine Alvorada foi construído para substituir o cine-Glória, situado perto da prefeitura e hoje prédio comercial. Naturalmente esta paisagem acha-se muito modificada. O edifício do cine é casa comercial, o armazém é loja de tecidos, a Triunfante é agora uma galeria e. somente continua como antes o Café Santo Antônio. São mais de cinquenta anos de história representados na foto. Não deu para lermos o primeiro nome do filme em cartaz, porém, o restante fala em ... POR VINGANÇA. O Cinema, o teatro, os clubes, os que não fecharam com o advento de Diversão em Casa, estão fechando agora, chegam notícias.

As primeiras grandes modificações no Comércio de Santana foram justamente dos anos 70 aos 80.  Houve depois um período de lentidão e novo aceleramento. Casas e mais casas comerciais ou residenciais, foram quase, freneticamente, vendidas para remodelações totais ou parciais para comerciantes de outras cidades. Modernizou-se, está muito bonito, embora ainda se encontre certa resistência tantos em uma ou outra antiga residência ou em prédio mais antigo. É o Comércio mais bonito de Alagoas, embora não se tenha tudo que se procura, mas também os mais adiantados de outras plagas, sempre tem alguma coisa a desejar. E se você está fora há mais de 10 anos, quanta diferença!

SANTANA ANOS 70 (FOTO:DOMÍNIO PÚBLICO/ACERVO DO AUTOR).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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domingo, 16 de fevereiro de 2025

 

CAVEIRÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 17 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.190



 

Neubens Mariano, Arquimedes, Demóstenes, Galego Bigula, José Vieira, Vanúzia, Serra Negra, Edson...  Foram meus colegas na escolinha de Dona Helena Oliveira. A princípio na Rua Martins Vieira e depois na Calçada Alta da Ponte do Padre. Escolinha preparatória para o Admissão ao Ginásio. Funcionando pela manhã, a lição não aprendida levava ao castigo de não liberação até depois do expediente. A palmatória robusta estava em voga, bem como uma grossa régua de bater nas coxas, nas pernas...  Costumeiramente ficávamos de castigo, passando da hora do almoço. Meu colega Edson, magro, alto, de idade mais avançada em relação a nós, nada aprendia e ficava conosco na ressaca das aulas. Isso dava motivo ao marido de Dona Helena, Celestino Chagas, ao chegar do trabalho, pegar um sax, tocar e inventar cantiga com o Edson;

Caveirão eu quero ver

Os grilos cantando dentro

Caveirão eu quero ver

Os grilos cantando dentro.

 

Edson, coitado, tão humilde, somente esboçava ares de riso. Passou a ser apelidado Edson Caveirão. Era filho de outra criatura mais humilde ainda, o marceneiro Seu Lourival, que morava e trabalhava na rua por trás da Algodoeira do Senhor Domício Silva, no Comércio. Era o único profissional que eu conheci que fazia ancoretas para transporte de água em jumento e, ancoretas pequenas artesanais de imburana-de-cheiro para os apreciadores de cachaça perfumada.

Neubens Mariano, sempre a soprar as mãos suadas; Arquimedes e Demóstenes, sempre fazendo presepadas dentro e fora da escola; Galego Bigula gazeando para jogar sinuca no salão de Zé Galego; José Vieira, vindo de Senador Rui Palmeira, ensinando a nós todos; Vanúzia de Seu Gervásio, bonita, cobiçada e indiferente; Serra Negra, o Serrinha, parceiro das cocadas de leite, compradas no bar de Zé Vieira, vizinho a igreja de São Sebastião (as melhores que já comi na vida. Dizem que eram feitas pela esposa do senhor José Malta); E de Edson Caveirão, muita pena. De todos eles só sei do paradeiro de Neubens Mariano, aposentado da Justiça, em Maceió e colecionador de todas as minhas publicações.

O restante, saudade! Muitas saudades! Por onde andarão?

CALÇADA ALTA DA PONTE (Domínio Público/acervo do autor).

