quarta-feira, 19 de abril de 2023

 

VIVENDO Á ÉPOCA

Clerisvaldo B. Chagas, 20 de abril de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.868

 

A primeira feira de livro que conhecemos foi na gestão Hélio Cabral de Vasconcelos, em Santana do Ipanema. A feira aconteceu estimulada pelo prefeito na antiga Praça da Bandeira, defronte a igrejinha/monumento de Nossa Senhora Assunção, do outro lado da rua, na calçada do chamado “Beco de Seu Oséas” e ao longo da praça e calçadas. Os estudantes do Ginásio Santana, participaram vibrantemente, vendendo, comprando e trocando livros com os da feira. Foi ainda naquela gestão que aconteceu o primeiro serviço radiofônico da cidade. Sua sede funcionava no primeiro andar da Cooperativa Agrícola – CARSIL - cujo destaque era para o locutor Zé Pinto Preto. Alto-falantes ficavam distribuídos em vários pontos da cidade, um deles, no alto do” sobrado do meio da rua”, outro defronte a fábrica de calçados de José Elias, na Rua de São Pedro e outro no início do beco defronte a escola Ormindo Barros/. Os dois últimos em postes de madeira. O Primeiro, amarrado ao telhado.

Foi ainda o prefeito Hélio Cabral quem construiu a rodagem Carneiros – Senador Rui Palmeira. No Bairro Monumento, construiu um elevado de primeiro andar sobre a, então, “Sorveteria Pinguim”, para funcionar como palanque nas comemorações cívicas. O museu de artes do município foi fundado em seu governo, em 12.09.1969. Funcionava à Avenida Nossa Senhora de Fátima, num prédio pequeno e multiuso ainda hoje existente e defronte ao famoso “Restaurante Xokantes”. Também é verdade que, ainda nesse ano de 1969, o motor alemão que abastecia a cidade de energia elétrica, exauriu e daí em diante passamos quatro anos no escuro.

No final da Rua do Monumento, construiu a simpática pracinha com nome de Praça das Coordenadas. Ali, em meio aos vegetais xerófilos do nosso bioma, construiu bancos rudes de pedras e, no centro da praça colocou em placa de granito o nome da praça e suas coordenadas geográficas. Na gestão seguinte, o prefeito Adeildo Nepomuceno Marques, aproveitou a praça e ali colocou a estátua do jumento e seu botador d’água, homenageando a ambos que abasteceram a urbe, principalmente com água do Panema.

Assim como o busto de D. Pedro I da década de 20, ninguém sabe onde foi parar a placa da Pracinha das Coordenadas. No museu não se encontra.

PRAÇA  DAS COORDENADAS (FOTO: LIVRO 230, DOMÍNIO PÚBLICO).

 

 


Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2023/04/vivendo-epoca-clerisvaldo-b.html

terça-feira, 18 de abril de 2023

 

 PATRIMÔNIOS CULTURAIS

Clerisvaldo B. Chagas, 19 de abril de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica; 2.867


São patrimônios arquitetônicos de Santana do Ipanema, o “quarteto do Monumento” e o “quarteto do Comércio”. O quarteto do Monumento, é formado pela “Igrejinha/monumento de N. Senhora Assunção”, “Grupo Escolar Padre Francisco Correia”, “Ginásio Santana” e “Tênis Club Santanense”. Já o quarteto do Comércio, é formado pelo “casarão de esquina”, pelo “casarão do deus Mercúrio”, pelo “casarão da Praça” e do casarão do “maestro Queiroz”. São estes patrimônios que serão apresentados em nossa palestra quinta-feira, próxima”, na Escola Estadual Prof. Aloísio Ernande Brandão, ocasião do aniversário de Santana e do referido Colégio que chega inteiro aos 31 anos de idade.

Não estão incluídos nos dois quartetos, como você está notando, a Matriz de Senhora Santana, situada no Comércio e a Igreja Sagrada Família localizada no bairro Monumento. Tudo isso porque, em nossa humilde opinião, a Igreja Matriz de Senhora Santana, é um patrimônio à parte e único e, a igreja Sagrada Família é muito recente em relação aos quartetos. Mais recente ainda, temos o santuário à Nossa Senhora de Guadalupe, implantada pelo, então, padre Delorizano, para marcar a passagem do século XX para o século XXI. Estar o Santuário na entrada da cidade sentido Maceió – Santana, pelo BR-316. Marca o início da Rua e Bairro São Vicente, próximo ao Abrigo São Vicente de Paula.

Quanto às nossas pontes, suas ausências, ainda cedo da cidade fez com que surgisse uma plêiade de heróis santanenses com o intuito de transportar gente e mercadorias de uma margem a outra tanto do riacho Camoxinga, quanto do rio Ipanema. Até automóveis foram transportados em canoas. E as velhas pontes de madeira construídas sobre a foz do riacho Camoxinga, tantas fizessem quanto seriam destruídas pelo riacho. E mesmo numa época difícil para fotografar, escapou a foto da multidão contemplando a bagaceira da enchente de 1915, no valente Camoxinga. Em 1937, foi erguida a primeira ponte de concreto sobre a foz do Camoxinga,custou 5 mil réis e foi considerada obra-de-arte. A ponte sobre o rio Ipanema somente veio a acontecer no lugar Barragem, em 1951. Os canoeiros continuaram em atividade no poço do Juá, até a construção da ponte Batista Tubino, em 1969, no Comércio, de uma margem a outra do rio Ipanema. Daí em diante, nossos heróis caíram no esquecimento até o nosso atual resgate com os “Canoeiros do Ipanema”.

CASARÃO DA ESQUINA, UMA DAS MAIS BELAS PEÇAS ARQUITETÔNICAS DA CIDADE. (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230).

 

 

 

 


Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2023/04/patrimonios-culturais-clerisvaldo-b.html