domingo, 31 de agosto de 2014

CORISCO, CYRA BRITO E BALA



CORISCO, CYRA BRITO E BALA
Clerisvaldo B. Chagas, 1º de setembro de 2014
Crônica Nº 1.251
LIVRO LANÇADO EM 2012 (467 PÁGINAS).

CORISCO E DADÁ
Nem sempre o brilho do Sol forte de Piranhas, Alagoas, esquentava o heroísmo. Um delegado de polícia em debandada com seus comandados, mancha com o ridículo/cômico as ruas inclinadas da cidade. Nas águas velozes do “Velho Chico”, o terror de um juiz aciona uma reles canoa numa retirada febril que desonra a toga autoritária.
Lá vem ele, o diabo louro chefiando sua legião com dezesseis demônios. Vão entrando na rua trazendo o rastro incompleto de chacina na trilha do horror: riacho Pau de Arara a Piranhas. Corisco e seus asseclas encontram o primeiro da estrada. E o cidadão Lelinho é logo esquartejado vivo pelo bando. Cem metros adiante o agricultor Antônio Tirana, também é esquartejado a machado. É o raivoso Corisco cometendo os mais horrendos absurdos, apenas porque uma cangaceira fora presa.
Mais a frente, ainda não conformados com a sede de matar, Corisco, Gato e a turba de cangaceiros eliminam uma família completa que nem sabia por que estava morrendo, como os dois cidadãos anteriores.
Avançam no terreno. Dois rapazes são feitos prisioneiros e sangrados, também sem motivos já dentro da rua de Piranhas.
DONA CYRA BRITO.
Gato quer a invasão da urbe para sequestrar dona Cyra, a esposa do tenente João Bezerra ─ o responsável pela captura da sua mulher (dele, Gato) Inacinha.
A cidade não tem um só policial. Mas alguns cidadãos formam uma improvisada resistência e quatro minúsculas frentes se defendem distribuídas pelo cemitério, um sobrado, a prefeitura e a casa de dona Cyra, a esposa de João Bezerra.
Estamos em 1936. A tropa do tenente está a 18 quilômetros da cidade, após capturar Inacinha, em ferrenho tiroteio com o grupo de Gato. Mas Bezerra não retorna logo a Piranhas onde a população e até sua esposa encontram-se em perigo. Enche-se de desculpas esfarrapadas para não enfrentar os bandoleiros. Os habitantes do lugar sentem a fraqueza do volante. Não importa, porém. O que o tenente deixou de fazer, sua esposa fez de sobra.
E dona Cyra Brito, que recebia em casa os feridos da campanha e deles tomava conta, virou heroína do sertão, enfrentando valentemente a Corisco e seus bestiais asseclas, à bala.
GATO E INACINHA.
O tiroteio quadrado de Piranhas eliminou o bandido Gato, amarelou Virgínio, ex-cunhado de Lampião, esquentou o couro de Jacaré e botou para correr o famoso Diabo Louro. As balas mandadas por dona Cyra, bem assobiaram no pé do ouvido de Corisco, furando seus arreios.
Um combate para ninguém botar defeito e o dia em que o Corisco perdeu o fogo.
·         Baseado no livro ”Lampião em Alagoas”. Encontrado na Livraria Toque Mágico, Santana do Ipanema - AL.


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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

ALUNAS DA UFAL ENTREVISTAM ESCRITOR



ALUNAS DA UFAL ENTREVISTAM ESCRITOR
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de agosto de 2014.
Crônica Nº 1.250

