EDUCAÇÃO Clerisvaldo b. Chagas, 7 de novembro de 2025 Escritor símbolo do Sertão alagoano Crônica: 3.305   Mais uma vez me senti...

 

EDUCAÇÃO

Clerisvaldo b. Chagas, 7 de novembro de 2025

Escritor símbolo do Sertão alagoano

Crônica: 3.305

 



Mais uma vez me senti honrado em conceder entrevista sobre a Educação em Santana do Ipanema, especificamente sobre a professora Helena Braga das Chagas, minha mãe. Temos como a primeira escola do município, a pertencente ao coronel Enéas Araújo e sua esposa Maria Joaquina, ainda no tempo de Santana/vila, em 1906. Esta escola durou até o ano de 2016, com morte do coronel. Daí em diante temos as escolinhas da década de 1020. Eram escolinhas perto do rio e sem banheiros. Foram dessa época as chamadas escola de Dona Zefinha, escola de dona Ernestina, escola de Zé Limeira e escolinha de dona Adélia Guimarães. Todas eram públicas. Josefa Leite ensinava as meninas, dona Adélia Guimarães, ensinava aos meninos e Zezinho Limeira ensinava aos meninos mais velhos de dona Adélia. Ernestina Wanderley ensinava as meninas.

Apareceram mais algumas escolas em Santana do Ipanema que estão todas em ordem cronológica no livro O BOI, A BOTA E A BATINA; HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA. É a bíblia da nossa história. Mas a professora Helena Braga das Chagas, só foi chegar a nossa terra em 1942, como Normalista formada em Maceió e de lá proveniente. Quando Helena Braga, veio lecionar em Santana, o Grupo Escolar Padre Francisco correia havia sido fundado em 1938. Algumas colegas que vieram com Helena, ficaram hospedadas na casa de dona Clemência Queirós onde também estava hospedado o coronel Lucena o comandante do Batalhão de Polícia que pôs fim a Lampião.

Helena Braga, a professora, casou-se com o comerciante santanense, Manoel Celestino das Chagas, constituiu família e toda o seu período no Magistério foi lecionando no Grupo Escolar Padre Francisco Correia, no qual também foi diretora. Estão na foto abaixo, as colegas do grupo que não forma nomeadas, porém, se houver algum interesse, publicaremos os nomes de todas elas. Helena Braga é a última da direita, sentada. Helena era profundamente religiosa e chamada na região em que morava de MÃE DA POBREZA. Pertencia a Irmandade do Sagrado Coração de Jesus e era devota de Santo Antônio (faleceu no seu dia). Não perdia missas aos domingos e sua passagem foi causa por enfisema pulmonar. Era diabética e teve 10 filho vivos 5 homens, 5 mulheres.

SAUDADE!...

  ESTAR CHEGANDO Clerisvaldo B. Chagas, 3 de novembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.305 , Estar se aproxi...

 

ESTAR CHEGANDO

Clerisvaldo B. Chagas, 3 de novembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.305

,



Estar se aproximando o dia de lançamento do livro documentário, PADRE CÍCERO, 100 MILAGRES NORDESTINOS (INÉDITOS).  O livro será lançado no Bairro Lajeiro Grande, na antiga igrejinha do padre Cícero no topo do lajeiro que deu origem ao nome do bairro. A igrejinha foi motivo de promessa e o bairro formou-se graças a igrejinha. Esta semana será definido o horário do evento Encontro dos Romeiros Depoentes dos milagres escritos no livro. Na ocasião do encontro, haverá missa, falatório, depoimentos, certificado para a Ministra dos Romeiros, foguetório e zabumba caracterizando um encontro 100% nordestino. Na ocasião serão distribuídos livros gratuitos aos seus depoentes devidamente registrados.

Não haverá livros à venda, pois essa tiragem foi exclusiva para os cem depoentes dos milagres, porém, a solenidade em homenagem ao padre Cícero Romão Batista, será aberta a todos os devotos e romeiros que quiserem participar. O primeiro exemplar especial, entretanto, já foi enviado ao bispo do Crato, que movimenta a burocracia da Igreja para tornar o padre Cícero SANTO, devidamente canonizado, junto ao Vaticano. (Interrompo essa crônica para dizer que acabo de receber telefonema do Crato, de entrega do livro ao Bispo).  A missão está sendo cumprida numa homenagem e reconhecimento as bondades de Deus.

Mas, queremos dizer também que após o lançamento do livro sobre o padre Cícero, começarão novas batalhas para impressões e publicações de outros livros como: MARIA BONITA, A DEUSA DAS CAATINGAS (clássico); BARRA DO IPANEMA, UM POVOADO ALAGOANO; AREIA GROSSA (romance social de época) AS FILHAS DO CORONEL (romance do ciclo do cangaço) e REPENSANDO A GEOGRAFIA DE ALAGOAS. Portanto, aguardemos o próximo dia 20 no Lajeiro Grande.

Precisa-se apoio forte.

MOMENTO DA ENTREGA DO LIVRO AO BISPO DO CRATO EM TEMPO REAL (MARCELLO FAUSTO E IRAN SIQUEIRA).

 

  A IMPONÊNCIA NA RUA Clerisvaldo B. Chagas, 31 de outubro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.304   Não é uma ...

