domingo, 17 de novembro de 2013

CONFERÊNCIA HELENÍSTICA



CONFERÊNCIA HELENÍSTICA
Clerisvaldo B. Chagas, 18 de novembro de 2013.
Crônica Nº 1088
Frei Damião,  um personagem do livro Santana do Ipanema, em Cada Canto um Conto.

Vivendo na mesma cidade, espiando o mesmo Panema, circundando os mesmos serrotes, fomos pródigos em marcar encontros não realizados. Finalmente na última sexta a Escola Estadual Helena Braga das Chagas, cedeu espaço para três. Marcello Fausto cuida de cangaceiros, Fábio Campos traz reminiscências sob o braço e Clerisvaldo sorri maroto para a excelente reunião. Do novo chapéu mágico de Fábio Campos, brota da carneira seu primeiro livro. Reluz a bela embalagem saída do mundo psicológico do autor e cai nas mãos de Clerisvaldo com mormaço aumentado de autógrafo. Toca-me a homenagem magnífica da capa traseira e da página 74 quando o meu nome ganha o cimo DAS RUAS QUE VÃO, RIO QUE VEM. Vamos reapresentando o passado, focando o presente, bafejando o vidro fosco do futuro. E, novamente a Escola Helena Braga salta à vanguarda no movimento cultural.
Colocamos a conversa em dia sob os ruídos da cachoeira literária que nos proporcionou felicidade momentânea e planos futurísticos. Fábio Campos, irmão do meu companheiro de infância Fernando Campos, estreava como poeta em nosso programa Forró da Academia na Rádio Cidade, localizada à Rua Sinhá Rodrigues. Ali estreitamos amizade, quando comecei a acompanhar depois a trajetória do artista ao revelar seu talento para a escrita nos sites da cidade. Logo após, externou seus dotes para o desenho, inspirado nas cavernas guardiãs dos nossos ancestrais. Inclusive, o estilo rupestre adotado por Fábio, marca com realeza a capa do livro da sua estreia no mundo literário.
Ainda é cedo para que eu possa falar informalmente sobre o conteúdo de SANTANA DO IPANEMA, EM CADA CANTO UM CONTO, porém, em breve assim o farei. Diz à prudência que “Sapateiro, não vá além dos sapatos”. A nossa cidade acaba de ser presenteada com essa obra focada em personagens do dia a dia, sobre um passado vitorioso do novo escritor Fábio Campos e mais os toques coloridos da imaginação pródiga que delineia sua alma.
Os muros da Escola Helena Braga, demarcaram a urdidura da trinca para uma ação efetiva pela cultura com os jovens santanenses interessados nas letras. Os três escritores juntos poderão iniciar na próxima sexta, visitas de cortesia ao mundo encantado da Educação. Parabéns, escritor Fábio Campos, pela oferta ao povo alagoano das primeiras águas da cacimba. Você iniciou muito bem a sua carreira literária. Espero ter sido de grande valia para as suas futuras inspirações a simples mais afetuosa CONFERÊNCIA HELENÍSTICA


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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

LAMPIÃO SEU TEMPO E SEU REINADO



LAMPIÃO SEU TEMPO E SEU REINADO
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de novembro de 2013.
Crônica Nº 1087

Faço minha as palavras extraídas do “Anuário Cultural Humanus VII – edição Lampião”. O padre Maciel escreveu o livro “Lampião Seu Tempo e Seu Reinado”, em seis volumes, obra de fato impressionante. Frederico Bezerra Maciel nasceu em Pernambuco em 1912. Grande estudioso, principalmente de temas regionais. Sacerdote, com estudos especializados na Europa: Itália, França, Suíça; sociologia, parapsicologia, psicoterapia, arte, estudos bíblicos e, por último Técnico Agrícola em Pernambuco. Além disso, poeta, compositor musical, desenhista arquitetônico e homem de ação e atuação social.
Sobre Lampião compulsou mais de 30.000 exemplares de jornais da época, publicados desde o Ceará até São Paulo; esquadrinhou 78 cartas geográficas e 44 plantas de localidades, a fim de traçar mapas-roteiros dos assucedidos lampeônicos. Buscou novos depoimentos em entrevistas, volveu por várias vezes, aos sertões do Reinado de Lampião.
Não há em sua obra, propósito contra ninguém, inteiramente baseada, com imparcialidade, em depoimentos. Nada de imaginação, pressa ou caprichos. Escrito com absoluto critério de honestidade perante a verdade e com infinita paciência: pesquisa de 30 anos, 4.000 horas de redação, mais de 3.000 nomes de pessoas, mais de 2.000 nomes de localidades.
O trabalho do Padre Maciel: Lampião, Seu Tempo e Seu Reinado é grandioso e desafiante, polêmico, exaustivo. Mas de uma grandeza que abala o leitor.
Maciel dedicou a maior parte de sua vida a fim de legar à História um dos trabalhos mais bem feitos realizados até hoje. Torna-se impossível alguém repetir ou superar o trabalho realizado por esse corajoso e competente historiador, uma vez que não seria possível, hoje, ter contato direto com a maioria dos personagens que compõem esta fascinante história, conviver com eles, entrevistá-los, sentir e recolher as informações diretamente da fonte de forma tão fiel e poética como ele fez.
Ficou comprovado pelo nosso departamento de memória histórica que nenhum autor consultado entre mais de 40 obras, teve a responsabilidade biográfica do padre Maciel.
O padre Maciel foi autor da tese do envenenamento na morte de Lampião, coisas que hoje outros autores, os adoradores de cangaceiros rejeitam. Mesmo além-túmulo, o padre Maciel afirma categoricamente o envenenamento, testemunhado pelas próprias palavras de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião.

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