MAÇAYÓ! MAÇAYÓ!...
Clerisvaldo B.
Chagas, 18 de outubro de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.580
Praia de Ponta Verde, esbanjamento de beleza. Foto: (Clerisvaldo), |
Maceió, ao passar de um milhão de habitantes, sem
nenhum favor, enquadra-se em um dos mais importantes centros do País. A força
do estado no seu definido turismo, a concentração das usinas açucareiras e a
produção de gás e petróleo, vão segurando como podem o desenvolvimento da
capital.
A briga política pelo poder é igual em todos os
lugares do Brasil, agora em disputa com apenas dois candidatos. O nível de
campanha do primeiro turno chegou ao fundo do poço, quase atingindo os versos
pornomatutos do saudoso poeta-repentista Zezinho da Divisão. Nesta nova fase
bem que houve alguma melhora nessas apresentações ridículas, diversão diária de
quem não tem o que fazer.
Os dois candidatos que duelam sobre trabalho, fizeram
muito pela capital que paixão política nenhuma pode retirar o mérito. Os
problemas atuais são os que contam nessa fase de campanha porque sendo Maceió
uma cidade de crescimento rápido, os benefícios não acompanharam com a mesma
rapidez essa corrida. A orla, principalmente da Pajuçara à Ponta Verde, é um
brinco só. A concentração de benefícios foi enorme, mas falta muito em outros
lugares onde a população não tem sequer o básico; a dignidade de morar em rua
calçada e com saneamento básico. Quem quiser conhecer o Haiti-Brasil, ande
pelas grotas e pela periferia do Terraço e dos Tabuleiros. O próprio mercado da
produção bem no centro da cidade é uma das maiores vergonhas que Maceió expõe;
e o seu entorno, provoca indignação e revolta.
Quem se prontificar a fazer mais pela capital, vai ter
que deixar os paraísos e se desdobrar para fornecer melhor qualidade de vida à
miséria escondida por trás dos altos prédios.
Os robustos filhos da elite já estão de barriga cheia.
Queremos apreciar as ações de um bom administrador procurando, encontrando e
implantando soluções para os papudinhos do pirão de farinha de mandioca.
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