O IPANEMA E JOÃOZINHO
Clerisvaldo B.
Chagas, 25 de agosto de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.567
Foto: (soberaniadopovo). |
Quando me entendi de gente, o Ipanema Futebol Club
estava no auge. Derramava cachoeiras de vitórias sobre as cabeças eufóricas dos
santanenses. Comandava o esquadrão verde e amarelo, um desportista que
trabalhava no antigo DNER, a quem todos o chamavam de “Seu Basto”. A ele eram
atribuídas tantas vitórias e a marcha gloriosa do timaço. Nunca o conheci
pessoalmente. Centenas de jogadores ficaram famosos no Sertão e no estado
naqueles períodos gloriosos. Já encontrei em pleno desenvolvimento
futebolístico, atuando no mesmo time, os irmãos Jair, Zuza e Joãozinho. Zuza,
um dos maiores armadores que eu conheci e que antes era goleiro. Não quero
citar o nome do time completo, principalmente dos mais famosos, por esse
trabalho ser específico. Sempre considerei Joãozinho como o mais carismático
entre todos.
Nas explosões emocionais de Otávio Marchante –
considerado o torcedor número um do Ipanema – havia uma predileção enorme por
aquele homem que dava segurança ao time. Torcedor que não parava em lugar
nenhum do estádio, Otávio passava os noventa minutos da partida rodeando o
campo e indicando aos berros o nome de cada um dos nossos aos adversários,
especialmente o de Joãozinho. Com o estádio ainda novo (murado pelo político
Arnon de Mello em troca do nome lá no alto) o Ipanema de Joãozinho foi durante
a década de 50, a página mais gloriosa de Santana do Ipanema, em Alagoas.
Popular mais do que o jogador, em Santana, ninguém. E
os meninos de Seu Zé V8 foram cumprindo assim a jornada decente de lutas e
glórias por aqui. Por aqui por esse mundão que está sempre se renovando como os
mais belos jardins, com filhos, netos e bisnetos.
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