RONINHO E SUAS ARTES NA ARTE Clerisvaldo B. Chagas, 4 de dezembro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.794 RO...

RONINHO E SUAS ARTES NA ARTE


RONINHO E SUAS ARTES NA ARTE
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de dezembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.794

RONINHO, ARTE EM TELA. Foto: (Clerisvaldo B. Chagas)
Artesão é aquele que trabalha com artesanato. Artesanato, por sua vez, é uma técnica manual utilizada para produzir objetos feitos a partir de matéria-prima natural. Normalmente os artesanatos são confeccionados por famílias ou por um só indivíduo, dentro de sua própria casa em uma pequena oficina. A técnica é praticada desde o período antigo denominado Neolítico, quando o homem polia as pedras para utensílios. O artesão é considerado um artista, pois seus produtos são verdadeiras obras de arte. A valorização comercial do artesanato é coisa ainda recente, desde que os europeus descobriram e mostraram interesse pelos trabalhos artesanais do nosso país. Foi assim com o valor nutricional da rapadura e da chamada Literatura de Cordel.
Em Santana do Ipanema existem exímios artesão que trabalham com as mais diferentes matérias como: madeira, ferro, zinco, tecido, palha, couro, osso, sola, vidro, barro, além de outros. Ultimamente está em evidência o artesão Roninho, morador do Bairro São José, cuja oficina tomou o espaço do antigo Bar do Bacurau, que foi ponto de encontro de literatos, músicos, cantores, cineastas, artesãos e desenhistas. Fiz uma visita de cortesia ao amigo Roninho, especialista na arte de produzir cenas do Nordeste seco na pobreza dos sertões, com ênfase em figuras de cangaceiros. O artista deixou um pouco de lado, as pinturas em tela e passou a trabalhar também reproduzindo figuras do cangaço em ferro, pesquisando, descobrindo e criando técnicas próprias dessas peças de variados tamanhos.
Há muito podemos classificar o artesão de mestre. O seu trabalho ganha fama por todos os lugares e o mestre também é chamado para reproduzir até casa de taipa e restaurar estátuas de vias públicas e de santos de oratórios caseiros. Roninho atua bem na região de Piranhas onde os turistas se encantam com o seu trabalho, compram e fazem encomendas. Roninho conquistou o seu espaço, atua em todo o estado de Alagoas e, atualmente no Sertão tornou-se estrela de primeira grandeza no que produz. Agora está fazendo, ainda, peças em ferro de caricaturas de pessoas famosas, sob encomendas.
Esse é o único trabalho que eu não quero que ele faça para mim. Nem de graça. Santana do Ipanema acha-se de parabéns pelo talento seco do MESTRE RONINHO.




 GRÊMIO E O MIOLO DE POTE             Clerisvaldo B. Chagas, 1 de dezembro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.793 ...

GRÊMIO E O MIOLO DE POTE

 GRÊMIO E O MIOLO DE POTE
            Clerisvaldo B. Chagas, 1 de dezembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.793

FOTO: (GRÊMIO TWITER/REPRODUÇÃO).
Como toda cidade do interior às vésperas de um grande jogo, as conversas não giram em torno de outra coisa. Quem gosta ou quem não gosta de futebol, se submete àquelas conversas compridas e muitas vezes enjoadas sobre a partida. E foi assim no bairro da cidade onde durante algumas compras tive que aguentar todo aquele miolo de pote dos interessados. Até o dono do estabelecimento entra no assunto sem fim que se estica, descamba e rende que só a beleza! Afinal também não é um joguinho qualquer, mas a decisão da Libertadores que agita fortemente o mundo esportivo. E então, o homem me pergunta se “o senhor acredita na vitória do Grêmio?”. E eu respondo que se o Lanú jogar bem em sua casa como jogou em Porto Alegre fica difícil à vitória dos gaúchos.
E quando a gente está em meio aos fanáticos, ou se junta a eles ou sai driblando como Garrincha. E assim vamos dizendo que cada jogo é um jogo, para convencer e escapulir. Mas saio pensando comigo mesmo que o Grêmio só poderá se sair bem se jogar um rigoroso 4-4-2 para não deixar o adversário se articular. Mesmo não indo muito fundo ao campo da bola, sustento a minha teoria até a chegada do jogo e repetindo que a tática dita é a única oportunidade. E para surpresa deste simples amador, o Grêmio entrou claramente com o sistema 4-4-2, não deixando o Lanús se articular, irritando o time da casa. Mesmo assim eu ainda me perguntava se o Grêmio não cansaria logo e abandonaria o esquema. Mas houve muita raça gremista (coisa que de fato eu não esperava) e o time fez um primeiro tempo digno da Seleção Brasileira com Tite.

A vitória do Grêmio foi a vitória do Brasil: grande, insofismável e inesquecível. Outras coisas nos impressionaram como a boa arbitragem, a derrota do Lanús sem muita violência e o comportamento decente e educado da plateia argentina decepcionada. Acho que depois deste meu palpite acertado quanto ao esquema de jogo, quando sair por aí posso até me juntar a eles naquela baboseira de miolo de pote. 

O DRAMA VENEZUELANO Clerisvaldo B. Chagas, 30 de novembro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.792 FOTO: (G1/...

O DRAMA VENEZUELANO

O DRAMA VENEZUELANO
Clerisvaldo B. Chagas, 30 de novembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.792


FOTO: (G1/VALÉRIA OLIVEIRA).
Enquanto prossegue os absurdos na Venezuela, população de vários recantos daquele país tenta escapar da fome, da violência e do desemprego. Muitos batem às portas do Brasil e em outras nações vizinhas, numa fuga em massa das suas origens. Na cidade de Pacaraima, em Roraima, 240 índios são abrigados e alimentados pela organização Fraternidade e Agência da ONU para refugiados. Mas enquanto instituições particulares sociais tentam fazer alguma coisa pelos nossos vizinhos irmãos, o governo brasileiro parece ignorar o drama também em território brasileiro.  E lá em Pacaraima, por exemplo, o lugar planejado para 200 índios, é ocupado por 240. 
Fluxos de refugiados vão chegando por vários lugares do Norte e ficam perambulando pelas ruas como mendigos, pois nem todas as cidades e lugarejos estão preparados para recebê-los. Dizem que Roraima recebeu mais de 11.000 pedidos de refúgios o que compreendemos como pedidos provisórios. Ninguém quer ser refugiado eternamente. Mas é preciso, pela irmandade do mundo, uma condição mínima em receber aqueles tangidos pela adversidade. Os que chegam trazem a família com filhos menores, situação que agrava a imigração. A estimativa é que 30.000 mil venezuelanos já entraram em Roraima. Lá mesmo na cidade de Pacaraima, os 240 índios serão enviados para Manaus e o lugar ficará vago para receber outros imigrantes.
A Venezuela, oficialmente República Bolivariana da Venezuela, é um país da América localizado na parte norte da América do Sul, constituída por um continente e um grande número de pequenas ilhas no Mar do Caribe. Sua maior aglomeração urbana é a cidade de Caracas, onde conflitos internos acontecem todos os dias. A sede ditatorial de Maduro não assegura a ordem em seu território e os seus cidadãos se dividem em resistência, fugas ou acomodamento. E quando as forças armadas resolvem apoiar um ditador, o país permanece com futuro incerto.
Esperamos mais compreensão do governo brasileiro em relação aos refugiados, para recebê-los dignamente e encaminhá-los para o trabalho com uma assistência decente e latina. Aliás, a fraternidade entre os povos parece ser um dos objetivos das inúmeras religiões do mundo.