 

A IMPONÊNCIA NA RUA

Clerisvaldo B. Chagas, 31 de outubro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.304

 



Não é uma novidade, mas sempre é novidade. Que bom, matar a saudade do comércio de Santana do Ipanema, neste final de mês.  Assim estacionamos defronte a Matriz de Senhora Santa Ana em plena tardezinha, quando o Sol alongava as sombras dos edifícios e nossas. E não é defeito algum da foto abaixo, mas sim a condição do tempo esmorecido que o poente oferece. O fim de uma tarde esvanecida e a imponência do Museu da cidade como um gigante que estar adormecendo. Na verdade, também é saudoso o langor que nos leva a destacar o Museu Darras Noya ao lado da torre mais bela do interior e escrevendo garboso o amor à terra. Foi ali, defronte do guardador de lembranças onde negociamos 20 anos com tecidos.  E das janelas azuis do pomposo edifício, contemplamos a rua ladeirosa que ali se inicia e vai lamber as areias grossas ou as águas barrentas do rio Ipanema, com outro majestoso título: Barão do rio Branco. É o “Quinteto Arquitetônico do Comércio” que é beijado pelo astro misterioso que procura o horizonte. Museu, Matriz, casarão de esquina, casarão da estátua, casarão do coronel, mostrando o passado faustoso que continua a honrar o nosso passado histórico, altivo e progressista.  Parecem debruçados em seus janelões iluminados, antigos habitantes do prédio caprichado: Seu Queiroz, Dr. Arsênio, Seu Moreninho, Dona Antéa...  Sob o cheiro das flores vermelhas e das flores brancas do jasmim, espiando por cima do muro picotado.

O Comércio, ativo, quer fechar.  Motos transitam aproveitando a quietude comercial, Os transeuntes aproveitam os últimos minutos da tarde para suas compras. E a hora mais sagrada, das do crepúsculo sertanejo vai chegando mansinha querendo se despedir de mais um dia de outubro. E voltamos novamente para a atenção sobre a imponência do edifício histórico que abrigou o maestro Seu Queirós, desde os tempos de Santana Vila. Imaginamos ali guardados, os instrumentos musicais da primeira banda de música do município. A tardezinha não quer esperar meditações, mas acompanhar meditações com sua companheira noite que se aproxima.

Saudações à tarde, saudações, ao cenário.

MUSEU E IGREJA MATRIZ (FOTO: B, CHAGAS).

 

 

                                                                                                                 

  PRACINHA DO AMOR Clerisvaldo B. Chagas, 29 de outubro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.303   Existe uma t...

 

PRACINHA DO AMOR

Clerisvaldo B. Chagas, 29 de outubro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.303

 



Existe uma técnica urbana para fazer marcações antecipadas do que será feito depois. Como exemplo temos um terreno que será uma praça, mas primeiro os técnicos deixam que as pessoas transitem bastante no terreno e de um sof´acordo com a tendência das veredas que deixam, a praça é construída com estas passagens já consolidadas pelo povo.  Nem sempre isso é feito, porém, já se usa esta técnica, sim. Semana passada estivemos transitando pela rua Joel Marques, no Bairro Paulo Ferreira. O ponto de referência para onde fui era a Praça do amor, que oficialmente não existe, mas eu já sabia da sua existência a muito mais de um ano.

Na época, sem área de lazer na via comprida, os moradores aproveitaram um pequeno barranco à margem da rua, colocaram ali um sofá velho, um ou dois bancos de madeira e fizeram como um acampamento de sem Terras e Sem tetos. Sempre se reúnem ali para deixarem a conversa em dia, para um joguinho de dominó ou de outra coisa e aguardarem. Aguardarem o que não vem. Ainda não houve sensibilidade das autoridades em darem um retoque verdadeiro na iniciativa popular.  Necessitando de título de identificação, o logradouro improvisado recebeu uma placa de papelão ou outro material, escrito “Pracinha do Amor”.

Sempre que transito por ali, nunca vi nenhuma mulher na pracinha, só marmanjos. Isso quer dizer que o amor escrito no título rude, não é sobre homem e mulher, mas sim, de amor ao local, de amor à rua, de amor à comunidade. É de fato emocionante a iniciativa, o apoio e a dedicação de pessoas humildes em busca de seus próprios espaços. Recentemente a rua, calçada com paralelepípedos, foi asfaltado como corredor primordial de acesso a pontos turísticos. Entretanto, não temos conhecimentos se algum vereador teve alguma sensibilidade pela obra improvisada e se abraçou a causa dos humildes, junto a seus pares e a prefeitura local.

PRACINHA DO AMOR (FOTO: B. CHAGAS).

  ÓTIMA VISITA Clerisvaldo B. Chagas, 27 de outubro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.302   Sim, como estava ...

 

ÓTIMA VISITA

Clerisvaldo B. Chagas, 27 de outubro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.302

 



Sim, como estava previsto, fomos visitar novamente a Igrejinha das Tocaias, no sítio Tocaias. Tempo ainda frio, céu azul com nuvens esparsas, belo dia para um passeio rural. A vegetação ainda continua verde e o aspecto geral dos campos é bastante agradável, ante estressante e pulmão verde. Encontramos a novidade da Rua Joel Marques, completamente asfaltada, pois é ela, no Bairro Paulo Ferreira que no final se bifurca. O ramal esquerdo leva à Igrejinha das Tocaias à cerca de 800 metros da zona urbana, enquanto o ramal direito leva à Represa Isnaldo Bulhões, no riacho João Gomes e, setores do sítio Olho d’Água do Amaro. Este encontra-se asfaltado, até a represa, mas o ramal de Igrejinha ainda não. Era estrada antiga, principal tricentenária que ligava a zona urbana a zona rural de sítios como Batatal, Três Lagoas e muitos outros sítios até os pertencentes ao atual município de Carneiros e Senador Rui Palmeira.

Como era dia de domingo, não sei se as obras do Anel Viário, estavam paradas ou não, mas pude contemplar o trecho que vem do conjunto habitacional que foi feito para os atingidos na cheia do Ipanema. A continuação da AL-120, que passa por aquele conjunto, passa também pela lateral do serrote Pintado, da Reserva Tocaia e por trás do serrote do Cruzeiro e depois desce e, na parte baixa dos terrenos, corta a antiga estrada que leva até a Igrejinha das Tocaias. Inclusive, avistei aterro sobre o riacho Salgadinho, afluente do rio Ipanema, que nasce na Reserva Tocaia. Já havia sido construída uma passagem para as águas, sob o aterro. Essa nova estrada vai se encontrar com a BR-316, após a barragem antiga no rio Ipanema. Desvia o trânsito pelo centro de Santana do Ipanema.

