SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
CHAPADAS Clerisvaldo B. Chagas, 10 de outubro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.781 Consideramos pessoas pr...
CHAPADAS
Clerisvaldo
B. Chagas, 10 de outubro de 2022
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.781
Consideramos
pessoas privilegiadas, as que tiveram oportunidades de conhecerem uma das
chapadas do Brasil. Elas, as chapadas, estão entre as mais belas paisagens
físicas do planeta Terra. Hoje servem muito ao turismo, Economia e Meio
Ambiente. As chapadas são um tipo de relevo montanhoso que abriga flora e fauna
diversa e rica. É a chapada, uma extensa área de terras altas, planas e de
bordas abruptas. Surgem entre montanhas e podem apresentar rios, cachoeiras,
grotas e grutas. Sua estrutura plana fazem-nas ser chamadas de mesas, mesetas,
altiplanos.  O seu processo de formação
está relacionado com as ações das águas, chuvas, rios através de milhares de
anos e dos ventos. Uma região que localiza muitas chapadas é chamada de chapadão.
Um dos principais chapadões do Brasil é o ESPIGÃO MESTRE, na divisa entre
estados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. 
As mais
conhecidas e turísticas chapadas do Brasil, são sete: três no Nordeste, três no
Centro-Oeste e uma no Sudeste. No Nordeste temos: chapada Diamantina
(Bahia), chapada das Mesas (Maranhão), chapada do Araripe (Ceará). No Centro-Oeste:
chapada dos Veadeiros (Goiás), chapada dos Guimarães (Mato Grosso) e
chapada dos Parecis (Mato Grosso). No Sudeste, chapada do Guarani (São
Paulo). A fundação da cidade Santana do Ipanema, teve como personagens
centrais, pessoas vindas da chapada diamantina que foram os adquirentes de
sesmaria na Ribeira do Panema.
A chapada
Diamantina é apontada como a mais bela de todas. A chapada dos Guimarães, é
muito utilizada como esperança de se avistar Ovnis e se praticar o misticismo.
A chapada do Araripe foi imortalizada em música de Luís Gonzaga, rica fonte de
fósseis. 
Elas, as
chapadas são aquelas formações que tiram a monotonia dos relevos de planície,
planalto, montanha e depressão. Uma coisa diferente, fantástica e divina que
enche os olhos e faz boas massagens no coração. Pois, amiga e amigo, preparem
as mochilas para caminhadas inesquecíveis sobre qualquer uma das chapadas
escolhidas.
Brasil de
riquezas mil.
Nordeste,
diamante de brilho próprio.
Orgulho em
ser nordestino!!!
CHAPADA
(PORTABLE NETWORK GRAFICS). 
O TIRO E O PENEIRA Clerisvaldo B. Chagas, 6 de outubro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.780 A vida do ho...
O TIRO
E O PENEIRA
Clerisvaldo
B. Chagas, 6 de outubro de 2022
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.780
A
vida do homem da roça nunca foi fácil, principalmente do pequeno e médio
agricultor. Tanto é que não foram poucos os que migraram para as periferias das
cidades próximas. Dali fazem a vida dupla colocando filhos na escola e os
encaminhando para empregos disponíveis na sede. Vão vivendo de uma
aposentadoria rural e benefícios que emanam do governo. Entretanto, o sangue
campesino não desgruda da sua figura e não deixa de ir ao roçado que deixou em
aberto, todos os santos dias. Além do roçado que sempre aventura alguma coisa
como o feijão, o milho, a mandioca ou a palma forrageira, também cria. É o
carneiro, o porco, as galinhas e alguns garrotes que lhe complementam o valor
da aposentadoria. Todo agricultor é criador.
Muitas
vezes lá no cantinho da despensa tem uma espingarda tipo soca-tempero para
defender seu galo, sua galinha e os pintos que – ainda novinhos – seguem a mãe
pelo terreiro. Raposa, quando  não
encontra comida, costuma rondar as casas de fazenda e fazer estrago nos
galinheiros. Entre raposas, cobras e carcarás, também existe a ameaça do
gavião. E o gavião tipo peneira (Elanus leucurus) é o mais conhecido. O
seu nome popular gavião-peneira, vem da sua forma de observar o solo em busca
da presa, peneirando no ar a cerca de 30 metros de altura. Um terror para os
pintinhos, mas que também podem atacar tanto a galinha quanto o galo. Aí é
quando o sertanejo diz: “Ah, uma boa imbiguda nos peitos!” Que é o tipo de
espingarda mais usada para este fim.