 

 


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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

 

PADARIA

Clerisvaldo B. Chagas, 14 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3. 189



 

Quer queiramos ou não, é a padaria um lugar de muita identificação com a nossa vida de adolescência e mesmo adulta. Todos lembram da padaria da juventude. E, falando francamente, a diferença do ambiente quase nada mudou. Vai de uma simplicidade franciscana até quase o alto luxo, entretanto, a essência é a mesma. O tema me vem à telinha do computador, mediante esse pão comprado há pouco, fresco, mas ressecado que só uma torrada. E nossa cidade, espelha bem essas histórias de padarias, pois já nos deparamos com nomes de panificadores, desde a década de 1920. E como a vila de Santana do Panema, era muito progressista, não duvidamos que na época já produzia o nosso pão de cada dia. E na era 20 se fala na padaria de um certo, Firmo e mais adiante no panificador Antônio Tavares. Na certa Antônio Tavares da Guirra, também componente de teatro.

Mas, do meu tempo mesmo, a mais velha foi a Padaria Royal do senhor Raimundo Melo, situada no Comércio da cidade, muito embora com a impressão de que o senhor Raimundo Melo, já comprara a padaria a outro proprietário. Isso é apenas impressão, certeza mesmo não tenho e, os do meu tempo ou perto, não compartilham da história. Havia os três pães básicos, no início: crioulo, doce e francês, chamado por mim e pelo povo também, pão d’água, pão de milho e pão aguado. Depois surgiram os pães: carteira, roberto carlos e alagoas. Vendia bolachas x, fabricadas lá mesmo. Também fabricava bolachão, uma bolacha grande, quadrada, fofa e cheia de fermento. A Padaria Royal começou a vender bolacha cream-craker que chegava da fábrica em embalagem de lata, um luxo só.

Final de ano, a padaria presenteava seus fiéis clientes com um pão tipo recife, em forma de jacaré e calendários de paredes. A pedido de clientes, também deixava os pães pendurados em pregos nas janelas ou nas portas desses clientes, em sacolas de pano, bordadas. Os passantes não mexiam nas sacolas. Mas é claro que existiam mais algumas padarias na mesma época, entretanto, era na Royal que eu ia comprar o pão. Por isso e por outras coisas mais que eu considero padarias lugares sagrados. E por enquanto não vamos entrar no mérito do fabrico, da banha de porco, da manteiga, da margarina...

Lembro ainda dos padeiros Altino, que morava na Rua Zé Quirino; e de Moreira, índio Fulni-ô de Águas Belas.

 

 

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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

 

COODENADAS

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.188

 



Na gestão municipal entre 1956-1960, foi construída em Santana do Ipanema, uma simpática pracinha que fez muito sucesso entre o seu povo. A citada pracinha foi localizada na vizinhança de onde hoje está situada a Caixa Econômica Federal. O gestor da época era o Prefeito Cultura, Hélio da Rocha Cabral de Vasconcelos, chamado simplesmente Hélio Cabral. Os bancos da pracinha eram de granito bruto, relativamente, pequenos e sem encostos. Os canteiros continham representações da caatinga como facheiros e mandacarus. Recebeu a denominação, pelo próprio prefeito de Praça das Coordenadas. E as Coordenadas Geográficas do município estavam estampadas também num bloco de granito cercado pela vegetação do jardim.

A pracinha muitas e muitas vezes chamadas pelas mulheres de encantadora, recebeu mais à frente, a estátua do jumento como homenagem ao que o bicho bruto ajudou tanto a cidade a se desenvolver transportando água das cacimbas do rio Ipanema para as residências. Muita fotografada, tanto a pracinha, antes, quanto depois já como a estátua ao jegue e ao botador d’água. Calhou que um jumento preto, de verdade, tipo Canindé, de também ser fotografado ao subir à praça e meter-se no meio da vegetação e, de fato, correu mundo numa foto em que foi exposto. Lá mais à frente ainda, a pracinha deixou de existir, o buraco que ficou não serve para nada e o santanense perdeu a Praça das Coordenadas.

