domingo, 17 de setembro de 2023


 

OLHO d’ÁGUA DAS FLORES

Clerisvaldo B. Chagas, 18 de setembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.964


Tendo Santo Antônio como padroeiro, a cidade de Olho d’Água das Flores é, geograficamente, um brejo de pé-de-serra. Estar situada nas faldas da serra do Gavião e emancipada de Santana do Ipanema em 2 de dezembro de 1953. Seu relevo é plano com ladeiras suaves e seu comércio e serviços lideram entre às cidades da vizinhança. Faz parte da bacia leiteira. Vive da agropecuária, do comércio e dos serviços, suas terras são consideradas férteis e o lugar bom de chuvas. Os filhos de Olho d’Água são chamados de olho-d’aquenses. A cidade está situada a mais ou menos 206 km da capital, Maceió. Com uma população de mais de 20.000 habitantes, é uma das mais habitadas do Sertão. Quanto a sua altitude, está localizada a 287 metros acima do nível do mar.

A cidade dispõe de bons restaurantes e churrascarias com uma culinária geral típica sertaneja. Na parte esportiva brilha o Centro Esportivo Olho-d’aquense – CEO, que vem disputando na série de elite do futebol alagoano. Seu clima semiárido e suas terras férteis, sempre permitiram excelente produção de grãos.  É uma cidade bem ensolarada e que se comunica constantemente com o centro maior (sua antiga sede) com uma rede de transportes alternativos pela AL-120. Na periferia de Olho d’Água, existe um entroncamento muito importante Norte-Sul, Leste-Oeste. Uma estrada vai para Palestina, Pão de Açúcar; outra vai para São José de Tapera, Piranhas e mais; a terceira para Batalha, Maceió; e a outra vai para Santana do Ipanema.

Em 1926, Lampião, após assaltar a zona rural de Santana, tirou direto para a, então vila de Olho d’Água das Flores com 106 e cabras, corneteiro tocando à frente. Passou muitas horas ali, assaltou o comércio, mas no fim, ninguém morreu nessa invasão. Fatos narrados pelos escritores Oscar Silva e Valdemar de Souza Lima. A prosperidade da vila com bom comércio e produção de milho, feijão, mamona, castanha, algodão e industrialização deste produto, contribuiu para a sua independência de Santana do Ipanema. Essa prosperidade nunca parou de acontecer, fazendo da terra um centro importante para o agronegócio e equilíbrio de comércio na sua região. A posição geográfica da cidade é profundamente estratégica e atrai cidades vizinhas para os intercâmbios básicos da economia.

OLHO d’ÁGUA DAS FLORES (FOTO PARCIAL DIVULGAÇÃO).


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quinta-feira, 14 de setembro de 2023

 

PRIVILÉGIO EM SONHAR COM ELAS

Clerisvaldo B. Chagas, 15 de setembro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.963

 



As formações geológicas, belas e exóticas representam um presente da Natureza para apreciação, contemplação, pesquisas e devaneios. Elas estão distribuídas nos quadrantes do mundo com exuberantes pujanças ou com dimensão mínima, mas sempre um ponto de reflexão do observador atento. Iremos encontrar em Alagoas várias dessas formações continuadas ou individuais no relevo geral. Deixando os cânions do São Francisco ou o cânion da Telha, no Ipanema, vejamos três formações isoladas que vale a pena escalar com normalidade. O “serrote do Vento”, em Estrela de Alagoas; o “serrote do Cruzeiro”, em Santana do Ipanema; e o serrote do Carié, em Canapi. Todos eles exigem um certo esforço de subida, mas de fáceis acessos.

O serrote do Vento, é visto da BR-316, de alguns pontos da cidade Estrela de Alagoas. Deve ficar entre três a quatro quilômetros do centro da cidade. Corpo longo e cabeça de águia, tem esse ponto rochoso e fraturado pelas intempéries. Como é exuberante de longe, deve ser espetacular de perto. E com toda formação desse tipo parece mágica, a população do município é atraída para aquele monte durante a Semana Santa. Vem gente até de Pernambuco para essas ocasiões místicas. Seu sítio de localidade tem estrada larga, boa e de barro vermelho que passa pelas faldas do elevado. Quando de longe, é melhor visto no período de plena estiagem. Durante a época chuvosa fica um pouco camuflado para quem o aprecia da BR-316.

O serrote do Cruzeiro fica na periferia de Santana do Ipanema, tem degraus de subida nos trechos mais íngremes. É monte arredondado onde foi fincado um cruzeiro de Madeira como marco de início do século XX. Em 1915, foi ali construída uma igrejinha que ruiu duas vezes e hoje possui uma substituta mais moderna, dedicada à Santa Terezinha. Sempre foi o Monte Sagrado de Santana e o melhor mirante da cidade.

O serrote do Carié fica no povoado do mesmo nome e que muito se desenvolveu. Tem forma de lagarta e é avistado de longe nas planuras de caatinga rasa da região. Sua forma rochosa tem a  crista fragmentada pela ação do tempo e um guarda um cenário belíssimo, notadamente para os lados do Maciço de Mata Grande. É muito visitado por estudiosos e aventureiros.

Amém, Alagoas!

SERROTE DO VENTO ( FOTO: MAPIO NET.)


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