EU
QUERO O TOURO AMARRADO
Clerisvaldo B.
Chagas, 11 de março de 2014
Crônica Nº 1150
Imagem: reproduzir.rural.uol.com.br. |
Eu
quero o touro amarrado
Lá no
pé da cajarana
(Gênero incorporado à cantoria de
viola, com música própria. Alegre, belo, criativo e bastante solicitado aos repentistas).
Repetem-se os dois últimos versos: Menino me amarre o touro/ Lá no pé da
cajarana/ Eu quero o touro amarrado/Lá no pé da cajarana).
Um
dia comprei um touro
De
uma vaca espanhola
Dei-lhe
o nome de Boiola
Ele
arrepiou o couro
Quebrou
meu dente de ouro
Quase
pega a minha mana
Tirei
o nome sacana
E
mudei pra Delegado
Eu quero o touro
amarrado
Lá no pé da cajarana.
Quando
o cabra é valentão
É
metido a cobra choca
Ou
na maconha ou na coca
Dentro
ou fora da prisão
Mata
por qualquer tostão
Nessa
vida desumana
O
cão lhe chega e afana
A
vida do desgraçado
Eu quero o touro
amarrado
Lá no pé da cajarana.
Uma
dona carinhosa
Dessas
do corpo bem feito
Com
um perfume perfeito
Tendo
os lábios cor de rosa
Cada
beijo é uma glosa
Na
rede duma cabana
Os
miados da fulana
Deixa
o homem abestalhado
Eu quero o touro
amarrado
Lá no pé da cajarana.
Quem
bebe muita cachaça
Vive
caindo na pista
Pode
virar transformista
Depois
de encher a taça
Chega
ao banco da praça
Cai
de bruços “mode” a cana
O
vendedor de banana
Logo
enxerga o ofertado
Eu quero o touro
amarrado
Lá no pé da cajarana.
FIM
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