quinta-feira, 20 de julho de 2023

 

O LEITE DE CADA DIA

Clerisvaldo B. Chagas, 21 de julho de 2023

Escritor símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.932

 

Sim, é um altíssimo privilégio em um município pertencer a Bacia Leiteira de Alagoas. Sabemos, é óbvio, que o critério de um município para pertencer a chamada Bacia Leiteira de Alagoas, é produzir leite, isso todo mundo sabe.  Mas, levando-se em conta que todos os municípios do Agreste e Sertão de Alagoas se cria gado junto à lavoura, todos, então deveriam estar incluídos na Bacia. Todo proprietário rural é agropecuarista. Lógico que a quantidade de vacas leiteiras depende da quantidade de terras e do poder aquisitivo. Mas todos têm a vaca leiteira no seu espaço. Não encontramos uma fonte que explicasse o porquê do seu município fazer parte desse privilégio. Consultando duas fontes distintas, fomos encontrar uma Bacia Leiteira com 11 municípios e 2.782,9 Km2.

Anotamos os municípios de Batalha, Belo Monte, Cacimbinhas, Jacaré dos Homens, Jaramataia, Major Izidoro, Minador do Negrão, Monteirópolis, Olho d’Água das Flores, Palestina e Pão de Açúcar. Porém, na segunda fonte, o número de municípios salta para 16 e amplia a área para 5.053 Km2. Acrescente-se Dois Riachos, Estrela de Alagoas, Igaci, Olivença e Palmeira dos Índios. No primeiro caso temos somente municípios sertanejos. No segundo caso, parte do Agreste faz parte com Estrela de Alagoas, Igaci e Palmeira dos Índios. Dois Riachos e Olivença são município do Sertão. Bem, pode ser que seja uma Bacia Leiteira atualizada.  Mas isso fica para uma terceira e definitiva pesquisa. Leite tem uso estadual e para exportação.

A Bacia Leiteira de Alagoas é a maior do Nordeste. O estado é o maior produtor de leite dos estados nordestinos. Isso quer dizer que não é possível faltar leite a uma criança no estado de Alagoas e, se faltar será motivo de descaso público. Além dos empregados de qualquer uma das fábricas de leite, ainda temos os que trabalham com o gado leiteiro, o corpo técnico dos rebanhos, os transportadores do produto das fazendas para a recepção e os transportadores do leite industrializado para outros centros. O que importa mesmo além do desenvolvimento, é o emprego com origem no campo que acalma e dignifica milhares de pessoas, pais e mães de família que louvam a atividade e o pão de cada dia.

O tema ainda merece ser estudado e visto de CARA NOVA.

VACA GIR LEITEIRA (FOTO: PINTEREST).

 

 

 


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quarta-feira, 19 de julho de 2023

 

PASSANDO O MÊS

Clerisvaldo B. Chagas, 20 de julho de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.931



 

Após uma semana de trégua, as chuvas voltaram a cair em Santana do Ipanema. Um solzinho para tirar o mofo das coisas e de nós, uma semana de varal lotado, sem frio excessivo e Sol moderação. É certo, porém que as chuvas que caem em nossa terra desde o mês de maio, são suaves, serenas, pingadeiras e pouco apressadas. Mas hoje, dia 19, o céu amanheceu completamente cor de marfim com a chuva moderada voltando à cena. O Sol luta para atravessar as névoas e, provavelmente, teremos novo dia ensolarado, mas a partir das 9 ou 10 horas do primeiro turno. Ainda bem que a procissão dos carreiros, domingo passado, abriu os festejos à Senhora Santana no estio de parada estratégica dos céus. Muito bom o tempo.

Bem diz o sertanejo: “Mês miou (meou) mês findou”. E vamos contemplando essa segunda quinzena do mês mais tradicionalmente, chovedor no Sertão de Alagoas; esse ano, porém, como já foi dito acima. Assim a festa à Padroeira vai acontecendo todas as noites, com os eventos religiosos celebrados por padres diferentes, convidados especiais para as pregações. E até agora os profetas das chuvas vão acertando 100% nas suas previsões: bom inverno, mas com pouca chuva por aqui. Ainda temos esse restante de mês com eventos internacionais que nos interessam de perto como a Seleção Brasileira de Futebol Feminino, a expectativa da Bienal Internacional, em Maceió e os encontros de turistas e estudiosos do cangaço, em Piranhas e visitas a Angico, em Sergipe, pelo aniversário de morte de Lampião e Maria Bonita. Um mês cheio de eventos... Porém, nada como um dia atrás do outro e uma noite no meio.

Particularmente temos agendas para os lançamentos de livros do escritor e jornalista Fernando Valões, entrevista na Rádio Cidade e pente fino no tema que será discutido em Maceió na Bienal. Provavelmente não teremos crônicas entre a próxima terça e a sexta-feira, nas arrumações para essas agendas. Segunda-feira, traremos a cidade de Ouro Branco como sequência de um município sertanejo por semana em nossos trabalhos. Vamos curiando esse tempo do mês de julho, talvez o mais aguardado do ano que é ele o maestro inquestionável do nosso calendário.

AMANHECER EM SANTANA DO IPANEMA (FOTO: B. CHAGAS).


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