O
gavião é predador de topo de cadeia. Para muitos, uma ave cruel; todavia, faz
verdadeira limpeza no meio em que vive, atacando e devorando cobras, ratos e
outros pequenos animais da caatinga. Se o roceiro soubesse defender seu criatório
miúdo dos predadores, o gavião seria apreciado como uma ave das mais incríveis
do querido semiárido. Ainda bem que nos enche de prazer encontrar nas caminhadas
rurais, o gavião e o carcará, relíquias do nosso Bioma e da Natureza. Carcará
foi imortalizado na música do saudoso compositor José Cândido e o Gavião em página
musical de Jackson do Pandeiro: Peneirou Gavião:
“Gavião
bicho malvado
É
tinhoso e aventureiro
Mas
da minha fina massa
Gavião
não vê o cheiro
Oi
peneirou, peneirou, peneirou
O
gavião nos ares para voar
Tu
belisca, mas não come, gavião
Da
massa que eu peneirar...”
GAVIÃO-PENEIRA
(FOTO: WIKIPÉDIA).
NO MEIO DO TEMPO Clerisvaldo B. Chagas, 5 de setembro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.779 Ainda no início...
NO
MEIO DO TEMPO
Clerisvaldo
B. Chagas, 5 de setembro de 2022
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
2.779
Ainda
no início de outubro, os dias atingem temperaturas com mais de 30 e amenizam às
noites com diferença de até 10 graus. Noites estas que os profissionais do
Clima chamam de noites frescas e, nós os sertanejos friorentos, as denominamos
de frieza. Estamos nos referindo ao solo sertanejo quando observamos o fenômeno
citado, na primavera. De qualquer maneira o nosso sertão alagoano bem chovido,
continua engordando o gado nas pastagens naturais e matando a sede com seus
reservatórios preparados com antecedência: barreiros, barragens, lagoas e
açudes. Por falar nisso, não existe diferença entre barragem e açude, mas
quando o sertanejo fala em açude, parece se referir a um volume muito maior de
água em relação às barragens da área.
Com
água e pasto à vontade, vamos caminhando para a Festa de São Cristóvão, um dos
maiores eventos católicos do nosso semiárido. Acontecimento de muita fé e
euforia na população em geral e que torna o Bairro Camoxinga, em Santana do
Ipanema, no foco polarizador do momento. É lá onde estar situada a Paróquia
acima com o seu padroeiro de fé dos motoristas e condutores. É verdade, porém,
que a política mexeu um pouco com o sertão, mas logos passará essa festa
democrática.  Entretanto, apesar dos bons
tempos da Natureza, a dona-de-casa continua reclamando com razão, os preços
absurdos das feiras livres e do Comércio em geral. Talvez a alegria de festas
próximas, vá quebrando o impacto dos preços da gangorra de um lado só.
Por
outro lado, a agitação política pareceu sentar na moda de governadores do
interior, coisa raríssima de acontecer antigamente. O estado parte, então para
o segundo turno entre candidatos, um do Agreste e outro do Sertão. Sai o de
Murici (zona da Mata) e entra um de Batalha (Bacia Leiteira) ou de Arapiraca
(terra do fumo). Isso é a força do desenvolvimento também no interior que
fortalece novas lideranças políticas para demonstrar que a inteligência para
este segmento não está restrita à capital. Será a vez definitiva do interior?
Só o futuro dirá, porém, a ansiedade da população é por um ótimo administrador
geral no estado, não importa a região das suas origens. Aguardemos o desenrolar
do mês que já causou muitas surpresas até agora, boas para uns, péssimas para
outros, mas outubro continua outubro sem tirar e nem por.
CANDIDATOS
ALAGOAS SEGUNDO TURNO. (FOTOS: DIVULGAÇÃO).

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.