Quanto a Igrejinha das Tocaias, continua naquela paz de sempre. Fizemos nossas obrigações religiosas, tiramos algumas fotos de dentro e de fora do templo, mas infelizmente não estou  conseguindo enviar fotos e mensagens do celular para o computador. Vai então uma imagem de arquivo. O movimento da Rua Joel Marques, aqui já a descrevemos, está agora muito agitado com automóveis e, principalmente motos, após o asfaltamento. Só a Pracinha do Amor, não foi contemplada com um único benefício. É um lugar de encontro feitor por populares na margem direita da rua.

ESTRADA DAS TOCAIAS (FOTO B. CHAGAS/ARQUIVO DO AUTOR).

  O BOI, A BOTA E A BATINA HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA Clerisvaldo B. Chagas, 24 de outubro de 2025 Escritor Símbolo do Se...

 

O BOI, A BOTA E A BATINA

HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA

Clerisvaldo B. Chagas, 24 de outubro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.301

 



O livro de título acima, é um clássico de mais de 400 páginas. O maior documentário já produzido em Santana do Ipanema e, talvez no sertão e todo o interior. Fala da história de Santana e praticamente de todo o Médio Sertão, desde os tempos dos indígenas até o ano de 2006. Fala da todas as bandas de músicas, todos os teatros, todas as igrejas todos os padres, todos os prefeitos, todas as escolas... É dividida em Unidades, estas em capítulos com o máximo que a didática pode alcançar. E recheada de 20 boxes de memória viva e 20 boxes de a história em si.  Futebol, símbolos civis, cabarés e capítulo especial de como a cidade se formou, os blocos que surgiram e a evolução de cada bloco. Enfim. Há duas Santana do Ipanema, :antes do BOI E A BOTA e depois do BOI E A BOTA.

Acontece, amigos e amigas, que as gráficas estão cobrando fortunas pelas impressões de livros. É preciso muito malabarismo dos autores para publicarem alguma coisa. A autoridade pública que deveria patrocinar obras relevantes, ai, ai, nem é bom falar. De modo que ao invés de o autor publicar 1000 livros, publica 10. Então, quantas pessoas não ficam desinformadas? Além disso, o preço vai lá para cima. O Autor não pode vender a obra muito barata porque não paga a gráfica. Mas o leitor tem que compreender que a obra desejada custa caro, mas é uma grande fonte de alimentação para a mente e para a alma, um tesouro para presentear a esposa, o filho, o neto, a irmã, e até ao governador. O nosso livro LAMPIÃO EM ALAGOAS, edição esgotada, está sendo procurado e oferecido até 200,00 no mercado livreiro.

O BOI, A BOTA E A BATINA, HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA, está nas bibliotecas de todas as escolas municipais da cidade como fonte segura de consultas. Ora, só poderemos editar agora uma terceira edição se você seriamente, encomendar a obra para poder assegurar o pagamento da gráfica. Ainda restam 6 exemplares da segunda edição ao preço de 140,00, caso queira adquirir a obra contactar com Ivan Caju. (ABAIXO).

A gráfica já avisou aumento para a terceira edição, que deverá ficar para a venda ao público em torno de 150,00/160,00. Pare de pensar e entre em contato com Ivan Caju.

 

                                         RIO SECO Clerisvaldo B. Chagas, 22 de outubro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crô...

 

                                       RIO SECO

Clerisvaldo B. Chagas, 22 de outubro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.200

 



Quem deseja conhecer o jardim do rio Ipanema seco, deve procurar essa época para fazer uma incursão pelo trecho urbano do rio, em Santana do Ipanema.  O rio cheio contém a mesma paisagem o tempo todo que é o volume da água corrente. Rio comum, sem muitos atrativos. Pelo menos é o que eu acho. Entretanto, a beleza do caudal está no tempo de estiagem quando o enorme lastro de areia grosa, se apresenta com uma infinidade de plantas   espécies, formando um longo jardim natural atraente e digo de ser estudado. Sim, você irá perceber também muito lixo, porque muitos habitantes das margens, não cooperam com o meio ambiente. Mas isso não tira o mérito do Jardim da Babilônia, ou melhor, de Santana do Ipanema.

Tive recentemente vendo dos fundos da casa da minha infância a paisagem do Ipanema que me acompanhou por toda a vida. Ruas tipos becos que desciam verticalmente da Rua Santa Quitéria – margem direita – ao rio, receberam asfalto, mudando assim, as suas caras, adquirindo conforto e valorização, mas isso não assegura a mudança de hábito em descartar o lixo doméstico no Pai de Santana. E olhe que a coleta de lixo passa em todas as ruas, três vezes por semana.

Para despoluir o rio Ipanema no trecho urbano de Santana, não basta fazer um mutirão de limpeza. Mas uma campanha dura de conscientização nas margens, compossibilidades de multas e até de prisão. Muito mais de 90% das plantas do leito seco do rio Ipanema, são medicinais como Espinheira-santa, Unha-de-gato, Urtiga, Mussambê, Mamona, Melão-de-São-Caetano, Cardinho, Marcela e muito mais.

Você quer o rio cheio ou seco?

TV GAZETA ENTREVISTA AUTOR NO RIO IPANEMA ((AGRIPA).

ROMANCE NOVO Clerisvaldo B, Chagas, 21 de outubro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.299   Hoje, acordando mui...

