quarta-feira, 17 de novembro de 2021

 

VAMO MEDIR?

Clerisvaldo B. Chagas, 18/19 de novembro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.615





  Vamos abrir espaço para o texto extraído dos autores Elian Alabi Lucci e Anselmo Lázaro Branco, identificação abaixo. Curta e opine.

“Se você fizer uma breve pesquisa sobre a altura do Monte Everest, a resposta será invariavelmente a mesma: 8.848. No entanto, esse número não é consenso entre governos e especialistas que apresentam valores diferentes de medição.

Enquanto os nepaleses sustentam que a montanha tenha 8.848 metros acima do nível do mar, o governo chinês bate o pé e afirma que o Everest é quatro metros mais baixo: 8.844 metros.

A diferença entre as medidas divulgadas pelos dois países ocorre principalmente porque o Nepal inclui a camada de gelo sobre a montanha, enquanto o valor registrado pelos chineses é limitado somente ao trecho rochoso. Oficialmente, a medida de 8.848 metros para altura do Everest foi restabelecida no ano de 1954, após uma série de medições realizadas por geólogos do Nepal e da Índia.

Apesar da boa vontade entre os dois países de tentar chegar a um valor oficial que agrade a todos, especialista de diversas instituições apontam um fato que pode colocar ainda mais lenha na fogueira dessa polêmica. Segundo os pesquisadores, o Everest estaria ficando mais alto, devido a constante subducção das placas tectônicas abaixo do Himalaia, que literalmente empurra para cima toda a cordilheira.

Em medições realizadas em 1999 através de equipamentos de GPS, uma equipe de geólogos estadunidense constatou que a montanha mede de fato 8.850 metros (...)

O monte Everest se estende do Nepal à China e teve sua atura medida pela primeira vez no ano de 1856. Desde então esse valor vem sendo questionado seguidamente (...)”

Polêmica: altura do Monte Everest deverá ser novamente avaliada. Editoria invenções e descobertas. 22 jul.2011. Disponível em  <w.w.w. apolo11.com>Acesso em 6 de nov. 2014.

LUCCI, Elian Alabi & BRANCO, Anselmo Lázaro. Geografia, homem & espaço. Saraiva, São Paulo, 2015, pag.88.

Subducção: nome dado quando uma placa tectônica se infiltra por debaixo de outra.

SERRA DA CAMONGA, NOSSO EVEREST (FOTO: GUILHERME CHAGAS).


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segunda-feira, 15 de novembro de 2021

 

BARRAGEM EM CENA

Clerisvaldo B. Chagas, 16 de novembro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.614




Prosseguem os trabalhos da barragem do João Gomes no sítio João Gomes, em Santana do Ipanema. O João Gomes é um valente riacho afluente do rio Ipanema e que escorre pelas planuras de parte do município, cruza a Al – 220 a 6 km do Centro da cidade onde forma um cânion na Reserva governamental da Sementeira. Representa uma veia d’água na caatinga em tempos chuvosos e oferece poços e cacimbas em épocas de estiagem. Seu nome, tudo indica, tratar-se de beldroega também chamada João Gomes, uma planta comestível muito consumida pela pobreza durante dias de Semana Santa. Representa um refrigério para o homem e para o rebanho dos que habitam suas margens. Um reforço importante para o seu grande coletor.

Foi anunciada o término do sangradouro da barragem, alto, grande e possante e que iria começar as obras do paredão. Fala-se em um espelho d’água de 6.km de comprimento, assim sendo, outros sítios poderão gozar doa benefícios da barragem pronta. Cria-se um microclima no entorno, outros animais selvagens serão atraídos e uma nova página ecológica se forma trazendo novos hábitos no criatório e nos humanos. Poderá haver até viabilidade para o turismo rural, à semelhança do Açude do Pai Mané, em Dois Riachos. Muitos pássaros e aves que foram embora da região, poderão retornar como o martim pescador, o mergulhão e outros que procuram o peixe de barragem como alimento. E se na verdade tivermos uma extensão de 6 seis quilômetros, é coisa para se admirar, morar perto e criar boi.

Açudes ou barragens são construídos no Nordeste desde os tempos de D. Pedro II e mesmo atualmente o número ainda é insuficiente mesmo com outras alternativas. Por isso mesmo dizia meu professor maior de Geografia Alberto Nepomuceno Agra: “O rio Amazonas é muito importante para o Brasil e o mundo, porém, para a nossa realidade, muito mais importantes são os riachinhos que cortam os nossos sítios, as nossas fazendas”. Não vejo a hora de visitar a barragem cheia e sangrando do riacho João Gomes.

Quando o homem ajuda a Natureza, a Natureza recompensa ao home

RIO IPANEMA RECEBE O RIACHO JOÃO GOMES (FOTO: ARQUIVO B. CHAGAS).

 


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