Como Santana não colocou as peças da praça nem no museu nem em depósito de arquivo público, tudo sumiu. Vale dizer para os mais novos que não existe nenhuma praça original na cidade. A única era a Praça Emílio de Maia, logo descaracterizada e apelidada, após, de Praça do Toco.

PRACINHA DAS COORDENADAS, JÁ EM DECADÊNCIA. (FOTO: DOMÍNIO PÚBLICO).


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terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

 

TURISMO EM SANTANA

Clerisvaldo B. Chagas, 12 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.186

 



Um roteiro turístico na Rainha do Sertão, bem que poderia ter início com a visita ao Centro da cidade, mostrando-se a Estátua ao jegue, Igreja Sagrada Família, o Quarteto Arquitetônico do Monumento, o quarteto Arquitetônico do Comércio e o Museu.  Na periferia Leste, Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, na periferia Norte, o Mirante do Serrote Pelado e o açude Bode; na periferia Sul, os mirantes serrote do Gonçalinho e do Cruzeiro e o Complexo: Igrejinha das Tocaias, Reserva Tocaia, Represa Isnaldo Bulhões e serra Aguda. Logicamente os guias deverão estar muito bem informados do histórico de cada uma dessas parcelas que podem gerar riquezas para o município. Naturalmente tudo tem que haver planejamento para que o efeito não saia ao contrário.

Quanto a uma tal Rota do Cangaço, ideia minha há muito tempo, não teria muito o que mostrar, porém, poderia iniciar com o Ginásio Santana que era o quartel sede das forças volantes, inclusive das três juntas que mataram Lampião, em Sergipe. Ali foram presos inúmeros cangaceiros e recebeu cabeças decepadas dos bandidos. Ainda poderia se estender com duas visitas, uma no sítio Remetedeira, lugar do cangaceiro Gato Bravo e Povoado Pedra d’Água dos Alexandre, lugar da cangaceira Maria de Pancada (do cangaceiro Pancada). Afora isso, conexão com Pão de Açúcar e Piranhas, foco mais forte de cangaceiros no Sertão. Seria possível a formação do Museu do Cangaço, que muito demoraria para ficar pelo menos 80%.

Poderia ser incluído o turismo de paisagens e de conhecimento, quando a região serrana poderia ser explorada como os contrafortes do Planalto da Borborema com serras famosas tais a do Poço (505 metros de altitude), Pau Ferro, Camonga, Gugi, Caracol e outras. E com o maior acidente geográfico do Sertão, o rio Ipanema. A Rainha do Sertão é riquíssima em Natureza e, bastaria seus mirantes naturais para assegurar com galhardia um turismo doméstico, um turismo regional e um turismo nacional. Toda essa riqueza está dormindo e que para acordá-la é preciso muita habilidade para não matá-la no seu despertar para o mundo. Turismo de verdade é galinha dos ovos de ouro. Como você trataria uma galinha dos ovos de ouro?

SERRA DA CAMONGA (FOTO: B. CHAGAS).

                                                                  


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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

 

MARACANÃ

Clerisvaldo B. Chagas, 11 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.185

 



Você sabe a história do Maracanã, maior entroncamento de Santana do Ipanema? O lugar também é chamado Largo do Maracanã. Conversor e dispersor de sete ruas, inclusive, a BR-316, em duas etapas. Está situado no Bairro Camoxinga, o maior da cidade, sendo o ponto de referência mais falado de Santana do Ipanema. O seu rumo Oeste leva ao Alto Sertão, o seu lado Leste conduz a Maceió. Juntamente com a Rua corredor Pedro Brandão e a Rua Santa Sofia, forma o segundo maior Comércio da cidade. Possui padarias, farmácias, restaurante, bares, lanchonetes, Salões de sinucas, barbearias, e diversos outros serviços que proporcionam ao Bairro Camoxinga, uma das melhores qualidades de vida da urbe.