Universitária Elenilda entrevista o escritor Clerisvaldo B. Chagas. Foto: assessoria.
Com a evolução das diversas ciências e as necessidades cada vez maiores dos trabalhadores, elas se foram ramificando e passaram a ser autônomas ou específicas. Assim falamos para diversos universitários sobre a matéria Sociologia, motivo de debate no momento. No estudo moderno a Sociologia complementa outras ciências afins ou é complementada por elas como a Antropologia, Economia, Política e mesmo Geografia e História.
Entrevistado por alunos da UFAL, entre eles Elenilda Vanderlei Pereira, natural da cidade de Carneiros, vamos navegando pelo mar da “agradabilidade” em nosso ambiente de trabalho, até porque entrevistar e ser entrevistado não deixa de ser uma simbiose.
E quando falamos em Sociologia o velho filme da falta de professores para a matéria, continua novo.
A Sociologia que vai ajudar o indivíduo a entender a sociedade em que vive, vem de longe com Augusto Conte (1798-1857) e dele saiu o título, em 1839. Como ciência, foi organizada por Emile Durkheim (1858-1917).
E indagado sobre as dificuldades para ministrar a Sociologia, vamos lembrando a nossa passagem por ela, pela Biologia, a Filosofia, a Arte, a História e o caso de amor eterno com a Geografia.
Não achamos que exista dificuldade para ministrar a disciplina, pois ela é fácil e se encontra em torno de nós. A própria escola já é um material rico para o estudo da Sociologia, com seus funcionários exercendo variadas funções, alunos e professores de diversos lugares e condições sociais diferentes. Talvez seja considerada matéria doce (água com açúcar) e ainda sem o devido reconhecimento.
O professor pode compensar a parte não valorizada ainda, com pesquisa constante, segurança e amor pela disciplina, bem como ser criativo e assim encontrar a chave do sucesso.
Sociologia é como Geografia, na sala de aula é o bicho preguiça, na prática, na rua, no campo, ambas viram leoas.
E vamos trocando ideias online com outros universitários e deslumbrando para Elenilda, a cidade de Carneiros com um potencial enorme para se trabalhar a matéria doce.
No Brasil, naturalmente pela política do não saber o que se quer para a Educação, muitas léguas ainda terão de ser percorridas pela Sociologia para demonstrar o seu inestimável valor.

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ESCRITOR DISTRIBUI LIVROS EM POVOADO



ESCRITOR DISTRIBUI LIVROS EM POVOADO
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de agosto de 2014
Crônica Nº 1.249
Escritor Clerisvaldo B. Chagas distribui livros a estudantes.
Ontem, quarta-feira (27), houve uma importantíssima palestra  no povoado São Félix, a 12 km do centro de Santana do Ipanema. O evento aconteceu no ginásio de esporte da Escola Municipal de Educação Básica João Francisco Cavalcante. Os Guardiões do Rio Ipanema que fazem a AGRIPA, representados pelo escritor Clerisvaldo B. Chagas, Manoel Messias, Ariselmo de Melo, Sergio Soares de Campos (e sua esposa Sueli, representante municipal da Educação) e Cícero Ferreira foram surpreendidos pelo número de participantes. Entre 250 e 300 alunos aguardavam ali numa região circundada por famosas serras verdejantes que caracterizam o inverno sertanejo.
Manoel Messias e Ferreirinha.
Na presença do diretor da escola, Aloísio Raimundo Gomes, professores e demais funcionários da unidade, o guardião Manoel Messias, que também é diretor municipal do Meio Ambiente, falou sobre resíduos sólidos e a importância da preservação do riacho Gravatá, afluente do rio Ipanema e que banha aquela região serrana.
A palestra do guardião Manoel Messias foi ilustrada também pela participação musical própria e do outro cantor Cícero Ferreira, o Ferreirinha, que mostrou o Xote dos Guardiões, sendo ambos bastante aplaudidos pela plateia.
Complementaram o evento os oradores Clerisvaldo B. Chagas, Sérgio Soares de Campos, Ariselmo de Melo e o diretor Aluísio Raimundo Gomes.
Plateia atenta e educada de São Félix.
Enquanto o momento musical acontecia, o escritor Clerisvaldo B. Chagas distribuía gratuitamente 100 exemplares do livro “Santana do Ipanema, conhecimento gerais do município”, da sua autoria e lançado em 2011, pela Grafmarques.
A palestra no povoado São Félix, complementa o projeto Lagoa Viva que vem sendo realizado naquela comunidade.
Satisfeitos, retornaram os guardiões à sede com mais uma missão cumprida voltada para a juventude, a Natureza e a qualidade de vida. 
* Fotos: Agripa/assesoria.




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terça-feira, 26 de agosto de 2014

AGRIPA, SÃO FÉLIX E UFAL



AGRIPA, SÃO FÉLIX E UFAL
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de agosto de 2010
Crônica Nº 1.248

Alunas da UFAL, Edilânia e Láudia pesquisam na AGRIPA. (Foto: Clerisvaldo).

