CAFÉ COM O QUEIJO ALAGOANO Clerisvaldo B. Chagas, 9 de abril de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.875 LATICÍ...

CAFÉ COM O QUEIJO ALAGOANO


CAFÉ COM O QUEIJO ALAGOANO
Clerisvaldo B. Chagas, 9 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.875

LATICÍNIO EM MAJOR ISIDORO. FOTO: (AGÊNCIA ALAGOAS).
Quem quiser que não ache, mas nenhuma comida típica sertaneja supera o café com queijo. Transportando a delícia para séculos passados, o queijo de coalho e de fogo surgiram em Alagoas com a ocupação do Sertão pelos rebanhos bovinos. Os fazendeiros das fazendas de criar passaram a ser autossuficientes em questões básicas de alimentos. Entre outros produtos estava o queijo de coalho, fabricado com leite cru e o coalho natural. Essa iguaria vem varando o tempo, nas mesas da roça, nos bornais de cangaceiros, vaqueiros e forças volantes, significativa com farinha de mandioca e rapadura. Atualmente, devido aos apertos cada vez maior das autoridades em busca da saúde, o queijo de Alagoas passa por uma transformação espetacular.
As fábricas estão se organizando e, obrigadas por lei, procuram fabricar o produto com leite pasteurizado. Nos laticínios de Alagoas, são produzidos 30% do queijo de coalho. O sindicato da categoria estima que o estado produza 15 mil quilos de queijo de coalho/dia, 60 toneladas por mês. Existe até fábrica que desenvolveu o próprio queijo na fazenda, sem os estudos já existentes, atingindo uma qualidade superior. Produtores batalham por uma identificação internacional do queijo de coalho de Alagoas, assim como de uma região específica do queijo mineiro. É uma espécie de identificação geográfica diferenciada: “selo referencial de qualidade”. Esse alimento apreciado pelo alagoano está em todo o território estadual, cada vez mais com selo de inspeção, municipal, estadual ou federal.
Diz uma das inúmeras canções de vaqueiros:

“Ela pergunta ao amado:
Você quer café com queijo?
Ele responde sorrindo:
Eu quero é lhe dá um beijo...”.

E assim vamos torcendo para que o nosso estado consiga logo esse tal selo referencial de qualidade, para que possamos nos orgulhar mais ainda dos nossos atrativos lácteos.
Por falar nisso, licença que um bom café e uma generosa fatia de queijo de coalho me aguardam.



DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Clerisvaldo B. Chagas, 6 de abril de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.874 ENTRE O ...

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Clerisvaldo B. Chagas, 6 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.874
ENTRE O SERTÃO E O AGRESTE. FOTO: ÂNGELO RODRIGUES-ARQUIVO B.CHAGAS).

A moda hoje é falar em desenvolvimento sustentável. Atualize-se:
“Desenvolvimento sustentável é aquele que ‘satisfaz as necessidades, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades’. Ou seja, é o desenvolvimento econômico, social, científico e cultural das sociedades, garantindo mais saúde, conforto e conhecimento, mas sem exaurir os recursos naturais do planeta.
Para isso, todas as formas de relação do homem com a natureza devem ocorrer como menor dano possível ao ambiente. As políticas, os sistemas de produção, transformação, comércio e serviço – agricultura, indústria, turismo, serviços básicos, mineração etc. – e o consumo têm de existir preservando a biodiversidade e as próprias pessoas, enfim, protegendo a vida no planeta.
Assim, sob a perspectiva do desenvolvimento sustentável, as indústrias devem controlar a emissão de gases poluentes na atmosfera e evitar lançar resíduos tóxicos no solo e rios; a agricultura deve buscar reduzir o uso de agrotóxicos e o desmatamento de áreas naturais – matas, cerrados etc.; as cidades devem respeitar as áreas de florestas e os rios que protegem seu mananciais e reduzir o volume de resíduo inaproveitado.
De modo geral, as pessoas devem tomar atitudes como não desperdiçar água, destinar corretamente seu lixo, consumir alimentos mais saudáveis, preservar bosques e todo tipo de área verde”.

HAMES, Valéria Sucena. O que é desenvolvimento sustentável. O Estado de São Paulo, São Paulo, 28 jul. 2004.

A consciência ecológica vai se expandindo pelo mundo e chegando desde o homem da roça ao consumidor. Nos supermercados é cada vez maior a exigência pelo alimento sem agrotóxico. O comércio exigente quer consumir madeira certificada. Os trabalhadores diversos lutam por um ambiente de trabalho mais saudável. Os povos da floresta aprendem técnicas de manejos sustentáveis. No mundo inteiro os ecologistas expandem a luta por um planeta melhor de se viver, afinal é esse o único que temos.

FEIRA DO PEIXE VIVO E DO VIVO LADRÃO DE PEIXE Clerisvaldo B. Chagas, 5 de abril de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônic...

FEIRA DO PEIXE DO VIVO E DO VIVO LADRÃO DE PEIXE


FEIRA DO PEIXE VIVO E DO VIVO LADRÃO DE PEIXE
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.873
 
Feira do peixe vivo. (Agência Alagoas).
Muito boa à ideia de vender peixe vivo. O consumidor tem a plena garantia de que o peixe é sadio e abatido na hora. É escolher o que lhe achar conveniente, mandar abater, preparar, pagar e bater em retirada satisfeito da vida. O inconveniente de preparar o produto em casa desaparece e o prazer de saborear um produto fresco aumenta. Essa prática de vender peixe vivo sempre acontece em época de Semana Santa, em Maceió, mas deveria se estender por todos os lugares. E se a prática é boa para o consumidor, deve ser melhor ainda para o comerciante, geralmente, proprietário da própria piscicultura. É que assim ele divulga o seu criatório e não irão faltar compradores no dia a dia.
No Sertão o negócio é diferente. Para se criar o peixe, o uso pode ser no açude da fazenda ou em lugar adequado para a piscicultura. Quando no açude, a técnica exigida é desprezada. Cria-se o peixe sem nenhum compromisso. Muitas vezes eles estão esqueléticos, somente com o couro por cima da carcaça por falta de alimento. Quando criado dentro da técnica, o peixe se desenvolve como em qualquer outro lugar do Brasil. Mas o grande inimigo de um modo ou de outro é o ladrão de peixe que não tem hora do dia ou da noite para espreitar e meter a mão no alheio. Pelo dia, o morador da fazenda não pode sair de casa, pois o ladrão já sabe seu dia de ir à feira. Pela noite, somente se livra dos bandidos se dormir na tocaia.
Geralmente os ladrões são tarrafeiros profissionais em busca do produto. São muito bem informados e sabe exatamente as fazendas e sítios onde encontrar o que procuram. Até mesmo o tipo de peixe do criatório de Fulano e Beltrano. Muitas vezes o próprio morador da propriedade escancara às porteiras na base da propina. Sendo assim, fica difícil criar peixe nas fazendas do Sertão. Dizia um amigo: “Ninguém vai matar um peste por causa de um peixe”.
Outra coisa interessante é que quase sempre se sabe quem são os viciados, mas não é fácil pegá-los com a boca na botija.
Fazer o quê?