domingo, 21 de julho de 2024

 

VISITE A BARRA

Clerisvaldo B. Chagas, 22 de julho de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.078

 



Trecho de reportagem do Jornal Tribuna de Alagoas:

Especialistas dizem que é preciso voltar ao passado para entender. A antiga famosa Prainha, na Barra Nova, bastante conhecida pelos maceioenses, foi sempre um local de muitos bares, atividades náuticas e gastronomia regional. Mas muita coisa mudou desde 2009, quando moradores e comerciantes decidiram intervir, numa região que já vinha apresentando instabilidade desde as obras de construção do condomínio Laguna. Naquele ano uma grande enchente elevou o nível da lagoa e alagou boa parte do povoado. A população, então, resolveu abrir um “canal” para que a água escoasse para o mar. Mas, o que eles não sabiam é que esta atitude provocaria danos maiores no futuro e aceleraria o fim de uma das belezas naturais do Litoral Sul”.

Por Claudio Bulgarelli / Sucursal Região Norte19/07/2024 08h59

 

Não temos nenhuma dúvida de que o povoado Barra Nova entre Maceió e Marechal Deodoro é um dos lugares mais belos de Alagoas e do Brasil. Vale à pena fazer uma visita naquela região para gozar à beleza, à culinária e lazer, principalmente na tão afamada “Prainha” da Barra Nova. Sim, é certo que houve alguma invasão do mar em algumas partes, uma modificação na paisagem, porém, o próprio governo cuidou de conter esse avanço com técnica nova e criativas de pessoas entendidas. Falam que as técnicas usadas estão dando ótimos resultados e, inclusive elogiadas e servindo de modelo para o mundo. Talvez a desvalorização de imóveis que falavam devido ao mar, tenha ido embora retornando os valores dos imóveis desse paraíso do planeta Terra.

Para quem quer estudar à Natureza na região da Prainha, poderá e encontrar a felicidade para seus conhecimentos, teoria e fotos impressionantes. Vamos encontrar por ali canais, mangues, vegetação de praia, istmo e muito mais. Não é que somente o núcleo da Barra Nova seja bonito, mas toda região entre Maceió e Marechal com as guloseimas do trajeto que levantam o bom humor. As tradicionais igrejinhas antigas dos povoados, entre coqueirais, ´são atrações para quem gosta do bucólico, do religioso, da arquitetura. E se for mesmo para estudar a região agende dias e dias perambulando por aquele litoral tão cheio humildade e encantos. E por que não conhecer de perto àquela região?

 

FOTO: JORNAL TRIBUNA DE ALAGOAS

 


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terça-feira, 16 de julho de 2024

 

FESTA DE SENHORA SANTANA

Clerisvaldo B. Chagas, 17 de julho de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.077

 



Mal terminou a Festa da Juventude, entra a Festa da Padroeira Senhora Santana, em Santana do Ipanema. O novenário propriamente dito tem início no dia dezessete, porém, a abertura acontece sempre no dia dezesseis com a tão esperada Procissão dos Carreiros.  São centenas de carros de boi que saem do Parque de Exposição Isaías Rego, a cerca de 2 km da cidade, em direção ao centro de Santana do Ipanema. Eles veem pelo asfalto ou pelo acostamento da AL–130, sempre escoltados por viaturas da Polícia Rodoviária. O carro de boi da frente conduz a as imagens de Senhora Santana, a padroeira, e seu esposo São Joaquim. Geralmente as imagens são conduzidas pelo padre da Paróquia nesse carro da frente, usando chapéu de couro, símbolo do homem rural nordestino e sertanejo.

A tão aguardada Procissão dos Carreiros já chegou perto dos 2.000 carros de boi no trajeto Parque-Centro, porém essa participação vem encolhendo ano a ano. Ou é falta de disposição de carreiros ou falta de carros na região. Sempre aparecem os curiosos para a contagem dos carros de boi e, teremos que aguardar a procissão para vê se sai algum resultado. Ao chegar ao centro da cidade, a procissão segue até o Largo Padre Bulhões, onde na praça multiuso, às margens do riacho Camoxinga, recebem as bênçãos da Igreja. Nem é preciso dizer que veem carreiros do Sertão inteiro para participar do evento religioso. Muitos acampam no Parque, um dia antes, num encontro saudoso e afetivo. A priori, Isaías Rego, nome do Parque, foi comerciante com armarinho, padaria e, fazendeiro em Santana do Ipanema.

O Carro de boi, mostra ter sido o primeiro veículo pesado do Brasil, desde os tempos coloniais. Foi feito para transportar volumes maiores de mercadorias, onde antes só existia o jumento, o burro e o cavalo. Só foi substituído com o advento do caminhão, dos primeiros caminhões que rodaram em nosso território. Ainda hoje existem regiões no país que utilizam ainda esse tipo de transporte, principalmente em zonas rurais nos sertões nordestinos e na Região Centro-Oeste. Ver um carro de boi hoje em dia, é se encher de saudosismo e melancolia nos que viveram a plenitude desses carros artesanais e manufaturados.

Não há quem conte no mundo as infindáveis histórias do carro de boi.

PROCISSÃO DOS CARROS DE BOI EM SANTANA DO IPANEMA (CRÉDITO: ALAGOAS NANET).


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