segunda-feira, 2 de outubro de 2023

 

OVOS – OVOS – OVOS

Clerisvaldo B. Chagas, 3 de outubro de 2023

Escritor símbolo do sertão Alagoano

Crônica: 2.971

 



Continuamos observando as coisas do nosso estado e do mundo em que vivemos. À semelhança da pipoca Boni, do povoado Bonifácio, de Palmeira dos Índios, também consumimos ovos – embalados em caixinhas de 18 unidades e tudo de acordo com a legislação – do povoado Laranjal de Arapiraca. Esse mercado de proteínas abastece Santana do Ipanema e concorre com a distribuição de ovos diariamente vindos das granjas de São Bento do Una, Pernambuco. Mas a diferença é que essa embalagem diferenciada, pertence ao empreendimento em terras alagoanas. São os povoados e os sítios rurais em destaques. Em Santana do Ipanema, já chegamos a produzir 30.000 ovos/dia, mas vivemos em outro mundo político, diferente do Agreste.

Bom também é citar fonte para comprovação do que se fala: Luna L. Nunes Avícola LTDA., está escrito no rótulo. Além do empreendimento que beneficia o meu consumo, tomei conhecimento de nome de mais um povoado do estado, Laranjal. Assim os povoados vão ministrando lições empreendedoras e se inserindo na era do desenvolvimento e da auto suficiência alimentar, consequentemente aparecendo; E por falar em povoado de Arapiraca, foi do sítio Poção do mesmo município que veio a família Chagas, para o município de Santana do Ipanema, sítio Pedra da Lagoa, final do Século XIX. O ovo é rico em vitamina A, vitamina E, carotenoides, fortalece o sistema imunológico, melhoram as funções das células, ajudando na prevenção contra o câncer.

A crise da carne no Brasil, deu oportunidades para que o ovo surgisse como o grande matador da fome brasileira. Infelizmente, já no final da crise, os preços das rações subiram e inflacionaram também o produto dos galináceos. Agora os preços voltaram a baixar. O Brasil é o 70 produtor de ovos do mundo e, São Paulo o maior produtor do Brasil. Os especialistas dizem das maravilhas de se comer ovos todos os dias. O nosso país exporta milhares de toneladas de ovos. E o ovo não poderia ficar de fora de exportação do País que alimenta o mundo. E por coincidência, neste momento passa o carro do ovo alardeando na rua, mas são ovos vindos de Pernambuco e não do povoado Laranjal de Arapiraca. Ovo é agro, ovo é pop. Vamos de ovo!

 

 

 


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domingo, 1 de outubro de 2023

 

PÃO DE AÇÚCAR

Clerisvaldo B. Chagas, 2 de outubro de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.970

 



Pão de Açucar, cidade do São Francisco, tem história, longa, bonita e marcante. É plana, daquelas de se andar de bicicleta, casario típico do Velho Chico e muito romântica para noites de serestas. Afora a avenida principal, suas ruas são estreitas e tradicionais do baixo São Francisco. Já foi chamada de Jaciobá, “Espelho da Lua” e, sua denominação se relaciona a um monte que parecia uma forma de depurar o açúcar. Foi o grande porto distribuidor de mercadorias para todo o Sertão, através de navios que subiam de Penedo. Mas também porto exportador sertanejo e núcleo básico de povoamento para toda a região. Já recebeu visita de D. Pedro II, desafiou Lampião a invadi-la e, testemunhou índios Umaris e Chocós em seu território. É uma das cidades mais quentes do Brasil, possui fósseis pré-históricos e sítios arqueológicos.

Pão de açúcar conta com uma população de mais de 23.000 habitantes e fica distante da capital 230 Km. Sua Emancipação de Mata Grande é comemorada em 18 de junho, lembrando o ano de 1887. Na Geografia estar situada a apenas 19 metros de altitude, clima semiárido e festeja seu Padroeiro, Sagrado Coração de Jesus, no dia 3 de junho. Sua feira semanal sempre empolgou feirantes do Sertão que faz dupla com as belezas que tem o rio São Francisco como condição central. Vive da agropecuária, da feira livre, da pesca e do comércio. Da cidade pode-se alcançar de barco a Grota dos Angicos onde foi morto Lampião e que virou ponto turístico. Sua praia de água doce e seus bancos de areia formam “prainhas” bastante procuradas.

Independente disso, sua culinária e aspecto físico do casario encanta o turista que não deixa de visitar o monte na periferia onde a estátua, réplica do Cristo Redentor, abençoa o rio e oferece paisagem inesquecível. Estando na capital, é só rodar por São Miguel dos Campos, Arapiraca e Bacia Leiteira, pegando o entroncamento em Olho d’Água da Flores e se direcionar ao “Espelho da Lua”. O lugar chamado Ilha do Ferro, é uma atração à parte, onde, além do casario de época, impera o artesanato natural motivo de inúmeras reportagens. Depois de cenas de novelas da Globo, em seu território, Pão de Açúcar caiu no gosto do Brasil inteiro. A priori, a cidade ainda não dispõe de uma ponte e, para conhecer a margem de Sergipe, somente é possível de barco. Ainda tem muito mais coisas para se dizer daquele “mundo encantado” diante do pouco dito acima.

PAISAGEM VISTA DO CRISTO EM PÃO DE AÇÚCAR (FOTO DIVULGAÇÃO/PREFEITURA).


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