ROMANCE NOVO

Clerisvaldo B, Chagas, 21 de outubro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.299

 



Hoje, acordando muito cedo, acompanhamos o amanhecer do dia. Tempo nublado céu completamente branco, e o Sol, aos poucos querendo romper as nuvens para aparecer no céu. Dentro de casa, ainda escuro com muita unidade, vamos movimentar para o nosso cafezinho, para os nossos exercícios, para a nossa caminhada, mas a cabeça procura sintonizar no divino espaço a possível crônica de hoje. É que para ir preenchendo os espaços vazios, imaginamos “matar” o tempo elaborando um romance novo. Um romance novo que pudesse durar vários dias em elaboração e matar o tédio de horas sem efetivos trabalhos, um romance sem compromisso com o público, mas apenas de fórum íntimo e o tempo ocioso estaria bem representado.

Mas acontece que a história foi tomando corpo e chegou a uma dimensão em que a alma se impregnou e se apaixonou pelas novas fantasias, a ponto de o romance novo deixar de ser apenas um lazer de intimidade e querer danadamente ser compartilhado com o público do mundo inteiro. Fazer o quê? O jeito foi revisar, retocar, melhorar e finalmente ficar feliz com o resultado, muito embora a ansiedade de levar a lume tenha explodido. Falta apenas um capítulo ou dois para terminar a obra e que fala de um tempo difícil do passado, entre 1935 e 1945. Tempo da morte de Lampião, tempo dos desmandos dos coronéis e também tempo de muitas virtudes, ainda. O romance permanece sem título e sem capa, mas eu queria a opinião dos amigos para o mais simpático entre três opções: “ROMANCE NOVO”, “AS TRÊS FILHAS DO CORONEL e “BOI “FOGUETE”. Amigo e amiga, dê-me uma opção, por favor em seus comentários.

No restante vamos nos preparando para receber mais uma jovem universitária em busca do seu doutorado. Conceder uma entrevista sobre os primórdios da Educação em Santana do Ipanema e no Sertão de Alagoas. No dia seguinte estaremos em visita a Igrejinha das Tocaias, ocasião em poderemos trazer novos subsídios para os nossos amigos e leitores. Qualquer oferecimento para irmos juntos no próximo sábado pela manhã, será bem-vindo.

Agora dê licença para mais um café pequeno inspirador da Literatura e das mídias brasileiras.

FONTE DE PESQUISA NA ANTIGA ESCOLA PROFESSORA HELENA BRAGA DAS CHAGAS. (FOTO: B. CHAGAS).

 


  FIM DE ANO   Clerisvaldo B. Chagas, 19 outubro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.298     Novamente vou ao...

 

FIM DE ANO

 Clerisvaldo B. Chagas, 19 outubro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.298

 



 

Novamente vou ao amanhecer olhar a parte do mundo que pode ser vista. A craibeira, alta, frondosa e bela da antiga escola Professora Helena Braga das Chagas, apresenta-se enfeitada com suas flores amarelas no preparo caprichado aguardando o Natal. O Sol chegou risonho, dourou a nossa rua e deu coragem para o cafezinho com a crônica do dia. E eu olho no calendário de parede o dia 19 de outubro e a recordação bate sobre calendário e folhinha. Esse mesmo que eu estou olhando é de uma casa comercial famosa de Maceió. Cada mês é representado por uma folha, números grandes entre o azul e o vermelho. Já nem pensava que ainda existisse esses tipos impressos. Antes, ganhávamos das casas comerciais o calendário de parede, também chamado pelo povo de “bloco” ou “folhinha”.

“Folhinha” na verdade era um calendário que a igreja vendia com a imagem do Sagrado Coração de Jesus. Cada folha, pequena e fina, representava um dia. No verso havia uma verdadeira universidade de informações. E se dizia: “menino, vá a Igreja, compre uma folhinha do Sagrado Coração de Jesus”. E o nome “folhinha representava todas as folhas desse calendário também de parede e diário. E se o calendário de parede era vendido na Igreja, algumas casas comerciais davam ao cliente essa cortesia de fim de ano. Somente depois, surgiu o calendário pequeno, de bolso, que todos nós fazíamos questão de conduzi-lo no bolso da camisa. Mas havia também o almanaque. E que eu me lembre, só a Farmácia Vera Cruz, do senhor Alberto Nepomuceno Agra, oferecia.

O penúltimo modo que surgiu o calendário, foi em forma de utilitário para birô de escritório. Esta, geralmente tinha origem nas casas de créditos. E por último surgiu o calendário eletrônico na forma em que o conhecemos, muito usado em celulares e computadores. Quanto a “Folhinha do Sagrado Coração de Jesus”, fazíamos questão de ser o primeiro da casa, a arrancá-la do volume, logo pela manhã, olhar os santos do dia e se deleitar com as magníficas informações do verso. E se fôssemos falar sobre a evolução dos relógios, pouca diferença haveria. Está aqui, ele no meu birô, acompanhando o desenrolar dessa crônica cotidiana. Sempre amigo relógio.

  BENEFÍCIOS Clerisvaldo B. Chagas, 17 de outubro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.297   Vimos em site local...

 

BENEFÍCIOS

Clerisvaldo B. Chagas, 17 de outubro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.297



 

Vimos em site local sobre mais seis quilômetros de asfalto nas vias urbanas de Santana do Ipanema. Uma das vias escolhidas para o benefício foi a Rua Joel Marques no Bairro Paulo Ferreira, (antigo Floresta). Joel Marque era o pai do prefeito, Adeildo Nepomuceno Marques e que exercia a função de advogado prático. A Rua Joel Marques é a mais antiga do bairro e uma das mais antigas de Santana. Era a saída para a zona rural da região de Olho d’água do Amaro.  Atualmente, com a construção da Represa Isnaldo Bulhões no riacho João Gomes, a construção da estátua de Senhora Santana na serra Aguda, a Igrejinha das Tocaias, a Reserva Ecológica Tocaia e o mais o anel viário que ligará a AL-120 com a BR-316, a Rua Joel Marques se tornou o corredor para alcançar todas essas obras, pontos turísticos da cidade, todos vizinhos. Além disso a rua é composta de paralelepípedos e amostra de calçamento antigo de pedra bruta.

