segunda-feira, 19 de março de 2018

MALTELO DA CULTURA


MARTELO DA CULTURA
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de março de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica/poesia 1861 (Resumo)
Foto:( Turismomix).

Meu roçado não é tão diferente
Do barreiro do pote do caneco
Da foice do machado do xadeco
Da maniva do tronco da semente
Do chocalho malvado da serpente
Do boi do vaqueiro do gibão
É o livro a caneta o livião
A comadre que reza e faz a cura
Como posso falar da Agricultura
Se a Cultura é a roça do meu pão

No roçado tem casa de farinha
Casebre chamado pau a pique
O engenho colado ao alambique
O feitiço do Sol de tardezinha
Os quitutes cheirando na cozinha
Um cavalo ruim feio e chotão
O cachorro se coça no pilão
A morena ao vaqueiro ainda jura
Como posso falar da Agricultura
Se a Cultura é a roça do meu pão

O alarme do galo no paiol
Um caboclo valente e atrevido
Dão romance rural abastecido
Como a luz matutina é um farol
Poetisa mastiga o arrebol
É teatro novela de paixão
Escritores só bebem no Sertão
Da fonte literária bela e pura
Como posso falar da Agricultura                                    
Se Cultura é a roça do meu pão

Uma dona fazendo uma intriga
O pescoço comprido do socó
A cadela no rastro do mocó
Uma arenga uma foice e uma briga
O teiú por dentro da urtiga
A memória de Cosme e Damião
As voltas da onça no grotão
O menino pegando tanajura
Como posso falar da Agricultura
Se a Cultura é a roça do meu pão



A cultura se faz com marmeleiro
Alecrim quixabeira grão de bico              
Imburana folhagem de angico
Espinheira miolo de facheiro
Sacatinga bom nome cajueiro
Mulungu mororó salsa e pinhão
Goiabeira andu federação
Óleo de mamona e rapadura
Como posso falar da Agricultura
Se a Cultura é roça do meu pão


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domingo, 18 de março de 2018

A NOITE E O BRILHO NA AABB


A NOITE E O BRILHO NA AABB
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de fevereiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.860
Um dos flagrantes do lançamento. Foto: (Divulgação).

Já neste final de verão, pertinho do dia de São José, o brilho da Literatura ofuscou a rotina santanense. Numa inolvidável noite sertaneja, foi lançado o livro tão aguardado, “230”, com ênfase especial pela presença dos guardiões da cultura da terra. Diante desse público seleto, preocupado com os rumos da nossa história, foi apresentado finalmente o livro/enciclopédia “230, um monumento iconográfico aos 230 anos da fundação de Santana do Ipanema”. Os destaques de apresentação da enciclopédia ficaram na responsabilidade dos escritores Fábio Campos e Marcello Fausto, cujos pronunciamentos foram intercalados pelos clássicos de Luiz Gonzaga, na interpretação do Imperador do Forró, Manoel Messias. E mais uma melodia do “Rei do Baião”, deu cobertura a um Martelo Agalopado do próprio B. Chagas, em oito estrofes com o tema: “Como posso falar da Agricultura/ Se Cultura é a roça do meu pão”.
O povo ansioso aguardava o início dos trabalhos, o que aconteceu sob a batuta do mestre de cerimônias Ronaldo Alves. Tomaram assento a mesa o escritor Clerisvaldo B. Chagas e sua esposa Irene Chagas, os apresentadores do livro, escritores Fábio Campos e Marcello Fausto, Vera Malta, como representante do prefeito Isnaldo Bulhões, a diretora de cultura do município, Gilcélia Gomes e o senhor Tácio, novo presidente da Associação Atlética Banco do Brasil – AABB. A palavra foi facultada aos da mesa e em seguida à plateia, fato que tornou o ciclo dos 100 muito mais participativo. O saudoso poeta, compositor e cantor versátil Ferreirinha, foi homenageado no decorrer da cerimônia.
Presentes no evento, jornalistas, empresários, comerciantes, professores, médicos, artesãos, fazendeiros, bancários e outros profissionais; ampla parceria capaz de despertar e fomentar o documentário da história de Santana do Ipanema, visando o conhecimento de raízes para as futuras gerações.
Sem dúvida alguma foi um evento literário à altura de Santana e que ficará para sempre na memória dos que ali compareceram em 17 de março de 2018. Uma reunião que se prorrogou animada ao som de Levi Malta, Manoel Messias e Fernando Xavier, furando a meia-noite.




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