Raras são as pessoas que conhecem sua origem. Vejamos, segundo o livro O BOI, A BOTA E A BATINA, HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA, nossa autoria: O dono de farmácia, Hermínio Tenório Barros, construiu um prédio no lugar exposto acima. Nutrindo admiração pela beleza do estádio carioca, mandou colocar na fachada o nome Maracanã. Isto aconteceu no dia 3 de fevereiro de 1960.Por problemas de apertos financeiros, o prédio foi a leilão, sendo arrematado pelo capitalista José Quirino, na verdade José Gonçalves dos Santos, o comerciante fundador da Rua José Quirino, depois, Prof. Enéas Araújo. José Correia Cabral comprou o prédio a José Quirino e passou para o comerciante Jugurta Nepomuceno. Este, por sua vez, entregou a construção a Francisco Correia Cabral, conhecido por “Neguinho”, filho de José Correia Cabral, coisa de protocolo, seguindo os transmites legais.

Neguinho implantou uma Churrascaria que recebeu o mesmo nome que estava na parede, ficando “Churrascaria Maracanã”. Daquele dia até o presente momento todo o entorno passou a ser chamado “Maracanã”.

À venda por muito tempo, finalmente a churrascaria e dormitório, Maracanã foi vendida há pouco tempo e transformada numa clínica médica. A churrascaria deixou de existir, porém o nome Largo do Maracanã, está profundamente enraizado e virou eterno.

Única informação escrita da história.

Viva Santana!

CLÍNICA MÉDICA NO LUGAR DA CHURRASCARIA MAACANÃ. (FOTO: B. CHAGAS).

 

 


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domingo, 9 de fevereiro de 2025

 

 

SANTANA E O TEMPO

Clerisvaldo B. Chagas, 11 de fevereiro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.185



 

O tempo invernou por alguns dias em Santana do Ipanema. A chuva que chegou com essa “invernada”, foi molhadeira e mansa. Em alguns lugares choveu um pouco mais forte e em outros muito pouco. O último sábado, o céu já amanheceu quase limpo, mas a umidade no Médio Sertão, continua alta. A temperatura durante as noites, chegam à 24, 23. Tem dias que venta o dia todo lembrando o nosso antigo mês de novembro, porém, dias é uma calmaria só. Com as últimas chuvadas, a vegetação ficou esverdeada sim, mas ainda não atingiu o verde normal de tempo de chuvas abundantes. Mas, de qualquer maneira, o nosso Sertão cria alma nova, com o último verde conquistado. Os que teimam em conhecer o pedestal e a estrutura onde será colocada Santa Ana, na Serra Aguda, sobem, filmam e fotografam a nova paisagem daquela região.

Os que visitam a Represa Isnaldo Bulhões, no riacho João Gomes –  entre três e quatro quilômetros do Centro – dizem maravilha a respeito do volume d’água. A barragem está sangrando com seu barulho característico, que para os ouvidos do turista é uma orquestra muito bem ensaiada. Quanto ao rio Ipanema, recebeu pouca água de Pernambuco. A mesma coisa se fala do seu afluente riacho Camoxinga que, sempre coincide às grandes cheias do Ipanema com as suas, quando fica represado, causando muitos prejuízos por dentro da fatia urbana por onde escorre.  Mas como a paz em rio e riachos continuam apenas proporcionado alegria e mais alegria, sem prejuízo, que continue assim com essa intercalada entre Sol quente e muita umidade.

Surgem dois casais de rolinhas brancas, enormes, parecendo juritis e, vão se arranchando por aqui por perto, No pau-brasil, nas acácias da rua, e tomando banho de Sol montadas na fiação. Os anus-pretos sumiram. Garças pantaneiras já estão frequentando as plantas aquáticas do rio Ipanema e o quero-quero (espanta-boiada) sempre estão a sobrevoar Ipanema, Represa e o açude do Bode. E se você quer saber, é a Natureza toda se manifestando e louvando à vida. Estou escrevendo neste sábado, que está uma delícia para se andar pelos campos. E amanhã, domingo, deverá ser a mesma coisa com esse tempo agradabilíssimo. Choveu muito entre Olho d’Água das Flores e Senador. Mundo Verde.

Como é bom ser nordestino!

TEMPO EM SANTANA, ONTEM, DOMINGO. (FOTO: B. .CHAGAS).

 

 


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