Agora que estava planejando visitar novamente a igrejinha das Tocaias, deu tudo certo. Eu perguntava a zeladora como estava a estrada e ela me respondia que a estrada está boa, mas o mato impera nos limites da igrejinha. Com a notícia do asfaltamento na Rua Joel Marques consolidando o quarteto turístico cem por cento, o meu e o seu trânsito pela rua longa e histórica do bairro e da cidade. Mesmo sendo rua antiga com sua arquitetura também e não sendo via muita bonita, mas já existem benefícios ótimos como boa escola, boa creche e, se não me engano Ginásio de Esporte ou quadra de areia. E como o asfalto incentiva novos benefícios, com certeza às casas que já se modernizaram, juntar-se-ão outras na base do incentivo para uma rua histórica mais atraente e bela. Afinal, é por ali que passarão grande parte de turistas, devotos, pesquisadores e curiosos para o complexo turístico do Sul.

E com essa claridade solar, este céu de brigadeiro como diz a gíria, fica muito mais desejada e atraente uma visita a Igrejinha das Tocaias e que talvez, já deslizando pelo asfalto novo na merecida via Joel Marques.  A propósito, foi nessa rua onde o governo Isnaldo Bulhões, tentou fazer o estádio Florestão, mas que não deu certo.

PROCISSÃO RUMO AS TOCAIAS. (FOTO: MARIA JOSÉ LÍRIO).

  SÃO CRISTÓVÃO DE VOLTA Clerisvaldo B. Chagas, 16 de outubro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3296   A abertu...

 

SÃO CRISTÓVÃO DE VOLTA

Clerisvaldo B. Chagas, 16 de outubro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3296

 



A abertura da Festa de São Cristóvão aconteceu no dia nove, quinta-feira. Hoje, dia dezesseis, teremos a Santa Missa com o padre Janildo Vaz de Medeiros; sexta, dia dezessete, a Santa Missa será com o padre Jacyel Soares Maciel; dia dezoito, sábado, missa com o padre José Marcelo Melo e às 9 horas no domingo dia 19, haverá missa solene.  Às 17 horas com São Cristóvão, procissão dos motociclistas e motoristas com a concentração na saída para a cidade de Dois Riachos.   Após a procissão, haverá Bênção do Santíssimo Sacramento às 18h30, às 19 horas haverá aspersão dos veículos e motoristas e, finalmente às 20 horas, descerramento do estandarte de São Cristóvão.

Cada noite tem os seis noiteiros, animação, comunidades e os responsáveis. No sábado, após a missa haverá leilão de animais. Impressionante é que a Festa de São Cristóvão, só faz aumentar a cada festejo. Quem não quer assistir as solenidades religiosas, procura tomar uma cervejinha nas barracas que se formam na Rua Pedro Brandão, comer churrasquinhos e arranjar suas conquistas amorosas, porque a parte profana da festa tem de tudo pelos arredores. Além da Rua Pedro Brandão - o principal corredor do bairro – ainda se arma parque de diversões defronte à Matriz, bem no coração da Camoxinga. As ruas paralelas à Igreja também são ocupadas por barracas bem iluminadas com suas variedades. Indiretamente, a Rua Delmiro Gouveia, RUA DOS RESTAURANTES, lota de automóveis que fica até difícil de por ali passar motorizado.

E assim, meu amigo, minha amiga, é festa que não acaba mais em nossa cidade, é saindo de uma, entrando na outra e assim vai animando a alma do povo e afastando as amarguras que surgem de vez em quando. Santo Antônio, São João, São Pedro, Festa da Juventude, Festa de Senhora Santana, Festa de São Cristóvão... Fora as paralelas que surgem aqui ou ali. E, voltando para um esclarecimento, temos o nome do bairro como Camoxinga, a paróquia de São Cristóvão está localizada no bairro Camoxinga, mas muitas vezes as coisas se confundem. Entretanto, também deixamos aqui, os nossos parabéns a nós mesmos e aos outros professores pelo dia de ontem, DIA DO PROFESSOR.

SÃO CRISTÓVÃO (FOTO).

  NOS CORAIS Clerisvaldo B. Chagas, 14 de outubro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.295 Para a professora Iren...

 

NOS CORAIS

Clerisvaldo B. Chagas, 14 de outubro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.295

Para a professora


Irene Ferreira das Chagas


 

Mais uma vez se fala em Bienal, deixando muito mais uma oportunidade para vivenciar Maceió de que propriamente uma participação no evento. Estou me referindo às pessoas do interior que vão à capital uma vez perdida. Entretanto, mais uma vez a oportunidade vem em dose dupla e eu relembro da última em que participamos. Depois fomos apreciar as belezas da orla de Maceió. A gente merecia mesmo aquele sorvete italiano e o ambiente acolhedor onde fomos relaxar da Bienal. E a visita aos corais, mesmo à noite soprando com um vento frio, foi importante para desestressar as mazelas acumuladas no interior e que o oceano tem o poder mágico de limpar o computador mental.

Que maravilha, apreciar o ambiente dos corais!

E já por mais de uma vez, Maceió é apontada como a capital mais bonita do Brasil. E essa orla, Pajuçara/Cruz das Almas, principalmente depois dos grandes investimentos na área, faz jus a expressão popular: “É de tirar o fôlego”. E é mesmo! Talvez até não seja tão impactante para os nativos, porém, os visitantes de fora e do próprio estado, é algo que parece divino. Para os pesquisadores das coisas da Natureza, o trecho citado oferece paisagens magníficas de palmo em palmo e precisaria de muitos dias para encher totalmente a mochila de informações e fotos maravilhosas.

