FICANDO DE CASTIGO
Clerisvaldo B. Chagas, 30 de junho de 2012.
Crônica Nº 808
Clerisvaldo B. Chagas, 30 de junho de 2012.
Crônica Nº 808
Vai
embora o mês de
junho, com importantíssima vitória para a Venezuela. Bem diz o povo “que morre uns a bem de outros”. Protelando
sempre a entrada do país setentrional no MERCOSUL, o Paraguai usava seu direito
de voto, puxando às rédeas da decisão até não se sabe quando. Beneficiado pelo
afastamento oficial do Paraguai, pelos demais países do bloco, o senhor Chávez
tem muitas comemorações ainda pela frente, em face da inclusão do seu país como
membro total do MERCOSUL. É de se ver como já disse o senador Pedro Simon, que
o Chávez passa, mas a Venezuela fica. Independente do polêmico “fura penico”,
Uruguai, Argentina e Brasil (fundadores do bloco do sul), só têm a ganhar com a
inclusão do país vizinho do norte, fortalecendo as amarras latinas e
robustecendo a Economia regional. Quando o próprio Paraguai terminar o seu
lero-lero, irá notar como a América do Sul ficou mais encorpada. A Venezuela é
um grande importador dos nossos produtos e não vemos nada de negativo com essa
nova parceria, a não ser possíveis chateações com o camarada da boina vermelha.
Dessa vez se saiu bem a presidente da
Argentina Cristina Kirchner e toda diplomacia das outras nações, inclusive as
dos países ainda associados ao bloco como Chile, Bolívia, Equador e Peru.
Esperamos, aliás, que futuramente esses
quatro países façam parte plenamente do MERCOSUL, assim com a Guiana e a
Colômbia. Também foi bem feita a costura do Brasil para que o povo paraguaio
não sofresse sanções por parte dos seus vizinhos. Um puxão forte de orelhas
deve fazer muito mais efeito de que sacrificar mais ainda a população do país
mais pobre da região. Apesar da reunião acontecida não ter sido mostrada
amplamente pela Imprensa, não se sabe de nenhuma discórdia e nem incidente que
levasse a assembleia a um fracasso. Certamente estaremos vivendo uma fase
diferente sem a presença política paraguaia por longos meses que ficam mais longos
ainda pela crise mundial. Já no fim da reunião, Cristina Kirchner passou a
presidência do bloco para a presidenta brasileira, no revezamento democrático
do conjunto.
“Na sexta, o Senado do Paraguai afastou
Fernando Lugo da presidência. O placar pela condenação e pelo impeachment do
socialista foi de 39 senadores contra 4, com 2 abstenções. Federico Franco
assumiu a presidência pouco mais de uma hora e meia depois do impeachment de
Lugo”. Na
escolinha de aprendiz ainda, o Paraguai, no entendimento dos parceiros, errou a
lição na cartilha Lugo-Franco. Vai perder um belo de um recreio, baixando a
cabeça e FICANDO DE CASTIGO.
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