ANTIGO E BOM EXEMPLO Clerisvaldo B. Chagas, 9 de novembro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.777 PARQUE...

ANTIGO E BOM EXEMPLO




ANTIGO E BOM EXEMPLO
Clerisvaldo B. Chagas, 9 de novembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.777

PARQUE DA TIJUCA
O homem vai modificando as paisagens naturais do planeta por necessidade ou por espírito destrutivo. Mas também, em meio a essa loucura de destruição semeada em todos os recantos do Globo, surgem exemplos de superação que merecem registros. Um deles aconteceu há muito no Rio de Janeiro, quando o café começou a ser plantado em grande quantidade pelos arredores da Urbe, em 1760. Esse plantio era favorecido pelo clima quente e chuvoso e solos férteis. Logo essas plantações iniciaram à ocupação dos morros cariocas, em detrimento à floresta tropical, bela e exuberante. Já no século XIX, o café se tornou a principal atividade econômica do Brasil, coisa que exigia cada vez mais a expansão de terras e desmatamento da Mata Atlântica.
Com a extinção da floresta, logo surgiram às consequências.  Vários córregos que tinham origem nas matas, secaram, dificultando o abastecimento na cidade do Rio de Janeiro que crescia rapidamente. Foi aí que teve início um ousado plano de reflorestamento em 1861. Foram desapropriadas várias fazendas para o plantio de árvores nativas e até espécies exóticas, cujos cálculos vão a mais de 100 mil mudas, criando-se assim a floresta da Tijuca. Com essa reação consciente na segunda metade do século XIX, a floresta foi reconstituída e seus mananciais recuperados. É de se imaginar o esforço desprendido para a realização total do projeto, levando-se em conta os recursos tecnológicos da época.
“Já em 1961, cem anos depois do início do reflorestamento, a floresta da Tijuca foi transformada em parque nacional, juntamente com outras áreas adjacentes de mata preservadas”. Paisagens famosas no mundo inteiro estão no Parque Nacional da Tijuca, entre elas o Corcovado, onde se encontram a estátua do Cristo Redentor e a Pedra da Gávea. É uma das principais atrações turísticas do Rio de Janeiro, recebendo por ano, cerca de dois milhões de visitantes.
A floresta exerce importante papel na conservação de espécies da flora e da fauna e de oxigenação para a “Cidade Maravilhosa”.

Pense num exemplo!

PALMEIRA DOS ÍNDIOS: BONS VENTOS Clerisvaldo B. Chagas, 8 de novembro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.776 ...

PALMEIRA DOS ÍNDIOS: BONS VENTOS


PALMEIRA DOS ÍNDIOS: BONS VENTOS
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de novembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.776

ARNON DE MELLO INAUGURA ASFALTO. Foto: (Pedro Farias).
Passamos dos sessenta e um anos de inauguração da primeira rodovia asfaltada de Alagoas. Foi em janeiro de 1956 a entrega da rodovia ligando Maceió rumo ao Sertão. Perto dos limites do Sertão, ainda na zona agrestina, Palmeira dos Índios recebeu a dádiva da cobertura asfáltica no governo Arnon de Mello, no apagar das luzes do seu mandato. O grande feito viário representou o início do modernismo do transporte terrestre em Alagoas. Apesar de o asfalto – nessa época, importado – chegar apenas próximo aos limites do Sertão, toda essa área também foi beneficiada. Mesmo desde os confins do semiárido até Palmeira dos índios, ainda rodando em poeira, atoleiros e catabios, não deixava de ser um progresso enorme com a outra metade da viagem no bem bom até à capital alagoana.
Agora Palmeira volta à evidência com um projeto de duplicação de rodovia em mais de 2 km em trecho urbano. Além da duplicação para melhorar a mobilidade e evitar acidentes, ainda trás no projeto à jardinagem que vai embelezar o trecho, permitindo um visual novo que a bem chamada “Princesa do Agreste” verdadeiramente merece. É pena que essa duplicação não seja estendida até o entroncamento de Arapiraca, bem perto da cidade de Tanque d’Arca e Maribondo, mas as conquista são feitas paulatinamente. Palmeira dos Índios, cidade intelectualizada, cheia de bons escritores, excelentes escolas, dinâmico comércio e clima agradável, marca mais um tento em sua trajetória.
 Além de coisas e mais coisas, por aqui, em nosso sertão velho de guerra, Santana do Ipanema estar precisando de embelezamento, assim como o, então, prefeito, Henaldo Bulhões fez com a “Rainha do Sertão”, em sua época administrativa. As palmeiras imperiais da Rua Doutor Otávio Cabral, quase todas morreram pela insensibilidade do governo passado. Bem que a nova gestão poderia estendê-las até o início da área urbana (Batalhão de Policia), e ali levantando belo portal de alvenaria à semelhança de cidades rio-grandenses. Estas sugestões valem para as outras duas entradas de Santana.

Isto faz lembrar o saudoso professor Marques Aguiar, quando repetia: “as cidades deveriam ser governadas por filósofos e defendidas por guerreiros”. 

MATA GRANDE O QUE ESPERA? Clerisvaldo B. Chagas, 7 de novembro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.775 MATA ...

MATA GRANDE O QUE ESPERA?


MATA GRANDE O QUE ESPERA?
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de novembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.775

MATA GRANDE. Foto: (Divulgação).
Nestes tempos tão favoráveis ao Turismo em suas variadas modalidades, Alagoa viva uma fase extraordinária. Nas temporadas os hotéis ficam superlotados e fora das temporadas estão sempre cheios. O estado é hoje um dos principais destinos do País e algumas vezes, apontou como o primeiro do Nordeste. Agora que a região foi descoberta pelos brasileiros, italianos e até argentinos, o Nordeste se firma como polo consolidado nesse tipo de economia. A novela da Globo rodada no São Francisco, deu o empurrão que faltava na luta de Piranhas e Penedo, principalmente, para mostrar ao Brasil as belezas sanfranciscanas. Somente a minha cidade não move uma palha para se beneficiar do turismo.
Mas o nosso destaque de hoje se volta para o potencial de Mata Grande, município tão distante da capital e que agora vai ganhando outro acesso através do asfalto pela BR-316. Situada na região serrana sertaneja, seus vales e montanhas oferecem pontos encantadores durante as quatro estações do ano. Além de passar muito tempo com a serra da Santa Cruz como ponto culminante do estado, agora o atrativo é a serra da Onça, descoberto como o lugar mais alto de Alagoas. Além disso, seus antigos engenhos rapadureiros, sua posição entre montanhas e as histórias de Lampião que estão contidas em nosso livro Lampião em Alagoas, credenciam para um futuro sucesso no turismo nacional.

Dizem que a região de Piranhas – com a hidrelétrica de Xingó, o cânion do São Francisco e o lugar do outro lado, onde mataram Lampião – já ultrapassou o litoral de Alagoas com as costas dos corais. A região mostra-se ao mundo e o dinheiro corre solto gerando empregos no interior. Enquanto Pão de Açúcar e Santana do Ipanema dormem na rede da indiferença turística, o baixo São Francisco deslancha. E Mata Grande, com tanto potencial, próxima do Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso e dos cânions, não pode espiar de soslaio para o turismo. Tem que beijá-lo e abraçá-lo para revelar ao Brasil tudo o que tem direito.