Interior/capital.

Feijão com arroz. Concorda?

Mas, com Bienal ou sem Bienal, vamos aguardando o lançamento do livro PADRE CÍCERO, 100 MILAGRES NORDESTINOS para o dia 20 de novembro, está perto. Depois, veremos como publicar os livros engatilhados “MARIA BONITA, A DEUSA DAS CAATINGAS; BARRA DO PANEMA, UM POVOADO ALAGOANO e o romance AREIA GROSSA. Mas também sentimos a falta de eventos parecidos com a Bienal, no interior, principalmente em cidades como Arapiraca, Santana do Ipanema e Delmiro Gouveia.

Hoje como ontem.

 

Esperanças, saudades.

Porvir indefinido.

ESCRITOR CLERISVALDO B. CHAGAS E ESPOSA,  PROFESSORA IRENE FERREIRA DAS CHAGAS (FOTO: CLERINE CHAGAS).

 

 

 

    SÃO CRISTÓVÃO E NÓS Clerisvaldo B. Chagas, 14 de outubro de 2025. Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.284   Final...

 

 

SÃO CRISTÓVÃO E NÓS

Clerisvaldo B. Chagas, 14 de outubro de 2025.

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.284

 



Finalmente chegou a primavera de verdade com atraso grande. Os dias nublados completamente e de céu branco vêm desde o mês de maio com muita umidade, frieza e interior das residências escuro. Foram raros os dias em que o Sol conseguiu seu lugar definitivo e dificuldades para as roupas nos varais. Por outro lado, todo o chamado inverno no Sertão foi de chuvas mansas e pingadeiras que se tornaram padrão em todos os meses. E o mês de outubro, tradicionalmente seco absoluto, teve dessa vez que sustentar o céu branco até aproximadamente o dia onze, quando o tempo seco voltou. Voltou e trouxe novamente os festejos a São Cristóvão, padroeiro de parte da cidade.  Estamos em plena Festa de São Cristóvão com todo aquele vigor que motiva milhares de devotos a cantarem os sus louvores.

Construída para ser a Matriz da Paróquia de São Cristóvão, a igreja foi apontada pelos devotos do santo que a ajudaram a ser construída. Quer dizer, foi a própria comunidade quem deu o nome do padroeiro da Nova Paróquia. Muitos desses devotos que ajudaram na construção da igreja, eram também motoristas e, como São Cristóvão é o padroeiro dos motoristas, nada mais justo que ele fosse o titular.  A propósito, a Matriz da Paróquia de São Cristóvão estar situada no centro do Bairro Camoxinga, A narrativa da construção da igreja Matriz de São Cristóvão tem detalhada escrita pelo padre José Neto França, que está em boxe especial no nosso livro O BOI A BOTA E A BATINA, HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA O IPANEMA.

O texto histórico, dentro de um livro de História, proporciona o conhecimento sobre a, construção da Matriz para esta e as futuras gerações. Foi o que faltou à construção da Igreja Matriz de Santa Ana, digo, a última grande reforma que não deixou nada registrada para a História do município. A abertura dos festejos a São Cristóvão, acontece com desfile de vaqueiros, aboios, cavalaria, cânticos e uma animação que deixa o Bairro da Camoxinga cheio de orgulho pelo porte do evento. E no decorrer da Festa, entre o religioso e o profano, impera a boa-vontade dos que amam o seu bairro e veneram ao santo dos motoristas.

Só falta sua visita à festa.

Vamos!

MATRIZ DE SÃO CRISTÓVÃO (FOTO: B. CHAGAS.).

  DEU CERTO Clerisvaldo B. Chagas, 4 de setembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.293   Foi excelente a reun...

 

DEU CERTO

Clerisvaldo B. Chagas, 4 de setembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.293

 



Foi excelente a reunião que fizemos na Casa da Cultura para elaborarmos a programação, do lançamento do livro PADRE CÍCERO – 100 MILAGRES NORDESTINOS (INÉDITOS). Estavam presentes a profa. Gilcélia, Diretora; o Coordenador, escritor Marcello Fausto; os vereadores Robson França, Eliana – Fofa – e a devota Profa. Cida da Camoxinga. Então, juntos, conseguimos todos os ingredientes para uma festa nordestina, se bem que eu prefiro chamar de Encontro dos Devotos. E esse grande encontro, cuja notícia já percorreu todos os estados nordestinos, será realizado na Igrejinha do Lajeiro Grande, no bairro com a mesma denominação. Aliás, o Bairro Lajeiro Grande, teve origem com um milagre do padre Cícero que motivou a construção da igrejinha até a formação do bairro inteiro, com o tempo. Também é porta de entrada para o estado de Pernambuco.

O Evento estar agendado para o dia 20 de novembro, dia de ordenação do padre Cícero. Quando chegarmos mais perto, divulgaremos a programação completa e oficial. Teremos missa, discursos, depoimentos, foguetes, zabumba, entrega de certificado, distribuição de livros com devotos depoentes e muita alegria. Um exemplar será enviado ao bispo do Crato, por um dos nossos devotos. E agora que o padre Cícero está em via de ser santo oficial da Igreja Católica, aí os festejos serão em dobro. Nossas pesquisam foram iniciadas em 2012 e se encerraram em 2025 com a maioria dos devotos/depoentes que compõem o livro sendo da nossa região.

