RECADO A MARTA
Clerisvaldo B. Chagas, 1º de fevereiro de 2012
O anúncio da liga americana que suspendeu os próximos jogos de futebol feminino deixou Marta desempregada. A jogadora, porém, já mostrou ao planeta por diversas vezes a sua categoria, fazendo história e implantando seu nome imorredouro entre os pátrios e os estrangeiros. Perguntamos, então, a goleadora, independente da sua vontade de parar ou não, se a vez não é agora para que ela possa formar em nosso país uma nova instituição para assegurar um clube feminino de futebol à semelhança de qualquer grande agremiação masculina? Ao invés de apelos e mais apelos às autoridades esportivas para incentivo ao futebol feminino, por que ela mesma não funda esse grande clube e o mantém como empresa, para estimular outras ações semelhantes pelo país inteiro. Você já mostrou ao mundo quem é, Marta. Precisa agora morar no Brasil e trabalhar diretamente pelo futebol feminino, pois já não precisa provar nada e nem morar obrigatoriamente no estrangeiro para ser o que é. Olhe o magnífico exemplo de Neymar. Quem quiser vê-lo, venha ao Brasil.
Quando falamos sobre Marta, são falas dos brasileiros empolgados com sua garra, seus dribles desconcertantes e suas arrancadas incríveis. Vê-la morando no Brasil, como já foi dito, poderia assegurar o futuro do futebol feminino como uma imensa fábrica esportiva de novos talentos; de geração de milhares de emprego; de sangue novo na estrutura desportiva; de novas opções para matar a vontade dos que amam a esfera, o bailado e o gol. E como dizem em nossa região: “desculpe aí Marta, se você não quiser ficar em nosso território”. Continuamos nos estádios ou na poltrona, apreciando o seu mágico futebol. Quem pediu em não sei, mas o pedido era claro: “Mande com urgência um RECADO A MARTA”.
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