Hoje, quarta-feira (27) a Associação Guardiões do Rio Ipanema – AGRIPA estará deslocando uma equipe de seus membros até o povoado São Félix. O deslocamento dos guardiões atenderá a solicitação oficial da Escola Municipal Básica Vereador João Francisco  Cavalcante, através do seu diretor Aloísio Raimundo Gomes.
Os guardiões em parceria com a direção do Meio Ambiente ministrarão uma palestra naquela comunidade, a respeito da preservação do riacho Gravatá, afluente do Ipanema e que escorre pela região serrana deste município. A palestra será dirigida, notadamente para os alunos daquela unidade estudantil, quando os resíduos sólidos estarão em evidência.
Na última sessão a AGRIPA recebeu a visita do diretor escolar Aloísio Raimundo Gomes, abrilhantando assim, essa reunião ordinária semanal.
A AGRIPA também enviará alguns representantes para atender nova solicitação do CRAS, que tomou gosto pela natureza através das trilhas encantadas do Panema.
No próximo dia 10 de agosto, os Guardiões do Rio Ipanema, no turno vespertino, estarão atendendo outro convite cultural. É que o clube AABB, através do seu presidente Sebastião Malta, convidou a Associação para uma palestra sobre essa estrutura montada para lutar pelo rio Ipanema e o meio ambiente santanense. O público deverá ser alunos representantes de várias escolas, principalmente do Curso Médio.
A AGRIPA também registrou, ontem à noite, a presença de alunas da UFAL na sua sede provisória, Escola Estadual Helena Braga das Chagas, no Bairro São José. Láudia da Silva Nascimento e Edilânia Acióli Cavalcante do 1º período de Ciências Contábeis foram recebidas pelos guardiões Clerisvaldo Braga das Chagas e Marcello Fausto. As pesquisas das universitárias têm como alvo a região da Cajarana com seus problemas sociais.
Com o sistema de rodízio da direção da AGRIPA, deixa o cargo de presidente, Sérgio Soares de Campos, ao completar um ano à frente desse órgão educativo.
Na próxima sexta-feira, em sessão ordinária, A AGRIPA discutirá pela força estatutária e por consenso, sua nova estrutura e existência.

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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O ESGOTO DE DADINHO



O ESGOTO DE DADINHO
Clerisvaldo B. Chagas, 26 de agosto de 2014
Crônica Nº 1.247

Antônio Ermírio de Morais desencarnou, deixando um respeitável legado de dignidade e admiração a sua pessoa, pelo povo brasileiro. Infelizmente temos que contar nos dedos homens que são exemplos de honradez nessa época minada e apodrecida. As decepções são enormes com mentirosos, corruptos aves de rapina que arrastam as garras no patrimônio do país.
Penso no riquíssimo e humilde Ermírio, penso no período infantil da hoje Rua Teresa de Jesus, em Santana do Ipanema. Já me referi aos personagens Zé Alma e seu irmão Dadinho. O pai ganhava a vida como sapateiro ao lado dos fundos do casarão de Júlio Pisunha, onde se fabricava colchões de juncos. José, tão alvo, tão magro, cabelos louros, quase brancos, batendo sola em cima do joelho fino. Não tive como não apelidá-lo de Zé Alma. Seu irmão mais novo era forte, bochechudo, baixo e ativo para ganhar seu dinheirinho nas imediações. Dadinho era vulgo antigo.
Havia uma bueira (talvez ainda esteja lá) e que se iniciava na Rua Nova, a três metros do bar que funcionou décadas em Santana com o nome “Bar do Erasmo”. 150 ou 200 metros adiante, sua saída situava-se vizinha à casa dos pais de Zé Alma.
Pois bem, Dadinho, rapazinho esperto, ganhava boas gorjetas para mergulhar no túnel nojento e só despontar na saída, além da rua de baixo. Hora muito boa aquela de apanhar a verba prometida.
Mas como era (ficávamos a indagar) que uma pessoa enfrentava um esgoto contínuo, sem suspiro algum, que poderia conter fezes, urina, ratazanas, cobras, sapos, jias, lagartas, objetos cortantes e tantas coisas mais. Era um duvidar medonho que o rapaz cumpriria o trato feito diante de tantas testemunhas. Mas Dadinho sempre surpreendia, rompendo do outro lado, limpinho, feliz e ansioso para estirar a mão às notas dos pagantes.
Volto ao início do raciocínio. A bondade democrática do país faz-nos ver de volta caras em que a vergonha já deveria ter comido há muito. Como são poucos os valorosos! Como são muitos os que se adaptaram ao ESGOTO DE DADINHO.






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