O
BRASÃO DOS CHAGAS
Clerisvaldo B.
Chagas, 18 de março de 2014.
Crônica
Nº 1155
Como brincadeiras
sadias cabem em todos os lugares, lembrei-me de uma delas em fonte de pesquisa.
Em Santana do Ipanema, há uma família humilde que muito foi ajudada por nós.
Isso fazia recordar o que a minha mãe Professora Helena Braga das Chagas fazia
com os paupérrimos da região em que morávamos. Da Rua Antônio Tavares até as
imediações da hoje Rua da Praia, que ainda não existia, a pobreza tinha Helena
Braga como mãe, inclusive, também ampla família da Maniçoba/Bebedouro. Por coincidência, minha mãe tinha o sobrenome
Braga, de origem portuguesa. O Chagas de meu pai veio com seus antecedentes
portugueses radicados no agreste alagoano e que parte migrou para a zona rural
de Santana do Ipanema, em torno de 1900. (O Boi a Bota e a Batina, História
Completa de Santana do Ipanema).
Pois bem, fomos então
chamados, recentemente, para uma buchada, penso, como gratidão dessa família
ajudada por nós. Ao chegarmos lá, a dona
de casa falou que ao saber que ela iria fazer uma buchada para aquele dia, a
vizinhança se alvoroçou. Todos se convidavam para provar a delicia da conhecida
exímia cozinheira. A mãe da dona da casa, sob nossos risos constantes, dizia
que teve de colocar gente para correr, dizendo: “Isso não é para a boca de vocês. Isso é para quem tem sangue nobre,
para quem tem brasão, vocês não têm!”. Ríamos de cair de costas com a
maneira de a senhora contar as presepadas. Não sabemos onde a dona da casa e a
senhora sua mãe foram buscar esse negócio de sangue nobre e de brasão. Mas,
pela brincadeira que se prolongou até deixarmos àquela humilde residência,
nunca havíamos rido tanto durante uma buchada nordestina.
Pois bem, passado
certo tempo, encontrei de fato o brasão mencionado por aquela brincalhona
senhora. E para imitar esse povo jovem que se expande em kkkkkk no Face, kkkkkk
também em ter achado o BRASÃO DO CHAGAS.
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