terça-feira, 31 de dezembro de 2024

 

NASCEU AREIA GROSSA

Clerisvaldo B. Chagas, 31 de dezembro de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.158

 

Este ano, não havia chegado a chuvinha benfazeja que antecipa a o Natal para deixar a Natureza verde recepcionar o Nascimento e a chegada do novo ano. Vegetação crestada de fazer medo, finalmente nos últimos dias do mês caiu um toró de intensidade pequena e nem sabemos se vai dar tempo para o hoje, a recuperação dos vegetais dos campos.

O intervalo sentido nas crônicas, foi devido à gestação, nascimento e lapidação do filho mais novo do autor. Trata-se do sétimo romance, escrito em 32 dias e único não pertencente ao ciclo do cangaço. O novo romance denominado AREIA GROSSA – homenagem às areias encorpadas do rio Ipanema – é um resgate real, mesclado com ficção, sobre um pedaço de Santana de uma pobreza e abandono extremos entre as décadas de 1950, 1960-70. O epicentro do romance é a Rua do Curral do Gado de Zé Quirino e que vai até o rio Ipanema.

São resgatados mais de 60 nomes de pessoas que viveram na época da infância e adolescência do autor. Só as pessoas mais velhas lembram dos nomes apresentados de personagens reais, situação social e lugares, como os escritores, Luís Antônio, Capiá, João Neto de Dirce (João do Mato) e outras poucas pessoas. Entre os resgatados estão: Alípio, Tributino, Tô, Salvino, Maria Lula, Mário Nambu, Caçador, Zé Limeira, Adercina, Bento Félix, Carrito, Zé Quirino, Elias, Nego Tonho, Mané Bololô, Domício Grosso, Aloisio Firmo, Gerson Sapateiro, Neném, Nicó, Cecílio, Fomento, Perfuratriz, Bacurau, Igreja São Pedro, Sorveteria Maringá, Sementeira, fábricas de sapatos, colchões, malas e muitos mais.

Não vejo a hora de entregar essa obra literária e histórica ao povo santanense e ouvir a sua repercussão.  O rascunho encontra-se nas mãos de famoso escritor alagoano para sua devida apreciação em forma de prefácio. Porém, ainda têm dois ou três livros na fila da gráfica para chegar a vez de AREIA GROSSA. A priori, vamos batalhar por patrocínio para que todos os exemplares sejam distribuídos, principalmente aos santanenses, de forma gratuita. Temos ainda tempo suficiente para mexermos na capa, caso haja alguma crítica negativa justificável.


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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

 CRNICAS VOLTARÃO EM JANEIRO, APÓS LAPIDAÇÃO DO^RECENTE "ROMANCE DO IPANEMA", AREIA GROSSA.


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domingo, 22 de dezembro de 2024

 

PARABÉNS RISOMAR

Clerisvaldo B. Chagas, 23 de dezembro de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.157

 



Sim, é costume se dizer que nós sertanejos, temos apenas duas estações, ouvi isso do meu barbeiro, semana passada. Ouvia isso do meu querido professor de Geografia Alberto Nepomuceno Agra. Mas, olhando direitinho, a grosso modo pode até ser apenas a estação das águas e a estação da seca. Mas hoje discordo da teoria que temos apenas duas estações. Temos as quatro estações como tem o mundo todo. Agora, se primavera e outono não são bem acentuadas, aí é outra coisa. Para o bom observador as estações escondidas estão presentes nos detalhes da Natureza. E a grande maioria das pessoas, apenas fala o que outros falaram, diz o que os outros disseram sem uma coragem, sem uma motivação, sem uma razão que possa conduzir a uma pesquisa, por fácil e ingênua que seja. Uma acomodação confortável na opinião alheia. É por isso que “quem tem um olho é rei”.

No último dia 21, passamos da Primavera para o Verão. Uma Primavera que nos últimos dias estava com Sol muito forte, às vezes com céu sem nuvens, às vezes querendo chover, como se diz por essas bandas, porém sempre com noite amenas e até de agradáveis temperaturas. Mas como é costume, estamos esperando as trovadas desde o mês de novembro. Acontece que muitas vezes elas não vêm nem em novembro, nem em dezembro e até em janeiro elas negam e surpreendem no mês de fevereiro. É até marcante as trovoadas de novembro porque são muito esperadas pelos vaqueiros nordestinos, pois, após essas primeiras chuvadas – e que chegam muito decisivas – têm início as brincadeiras das pegas-de-boi-no-mato.

