segunda-feira, 31 de outubro de 2016

TODOS OS SANTOS



TODOS OS SANTOS
Clerisvaldo B. Chagas, 1 de novembro de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.583
Imagem ilustração
Creio que toda pessoa católica deve ter um  santo para seus desabafos, pedidos e agradecimentos. São aqueles que alcançaram o mérito da posição que podem nos ajudar. Também acho que não existe problema em quem não  acredita na força do santo em nosso favor. Cada ser humano tem o direito de acreditar no que quer acreditar. Para uns, nem santos existem! Para outros, nem mesmo Deus acontece na vida deles. Independente de religiões, o indivíduo, porém, nasce com alguma intuição de comando geral no Universo. Todos ainda somos grosseiros neste planeta que nem é o melhor e nem o pior. 
Afinal em todo complexo que caracteriza o ser, existe a individualidade, o livre arbítrio, o pensamento solto que tenta se livrar das amarras gerais, porém, muitas vezes leva ao excesso. Discutir santos, arcanjos e serafins é penetrar em certas filosofias quem sabemos se vale à pena. Mas o individualismo vai moldando mesmo o caráter sobrenatural do homem que segue seu caminho largo ou estreito e vai vivendo.
Sempre é bom saber que temos bons amigos e que podemos contar com eles em nossas dificuldades terrenas. Ora, se a vida não termina com a morte por que também não podemos contar com amigos e desconhecidos que partiram antes de nós? E se alguém roga por nossas virtudes perante o juiz, o governador, o presidente,.. Por que não recorreria à bondade e à misericórdia do filho do Homem em nossa defesa?
Não, não estou disposto a filosofar nem convencer. Mas,  quem foi mesmo que inventou esse negócio de Dia de Todos os Santos?
Existindo amigos, conselheiros, embaixadores, anjos ou não, o tempo parece adequado à preces, meditações, pedidos e rogos sem fim aos vigilantes da humanidade. Enquanto outras tragédias vão solapando a vida de milhões de seres pelo mundo, aqui no Brasil a corrupção mata vergonhosamente de Norte a Sul. E chega o Dia de Todos os Santos, o Dia de Finados, o mês dos ventos e em breve  será Dia de Natal com todas as lágrimas derramadas pelo povo brasileiro. Será que todos os santos juntos conseguirão salvar este País?







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domingo, 30 de outubro de 2016

O BOM E O PÉSSIMO




  O BOM E O PÉSSIMO
Clerisvaldo B. Chagas, 31 de outubro de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.582

COMÉRCIO DE MACEIÓ. Foto: (Clerisvaldo).
Dizem lá no Sertão que o mundo é composto do bom e do ruim. E, como em novela passada, dizia um coronel da região: “de fato é mesmo, compadre!”. Existe uma espécie de medo ou alergia médica em relação ao interior. Antes o doutor não queria sair da capital por causa das  oportunidades de aperfeiçoamento, congressos, seminários, cursos e outras coisas mais. Essas justificativas não se concebem mais porque a rede asfáltica cobre o estado inteiro. Vai-se ao lugar mais distante de Maceió dentro de pouco tempo e se retorna da mesma maneira. Aliás, em Alagoas, as distâncias são modestas não passando dos 300 quilômetros de Maceió ao lugar mais distante como Pariconha.
Por outro lado não existe um incentivo constitucional, obrigatório e compensador que conduza o jovem médico aos lugares da periferia.
A retirada dos postos de atendimento do IPASEAL SAÚDE das principais cidades interioranas de Alagoas foi muito grave. Essa maldade sem precedente foi realizada no governo estadual do governador banana, anterior. Carimbada a decisão pelo atual, permanece o absurdo em que o servidor não pode sentir uma dor de cabeça que não tenha que vir à capital. Todos os postos do interior foram extinto e um só médico não atende pelo IPASEAL SAÚDE. Como é que ninguém é preso por uma barbaridade dessas!
O bom são as novas vias rodoviárias que estão sendo construídas paralelas a Fernandes Lima, para desafogar o principal corredor de trânsito. Louve-se o mérito incontestável do ato governamental.
Todavia, os usuários do plano de saúde do Ipaseal do interior, continuam a peregrinação infame pela capital em busca de médico para os seus males, encontrando muitas vezes portas fechadas do plano. A Justiça do estado deveria obrigar ao governo reabrir todos os postos fechados e seus credenciamentos médicos que atendam com dignidade os funcionários ligados ao plano IPASEAL SAÚDE. Só quem adoece não é gente de Maceió. IPASEAL é do estado e não particularmente da capital e nem dos amigos desse que está aí. Bem que um dos candidatos a governador havia advertido antes... Ô peste!




