quarta-feira, 25 de maio de 2016

OU DÁ OU DESCE



OU DÁ OU DESCE
Clerisvaldo B. Chagas, 25 de maio de 2016
Crônica nº 1.518

O povo brasileiro vai se acabando sem esperanças; O Brasil se afundando com políticos ladrões; os jovens morrendo na droga e matando suas vítimas. Não sei se ainda existe jeito! Mas, de uma coisa sei: ainda não atingimos a pior das fases. Diante de ladrões, segundo a última gravação divulgada, não escapa ninguém. Ainda segundo a última gravação divulgada, se todos esses engravatados são ladrões, o que esperar dos comparsas que dirigem empresas públicas? O que se pode esperar dos adolescentes entregues a própria sorte?
Ontem, chegaram dois jovens conduzindo motos e, em pleno dia, assaltaram um mercadinho no Bairro São José, em Santana do Ipanema, segundo conversas do povaréu. Com a maior tranquilidade, os garotos não aceitaram nenhum tipo de mercadoria, só queriam dinheiro. Ao deixarem o mercadinho, um pouco mais abaixo, cerca de 150 metros, assaltaram a única padaria do Bairro. Imagine o senhor, o zum-zum-zum no bairro todo, como abelhas desarvoradas sem a colmeia!
Qual é o mais ladrão? O que é apontado na grande mídia, ou o pé de chinelo da periferia?
No tempo em que ladrão era só ladrão, ainda havia um pouco de piedade no coração do perdido. A mercadoria era roubada, a vítima permanecia viva. Após as drogas pesadas, um novo prazer tomou conta da alma do bandido, arrebatando-lhe todo tiquinho da piedade restante. Vão-se a mercadoria e a vida. A vida, sem necessidade alguma, apenas pelo gozo interno de se sentir poderoso, rei, herói do mal.
Hoje, a vítima de um assalto à mão armada, mesmo que entregue tudo, só escapa mediante três fatores: primeiro, que o bandido esteja de bom humor; segundo, que o marginal não esteja drogado e, terceiro, que tenha muita camaradagem com Deus.
No Bairro São José, um dos fatores interferiu, mas... O que se pode esperar dos piores...? Aqueles...

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terça-feira, 24 de maio de 2016

O HOMEM ENDOIDOU O TEMPO



O HOMEM ENDOIDOU O TEMPO
Clerisvaldo B. Chagas, 24 de maio de 2016
Crônica Nº 1.517

POLUIÇÃO NA CHINA.  Foto (Osul.com).
A constante poluição da Terra, principalmente pelas grandes potências, mexeu com todo o planeta. Os efeitos nocivos representados pelas ações humanas, vão se fazendo sentir desde as metrópoles às pequenas vilas do interior e os campos. Está certo que duas correntes contrárias culpam o homem e culpam à própria Natureza. Mas, mesmo que a Natureza venha completando ou iniciando um novo ciclo, o que importa ao terráqueo é fazer a sua parte. Todavia, como o ser humano é um destruidor nato, difícil é não se cumprir profecias e previsões pessimistas.
Choveu bem em Santana do Ipanema, Sertão de Alagoas, ontem à noite. Ora apenas pingadeira sem parar, ora o chamado “toró”, que até arrastaram alguns trovões. Mas hoje o céu não tinha uma nuvem, compadre. E a gente se fica perguntando onde está o nosso chamado inverno que se perde nas previsões do tempo dos de Alagoas e dos de fora.
O outono-inverno, fase típica tão esperada nos campos, já não é a mesma do passado. Ninguém acerta mais nada. E se acerta é por pura coincidência.
Estamos às vésperas do São João, a maior festa nordestina. O mais aguardado de todos é o milho que preenche toda a literatura junina. Mas, onde está o milho? Temos um estado que há muito não é autossuficiente e o milho do São João vem das bandas irrigadas de Sergipe. No São João nunca nos faltou o produto, entretanto, não é nosso. Caso se salve o que foi plantado no dia de São José, ainda, ainda.
É a ação devastadora da poluição mudando o clima, endoidando o tempo e fazendo meteorologistas pela metade. E lá se vão as nossas mais simples tradições engolidas pela incoerência e falta de compromisso com a Natureza.
Ê mundo véi sem porteira
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