domingo, 12 de dezembro de 2010

NGORONGORO/KALAMBO

NGORONGORO/KALAMBO
(Clerisvaldo B. Chagas, 13 de dezembro de 2010)
     Escapando de tantas imagens e textos sobre violência na mídia, um voo rasante na Geografia africana faz um bem danado. Deixando à parte o ódio e as guerras regionais em torno da Tanzânia, vamo-nos ligando apenas as suas belezas naturais que enfeitiçam os visitantes. País da África oriental, banhado pelo oceano Índico, a Tanzânia tem com capital constitucional, Dodoma, desde 1996. A sede do governo acha-se localizada, porém, em Dar es Salaam, que funciona como outra capital. Mesmo sendo um dos países mais pobres do mundo, a Tanzânia mostra lugares estonteantes nesse território que emprega 80% do seu povo na agricultura. Dominado pela savana, essa nação possui vários e extensos parques que abrigam animais de grande porte desse vasto continente. Algumas paisagens já são consagradas no mundo inteiro, servindo como referências a passeios inacreditáveis. Sua maior reserva natural, por exemplo, é o Parque Nacional do Serengeti com mais de 15 mil km2 já amplamente apresentado ao Planeta através da TV. Nesse parque ─ que impressiona qualquer amante da Natureza ─ vivem as maiores populações de animais selvagens da Terra. O Ngorongoro é uma enorme cratera de vulcão adormecido. Bem ali no seu interior, convivem rebanhos sem conta de animais de variadas espécies, cuja impressionante diversidade recebeu o apelido de “Arca de Noé”. Mas dentro da própria área de savana (vegetação parecida com o cerrado brasileiro) também aparece uma imensa floresta tropical.
     As montanhas estão a nordeste; lagos importantes no norte e oeste. No centro do país, surge um grande planalto com planícies e terras para a agricultura com máquinas. Naquelas montanhas está localizada uma formação que virou cartão postal do turismo. Trata-se do monte Kilimanjaro, cujo topo coberto pela neve vem a ser o ponto culminante do continente africano. Quem ainda não assistiu ou ouviu falar do filme: A morte vem de Kilimanjaro? Outra poderosa atração é o famosíssimo lago Vitória, o maior da África, tradicionalmente apontado como nascente do rio Nilo. Tantas belezas naturais ainda contam com o lago Tanganica que mostra perto da sua extremidade sul, as cataratas de Kalambo, no sudoeste do país. Essa maravilhosa cachoeira estar sendo promovida para atrair turistas das mais diferentes origens.
     Como sabemos, a violência é um mal carregado pela humanidade, presente mesmo nos mais deslumbrantes cenários da Terra. Mesmo assim encontramos refúgios que nos transportam e nos fazem sonhar como paraísos terrenos. Para fugirmos das rotinas estressantes de manchetes altamente negativas, que tal essa viagem no tapete mágico das letras que relaxam em devaneios? Pois acordem, amigas e amigos, acabamos de chegar da Tanzânia sem pagar absolutamente nada. Vamos enfrentar a semana sabendo que maravilhas ornamentam a vida assim como NGORONGORO/KALAMBO.


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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

FLORES NOS CANTEIROS

FLORES NOS CANTEIROS
(Clerisvaldo B. Chagas, 10 de dezembro de 2010)
    
     Tentemos hoje observar o Nordeste com olhos de esperanças. Vamos analisando importantes áreas de produção agrícola irrigada, permitindo aumento da produção e escoamento dos produtos para o exterior. Os setores que mais contribuíram para o PIB dos estados foram a indústria (que representa o setor secundário) e os serviços (setor terciário). Aproveitando vários benefícios e a descentralização industrial, o Nordeste começou a se transformar a partir de 1990. É verdade que muitas indústrias migratórias para o Nordeste são de tecnologias modernas, não usando imensa mão de obra. E com a falta dessa mesma mão de obra não especializada, as indústrias qualificam seus trabalhadores, permitindo fator positivo ao crescimento regional. São elas que impulsionam a parte econômica dos municípios envolvendo setores como transportes, bancos, comércio e muitos outros.
     Na prestação de serviços, o turismo mostra força nas capitais, mesclando essa atividade com belas praias, riquezas histórico-culturais e o religioso. Perto da Europa, América do Norte e Centro-Sul do Brasil, o turismo vai usando o ponto estratégico para o sucesso absoluto na região. E quando se fala em indústria, tem destaque o polo petroquímico de Camaçari (Bahia); o polo têxtil de confecções de Fortaleza (Ceará); o complexo metalúrgico de Carajás, com áreas no Maranhão; o polo agroindustrial de Petrolina-Juazeiro (Pernambuco-Bahia); a agricultura moderna no oeste da Bahia e o vale do Rio Açu (Rio Grande do Norte) com moderna agricultura irrigada.
     Diversos outros lugares do Nordeste vão cumprindo o dever de espantar a pobreza, gerando emprego, renda e qualidade de vida para o seu povo. Apesar de tanta corrupção ainda, a região vai rompendo os liames da miséria com trabalho organizado e produtivo. Entre os lugares que movimentam a produção e progridem, não se pode esquecer o polo têxtil em solo pernambucano. Em Toritama concentra-se o maior polo de confecção de jeans daquele estado. São cerca de mil indústrias de confecções que empregam mais de dez mil funcionários. Já em Taquaritinga do Norte, quem manda é a produção de camisas, sutiãs e calcinhas. Em Santa Cruz do Capibaribe, é um sucesso absoluto a indústria têxtil.
     Muitos outros lugares deixaram de ser ditos e, que são baseados nos êxitos agropecuários de irrigação. Afora os polos industriais citados, ainda aparecem os que se formam em outras capitais ou cidades dos entornos, a extração do petróleo e de muitos minerais que são beneficiados na própria região. E se o Nordeste não progride de forma uniforme, as ilhas de prosperidade vão lastreando istmos, cujos resultados o tempo dirá. Muito já foi feito e mais se tem por fazer. E, como cantou o poeta sobre as rosas, vamos nessa região cultivando também FLORES NOS CANTEIROS.

• O escritor é Especialista e professor de Geografia e História.

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