RESTAURAÇÃO Clerisvaldo B.   Chagas, 9 de julho de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.341 Querendo procurar um ...


RESTAURAÇÃO
Clerisvaldo B.  Chagas, 9 de julho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.341

Querendo procurar um restaurador para uma peça sacra, lembrei-me de procurar a Associação dos Artistas de Santana do Ipanema. Ali tomaria conhecimento de uma lista de restauradores, telefones e endereços. Todavia, também lembrei que não havia nenhuma congregação. Por sorte, veio à mente o meu vizinho de bairro, artesão Roninho, artista já famoso em Alagoas inteira e que ultimamente restaurou todos os monumentos de Santana do Ipanema com a sua equipe. Por outro lado, via na Internet o trabalho da artesã Izabel Barros, notando como é importante a divulgação dos seus trabalhos. Ainda estou em dúvida para quem levar a imagem de gesso de Nossa Senhora do perpétuo Socorro, para restauração. Isso após a pandemia. Isso me fez recordar Juazeiro do Norte e Arapiraca, em relação aos artistas.
Em Juazeiro, fiquei admirado com as centenas e centenas de artesão e artesãs que trabalham diretamente com o mundo religioso. Na volta resolvi trazer algumas peças de Nossa Senhora com seus diferentes títulos. Não poderia faltar a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, madrinha de toda a minha família. Mas como o tempo desgasta as imagens, mesmo com todos os cuidados. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro que guarda a minha casa, apesar de formosa assim mesmo, precisa de restauração em partes desgastadas e avivamento de cores.
Em Arapiraca, faz bastante tempo assisti palestra da, então, secretaria de cultura do município e, se não me engano foi realizada na Academia de Letras da qual fui um dos seus fundadores. A secretária e sua equipe havia feito um projeto para proteger, estimular e divulgar a arte arapiraquense pensando num êxito total, dissera. Aprovado e implantado, tudo que conseguiu foram críticas dos próprios artistas. Sentou novamente com a equipe para descobrir onde estava o erro. E com toda humildade nos confessou que o erro estava em terem feito o projeto sem ouvir os interessados. Voltou, disse ela, a se reunir, mas dessa vez com artistas e com direito à voz e voto. E assim o novo projeto foi implantado em consenso e sucesso para o mundo dos artesãos, artesãs e demais artistas. Segredo da coisa: HUMILDADE.
Uma associação na minha terra, tiraria muita gente do anonimato. Roninho já está consagrado, Izabel Gomes expõe nas redes sociais e assim vamos precisando dos serviços do artesanato genuíno do Ipanema.

PROMESSA É DÍVIDA Clerisvaldo B. Chagas, 7 de julho de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.340 RUA  PANCRÁCIO R...

PROMESSA É DÍVIDA


PROMESSA É DÍVIDA
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de julho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.340

RUA  PANCRÁCIO ROCHA - BR 316 (FOTO: GUILHERME CHAGAS).
SERRA DA CAMONGA (FOTO:GUILHERME CHAGAS): 
O Povo é como criança, o pai promete, o menino cobra. Foi publicado pela mídia local que o DENIT iria fazer em Santana do Ipanema, um longo desvio na BR-316, para melhorar a mobilização. Para quem vem da capital, ao chegar à entrada da cidade (Batalhão de Polícia) o desvio ali teria início indo em direção à serra da Camonga e, em semicírculo voltaria novamente à BR-316, após o Bairro Barragem, no outro estremo de quem vai para o alto Sertão. Logicamente cortaria o rio Ipanema muito acima da cidade com mais uma ponte, sim senhor. Essa informação, está com apenas alguns meses, inclusive, foi comentada neste espaço. Pois bem, depois disso ninguém mais tocou no assunto. Ora, se você dá a notícia, vá informando com certo espaço de tempo, com está o andamento da coisa. O santanense indaga se o projeto já morreu ou continua de pé.
Após as últimas cheias do rio Ipanema e riacho Camoxinga, foi notado problema numa ponte da BR-316, trecho urbano, no lugar denominado Aterro ou parte da Rua Pancrácio Rocha. O trecho chamado por nós, Via- Expressa, desafoga o trânsito por dentro da cidade propriamente dita. Agora o DNIT está consertando o problema na Pancrácio e a rodovia acha-se interditada. Todo movimento de automóveis acontece pelo centro de Santana. Carretas e outros bichos do seu tamanho são orientados com desvios por outras rodovias e não podem passar pelo comércio. Olhe aí gente, se as obras anunciadas lá atrás tivessem sido realizadas, tudo estaria dentro dos seus conformes.
Há tempos, chegou até a ser cogitada a continuidade da AL-120, vindo de Olho d’Água das Flores e, sem entrar na cidade, passar pelo Hospital Clodolfo Rodrigues de Melo e sair muito na frente ligando-se a BR-316, rumo a Poço das Trincheiras. Quem conhece Santana sabe do que estamos falando. Mas isso não foi prometido, houve apenas sugestão política que morreu antes de qualquer trator.
No caso DNIT, seria mão na roda para o povoado São Félix. Cerca de um terço da sua estrada de terra de 12 quilômetros seria beneficiada com o asfalto. Continuemos aguardando notícias pela mídia. Obra federal é cheia de “protocolo”.
Mas como tudo tem seu dia... Amém.

VIVA A FEIRA DO PADRE Clerisvaldo B. Chagas, 6 de julho de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.339 Foi ...

VIVA A FEIRA DO PADRE


VIVA A FEIRA DO PADRE
Clerisvaldo B. Chagas, 6 de julho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.339


Foi o padre Francisco José Correia de Albuquerque quem instituiu a feira de Santana do Ipanema em dia de sábado. Assim o milagreiro sacerdote, um dos dois fundadores de Santana, livrava o encontro semanal aos domingos como estava sendo planejado. Natural de Penedo, Alagoas, o padre Francisco era muito respeitado pela sua oratória, previsões e milagres.  Homem semelhante ao padre Cícero Romão Batista que até fora visto pairando sobre as águas. Chamado por todos de “Santo padre Francisquinho”, construiu a capela que deu origem a Matriz de Senhora Santana e a cidade de Santana do Ipanema, em 1787. Muito se tem a dizer sobre esse servo de Deus que não deixou pintura a óleo, nem fotografia.
Mas voltemos à feira. Abençoada para o dia consagrado a Maria Santíssima, a feira teve início com êxito. Progrediu sempre semana a semana, formando verdadeiras multidões no centro da cidade, enquanto um mar de carros de boi aguardava seus donos nas areias encardidas do leito seco do Ipanema. Com os poucos automóveis ou nenhum, os carreiros tinham livre trânsito dentro da própria feira e pegando mercadorias diretamente nos armazéns: arame farpado, querosene, charque, ferramentas e mais. A feira se expandiu por becos, ruas e vielas, tornando-se até mesmo atração nacional no período da Festa do Feijão. Era a feira do sábado que funcionava como termômetro da economia regional.
Muitas coisas aconteceram e a feira do Riacho Grande (atual Senador Rui Palmeira) tornou-se concorrente em tamanho e negócios. Novamente o feijão foi protagonista do progresso dinâmico do semiárido. Devido a intensidade do trânsito e outros fatores, a feira foi encolhendo no seu todo e perdeu espaço nas praças centrais. Os tempos vão fazendo mudanças, mas não sabemos dizer sobre volumes de negócios, se houve diferença financeira com esses novos alocamentos.
Vamos mostrar três flagrantes que caracterizaram o passado uma vez que muito já mostramos do presente.
Vamos beliscar guloseimas na FEIRA DO PADRE?
Vem comigo.