O RIO DOS ANALFAS Clerisvaldo B. Chagas, 4 de janeiro de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1819 PONTE SOBRE O R...

O RIO DOS ANALFAS


O RIO DOS ANALFAS
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de janeiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1819

PONTE SOBRE O RIO IPANEMA.  FOTO: (LUCAS MALTA).
A poluição do rio Ipanema pela margem esquerda tem início na primeira rua que desce até ele, vinda do Lajeiro Grande, passando pela antiga fazenda de Isaías Rego até o Poço Grande.  A descida dos esgotos é perene. Depois inicia pelas casas que ficam defrontes ao Matadouro e vai até a Rua da Praia. Além disso, o Ipanema recebe todo o lixo caseiro e esgotos a partir da ponte do Colégio Estadual, onde dezenas e dezenas de casas, despejam seus dejetos diretamente no riacho Camoxinga, que desaguam no rio Ipanema. A margem direita precisa ser estudada, mas existem várias pocilgas tanto na margem esquerda quanto na margem direita, despejando no Ipanema, algumas delas usando longas encanações.
Várias casas comerciais descartam o lixo diretamente no rio Ipanema, na calada da noite. É uma vergonha o que acontece no trecho urbano do rio completamente indefeso. Não se vê um só representante do povo gritar pelo rio Ipanema, nem no Legislativo e nem no Executivo. A sociedade organizada cruza os braços e bate as mãos como se o problema não fosse da sua competência. Em pleno comércio, as casas da Ponte Padre Bulhões, despejam suas latrinas para o rio. Nem IMA, nem IBAMA, nem AGRIPA, nem CASAL, nem Câmara e nem Prefeitura chegam juntos para resolver definitivamente o problema que estar encravado em pleno centro da cidade.
Cerca de três quilômetros de rio daria uma orla humanizada cheias de atrações e comércio relativos ao lazer, com novos empregos, novas paisagens e atrações tanto diurnas quanto noturnas. O leito do rio Ipanema limpo, poderia se tornar a grande área de divertimentos para os diversos bairros que o cercam com vários campos de futebol, como foi no passado. Mas a apatia das autoridades e a dormideira social tornam o projeto de grande futuro sem futuro algum, porque os olhares são curtos, não passam da proeminência do bucho e morre no umbigo.
Talvez muitos tenham razão em dizer que continuamos sendo um município que anda a reboque e pegue a venda da ignorância dos nossos contínuos dirigentes para colocá-las também na cara dos futuristas.

Amanhã mostraremos a solução.

MALABARISMO NA SERRA Clerisvaldo B. Chagas, 8 de janeiro de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.818 SERRA DA CA...

MALABARISMO NA SERRA


MALABARISMO NA SERRA
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de janeiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.818