O Bairro Lajeiro Grande, em relação ao Centro, é topo de colina e possui um clima muito agradável pela sua altitude. É saída para a cidade pernambucana de Águas Belas, como atalho e, se bem que não exista um marco oficial de divisória das regiões da cidade, estão ali situados Cemitério Santa Sofia, o Estádio Arnon de Melo, a igrejinha do Lajeiro Grande e a COHAB NOVA com um acentuado comércio e prestações de serviços em evolução. O Bairro Lajeiro Grande também é porta de entrada para a região serrana do município: Sítios Barroso, Água Fria, Poço Salgado Sem Terras, Poço Salgado, Camoxinga Limpa, Camoxinga dos Teodósio Camoxinga 2, Pinhãozeiro e Malembá. Conheça a nossa terra, Centro e periferias com incríveis histó rias embutidas.

Vamos a um cafezinho!?

DIRETORA GILCÉLIA E ROMANCISTA CLERISVALDO B. CHAGAS EM VISITA DE CORTESIA. CASA DA CULTURA. (FOTO: MARCELLO FAUSTO).

 

  N0VA ENTREVISTA Clerisvaldo B. Chagas, 1 de setembro de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.282   Foi na última ...

 

N0VA ENTREVISTA

Clerisvaldo B. Chagas, 1 de setembro de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.282

 



Foi na última sexta-feira que concedi mais uma entrevista a um grupo de alunos sobre matéria geográfica do riacho Camoxinga, o mais famoso do município por cortar à cidade e pelas suas temidas cheias   em ocasiões que represa com o rio Ipanema, seu coletor. Falamos sobre a importância da pesquisa para a juventude, a falta de pesquisadores e o acomodamento dos professores. E como a turma era do Cepinha – Escola Estadual Prof. Aloísio Ernande Brandão, onde encerrei minha carreira profissional, aproveitei para ministrar uma aula completa sobre o Cepinha que os próprios alunos não conheciam e não sabiam sequer sua data de aniversário. Além disso, falamos sobre a região onde assenta o Colégio e os efeitos do riacho Camoxinga que somente minhas pesquisas poderiam revelar.

Falamos sobre nascentes, leito, foz, pontes, serventias, poluição que deveriam ter sido repassadas por professores de Geografia acomodados. Entretanto, acho que a parte central da minha entrevista, deve ter sido o estímulo á pesquisa, ao conhecimento do lugar onde se vive, onde se estuda, o município inteiro e seus acidentes geográficos, sua história. Sei não, muitas vezes nos sentimos sozinhos nessa luta de estímulo à juventude, pois não encontramos nenhum Cirineu para ajudar com a cruz do conhecimento.

 

X

 

Estaremos em reunião, segunda-feira, para aperfeiçoarmos a programação de lançamento do livro:  PADRE CÍCERO – 100 MILAGES NORDESTINOS (INÉDITOS), que será lançado no dia 20 de novembro, na igrejinha que era do padre Cícero, do Lajeiro Grande no Bairro de nome igual e que se formou graças a um dos seus milhões de milagres. A reunião será composta de dois vereadores, uma romeira, Diretora e Coordenador da Cultura em nossa cidade, e mais esse autor, na Casa da Cultura. A propósito, serão distribuídos os 100 livros, gratuitamente, aos depoentes dos milagres alcançados, ou a seus familiares. Não haverá venda de livros, pois a edição já se encontra esgotada, mas nada impede que qualquer outro devoto ou não, compareça ao nosso encontro.

Será feita uma lista de pedidos para um segundo lançamento e venda comprometida. Haverá fogos, discursos, zabumba, filmagem missa e entrega de certificado à Ministra dos Romeiros. Encomende seu livro através do Zap do autor: 57 88 9.99254534.

IGREJINHA DO PADRE CÍCERO, NO LAJEIRO GRANDE, ONDE SERÁ LANÇADO O LIVRO. (IMAGEM: B. CHAGAS).

  COVA DA IRIA Clerisvaldo B. Chagas, 27 de agosto de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3. 291 HOMENAGEM Á NOSSA SEN...

 

COVA DA IRIA

Clerisvaldo B. Chagas, 27 de agosto de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3. 291

HOMENAGEM Á NOSSA SENHORA

 




Pela curiosidade resolvi procurar saber alguma coisa a mais sobre a Cova da Iria, nomes que sempre ouvi falar e ouvir cânticos a respeito. A Cova da Iria, segundo o que pude apurar foi o local, em Portugal, onde houve as aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos: Lúcia dos Santos, Francisco e Jacinta Marto. Existe muita coisa a respeito dos três pastorinhos das aparições, porém, não muita a respeito da geografia, Cova da Iria. As aparições de Nossa Senhora aconteceram na Cova da Iria, na cidade de Fátima, em Portugal entre 1016 e 1917. Mas, a curiosidade mesmo era sobre Cova e Iria. E tudo que encontramos foi que “Cova”, pode ter o significado mesmo de cova, túmulo, um buraco em um lugar ou mesmo uma baixa do terreno.  

Quanto à Iria, trata-se de uma espécie de referência ao nome “Irene”. Dizem os especialistas que a história de Nossa Senhora de “Fátima” suas narrativas sobre os acontecimentos da Cova da iria, são as mais belas da Igreja Católica em todos os tempos. Quem puder pesquisar essa história, vai sentir quanta é bela e, inevitavelmente, se emocionar. O terreno da Cova da Iria, era da família de um dos pastorinhos, naturalmente terreno de pasto. Mas essas narrativas de 1916 e 1917, época da Primeira Grande Guerra, continuam atualizadas, verdadeiras e emocionantes, com ênfase para o mundo religioso do Catolicismo. Caso fossem expostas neste espaço, teriam que ser em um seriado. Porém, as aparições de Nossa Senhora, pelo mundo, não se resumem somente a Portugal e nem à Cova da Iria.

