ESCRITORES E GAZETA DE ALAGOAS REDESCOBREM RIO IPANEMA (I) (Série de 5 crônicas) Clerisvaldo B. Chagas, 24 de março de 2014 Crôni...

ESCRITORES E GAZETA DE ALAGOAS REDESCOBREM RIO IPANEMA



ESCRITORES E GAZETA DE ALAGOAS REDESCOBREM RIO IPANEMA (I)
(Série de 5 crônicas)
Clerisvaldo B. Chagas, 24 de março de 2014
Crônica Nº 1156

IPANEMA EM ALAGOAS

PROFESSORA E GUIA, ELIANE, MOSTRA O RIO IPANEMA NA DIVISA. Foto: Clerisvaldo.
Era quinta-feira (20) primeiro dia de outono, quando os escritores Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Fausto mais o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, de Santana, Luiz Carlos e o diretor de meio ambiente Manoel Messias, partiram de Santana do Ipanema em direção ao município de Poço das Trincheiras. Do Bairro Barragem, após o encontro com a equipe de reportagem Gazeta de Alagoas, comandada pelo repórter Giovani, a caravana seguiu até o minúsculo povoado Barra do Tapera. Seria o primeiro ponto entre os quatro escolhidos do rio Ipanema, pelo escritor Clerisvaldo B. Chagas, para serem apresentados no programa “Terra e Mar”, exibido aos sábados pela TV Gazeta.
RIACHO TAPERA (ACIMA DA CERCA) DESPEJA NO IPANEMA. Foto: Clerisvaldo.
Passando pela sede do município, pelo povoado Quandu e dali guiados pela professora Eliane Gomes, até o seu natural, povoado Tapera, chegamos ao destino.
Ali, aonde o rio Ipanema vindo de Pernambuco, penetra em Alagoas, recebe o seu primeiro afluente importante, o riacho Tapera e outros menores. O riacho Tapera tem leito de areia fina, calha considerável de aproximadamente 10 metros de largura e suas nascentes estão no lugar chamado Barra Verde, proximidades da cidade pernambucana de Itaíba. É riacho de fronteira e na confluência com o rio Ipanema, mostra como cenário em terras alagoanas a serra da Tapera completamente salpicada de rochas brancas desnudas.
Toda a calha do rio Ipanema, suas margens e várzeas no município de Poço das Trincheiras, exibem o verde de árvores, bosques de craibeiras, algarobeiras, capim, grama, plantações de sorgo, milho e palmas forrageiras irrigadas através de bombas nas cacimbas escavadas do rio.
A última vez em que Ipanema tinha botado grande cheia fora em janeiro de 2004, segundo a professora Eliane Gomes que também é fazendeira na serra da Tapera. O riacho Tapera e o rio Ipanema, além do fornecimento de água para a Agricultura local, também são pontos de lazer nas cheias violentas de ambos.
INÍCIO DO RIO IPANEMA EM ALAGOAS. Foto: Clerisvaldo.
O vale do rio Ipanema é bastante habitado no município do Poço das Trincheiras, cercado pela serra da Tapera, serrote do Quandu e serra do Poço, a mais alta daquela região.
O Quandu é o maior povoado e já tem boa parte da rua principal calçada com paralelepípedos e possui várias escolas municipais e estaduais.
Não confundir a palavra guandu com quandu. Guandu é uma espécie de feijão, também chamado andu. Quanto à palavra Quandu, é o mesmo significado de ouriço-caixeiro, mais conhecido no sertão como porco-espinho. Tapera: casa pobre feita de taipa.
Após várias entrevistas, partimos para o povoado Capelinha, município de Major Isidoro.
Assunto de amanhã.



A PARTIR DE SEGUNDA (24) SERÁ APRESENTADA NESTE BLOG, ALAGOASNANET, SANTANAOXENTE E NO BLOG  SEDMENDES , UMA COLETÂNEA DE 5 CRÔNICAS: ...

A PARTIR DE SEGUNDA (24) SERÁ APRESENTADA NESTE BLOG, ALAGOASNANET, SANTANAOXENTE E NO BLOG  SEDMENDES, UMA COLETÂNEA DE 5 CRÔNICAS: "ESCRITORES E GAZETA DE ALAGOAS, DOIS DIAS REDESCOBRINDO O RIO IPANEMA". A MATÉRIA DEVERÁ SERVIR PARA PESQUISADORES, PROFESSORES E ESCOLAS DE TODOS OS NÍVEIS, SOBRE NOSSOS VALORES CULTURAIS, AMBIENTAIS, GEOGRÁFICOS, SOCIOLÓGICOS  HISTÓRICOS E LITERÁRIOS. AGUARDEM.

O BRASÃO DOS CHAGAS Clerisvaldo B. Chagas, 18 de março de 2014. Crônica Nº 1155 Como brincadeiras sadias cabem em todos os luga...

O BRASÃO DOS CHAGAS



O BRASÃO DOS CHAGAS
Clerisvaldo B. Chagas, 18 de março de 2014.
Crônica Nº 1155

Como brincadeiras sadias cabem em todos os lugares, lembrei-me de uma delas em fonte de pesquisa. Em Santana do Ipanema, há uma família humilde que muito foi ajudada por nós. Isso fazia recordar o que a minha mãe Professora Helena Braga das Chagas fazia com os paupérrimos da região em que morávamos. Da Rua Antônio Tavares até as imediações da hoje Rua da Praia, que ainda não existia, a pobreza tinha Helena Braga como mãe, inclusive, também ampla família da Maniçoba/Bebedouro.  Por coincidência, minha mãe tinha o sobrenome Braga, de origem portuguesa. O Chagas de meu pai veio com seus antecedentes portugueses radicados no agreste alagoano e que parte migrou para a zona rural de Santana do Ipanema, em torno de 1900. (O Boi a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema).
Pois bem, fomos então chamados, recentemente, para uma buchada, penso, como gratidão dessa família ajudada por nós.  Ao chegarmos lá, a dona de casa falou que ao saber que ela iria fazer uma buchada para aquele dia, a vizinhança se alvoroçou. Todos se convidavam para provar a delicia da conhecida exímia cozinheira. A mãe da dona da casa, sob nossos risos constantes, dizia que teve de colocar gente para correr, dizendo: “Isso não é para a boca de vocês. Isso é para quem tem sangue nobre, para quem tem brasão, vocês não têm!”. Ríamos de cair de costas com a maneira de a senhora contar as presepadas. Não sabemos onde a dona da casa e a senhora sua mãe foram buscar esse negócio de sangue nobre e de brasão. Mas, pela brincadeira que se prolongou até deixarmos àquela humilde residência, nunca havíamos rido tanto durante uma buchada nordestina.
Pois bem, passado certo tempo, encontrei de fato o brasão mencionado por aquela brincalhona senhora. E para imitar esse povo jovem que se expande em kkkkkk no Face, kkkkkk também em ter achado o BRASÃO DO CHAGAS.