SERRA DA CAMONGA. (Divulgação).
Para quem estuda o relevo serrano do Sertão ou simplesmente gosta de mirar os montes, suas formas, suas altitudes, suas imponências, temos muito que apresentar no semiárido: Serra da Onça (ponto culminante de Alagoas), serra do Parafuso, Porteiras, Jurema, Lagoa de Santa Cruz, Sabonete, Caiçara, Poço, Tapera, Xitroá, Gavião, Camonga, Gugi, Macacos, Remetedeira, Brecha, Cavalos, Lagoa e dezenas de outras, cujos cimos pagam uma boa semana de férias.  Na serra do Parafuso estuda-se a instalação de usina eólica para aproveitamento dos ventos do lugar. Serra da Jurema foi onde nasceu o cangaceiro Corisco. Lagoa da Santa Cruz e Sabonete, contam aventuras de Lampião. Serra da Remetedeira foi onde nasceu o cangaceiro Gato Bravo. E a serra da Camonga, em Santana do Ipanema volta a ocupar a mídia.
Localizada a cerca de 2 km de Santana, a serra da Camonga possui lombo comprido que finaliza com uma ampla cabeça rochosa e que olha do alto para a cidade. Esse paredão rochoso que forma o precipício parece mulher sentada no trono de granito que faz lembrar as histórias de reinos encantados. Foi por isso que lhe coloquei o apelido de “A Baronesa”. Ultimamente a serra foi descoberta para a prática do montanhismo, ou seja, a caminhada no cimo e a escalada na cabeça. Contam os mais velhos que um vaqueiro perseguindo uma rês, caiu naquele penhasco. Uma cruz foi fincada em cima e o trecho ficou mal-assombrado até hoje.
Tínhamos uma fazenda nas faldas da serra, lado direito. A família Brandão, possuía fazenda ou chácara no topo. O saudoso professor Ernande Brandão, levava colegas para visitas ao cimo e, entusiasmado, falava das fruteiras e belezas do lugar. Lá de cima avista-se boa parte do Sertão com destaque para o açude do Bode, pertinho da cidade e formado pelo riacho do mesmo nome, cujas nascentes estão no Maciço de Santana do Ipanema, da qual faz parte a citada serra.
Desejamos sucesso ao grupo de rapazes que praticam o esporte de montanhas. Com as reportagens feitas, também a cidade é divulgada, muito embora com nariz virado para o lado oposto ao turismo.










REGISTRE A PATENTE Clerisvaldo B. Chagas, 5 de janeiro de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.816 FOTO: (OPERA MU...

REGISTRE A PATENTE

REGISTRE A PATENTE
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de janeiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.816

FOTO: (OPERA MUNDI).
Estão completamente defasadas as formas de governar dos prefeitos brasileiros, em maioria. A ambição desmedida (vejam os jornais) perpetua o reinado dos coronéis que se preocupam apenas em abastecer os seus próprios paióis. Não fazem absolutamente nada pelo futuro dos seus municípios e, quando muito, calça uma rua, um beco e logo corre a colocar o nome da rua de um parente. Muitos não querem mais educar os filhos para as profissões diversas do mercado, mas apenas para o dinheiro fácil que é a política. E na falta de filho, coloca a filha, na falta de filhos e filhas, coloca a empregada, a rapariga, a peste, contanto que a minação do dinheiro público mine no seu desgraçado bolso. Ainda bem que alguns se salvam e transformam o seu município em grande competidor do porvir.
A eterna ambição de cada qual deixa o município em situação caótica na Saúde, na Educação, na limpeza urbana, na falta de planejamento. Ruas e mais ruas que mais parecem latrinas com esgotos a céu aberto. O mato toma conta do calçamento que não presta nem para cavalo. Não se encontra uma lixeira nas ruas, faltam placas de sinalização, poda de árvores e pinturas, novos lugares de escoamento do trânsito e tantas outras coisas que desanima qualquer filho da terra. Quando se diz que o povo não sabe votar é apenas meia verdade. O rico honesto não quer ser candidato. O pobre honesto não pode se candidatar porque bandidos não deixam. O mais ou menos chega lá e se corrompe, vai carregar o andor do padroeiro, naturalmente pensando que o santo compactua com sua desgraçada atitude.
Quando o eleitor olha para um lado e para o outro, não encontra candidato do seu agrado e se ver garroteado para votar em um dos viciados que ele mesmo conhece muito bem. E esse ciclo do mal vai se perpetuando até não se sabe quando, pois se acusa, se prende e se solta no outro dia. E depois de tal tornozeleira que o diabo inventou, só fica na prisão o ladrão de bodega, o assaltante de beco, o larápio de galinhas. Mesmo que viesse uma nova ditadura militar, seria para cometer os mesmos erros, muito embora espanasse ratazanas para todos os lugares. Mas quando voltassem à condição civil, novos ratos entrariam na competição pelo queijo fácil do erário público, pelos séculos e séculos sem fim.
Quem tiver como salvar o Brasil dos políticos ladrões, registre a patente.