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terça-feira, 18 de outubro de 2016

A SUPER-LUA

A SUPER-LUA
Clerisvaldo B. Chagas, 18 de outubro de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.581

Esse negócio de super- lua é balela, isso não existe. O satélite da terra continua do mesmo tamanho com seus vários movimentos cujos destaques são três: translação, rotação e revolução. O movimento de translação é o que ela faz em torno do Sol, acompanhando a terra. O movimento de rotação é o que ela faz em torno do seu próprio eixo. O movimento de revolução é o que a Lua faz ao redor da Terra.
A Lua gira numa órbita elíptica que às vezes se afasta da Terra, outras vezes se aproxima. Quando se afasta da Terra ao máximo, diz-se que ela está no apogeu. Quando se aproxima do ponto mais próximo do nosso Planeta fala-se que ela está no perigeu.
As águas oceânicas são atraídas pelos movimentos do Sol e da Lua. Duas vezes ao dia as águas sobem, duas vezes descem, caracterizando a preamar (nível mais alto) e o mais baixo nível, maré baixa.
Fala-se em marés de Sizígia e de quadratura. A cada mês ocorrem duas marés de Sizígia e duas de quadratura. As primeiras coincidem com a Lua cheia e nova. As segundas com a Lua em quarto crescente e quarto minguante.
Nas marés de Sizígia o Sol e a Lua atuam na mesma linha agitando mais as águas.
Quando se fala em super-lua (com hífen, gente!), é apenas um modo de dizer que a Lua está no perigeu, isto é, mais perto de nós. Aí se diz o que se quer dizer, não é verdade, comadre? Super-Lua, luazona, Lua arretada, Lua belíssima, Lua para namorados e assim em diante.
A Lua influencia na pesca, segundo os pescadores do mar. Outros afirmam que atua na cabeça dos doidos. De qualquer maneira é bom está alerta, pois o povo do Sertão costuma dizer que todo mundo é bom, mas a Lua falta uma banda!





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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

MAÇAYÓ! MAÇAYÓ!...

MAÇAYÓ! MAÇAYÓ!...
Clerisvaldo B. Chagas, 18 de outubro de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.580

Praia de Ponta Verde, esbanjamento de beleza. Foto: (Clerisvaldo),
Maceió, ao passar de um milhão de habitantes, sem nenhum favor, enquadra-se em um dos mais importantes centros do País. A força do estado no seu definido turismo, a concentração das usinas açucareiras e a produção de gás e petróleo, vão segurando como podem o desenvolvimento da capital.
A briga política pelo poder é igual em todos os lugares do Brasil, agora em disputa com apenas dois candidatos. O nível de campanha do primeiro turno chegou ao fundo do poço, quase atingindo os versos pornomatutos do saudoso poeta-repentista Zezinho da Divisão. Nesta nova fase bem que houve alguma melhora nessas apresentações ridículas, diversão diária de quem não tem o que fazer.
Os dois candidatos que duelam sobre trabalho, fizeram muito pela capital que paixão política nenhuma pode retirar o mérito. Os problemas atuais são os que contam nessa fase de campanha porque sendo Maceió uma cidade de crescimento rápido, os benefícios não acompanharam com a mesma rapidez essa corrida. A orla, principalmente da Pajuçara à Ponta Verde, é um brinco só. A concentração de benefícios foi enorme, mas falta muito em outros lugares onde a população não tem sequer o básico; a dignidade de morar em rua calçada e com saneamento básico. Quem quiser conhecer o Haiti-Brasil, ande pelas grotas e pela periferia do Terraço e dos Tabuleiros. O próprio mercado da produção bem no centro da cidade é uma das maiores vergonhas que Maceió expõe; e o seu entorno, provoca indignação e revolta.
Quem se prontificar a fazer mais pela capital, vai ter que deixar os paraísos e se desdobrar para fornecer melhor qualidade de vida à miséria escondida por trás dos altos prédios.
Os robustos filhos da elite já estão de barriga cheia. Queremos apreciar as ações de um bom administrador procurando, encontrando e implantando soluções para os papudinhos do pirão de farinha de mandioca.




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domingo, 16 de outubro de 2016

NAIS VERDE NA ESCOLA HELENA BRAGA


MAIS VERDE NA ESCOLA HELENA BRAGA
Clerisvaldo B. Chagas, 14 de outubro de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.579
Tempo de colher na horta da escola Helena Braga. Foto; (Clerisvaldo).

Desde o mês de maio que existe movimentação maior e positiva na Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas. Aqui em Santana do Ipanema, Alagoas, a escola do Bairro São José foi escolhida em projeto do IFAL para a realização de hortas comunitárias. Funcionários e estudantes abraçaram a ideia com muito carinho e o projeto virou realidade. Estudantes ministraram palestras no turno vespertino e em seguida conversaram com o oficineiro do Programa Mais Educação.  Na unidade educacional, alunos dos dois turnos e funcionários ajudam nesse prazeroso mister. Trazida de longe, terra apropriada e adubo orgânico, teve início o trabalho de organização, plantio e proteção dos canteiros através de garrafas Pet. Surgiu assim um colorido dominado pelo verde e suas matizes alegrando muito o entorno do prédio reformado e limpo.
Entre os produtos colhidos o forte parece ser o coentro que muito tem ajudado no tempero da merenda e na cozinha dos estudantes, desde o início de setembro.
Com esse projeto que está dando certo, o gestor Marcello Fausto, disse que “todos estão contentes, sendo também o trabalho motivo de admiração e respeito pelos pais e outros visitantes da escola. Muitos querem conhecer as hortas e na ocasião tecem rasgados elogios", encerrou Marcello.
São projetos simples e criativos que levam os estudantes à frequência escolar. Apontada sempre como escola onde reina a disciplina, cada vez mais a unidade Helena Braga conquista a sociedade santanense. Outros projetos estão na cabeça dos seus dirigentes e serão anunciados em breve. A união de esforços por uma educação de resultados marca fortemente os que fazem a Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas.
É motivo de muito orgulho pertencer aos quadros da escola do Bairro São José.



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