Tive na vila indígena de Cimbres, Pesqueira, Pernambuco, imediações das nascentes do rio Ipanema. Em vários séculos passados, Cimbre já se comunicava com a foz do rio Ipanema em Belo Monte, Alagoas, através dos sertanistas. Foi onde iniciei a minha caminhada a pé através do leito seco do rio e escrevi o livro “Ipanema, um Rio Macho”. Mas somente décadas depois, vim a saber que Nossa Senhora já havia aparecido na vila de Cimbres, onde vi a povoação, mas nem parei para apreciar melhor. Perdi, então, de conhecer o santuário da aparição que eu não sabia existir, tão perto de mim. Entretanto, a fé, o respeito e a admiração que tenho pela mãe de Deus e nossa, me fez elaborar esse trabalho por um ângulo incomum e... Não se pode dizer tudo.

ESTRUTURA ATUAL SOBRE A COVA DA IRIA.

  RUMO À PRIMAVERA Clerisvaldo B. Chagas,25 de agosto de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.289   Meus amigos, aq...

 

RUMO À PRIMAVERA

Clerisvaldo B. Chagas,25 de agosto de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.289

 



Meus amigos, aqui em Santana do Ipanema, após três ou quatro dias ensolarados, belíssimos, o “Cancão voltou a piar”. O céu passou mais quatro ou cinco dias, completamente branco e a frieza das madrugadas invadiu com força o abrigo dos lençóis, em casa sem forro e somente com telhado. Entretanto, posso afirmar que a vantagem do ardente desejo de um ótimo inverno estar sendo realizado. Nada de queda de barreiras, enchentes desastrosas, chuvas demais, chuvas de menos. Sol e Chuva numa boa alternância bem programada, aguando bem a terra e lhe dando tempo para as roupas no varal. Ficam apenas os conflitos tolos, os conflitos bestas que não levam a nada: “Eu gosto de frio”. “Eu não gosto de frio”. E o gelo caindo.

É ruim andar no mato nessa época por causa da mutuca, já ouviu falar? É um tipo de mosca grande, que ataca pessoas e animais. Tem um estilete na boca que perfura a vítima para chupar o sangue. Doe, doe que “só a gota serena”! Geralmente fica nas trilhas e pega as pessoas desprevenidas e de repente. Raramente se nota a mutuca antes de ser atacado, no mato. Já se desperta da sua fúria batendo com a mão sobre a atacante. O orvalho nas folhas, logo cedo do dia, também não é coisa boa ao batermos nas folhagens. As cobras, embora muito mais raras nos tempos atuais são perigos em potencial, uma vez que são muito silenciosas e vivem quase permanentemente de emboscadas. Ainda existem muitos outros perigos, porém, se para isso formos olhar, ninguém mais anda no mato em tempo de inverno, nem mesmo o agricultor de todos os dias.

Agora, chuva mesmo, não vai aparecer mais. Estamos nos “Últimos tamboeiros do inverno”. Somente uma nuvem que passa aguando o jardim, ligeiramente e pronto. Os bandos de espanta-boiadas passam sempre fazendo algazarra, ainda no escuro, antes das primeiras luzes diurnas. Quando o Sol vem sorrir de verdade, o dia já está muito adiantado. Ainda bem que, enquanto isso você pode iniciar seus exercícios e meter a perna para a frente numa bela caminhada. Depois, um banho na medida e um cafezinho quente. Esqueça o tempo. A prima vem aí.

  BOLO DE MANDIOCA/TIJOLO Clerisvaldo B. Chagas, 19 de agosto e 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.289   É uma gr...

 

BOLO DE MANDIOCA/TIJOLO

Clerisvaldo B. Chagas, 19 de agosto e 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.289

 




É uma grata satisfação novamente ir ao experimento de uma iguaria de infância que se vendia nas feiras de Santana, século passado. Trata-se do bolo de mandioca (não de macaxeira), com faixas amarela e branca de forma artesanal. Ainda bem que a indústria aproveitou a ideia e você, atualmente, pode comprar essa delícia em supermercados. O bolo é feito de mandioca, margarina, água e açúcar. Muito bem lembrado e elaborado pelo fabrico em indústria de Bezerros-PE. O único defeito é que você quer comer todo de uma vez, tal a cupidez na gostosura. Também continua nas bancas de feiras o doce “tijolo”, de corte meio duro, feito ou de jaca ou de raiz de imbuzeiro. Este não conseguiu dar um salto para a Indústria como seu colega, bolo de mandioca.

Entretanto, outras guloseimas não resistiram em Santana e, algumas delas vamos encontrá-las no povoado Pé-leve, região da grande Arapiraca e na Massagueira, entre Maceió e Marechal Deodoro. Entretanto nem aqui e nem em outros lugares vimos mais: quebra-queixo com castanha, quebra-queixo com amendoim, pé de moleque na folha da bananeira e nem broa macia de massa puba, coisas que sustentavam tranquilamente e com galhardia o café da manhã. Ano passado estive com um doceiro que mudara de ramo após a sua fama na região. Fazia bolo de tudo que você imaginasse. Pulou para o ramo de ferro velho. Ah, meu Deus! Perdemos um doceiro de mão cheia. O diabo é quem quer saber de comer ferro velho.

Quem possui essas habilidades em fazer doce, só passa fome se quiser. Pode trabalhar por conta própria e abastecer bodegas, feiras mercadinhos e supermercados. Ora! O povo compra sem qualidade imagine um produto bem-feito!  Estamos nos referindo aos doces das  receitas antigas e seculares que vêm de avós e bisavós sempre agradando no sabor todas as gerações.  Admiramos também os grandes profissionais que lidam com os chamados produtos salgados. Entretanto, falando especificamente de bolos, bolo é bom e bolo é ruim. É bom quando bolo é de se comer, é péssimo quando ainda lembra os bolos na mão da palmatória, é diabólico quando alguém “dá” o bolo, isto é, engana, ludibria, rouba, causa prejuízo.

Mãos e mente  o amor, para o bolo do bem.

 

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