sexta-feira, 17 de julho de 2020

FESTA DA PADROEIRA E MAIS


FESTA DA PADROEIRA E MAIS
Clerisvaldo B. Chagas, 17 de julho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.347
INTERIOR DA MATRIZ DE SENHORA SANTANA. (FOTO: B, CHAGAS)

Tem início hoje (17) a mais de que centenária festa da padroeira Senhora Santana. Por décadas e décadas tem sido a maior festa religiosa do interior alagoano, atraindo pessoas até de estados vizinhos. Agora, entretanto, devido a pandemia, não poderá lotar a sua Matriz e nem desfilar garbosamente pelas ruas e avenidas de Santana do Ipanema. A resolução é assistir ao novenário pelas redes sociais e destacadas rádios das onze implantadas na cidade. O foguetório das seis horas já espantou cachorros e pardais e despertou o santanense para a devoção ao evento. Santa Ana é   nossa padroeira desde que foi entronizada em sua capela fundada  pelo padre Francisco José Correia de Albuquerque na fazenda de Martinho Rodrigues Gaia, em 1787.
“Santa Ana é da família nobre do Rei. Maria, quer da parte de São Joaquim quer da origem materna, é filha de Davi. Ana é originária da tribo de Judá da estirpe e mãe, davídica. O pai de Santa Ana, chamava-se Mathan e a mãe, Maria. Ela era a terceira filha do casal. Era Santa Ana tia-avó de São José, São João Batista, São João Evangelista, São Tiago e São Judas. Santa Ana morreu aos 79 anos. Foi sepultada em Jerusalém, junto do seu Santo Esposo, São Joaquim”.
Para a Ribeira do Panema, a imagem de Senhora Santana e São Joaquim foram trazidas da Bahia, a pedido da esposa de Martinho Rodrigues Gaia, pelo Santo Padre Francisquinho. Juntos a uma escultura do Cristo Crucificado, esculpido pelo próprio Francisquinho, foram entronizados na capela originária da Matriz.
Quis a prefeita de Santana do Ipanema, Christiane Bulhões, entregar hoje ao público, as Praças Cel. Manoel Rodrigues da Rocha e Senador Enéas Araújo, devidamente reformadas. Elas são centrais ao Comércio e principais da cidade, defronte à Matriz, o que representa um presente à Igreja e ao povo santanense.
Além dessas boas notícias, somam-se a elas a ordem oficial do governador para iniciar as obras asfálticas da rodovia Carneiros á Santana do Ipanema e, a continuação de pesquisa sobre feijão mais resistente ao nosso clima, o que beneficiará todo o sertão nordestino durante as estiagens.
VIVA MAIS UM EDIÇÃO DA FESTA DE SENHORA SANTANA!!!

                                             



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quarta-feira, 15 de julho de 2020

ARAPIRACA


ARAPIRACA
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de julho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.346

ARAPIRACA (FOTO: B. CHAGAS/ARQUIVO).
Bafejada pela posição geográfica Agrestina, condições de relevo e solos férteis, a terra das arapiracas surpreende cada vez mais na dinâmica urbana em todos os setores da Sociologia. Com mais de 200 mil habitantes, converge para si, municípios do Agreste, Sertão e Baixo São Francisco, agindo soberbamente como capital do interior de Alagoas. Originária de uma feira de fumo, mesmo antes da sua emancipação política, criou em torno dessa feira, a mais surpreendente cidade das Alagoas. E aquela feira de fumo do início, hoje movimenta mais de um milhão de reais em sua diversidade. Na feira de Arapiraca tudo tem, fala a expressão regional no seu modo de dizer.
O movimento em todo o sertão alagoano tem como alvo o comércio e a prestação de serviços de Santana do Ipanema, uma espécie de capital sertaneja em torno de 50 mil habitantes. Além do seu pujante comércio, seus cursos superiores dão uma dimensão de polo educacional que atrai sertão, alto sertão, sertão do São Francisco, trazendo até mesmo pessoas dos estados vizinhos de Sergipe e Pernambuco. Mas, o déficit das suas ofertas, é procurado na cidade de Arapiraca, quando não na falta do produto surgem os valores da concorrência Agrestina. No caso de não se encontrar o que se procura nas Arapiracas, as opções estão em Maceió, Caruaru (outra potência) e Recife.
A prometida e falada duplicação asfáltica Arapiraca - Olho d’Água das Flores (a 18 km de Santana) poderá mudar os hábitos dos santanenses e outros sertanejos no uso da BR-316 para Maceió via Palmeira dos Índios. Nesse caso, o trajeto por Arapiraca teria a preferência. E como ficaria então, Palmeira dos Índios sem o grande fluxo de veículos vindo do sertão? Somente o tempo dirá se Palmeira pode ficar ou não sem esse movimento. Olho d’Água das Flores será o grande beneficiado, assim como Batalha e outros municípios que compõem a chamada Bacia Leiteira. Santana não teria tanto ganho na sua expansão, pois existe outra rota Alto Sertão – Maceió que não passa necessariamente pela nossa cidade, mas por Olho d’Água do Casado e Olho d’Água das Flores.
Porém, todo progresso é bem-vindo.
O tempo dirá o que nos reserva. Aguardemos.





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