domingo, 15 de novembro de 2020

 

UMA VITÓRIA MAIÚSCULA

Clerisvaldo B. Chagas, 16 de novembro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.418

 

INICIA-SE mais um capítulo na história de Santana do Ipanema. A Capital e Rainha do Sertão acaba de eleger a prefeita atual Christiane Bulhões por mais quatro anos à frente dos destinos do município de Santana do Ipanema. Assim a médica Christiane inicia muito bem sua carreira política.  De vice-prefeita do seu pai, Isnaldo Bulhões, assume a cadeira titular com a passagem do pai e após meses no cargo de prefeita, se reelege diante da concorrência política de seis adversários no quais um ex-prefeito e monta na vitória com galhardia e fibra de mulher guerreira. Doutora Christiane, filha do prefeito Isnaldo Bulhões, eleito por duas vezes e da senadora Renilde Bulhões, eleita também por duas vezes como prefeita e primeira mulher a governar Santana, arrastou multidões de votos e consolidou a vitória completamente absoluta nesta atípica corrida eleitoral.

Não podíamos negar um voto de confiança à família que transformou Santana do Ipanema em verdadeira Capital do Sertão. As inúmeras obras físicas e sociais que ornamentam a nova Santana do Ipanema e os constantes trabalhos de elevados níveis, credenciaram o eleitor a votar em quem trabalha. Um reconhecimento que deverá ser o guia nas próximas eleições sertanejas, cujos eleitores não acreditam mais em falácias nem tampouco candidatos administramente preguiçosos rumo à prefeitura. O lado governado agora despertou de uma vez na escolha dos seus representantes, ato este que aconteceu na maioria dos municípios sertanejos. Pesquisa individual e particular feita por nós ouvindo comerciantes, mototaxistas, motoristas profissionais, professores, gente da Saúde, feirantes e tipos populares, não eram negados os elogios à gestão que transformou a cidade em canteiro de obras.

Os demais candidatos bem exerceram a democracia dando opções ao santanense atento. Enriqueceram o pleito convergindo os ideais de melhorias para uma Santana grande. Não houve derrotas, mas sim uma festa democrática em que todos os atores mereceram os aplausos do povo sertanejo. Entretanto o louro dos feitos coube à cabeça de Christiane Bulhões na quinta edição que tradicionaliza à família política da Terra de Senhora Santana.

O companheiro Iury Pinto empresário filho do professor José Pinto Araújo e professora Zélia Araújo, ensaia com êxito uma vida nova na política como vice-prefeito e com certeza tomará gosto pela administração pública, surgindo como uma renovação nos valores da política Século XXI.

Ontem Santana anoiteceu com um profícuo e esperançoso porvir. PARABÉNS À CHAPA CHRISTIANE BULHÕES E IURY  PINTO. Os céus iluminem essa caminhada. DEUS NO COMANDO.

 


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quinta-feira, 12 de novembro de 2020

 

BANHA DE PORCO

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de novembro de 2020

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica:  3.417


Estamos vivendo a crise de preço dos óleos de cozinha. Antes desses óleos industrializados, sempre usávamos em nossos sertões, a banha de porco para os cozimentos alimentares. Para isso, os produtores criavam nas fazendas, nos sítios e nos quintais urbanos dois tipos de porcos onde não se usavam os nomes científicos das espécies. Eram simplesmente chamados porco baé e porco do focinho grande. Ambos eram alimentados com lavagem, abóbora, soro do leite, grãos e qualquer resto de alimentos jogado na lata de lavagem que era o líquido de água usada e esses restos de inúmeros alimentos. O porco Baé, menor, arredondado, focinho curto, bom comedor e engorda rápida. O porco do focinho grande, maior e mais comprido, era muito ruim de desenvolvimento para o abate.

Dos porcos abatidos artesanalmente aproveita-se a carne e a banha que serviam para fazer torreiro e para cozinhar os alimentos das casas sertanejas. Torreiro e não torresmo de “praciante” besta. Em Santana do Ipanema, seu Antônio (?) Simões, na ponte do Padre, era famoso vendendo torreiro na sua bodega bem localizada com esse produto delicioso e nutritivo. O senhor (?) Santana, no final da Rua das Panelas, também vendia torreiros saborosos. O segredo era metade carne, metade couro, passados na banha de porco. Outras pessoas também produziam essa delícia sertaneja. Até as padarias compravam banha em latões para o fabrico de suas iguarias.

Seu João Soares, no bairro Monumento era mestre na produção e venda de torreiro, banha e carne de porco até para exportar. Aliás, a banha de porco que o Sr. João Soares exportava, nem precisava testes de compradores como faziam com outras. A sua honestidade e dignidade falavam por si na alta qualidade da banha que produzia. O saudoso João Soares Campos chegou a montar um açougue muito moderno para a época, na esquina do beco do Mercado de Carne, público. Quando a medicina condenou a banha de porco em defesa de óleo industrializado, tudo mudou, a banha desapareceu do mercado. Mas, com o novo conceito medicinal, a banha de porco está voltando à praça, vendida nas feiras camponesas e mesmo em supermercados. O porco baé e o de focinho grande, foi substituído pelo suíno gigante, amarelo e comprido, criado com as mais avançadas tecnologias. O povo do Sertão chama esse novo porco criado para a indústria de “porco galego”. Mas a banha de porco voltou com força ao mundo doméstico em condenação aos óleos e elogios a banha para a saúde do povo brasileiro.

Banha de porco: heroína, Vilã, heroína de novo, IRONIA DAS COISAS.

(FOTO: savegnago.com.br).

 


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