sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

FLORES NOS CANTEIROS

FLORES NOS CANTEIROS
(Clerisvaldo B. Chagas, 10 de dezembro de 2010)
    
     Tentemos hoje observar o Nordeste com olhos de esperanças. Vamos analisando importantes áreas de produção agrícola irrigada, permitindo aumento da produção e escoamento dos produtos para o exterior. Os setores que mais contribuíram para o PIB dos estados foram a indústria (que representa o setor secundário) e os serviços (setor terciário). Aproveitando vários benefícios e a descentralização industrial, o Nordeste começou a se transformar a partir de 1990. É verdade que muitas indústrias migratórias para o Nordeste são de tecnologias modernas, não usando imensa mão de obra. E com a falta dessa mesma mão de obra não especializada, as indústrias qualificam seus trabalhadores, permitindo fator positivo ao crescimento regional. São elas que impulsionam a parte econômica dos municípios envolvendo setores como transportes, bancos, comércio e muitos outros.
     Na prestação de serviços, o turismo mostra força nas capitais, mesclando essa atividade com belas praias, riquezas histórico-culturais e o religioso. Perto da Europa, América do Norte e Centro-Sul do Brasil, o turismo vai usando o ponto estratégico para o sucesso absoluto na região. E quando se fala em indústria, tem destaque o polo petroquímico de Camaçari (Bahia); o polo têxtil de confecções de Fortaleza (Ceará); o complexo metalúrgico de Carajás, com áreas no Maranhão; o polo agroindustrial de Petrolina-Juazeiro (Pernambuco-Bahia); a agricultura moderna no oeste da Bahia e o vale do Rio Açu (Rio Grande do Norte) com moderna agricultura irrigada.
     Diversos outros lugares do Nordeste vão cumprindo o dever de espantar a pobreza, gerando emprego, renda e qualidade de vida para o seu povo. Apesar de tanta corrupção ainda, a região vai rompendo os liames da miséria com trabalho organizado e produtivo. Entre os lugares que movimentam a produção e progridem, não se pode esquecer o polo têxtil em solo pernambucano. Em Toritama concentra-se o maior polo de confecção de jeans daquele estado. São cerca de mil indústrias de confecções que empregam mais de dez mil funcionários. Já em Taquaritinga do Norte, quem manda é a produção de camisas, sutiãs e calcinhas. Em Santa Cruz do Capibaribe, é um sucesso absoluto a indústria têxtil.
     Muitos outros lugares deixaram de ser ditos e, que são baseados nos êxitos agropecuários de irrigação. Afora os polos industriais citados, ainda aparecem os que se formam em outras capitais ou cidades dos entornos, a extração do petróleo e de muitos minerais que são beneficiados na própria região. E se o Nordeste não progride de forma uniforme, as ilhas de prosperidade vão lastreando istmos, cujos resultados o tempo dirá. Muito já foi feito e mais se tem por fazer. E, como cantou o poeta sobre as rosas, vamos nessa região cultivando também FLORES NOS CANTEIROS.

• O escritor é Especialista e professor de Geografia e História.

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

CORAGEM PARA DIZER

CORAGEM PARA DIZER
(Clerisvaldo B. Chagas, 9 de dezembro de 2010)
     Sei que trabalhamos para leitores diversos dos mais variados gostos. Muitos preferem temas locais ou regionais. Mas como escrevemos para o mundo, não podemos deixar à vontade relevantes assuntos que interessam a todos, direta ou indiretamente. Tudo que falamos aqui, antecipadamente, sobre organizações mundiais vão se confirmando muito mais cedo do que imaginávamos. É somente está atento ao xadrez mundial com seus jogadores em busca de xeque-mate. Vamos confirmar, então, o que falamos anteriormente nas palavras de ontem, quarta-feira, pelo representante do FMI, segundo jornal virtual A Folha.
     O diretor gerente do FMI (Fundo Monetário Nacional) Dominique Strauss-Kahn, advertiu nesta quarta-feira que “existe um grave risco de que o G20 (Grupo dos 20, bloco dos países ricos e emergentes) se transforme em uma instituição irrelevante”. Strauss-Kahn acha que houve leve melhora econômica, mas existem tendências de lideranças de se concentrar em seus problemas nacionais.
     Em conferência na sede da ONU em Genebra (prossegue a Folha) Dominique manifestou seu convencimento que o euro continuará existindo dentro de cinco anos. Mas tece críticas a sua administração. Diz ainda o diretor gerente do FMI, a crise segue na Europa, “mas também em outras partes do mundo”. “O problema real é a situação de alguns países europeus”. Sobre a legitimidade do G20, Strauss apontou que o grupo exclui 170 países representantes de um terço da população mundial, argumento usado para defender o FMI “que tem 187 membros”. “O modelo global de crescimento se mostrou desequilibrado e insustentável”, assinalou.
     Voltamos com a palavra. No segundo parágrafo, sobre um grave risco, Dominique quer dizer que, mesmo o mundo sendo representado por tão poucos países, pelo menos tem regras, superadas, mas tem. Se tudo for abaixo agora, o caos econômico tomará conta do planeta de uma forma muita arriscada. Sobre as lideranças, tem razão o representante. Todos falam no geral, mas a preocupação mesmo é com a própria casa, como se dissessem: o resto que se dane. No terceiro parágrafo, sobre o euro, fica o comentário para os entendidos. Sobre a exclusão de 170 países, é o mesmo caso do Conselho Permanente da ONU. Menos de dez países caducos dando ordens ao restante do planeta como se a Terra fosse exclusiva do Conselho. É uma forma de ditadura e escravidão que precisa ser derrubada. Tanto o Conselho Permanente da ONU, quanto o FMI, tem que ser movimentados pelos verdadeiros donos que são todos os países da Terra. Essa crise veio para acontecer uma mudança geral, cujo estouro do dique não pode ser barrado com um dedo no suspiro. Estamos apenas no início de uma Nova Ordem Mundial. Muitas mudanças estão para acontecer. Enquanto isso, Brasil passa a ser a maior potência agropecuária do mundo e a quinta economia, 2011, superando, quem diria, a imperialista Inglaterra e a França. Parabéns ao senhor Dominique Strauss-Kahn, porque precisa ser muito macho para falar o que os ricos falidos não querem ouvir: CORAGEM PARA DIZER.

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