RUA DA PRAIA Clerisvaldo B. Chagas, 8 de abril de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.223   Mais ou menos na déc...

 

RUA DA PRAIA

Clerisvaldo B. Chagas, 8 de abril de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.223



 

Mais ou menos na década de 60, havia um enorme areal à margem esquerda do rio, em Santana do Ipanema, mais ou menos do tamanho de um estádio. Ficava exatamente entre o leito propriamente dito e um caminho ladeado com aveloz que ia do prédio da Perfuratriz – final da Rua São Paulo – ao beco de Seu Ermírio à jusante. O terreno repleto de areia grossa, trazida outrora pelas enchentes do rio, pertencia ao considerado “Torcedor Número Um” do time Ipanema, Otávio Marchante. Como há décadas o rio não botava cheia que invadisse o areal da margem, um cidadão chamado Seu Euclides, comprou o terreno a Otávio Marchante saiu construindo casitas pelo caminho citado ao longo do terreno. A fileira de casitas de um lado e do outro para alugar à pobreza, recebeu o nome do próprio dono de RUA DA PRAIA.

Com o tempo ali foi fundada uma associação de moradores, erguida uma igreja e, no lugar da Perfuratriz demolida, uma sede da associação com primeiro andar. No final da Rua da Praia, o filho do Senhor Euclides, Luiz, construiu um pequeno estádio dotando-o do que era possível para o lazer da comunidade. E assim, cerca de sete décadas depois, o rio Ipanema, abusado com tantas construções em seu Leito e no seu afluente, riacho Camoxinga, resolveu tomar o que era seu e saiu fazendo arrasos pelas suas margens urbanas, pintando o sete, mas sem matar ninguém. Agora as ruínas das casas da cheia estão sendo demolidas. Isso evita acidente com desmoronamento, cobras, ratos, baratas, escorpiões e outras mazelas.

E o que nós vimos, através da Internet, é de cortar coração. Uma comunidade inteira teve que se mudar para casas novas em região mais alta. Desde início eu já sabia que o terreno arenoso era do rio. Assim também houve vários desse erro em diversas partes da cidade. A propósito, essa região da margem do Ipanema, faz parte do quase epicentro do meu novo romance AREIA GROSSA, dramas sociais dos anos 60-70, drama social do século XXI. Por esses dias estarei convidando alguns escritores e autoridade para conhecermos o cenário completo inspirador de AREIA GROSSA.

 

 

 

 

  ESTADUAL Clerisvaldo B. Chagas, 7 de abril de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.222   Poderíamos ter dito no i...

 

ESTADUAL

Clerisvaldo B. Chagas, 7 de abril de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.222

 




Poderíamos ter dito no início: “O Colégio Estadual Deraldo Campos, estar localizado além do Aterro. E para quem não sabe, ainda hoje o trecho da antiga rodagem Maceió – Delmiro Gouveia, que passava pela periferia de Santana, foi aterrado, passando a ser sua via-expressa. Do centro para o Colégio era preciso um rodeio grande. Sem rodeio, somente a pé enfrentando uma pinguela sobre o riacho Camoxinga, vizinho ao Estadual. Os tempos mudaram, a região além do Aterro, encheu-se de ruas e mais ruas e, após uma laje colocada no riacho substituindo a pinguela de coqueiro, na gestão Genival Tenório, eis que o saudoso prefeito Isnaldo Bulhões, construiu uma ponte de verdade. Com o complemento do viaduto no Aterro, construído pelo gestor Paulo Ferreira, o Comércio foi ligado dignamente ao Colégio Estadual já com o nome de Prof. Mileno Ferreira da Silva.

