quinta-feira, 28 de outubro de 2010

PATAGÔNIA

PATAGÔNIA
(Clerisvaldo B. Chagas, 29 de outubro de 2010)
     A Patagônia é uma grande região fria que engloba o sul de Argentina e Chile. Por se encontrar no extremo do continente americano ainda é parte de terras misteriosas de exóticas paisagens que encantam os que procuram aventura no frio. É ali no extremo onde está situada a passagem natural que liga o Oceano Atlântico ao Pacífico, chamada de Estreito de Magalhães. A denominação dessa passagem tem origem com a primeira viagem de circunavegação a terra. O navegador português a serviço da Espanha, Fernão de Magalhães, encontrou o perigosíssimo estreito que une os dois maiores oceanos. Até hoje poucos se arriscam a navegar por ali devido às mudanças bruscas do tempo e aos ventos fortes que metem medo. Também o nome Patagônia tem origem com a expedição do imortal navegador que chamou os moradores do lugar de “patagónes”. A palavra significa homens de pés grandes ou de patas. Na visão dos forasteiros, os nativos eram altos e de pés compridos. Na realidade os patagónes usavam gorros altos e calçados de couro de guanaco que ofereciam a curiosa impressão aos navegantes. Desse continente, quem parte para a Antártida, tem obrigação de passar por esses lugares, onde são realizados os últimos preparativos para a viagem. Ushuaia é a cidade mais austral do planeta, conhecida como “a Terra do Fim do Mundo”. É a zona da Terra do Fogo tão falada em nossas aulas de Geografia.
     O que mais encontramos no mundo é a tal discriminação. Discriminam-se tudo. Mas a inteligência, o talento, a capacidade do homem não é privilégio de nenhum lugar. Grandes gênios da humanidade podem nascer nas mais inóspitas paisagens ou nos mais urbanos centros da Terra. A questão nuclear que falta à projeção do indivíduo é justamente a falta de oportunidade. Cultura é uma coisa, inteligência é outra. Mas queremos ficar apenas no básico que é o talento independente do lugar de nascimento. Está aí o exemplo do Lula que precisou fugir da terra natal para não morrer de fome. Com muito esforço e determinação chegou à presidência desse país gigante. O senhor Nestor Kirchner veio também de uma terra sem muitas oportunidades, lá da província de Santa Cruz, da cidade de Rio Gallegos, região da Patagônia. Tornou-se presidente da Argentina liderando sua pátria nessa transformação difícil da economia interna. Ambos vieram dos confins. Um do frio, outro do calor. Um da terra branca, outro da terra queimada, guiados pela providência para papéis importantes da História. Agora a alma ascende e o corpo de Kirchner retorna ao torrão que o viu nascer. Rio Gallegos, Santa Cruz, Terra do Fogo, vão recebendo de volta o carbono da contribuição regional. Caeté em Pernambuco e Rio Gallegos na Argentina traziam o traçado do destino. Hoje o corpo de Nestor Kirchner estará de volta a PATAGÔNIA.


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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

HOSPITAL NA HISTÓRIA

HOSPITAL NA HISTÓRIA
(Clerisvaldo B. Chagas, 28 de outubro de 2010)

     A saúde no Brasil ainda é muito complicada, por isso temos a inauguração do hospital geral de Santana do Ipanema, como coisa rara e fato histórico. O Hospital e Maternidade Dr. Arsênio Moreira, fundado em uma das gestões do prefeito Adeildo Nepomuceno Marques, custou longos anos de luta da sociedade santanense para a sua implantação e funcionamento. Criticada por uns, elogiada por outros, essa unidade tem prestado extraordinários serviços ao povo sertanejo. Para continuar esse empreendimento está marcada para hoje às dez horas, a inauguração do novo hospital de Santana. Iniciadas as obras e construído o prédio gigante no governo Marcos Davi, o edifício recebeu a denominação de Hospital Doutor Clodolfo Rodrigues de Melo, em homenagem ao primeiro médico da terra que ainda hoje mora no lugar. A estrutura física do novo hospital impressiona de fato pela sua grandiosidade. Depois de muito esforço de vários políticos e das constantes cobranças populares, a unidade do lugar Cajarana ─ parte mais elevada do Bairro Floresta (sopé da serra Aguda) ─ abre suas portas com o setor ambulatorial. Com o tempo, outros tipos de atendimentos poderão chegar à força máxima esperada ansiosamente pela população sertaneja. O auge significará atendimento regional, desafogando hospitais de Maceió e de Arapiraca. Também não seria e nem é possível iniciar logo com serviços completos naquele titã. Escrevemos hoje com o olhar voltado para os inúmeros benefícios que serão trazidos para o médio e alto Sertão, primordialmente, o município onde se acha implantada a obra. A parte política é muito complexa e foge aos objetivos do cronista.
     Houve algumas críticas sobre a localização do hospital. Da nossa parte, achamos que o prédio está bem situado. Não entendemos como tudo que existe possa caber no centro de uma cidade. Ali na periferia mais pobre de Santana, a simples presença da unidade, poderá despertar para investimentos particulares na área, trazendo melhor perspectiva na vida daqueles moradores. Com a implantação da UFAL, no terreno defronte, multiplicam-se as esperanças de melhoria ampla na Cajarana, Conjunto Marinho, Santa Quitéria, Alto dos Negros e o Bairro Floresta como um todo. Bem perto das duas forças estão localizadas a igreja de Santo Antonio e a Escola Estadual Lions, além de fábrica de gesso, padaria e posto de saúde. A grande maioria da população formadora do Bairro Floresta, veio do campo em busca de emprego e de escola para seus filhos.
     Quanto o acesso àquele pé de serra, não foi planejado antes. A rua única é relativamente estreita e composta de paralelepípedos. O intenso fluxo de veículos no futuro próximo vai exigir projeto que atenda totalmente as necessidades modernas dos transportes. De qualquer maneira estarão ali os dois carros-chefes, Educação e Saúde, que poderão puxar todos os vagões do desenvolvimento da terra. Tudo vai depender do binóculo ou da venda dos seus dirigentes. Sem dúvida, com a inauguração prevista para esta manhã, 28 de outubro de 2010, entra o novo HOSPITAL NA HISTÓRIA.


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