Mas, independentemente de mudança de estações, vamos concedendo entrevista literária à Rádio Cidade, falando nas edições dos livros “Floro Novais, Herói ou Bandido? ”, forçado por uma circunstância que gostaríamos de esquecer. Porém, no dia exato do fim da primavera, tive a honra de receber para mais uma entrevista literária e até pessoal, a senhora Risomar que pretende se introduzir pelo mundo da literatura e da crítica literária e que, segundo a neo pesquisadora, estrear em grande estilo.

Parabéns Risomar!

Atapetado seja seus caminhos das letras.

 


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quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

 

GUINÉ

Clerisvaldo B. Chagas, 20 de dezembro de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.156

 



A ave tem diversas denominações como Guiné, Galinha d’Angola e Capote. Pode ser criada solta no meio de outros galináceos.  Aqui no Sertão alagoano costumamos chamá-la de Guiné. Tem carne saborosa e exótica. Bota ovos em ninhos escondidos na capoeira. Pessoas que com ela convivem conseguem achar os ninhos com muitos ovos. Às vezes algumas galinhas também criadas soltas, deixam seus ovos em ninhos de guinés. O ovo é menor do que o da galinha comum e também de sabor exótico muito apreciado. O Guiné anda sempre acompanhado, é nervoso, estressado, espanta-se com qualquer coisa e alarma contra algo diferente. Juntos fazem a limpeza dos arredores contra pragas e cobras.

É muito bonita a criação de guinés nos terreiros das fazendas. Elas se misturam tranquilamente com as outras aves, comendo da mesma comida e bebendo na mesma fonte. Convivi com elas, as aves, nunca vi nenhuma briga com outras espécies. São diferentes de perus e pavões que estão sempre arengando. Caso alguém cisme de pegar um Guiné no terreiro, por mais perto que  esteja, vira motivo de riso, O Guiné se desvia imediatamente e dá um voo longo tipo nambu-pé. Vez em quando se vê um casal a ser vendido na feira. Mas a ave é capturada à noite, durante a dormida ou vítima de armadilha. Afora isso, somente à base da espingarda, ocasião em que a pessoa mais consciente evita eliminar as fêmeas. Geralmente cruzam entre si, mas tem casos de cruzamentos com galos normais.

O Guiné foi trazido da África pelos portugueses. E pela denominação sugere ter vindo da Guiné e de Angola. Sua carne tem como se fosse uma película pegajosa por cima, como se fosse um tipo finíssimo de cola transparente. É esfomeado pelo milho jogado para eles, mas ajuda catando toda qualidade de inseto, de modo que criado em quintais, deixa-os completamente limpo de besouros, baratas e qualquer inseto que ouse entrar na área. Agora, por mais comida que você disponha, ele está sempre cantando a interpretação onomatopaica: “Tou-fraco”, “Tou-fraco”, “Tou-fraco”.

Tem chácara, tem fazenda? Vale à pena criar.

 


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quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

 

O TESOURO DO POÇO

Clerisvaldo B. Chagas, 19 de dezembro de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.155

 


Como todo mundo pensa, por que nós os adolescentes da década de 60, não podíamos pensar? E eu sempre estava pensando naquele poço que era a diversão máxima de adultos e adolescentes da época. Um poço que não secava nunca. Com cheias ou sem cheias, o Poço dos Homens assegurava o lazer arriscado de que quem o amava.  Já imortalizamos o poço dos Homens com inúmeros trabalhos, sendo o máximo nas páginas de IPANEMA, UM RIO MACHO. Ali tomávamos banhos, pescávamos de litro, de anzol... disputávamos os saltos mais ornamentais, urinávamos em cima dos nós que dávamos nas roupas alheias e apreciávamos juntos o voo das andorinhas e a paisagem do entorno.

