OS INVISÍVEIS Clerisvaldo B. Chagas, 22 de novembro de 2021 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.616 Antes em Santana do...

 

OS INVISÍVEIS

Clerisvaldo B. Chagas, 22 de novembro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.616




Antes em Santana do Ipanema, havia nas ruas, além de metralha, muitas latinhas de cerveja e garrafas pet de todos os tamanhos. Graças às divulgações nos vários meios sociais ensinando e exemplificando como latinhas e garrafas plásticas são úteis em uma casa, no sítio, nas praças, nas fazendas, que esses tipos de objetos deixaram de surgir como lixo nas ruas da cidade. Mas, graças também aos que compram para a reciclagem e os chamados catadores que descobriram essa fonte de renda com seus pontos certos de entrega. (Santana possui dois). É pena ainda não termos em Santana do Ipanema, uma fábrica de reciclagem o que daria mais emprego, renda e ocupação, porém não podemos regredir na limpeza do meio ambiente, aproveitando o embalo dos catadores que estão nas ruas desde os primeiros raios da manhã.

As ruas ficaram completamente limpas. Antes os catadores agiam apenas nas ruas, esporadicamente. Catavam ferro, papelão, latinhas garrafas plásticas. Achamos que, orientados começaram também a atuarem no lixo doméstico deixado às portas para o recolhimento. No início dessa nova atuação, chegavam primeiro do que o gari, abriam as bolsas de lixo, retiravam o que interessavam deixando bagaceira feia. Ultimamente estão mais profissionais. Retiram os objetos dos pacotes do lixo e deixam tudo do mesmo jeito que encontraram, isto é, sem bagunça nenhuma. Muitas pessoas já colocam o lixo para os garis com os objetos de catadores separados: o ferro, o alumínio, a latinha, propriamente dita, e os papelões. Isso, além de mais humano, torna mais prático e melhora a simbiose.

Portanto, uma coisa que parece tão simples e longínqua, está sendo planejada em Santana do Ipanema: a Associação do Catadores. Isso permitirá melhorar os serviços, proteger os profissionais e evoluir, muito embora para a maioria da população esse tipo de serviço, como disse no início, seja invisível. O meio ambiente agradece essas ações dos catadores, mesmo que sejam atividades motivadas pela sobrevivência e não pelo voluntariado social consciente. O importante é a sociedade organizada dignificar o trabalho de homens e mulheres através do oferecimento de orientações, assistência médica, melhores condições para o trabalho e desenvolvimento na cadeia da atividade. Vale salientar que algumas cidades sertanejas já estão bem adiantadas na solução do ciclo dos catadores...

Criaturas de Deus que devem ser olhadas com olhos mais humanos!

CATANDO LIXO (FOTO: G1).

 

  VAMO MEDIR? Clerisvaldo B. Chagas, 18/19 de novembro de 2021 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.615   Vamos abrir espa...

 

VAMO MEDIR?

Clerisvaldo B. Chagas, 18/19 de novembro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.615





  Vamos abrir espaço para o texto extraído dos autores Elian Alabi Lucci e Anselmo Lázaro Branco, identificação abaixo. Curta e opine.

“Se você fizer uma breve pesquisa sobre a altura do Monte Everest, a resposta será invariavelmente a mesma: 8.848. No entanto, esse número não é consenso entre governos e especialistas que apresentam valores diferentes de medição.

Enquanto os nepaleses sustentam que a montanha tenha 8.848 metros acima do nível do mar, o governo chinês bate o pé e afirma que o Everest é quatro metros mais baixo: 8.844 metros.

A diferença entre as medidas divulgadas pelos dois países ocorre principalmente porque o Nepal inclui a camada de gelo sobre a montanha, enquanto o valor registrado pelos chineses é limitado somente ao trecho rochoso. Oficialmente, a medida de 8.848 metros para altura do Everest foi restabelecida no ano de 1954, após uma série de medições realizadas por geólogos do Nepal e da Índia.

Apesar da boa vontade entre os dois países de tentar chegar a um valor oficial que agrade a todos, especialista de diversas instituições apontam um fato que pode colocar ainda mais lenha na fogueira dessa polêmica. Segundo os pesquisadores, o Everest estaria ficando mais alto, devido a constante subducção das placas tectônicas abaixo do Himalaia, que literalmente empurra para cima toda a cordilheira.

Em medições realizadas em 1999 através de equipamentos de GPS, uma equipe de geólogos estadunidense constatou que a montanha mede de fato 8.850 metros (...)

O monte Everest se estende do Nepal à China e teve sua atura medida pela primeira vez no ano de 1856. Desde então esse valor vem sendo questionado seguidamente (...)”

Polêmica: altura do Monte Everest deverá ser novamente avaliada. Editoria invenções e descobertas. 22 jul.2011. Disponível em  <w.w.w. apolo11.com>Acesso em 6 de nov. 2014.

LUCCI, Elian Alabi & BRANCO, Anselmo Lázaro. Geografia, homem & espaço. Saraiva, São Paulo, 2015, pag.88.

Subducção: nome dado quando uma placa tectônica se infiltra por debaixo de outra.

SERRA DA CAMONGA, NOSSO EVEREST (FOTO: GUILHERME CHAGAS).

  BARRAGEM EM CENA Clerisvaldo B. Chagas, 16 de novembro de 2021 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.614 Prosseguem os tr...

 

BARRAGEM EM CENA

Clerisvaldo B. Chagas, 16 de novembro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.614




Prosseguem os trabalhos da barragem do João Gomes no sítio João Gomes, em Santana do Ipanema. O João Gomes é um valente riacho afluente do rio Ipanema e que escorre pelas planuras de parte do município, cruza a Al – 220 a 6 km do Centro da cidade onde forma um cânion na Reserva governamental da Sementeira. Representa uma veia d’água na caatinga em tempos chuvosos e oferece poços e cacimbas em épocas de estiagem. Seu nome, tudo indica, tratar-se de beldroega também chamada João Gomes, uma planta comestível muito consumida pela pobreza durante dias de Semana Santa. Representa um refrigério para o homem e para o rebanho dos que habitam suas margens. Um reforço importante para o seu grande coletor.

Foi anunciada o término do sangradouro da barragem, alto, grande e possante e que iria começar as obras do paredão. Fala-se em um espelho d’água de 6.km de comprimento, assim sendo, outros sítios poderão gozar doa benefícios da barragem pronta. Cria-se um microclima no entorno, outros animais selvagens serão atraídos e uma nova página ecológica se forma trazendo novos hábitos no criatório e nos humanos. Poderá haver até viabilidade para o turismo rural, à semelhança do Açude do Pai Mané, em Dois Riachos. Muitos pássaros e aves que foram embora da região, poderão retornar como o martim pescador, o mergulhão e outros que procuram o peixe de barragem como alimento. E se na verdade tivermos uma extensão de 6 seis quilômetros, é coisa para se admirar, morar perto e criar boi.

Açudes ou barragens são construídos no Nordeste desde os tempos de D. Pedro II e mesmo atualmente o número ainda é insuficiente mesmo com outras alternativas. Por isso mesmo dizia meu professor maior de Geografia Alberto Nepomuceno Agra: “O rio Amazonas é muito importante para o Brasil e o mundo, porém, para a nossa realidade, muito mais importantes são os riachinhos que cortam os nossos sítios, as nossas fazendas”. Não vejo a hora de visitar a barragem cheia e sangrando do riacho João Gomes.

Quando o homem ajuda a Natureza, a Natureza recompensa ao home

RIO IPANEMA RECEBE O RIACHO JOÃO GOMES (FOTO: ARQUIVO B. CHAGAS).