O Colégio Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva e o seu entorno, estão situados sobre a foz entulhada do riacho Camoxinga que depois do entulhamento, procurou um desvio para chegar ao seu coletor, o rio Ipanema. A rua do Estadual e a rua, imediatamente por trás do Estadual, limitam o aterramento da antiga foz do riacho Camoxinga. (Tese geográfica, nossa). Os primeiros conhecimentos que tivemos da região foi como antiga estrada para a serra do Poço por ande trafegavam com animais de cargas, os primeiros habitantes da serra. Havia no centro do entulhamento que formou uma pequena planície de aluvião, a casa de fazenda do senhor Frederico Rocha que foi interventor municipal em Santana no ano de 1930 e que construiu a segunda praça de Santana, defronte a Matriz de Senhora Santa Ana e que levou o título de Praça Coronel Manoel Rodrigues da Rocha.

Na frente da casa branca de fazenda do senhor Frederico, chamava atenção um belíssimo “pé de príncipe” e que enfeitava a entrada da casa. O Exército comprou a fazenda, demoliu tudo e construiu o quartel que logo ficou ocioso e foi ocupado pela escola do estado. Nos bastidores se dizia que o lugar da construção, estava estrategicamente errado. Mas graças a Deus no lugar errado, o Colégio Estadual foi a primeira escola pública de Santana a funcionar com os falados primeiro e segundo graus. (Quinta série em diante).

PONTE DO ETADUAL GESTÃO ISNALDO BULHÕES. LIVRO 230. ANTES, LAJE À GUISA DE PONTE, GESTÃO GENIVAL TENÓRIO. LIVRO 230. ALUNOS VÃO VISITAR O ABRIGO SÃO VICENTE. GESTÃO ESTADUAL B. CHAGAS.

 

  SERTÃO CLUBE DE LEITURA Clerisvaldo B. Chagas, 4 de abril de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.221     Final...

 

SERTÃO CLUBE DE LEITURA

Clerisvaldo B. Chagas, 4 de abril de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.221

 



 

Finalmente as coisas caminharam e já estamos avistando o Monte Santo. Quero dizer, estamos bem perto do sábado dia 12, quando faremos a estreia do SERTÃO GRUPO DE LEITURA, iniciando com espontâneos dez nomes da nossa sociedade, comandados pelo jovem jornalista Lucas Malta. É uma tentativa de um aprendizado literário compartilhado que poderá alcançar excelentes proporções. Até o momento registramos no SERTÃO CLUBE DA LEITURA, dez pessoas que estarão descerrando a cortina do grande lazer do mundo, a leitura impressa. Temos 1 jornalista, 3 escritores/professores, 2 professoras, 1 professor vereador, 1 empresário, 1 acadêmico e 1 dona de casa.

Ainda não decidimos onde acontecerão as nossas reuniões. As que mais atraem são as possibilidades de acontecer na Câmara de Vereadores ou na Casa da Cultura. A frequência, ainda não está cem por cento definida, mas toma corpo duas reuniões mensais, dois sábados, um na primeira quinzena outro na segunda. A princípio queremos ampliar o grupo, mas com pessoas que tenham condições de frequência, mesmo residindo em outra cidade.  Estamos com cabeças cheias de ideias, para a ABERTURA do dia 12 e também para a continuação dos nossos trabalhos. Não posso adiantar muito porque ainda iremos discutir alguns vieses em benefício da solidez do grupo inicial, seus Fundadores. Estamos aguardando a voz de comando do jornalista Lucas Malta.

Isso tudo nos transporta aos idos dos anos 60 quando vivíamos o auge da Biblioteca Pública Municipal. Aqueles jovens leitores adolescentes em torno da mesa enorme da belíssima sala de primeiro andar, no Comércio. Mas, cada um na sua própria leitura; não se podia fazer trabalho coletivo ali dentro e nem se pensava nisso. Bastava a concentração individual sob o “psiu” educado de Nilza Marques. A propósito, o edifício que naquela época pertencia ao comerciante Benedito V. Nepomuceno, fora construído pelo Coronel Manoel Rodrigues da Rocha, e sua primeira grande morada em Santana do Ipanema.  Todo acessório relativo ao prédio era de cunho francês, frutos das aquisições do coronel e da moda que imperava no Brasil e em Santana, particularmente.
AUTOR EM VISITA DE CORTESIA À CASA DA CULTURA.