domingo, 24 de junho de 2012

O NÓ DAS LUVAS BRANCAS


O NÓ DAS LUVAS BRANCAS
Clerisvaldo B. Chagas, 25 de junho de 2012.
Crônica Nº 803

Cai Fernando Lugo por não saber governar o seu país, dizem os seus compatriotas. Se essa moda pegasse aqui no Brasil em relação às prefeituras, apenas um punhado de prefeitos continuaria no poder. E se levasse o caso para o legislativo, seria outro punhado apenas de vereadores, deputados e senadores que continuaria mamando nas gordas tetas governamentais. Um arrastão pelo Judiciário, como a coisa anda, somente Deus não se surpreenderia com o resultado. De vez em quando, perdidamente, ainda se ouve uma notícia que injeta um pouco de ânimo na população, porém, com muitas dúvidas ainda como o caso de auxílio paletó. Entretanto, isso não justifica o que aconteceu no Paraguai que até hoje não deixou a Venezuela fazer parte plenamente do MERCOSUL, por causa da meia democracia do seu dirigente. Quando se pensa, então, que no país central havia solidez democrática, surge o exemplo de um golpe sutil, um golpe de luvas brancas que não irar permanecer somente no inchaço da pancada. A América Latina, a velha América Latina, viciada em golpes no passado, ainda não esqueceu em definitivo a velha prática malfazeja. De vez em quando evoca fantasmas de cartucheiras ou de tronchos idealistas que ainda não deixaram a nossa atmosfera.
“Lugo sofreu impeachment nesta sexta-feira por ‘mal desempenho de suas funções' após a morte de 17 pessoas durante uma desocupação policial violenta em uma propriedade rural”. Como o processo para derrubar o homem foi rápido, nem houve tempo para nada. A condenação já estava carimbada antes do suspeito julgamento do presidente. A reação da América do Sul, por enquanto, parece quebrada e sem muita consistência, mas esperamos todos que após a reunião que será realizada na próxima quarta, entre os países da região, possamos enxergar com mais clareza como ficará a novidade do Paraguai. Está à mesa o primeiro grande teste da UNASUL, criada para esse tipo de coisa mesmo. Fazem parte da UNASUL Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai, Suriname e Venezuela. Entre “trancos e barrancos”, o mercado do Sul vai caminhando, sem ter mais como retornara à individualidade.
O bloco reúne 440 milhões de habitantes. E como se fala hoje em dia em PIB, ele aparece por aí em torno de US$ 2,3 bilhões. Como ficará tudo isso? Para o Paraguai que representa um estado sufocado normalmente, muito mais sufocado ficará se vierem duras sanções oficiais de seus vizinhos.  Um castigo de luvas pretas para O NÓ DAS LUVAS BRANCAS.










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