ANO NOVO EM MACEIÓ Clerisvaldo B. Chagas, 1 de janeiro de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.813 FOTO (Alagoas ...

ANO NOVO EM MACEIÓ

ANO NOVO EM MACEIÓ
Clerisvaldo B. Chagas, 1 de janeiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.813

FOTO (Alagoas 24 horas).
Gostando muito de corrida de rua, não costumo perder a Maratona de São Silvestre. Enquanto a noite não chega, vamos passando o tempo diante da tela para vê que bicho dá. Mas a decepção com os brasileiros continua e ficamos de boca aberta com os atletas das avenidas. Enquanto isso os africanos continuam montados nos troféus das edições paulistanas. Sem mais desculpas para os do nosso País, fala-se da genética como motivo das sucessivas vitórias. Os homens daquele continente estariam para o mundo das corridas, assim como o Brasil está para o futebol. E sem nenhuma saída ainda na vitrina, o jeito é adotar e aplaudir atletas de ambos os sexos da Mãe África. Não se pode negar a elegância e a firmeza que movem homens e mulheres do Continente Negro na Corrida de São Silvestre.
Mas deixando a famosa corrida de lado, vamos apreciando a grande movimentação de pessoas na orla de Maceió, notadamente nas praias de Pajuçara, Jatiúca, Ponta Verde e Cruz das Almas. A decoração do Natal ainda permanece aliada à beleza da região praieira, onde turistas do Brasil inteiro comemoram tudo nas alvas areias maceioenses. Entrevistas acontecem e os visitantes vão falando do lugar de origem e dizendo dos encantos das Alagoas. Gente de Goiás, Minas, Rio Grande do Sul e até mesmo do Rio de Janeiro aglomera-se no colorido das avenidas consolidando de vez Maceió na cabeça do turismo brasileiro.
E na virada do ano, chega a vibração geral como se todas as frustrações da vida tivesse ficado em 2017. Barulho de foguetório preenche toda Maceió com show nos céus de espocar de foguetes bailando com o som musical. A capital comemora por todos os lugares e a luminosidade com música e zoada acontecem na enseada da Pajuçara, no Alagoinhas e em outros três pontos do Bairro da Ponta Verde. Mas também há essa mesma vibração no Bairro Benedito Bentes e no Mirante do Bairro Jacintinho. É a chegada triunfante do ano 2018 trazendo novas esperanças para os habitantes da Terra e, particularmente, para a nossa guerreira Alagoas de tantas e tantas batalhas pelo porvir.



PALEONTOLOGIA Clerisvaldo B. Chagas, 29 de dezembro Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.812 Imagem: (Divulgação). ...

PALEONTOLOGIA




PALEONTOLOGIA
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de dezembro
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.812
Imagem: (Divulgação).
Com o meu neto Davi, de seis anos, querendo a todo custo ser paleontólogo, fomos ver a dificuldade no Brasil de se chegar ao objetivo. Um sonho de criança pode ser permanente até tornar-se realidade ou sofrer desvio de percurso por algo mais interessante na medida do crescimento. Mas assim como eu, que queria ser geólogo, pela dificuldade de encontrar o curso por perto, fui desviado para a Geografia licenciada, penso no meu neto. Enfrentei cursos de Geografia que não saiam de sala de aula e fui me formando em aulas solitárias de campo, por minha própria conta. Posso dizer sem vaidade alguma, mas com orgulho, que me tornei um campeão. Mas é preciso que se tenha pelo menos um curso prático e seguro de Geologia para maior segurança.
Meu neto Davi, conhece todos os tipos de dinossauros e suas características e ao perguntarmos o que ele quer ser quando crescer, ele responde sem pestanejar: “Quero ser paleontólogo”. Paleontologia (do grego palaiós = antigo + óntos = ser + logos = estudo) é a especialidade da Biologia que estuda a vida do passado da Terra e o seu desenvolvimento ao longo do tempo geológico, bem como os processos de integração da informação biológica no registro geológico, isto é, a formação dos fósseis. Ao optar por esse ramo da Biologia, no Brasil você é chamado de paleontólogo. Sua solidificação nos estudos dos animais e plantas de tempos remotos e os fósseis de dinossauros precisa muito não só da Biologia e seus outros ramos, mas também da Geologia e da Geografia.
O primeiro neto, Guilherme, 13 anos, não sabe ainda qual profissão abraçar, mas é bom em Geografia e Matemática. E por falta de testes vocacionais nas escolas e de tantas profissões novas que estão surgindo em todas as áreas de estudos, somente o próprio estudante tentará desvendar o que vem reservado para exercer o seu papel no mundo. Mas o Brasil sendo tão grande em extensão territorial deveria ser muito mais abrangente na distribuição de cursos pelas Cinco Grandes Regiões Geográficas, mais eficiente no Ensino e mais seguro nas formações profissionais dos seus filhos.

 Deus abençoe os nossos... E os dos outros.

MARGINAL SÃO FRANCISCO Clerisvaldo B. Chagas, 28 de dezembro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.811 PIRANHAS....

MARGINAL SÃO FRANCISCO

MARGINAL SÃO FRANCISCO
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de dezembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.811

PIRANHAS. F\OTO: (AGÊNCIA ALAGOAS).
Não podemos avaliar se hoje ainda existe a necessidade crucial da rodovia anunciada desde os tempos do governador Suruagy. Também não lembramos se ele tinha alguma outra intenção na rodovia marginal sanfranciscana ou se seria apenas ligar as cidades do Velho Chico. O tempo passou, o dirigente morreu, o rio São Francisco vive de esmolas de águas das suas represas, em agonia progressiva. Todas as cidades alagoanas às suas margens possuem asfalto ou antigas rodagens que eram as estradas de terra. Como não sabemos sobre a conversa do início, gostaríamos da informação se mesmo assim o sonho da Marginal São Francisco permanece em algum surrão do atual governador.
Não se pode negar que muito já foi feito em Alagoas em termos de rodovias novas, há muito aguardadas e sem esperanças. Quem sabe, talvez, em importância maior do que a que estamos falando. Afinal, sempre que se constroem estradas e se assegura a manutenção, todas as áreas cortadas por elas se beneficiam e encontram oportunidades de progresso. Aqui é o escoamento da produção leiteira; ali é o transporte da cana-de-açúcar, álcool, biodiesel; acolá o trânsito do arroz, frutas, algodão, madeira, couros, fumo, mandioca... E a produção ganha o Nordeste, o Brasil e o mundo. E como dizia o nosso saudoso mestre, Alberto Nepomuceno Agra, sobre o comércio: “É a troca de mercadorias por mercadorias tendo como intermediário o dinheiro”.
Então, voltamos a bater na mesma porta sobre a Marginal São Francisco. Uma rodovia desde o município de Delmiro Gouveia sempre descendo pela margem esquerda do rio, colada a ele, passando por Olho d’Água do Casado, Piranhas, Pão de Açúcar, Belo Monte, Traipu, São Brás, terras de Igreja Nova Porto Real de Colégio, Penedo e Piaçabuçu, para o atual Boom de turistas atraídos tanto pelos cânions, quanto pelas cidades e suas histórias imperiais, cangaceiras, desbravadoras, além da culinária, folclore e paisagens inigualáveis... Quem não gostaria de virar novo bandeirante!

Mas como indagar não ofende, fica no ar a pergunta atualizada sobre o valor de um sonho que vale à pena: Sai ou não sai à rodovia?