quarta-feira, 14 de outubro de 2020

 

SÃO CRISTÓVÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 15 de outubro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2400

(FOTO: DIVULGAÇÃO)

Primavera continua, ora pegando fogo, ora mais branda. Com essas mudanças climáticas no Planeta, tudo se embaralha ou se transforma. E nesse tempo seco em nosso sertão alagoano, acontece mais uma vez a Festa de São Cristóvão, em Santana do Ipanema que continua em andamento. A procissão de Senhora Santana incorporou os carros de bois no cortejo de abertura. Já a Festa de São Cristóvão, trouxe os vaqueiros e outros personagens a cavalo, abrilhantando, dando maior vigor na abertura dos festejos. Mas esse ano tudo foi modificado em vista da pandemia. Mesmo assim, tem os arrogantes que não usam máscaras e conduzem seus procedimentos como um desafio à sociedade.

A programação da festa teve início na sexta-feira (9) com a novena a São Cristóvão, Eucaristia, presença dos noiteiros e o responsável do dia. O novenário prossegue até o próximo sábado (17) com a Eucaristia presidida pelo padre Thiago Henrique Soares Pinto Tavares. Após a Santa Missa haverá tradicional leilão de animais, o que leva ao leilão muita gente ligada a agropecuária. A programação particular da Festa propriamente dita, será no próximo domingo com muitas atrações religiosas: Eucaristia, salva de fogos, solene Eucaristia, solene procissão, bênção do Santíssimo Sacramento, aspersão dos veículos e motoristas, descerramento do estandarte de São Cristóvão com salva de fogos.

 As procissões carreatas acontecem sempre com o encerramento, saindo o padroeiro de uma cidade circunvizinha em direção à sua Matriz. No próximo domingo à tarde, essa procissão de automóveis, motos, caminhões... Estará saindo da cidade de Dois Riachos, rumo a Santana do Ipanema. Percorrerá as ruas do Bairro Camoxinga onde está localizada a sua Paróquia. Mesmo com a pandemia solta, o entusiasmo é o mesmo entre todos os motoristas em louvação ao gigante padroeiro. Nessa ocasião inúmeras promessas são pagas, incluindo a de acompanhar o santo protetor na sua procissão. Almejamos tremendo sucesso para mais essa edição sagrada do Catolicismo.

 

 

 


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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

 

VISITEI A IGREJINHA DAS TOCAIAS

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de outubro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.399












Após quase sete meses confinado, saímos de casa, finalmente, para uma visita dominical à Igrejinha das Tocaias, vizinha à Reserva Tocaia. Após o final da Rua Joel Marques, no Bairro Floresta entramos à esquerda de uma bifurcação com estradas de terra. Quase 1 km de piso ruim e desprezado, cujo final é o riacho João Gomes. A temperatura estava altíssima e só havia verde e água na bela Reserva, o restante, seco com ares desértico. Ali, entre a fazenda Coqueiros e a Reserva, encontramos a igrejinha delimitada à margem da estrada, com arame farpado, cancela e cerca de pedras, tudo dentro de uma tarefa de terras; Material de construção na frente para reparar os três patamares da calçada e trabalho interrompido pelas últimas chuvas e a pandemia que se alastrou pelo mundo.

No pátio de entrada, uma árvore seca cheia de fitas nas suas galhadas representa grande número de promessas pagas ao Senhor Manoel da Paciência, nome trazido do oriente e que representa Nosso Senhor Jesus Cristo. Capelinha simples por fora e por dentro com umas quatro bancadas para sentar e ajoelhar. Alguns santos posicionados no altar único e singelo e uma força invisível destruidora de males dos devotos necessitados. Quem conhece o lugar, lembra as festas animadas que aconteciam na primeira gestão do saudoso prefeito Paulo Ferreira. Mas agora, tão solitária e enigmática, a capelinha parece sentir falta da movimentação humana em busca de graças e bênçãos.

O verdume da Reserva defronte parece esperança de dias melhores para aquele templo de beira de estrada. Sua história foi resgatada por nós e entregue nas escolas da cidade, para a presente e futuras gerações. Graças aos seu abnegados zeladores ou administradores, a ermida continua de pé, testemunha e parte da história santanense. Estar sempre a precisar de um conserto, de uma porta novo, de uma pintura, e uma modificação qualquer no prédio ou nos arredores. Nesses tempos de pandemia, nem podemos trocar palavras presenciais com seus colaboradores diretos, mas temos ideias para passarmos que visam melhorar os aspectos externos sem mexer na singeleza apreciada pelo seu padroeiro.

De volta entregamos a chave à zeladora, senhora Maria José Lírio e agradecemos a felicidade representante daquele domingo.

IGREJINHA DAS TOCAIAS (FOTOS: B. CHAGAS, INTERIOR, ÂNGELO RODRIGUES (EXTERIOR).  

 


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