Todavia nos devaneios da juventude, eu pensava na possibilidade de haver alguma coisa boa no fundo do poço, trazida pelas cheias. Quem sabe, até um tesouro ali guardado por muitos e muitos anos. O poço era dividido em três partes: Estreitinho, Largo e o Raso. Este último, para quem estava aprendendo a nadar, e que geralmente, utilizava duas cabaças amarradas à cintura, como boias. Mas o Largo e Estreitinho eram fundos. O Largo, muito mais fundo. Mas isso não impedia o surgimento dos exibicionistas. Uns dando sapatadas seguidas, sem emergir a cabeça. E alguns que mergulhavam e exibiam areia trazida do fundo do poço. Quando se mergulhava a mais de um metro, a água se tornava geladíssima. Então, o poço era fundo sim, mas alguns bons de fôlego alcançavam o piso. Não eu.

Ora, já completamente adulto e no ocaso da idade, fui surpreendido pelo sonho de outro poeta que convergia para o mesmo ponto do antigo poço da minha juventude. O cantor, compositor, raizeiro, cozinheiro e pescador, guardião do rio Ipanema, FERREIRINHA, de saudosa memória, me mostrava uma canção que falava de um tesouro escondido no fundo do poço dos Homens. Tão presente era a canção que sugeria absoluta verdade. Foi preciso o próprio compositor me dizer que era apenas imaginação. Mas...  Que imaginação! Que coincidência entre décadas e décadas do mesmo sonho nunca antes compartilhado! Com você, caríssima leitora e caríssimo leitor, já aconteceu algo semelhante?

Explique.

Explique que eu não sei explicar.

Orgulho em ser sertanejo santanense!

 


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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

 

PRESENTE DOS CÉUS

Clerisvaldo B. Chagas, 17 de dezembro de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica 3.154



 

Qual é a cidade do Brasil ou do mundo que não sonha com seu desenvolvimento? Entre esses fatores está na cabeça, no comando, uma faculdade de Medicina, seja ela ótima, boa, ruim ou péssima. O importante é que uma faculdade de Medicina é quem puxa todos os outros setores do desenvolvimento local, respingando na região próxima. Nunca vimos prefeito nenhum e nem sequer empresário local de Santana do Ipanema, falar pelo menos no assunto. A cidade bem desenvolveu os seus estudos e no momento encontra-se bem servida, porém do antigo Jardim ao Curso Médio. Nesse sentido é um verdadeiro polo. Tem até alguns cursos superiores, porém, a linha de frente que são a Medicina e o Direito, é zero.

Portanto, sem nenhum egoísmo e reconhecendo o mérito, parabenizamos a cidade de Penedo, que acaba de ganhar a sua Faculdade de Medicina. Inclusive, representando e dando lição a todo o interior viciado com a escravidão de Medicina somente na capital. Ainda sem a ponte sobre o rio São Francisco, prometida há décadas e jamais cumprida, o povo penedense foi à luta seguindo o ditado dos mais velho que dizem “quando se estar cansado de um lado, vira-se para o outro”. Com dificuldades ou não, com ensino particular ou não, o imediato é que uma Faculdade de Medicina, é supimpa do progresso em primeiro lugar. E Penedo, além da lição que aplica em todos os outros municípios do estado, seus irmãos, tem posição de destaque quebrando o vício cativo de Alagoas.

Assim também se pode dizer sobre a implantação de nova fábrica de leite em Batalha, em plena Bacia Leiteira que elevará seus Status, empregará meio mundo de gente e assegurara seus deliciosos produtos lácteos para o estado e além fronteira, levando na embalagem o nome da Terra do Gado. São empreendimento corajosos, surpreendentes e arrojados que fazem a diferença. E o município que tem condições, mas o egoísmo fala mais alto, nem se destaca e fica a reboque de municípios vizinhos, terminando perdendo população e estagnando ou decaindo com seu modelo de administrar ultrapassado.  Modelo de “coronéis”, já não cabem na hora da inteligência artificial.

Mais uma vez, PARABÉNS PENEDO!  Muitos outros municípios irão engolir isso com farinha.

PENEDO

 


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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

 

AO TOCAR O DOSSEL DOS 78 ANOS DE IDADE, SINTO-ME AGRADECIDO AO SENHOR DOS MUNDOS E EMOCIONADO COM O CARINHO TRANSFOMADOR DE CADA UM DOS LEITORES, INTERNAUTAS, AMIGOS E AMIGAS QUE ME FELICITARAM NESTE MARCO SURREALISTA.

BEIJOS, BEIJOS E BEIJOS NOS SEUS GENEROSOS CORAÇÕES.

Crônica somente na próxima segunda (9).

 


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